Unicornic escrita por GFanfiction
Notas iniciais do capítulo
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Acordei em uma câmara de vidro.
- Onde que eu estou?
- Está mudando.
Respondeu Ester, com os olhos brilhando.
- Mudando? Como assim?
Estava eu e ela.
Eu, dentro da câmara e ela do lado de fora.
Numa sala escura, sem janelas, sem cadeiras, sem nada. Apenas com a câmara comigo dentro.
- Me tire daqui!! Que você esta fazendo?
- É necessário! Todos de Unicornic tem que fazê-lo.
- Eu estou me sentindo... Leve?
- Sim. A câmara dos espíritos está decidindo qual será sua arma! Uma forma de defesa é essencial para os Unicornicos.
Eu custei a entender.
Na verdade, se eu quisesse lutar com alguém por exemplo, não cabia a mim escolher a arma e sim a Câmara dos Espíritos.
Demorou muito, mas a coisa me cuspiu fora e junto um cajado preto com uma das pontas flamejando um fogo preto. E minha roupa estava diferente. Meus cabelos ficaram cinza, e a roupa era um manto preto. Estava muito dark.
- Ficou mais bonito.
- Obrigado.
Ela tinha cabelo rosa e um top preto, mais a saia rosa e curta. Cabelo longo. Muito longo.
- Que diferença faz isso? - perguntei eu.
- Agora você é um cidadão de Unicornic. Um Unicornico.
- Todos passam por isso?
- Sim... A maioria. Só em caso de guerra. Com aquele demônio nos ameaçando, senti na obrigação.
- Demônio?
- Sim. Alguns Unicornicos cometem crimes. E passam a ser demônios, rejeitados por todos. Aí começam a cometer mais crimes para tentarem sobreviver. Quanto maior a quantidade de sombras, maior é a quantidade de crimes. A cada cem crimes, uma nova sombra aparece.
- E eles podem voltar a ser Unicornicos normais?
- Sim, mas para isso passam por um labirinto. Onde tem outros demônios. Os que saírem vivos de lá saem puros. E passam a ter apenas a própria sombra. Tipo um torneio para purificar.
- Isso é esquisito.
- É complexo... Não esquisito.
Eu comecei a olhar para o meu cajado. Tinha desenhos em alto relevo, de metal.
- Você parece um mago.
- É um elogio?
- É uma classe de Unicornicos daqui. Eu sou uma Unicornica Arqueira, Bowcorn. Você, Spellcorn.
- Hum... E que eu faço com esse cajado?
- Ainda nada... Na hora certa saberá o que fazer com isso. Aprendi da pior maneira.
Então saímos daquele local fechado e fomos lá fora. Havia algo de errado com o céu. Estava nublado, com nuvens vermelhas e dragões de sombra entrando no mundo.
- Mas já?
- Já o que?
Eu perguntei.
Ela respondeu, preocupada:
- A Guerra das Sombras.
- O que é isso?
Eu me espantei.
- Simplesmente eles querem você!
Pulei de susto. Ela me puxou entre os meteoros de fogo azul que tinha começado a cair. Quase não conseguíamos desviar.
- Você é o único humano que se tornou Unicornico.
- Como assim ‘o último humano’?
- Ninguém aqui e humano... A não ser você.
Ainda correndo, desviando dos meteoros - que começaram a se fortificar a cada instante - ela me contou tudo. O rei, como punição de sua morte, trouxe um humano para Unicornic - que resultaria em uma guerra. O pior... Ele sabia disso.
Achamos um local seguro. Dificilmente havia um lugar seguro, pois outros estavam sendo destruídos pelos meteoros. Era o inicio do fim de Unicornic.
- Você é o anfitrião dessa guerra... - disse ela, me preocupando.
- Eu... Ninguém tinha me avisado de nada.
- Foi as ordens... Agora estamos perdidos. Não deu tempo de treinar. Pegue seu cajado e tente algo.
- Como ‘tente algo’? Acha que eu sou um gênio da bola de cristal?
- Gênio não sei, mas ai no seu cajado tem um cristal... Ele deve emitir alguma magia. NÃO SEI, SE VIRA! Não temos tempo... Daqui a pouco alguns demônios vão procurar por ti. Ai não quero nem saber.
Eu comecei a me concentrar. Mirei meu cajado para uma árvore e gritei bem alto... Uma luz vermelha saiu, mas inversamente. Atingiu-me e me jogou para longe. Bati as minhas costas na parede. Cuspi sangue.
- Meu... Santo Unicornico! - ela colocou as mãos na cabeça. Tinha certeza de que iria fracassar em tentar algo, tipo me ensinar.
Eu me levantei, estremecendo de dor. Fiz um movimento de raiva e ao tentar jogar o cajado longe, ele emitiu uma luz preta. Resultou em uma destruição em massa... Destruí uma casa que tinha lá perto.
- Magia de movimento... - concluiu ela. - É isso... Você é um Spellcorn que utiliza magia de movimento. Na verdade, a dança é a sua magia!
- Ótimo. Sou péssimo em dança! - eu ironizei.
Ela pensou e pensou.
- Ivo... - ela sabia meu nome. - ... Tente fazer a mesma coisa, mas com um padrão de dança. Quando precisar, você fazer os mesmos movimentos para emitir a mesma magia. Isso é magia de movimento!!
Comecei a pensar e pensar. Estiquei os dois braços, dei uma volta 360º ainda com os braços estendidos e juntei-os a cabeça e joguei a magia pro alto. Lá em cima explodiu.
- Perfeito! - meus olhos brilharam.
†
O céu, estava todo obscurecido. Já não tinha sua cor natural. Estava vermelho, com raios a todo o momento - verdes. Uma coisa surreal.
Ivo e Ester estavam treinando, em quanto o caos tomava Unicornic - que já estava parcialmente destruída e já havia sangue demais derramado.
Passos selavam um fim próximo. Passos que botavam mais medo na esperança dos Unicornicos. Passos de um demônio que vestia preto e utilizava uma mascara de metal, com duas espadas que riscavam o chão -presas em suas costas, via um suporte. Seu nome é Moustache.
- Você reinara novamente, rei morto. Junto com seu povo. Mas no inferno.
E seu grito, alto suficiente para toda Unicornic ouvir, concluiu que naquela noite tudo seria acabado.
- Estou pronto! - disse Ivo, com várias danças prontas e com um nome para cada uma.
- Então vamos... Vamos acabar com isso de uma vez!
Ivo e Ester ficaram cercados por vários demônios, não tão forte quanto seu chefe - Moustache.
De longe, Moustache foi avisado de que eles foram encontrados.
- Acabem com isso, demônios!
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