Não sei por onde começar... Então vou iniciar desde o meu nascimento.

Minha mãe estava com 8 meses de gravidez, já tinha um filho de 2 anos, quase que não se aguentava em pé. Meu pai a ajudava bastante, embora trabalhasse muito. Certo dia, ela percebeu que estava com contrações, já que não sentia dores, começou a contar no relógio. Após meu pai chegar, ela decidiu ir ao hospital. Ele estava muito irritado, acho que por causa do trabalho. Chegando lá, o médico disse que não tinha nada de errado, mas seria capaz de eu estar quase nascendo, sendo assim, ele não a deixou voltar para casa naquele dia. Ela ficou bastante tempo tomando soro para dor.

Algumas horas depois ela foi para a sala de parto, agora sim ela estava sentindo dor, meu pai a ouvia gritar. Alguns minutos depois ele ouve um choro, a médica o deixa entrar na sala. Eles descobrem que é uma menina, uma menina muito feia, por sinal. Já que eu nasci sem a ultima camada de pele.

Bem.. Meu nome seria Nathália, mas acabou por ser Danielle, não tão comum, mas não tão diferente... Certamente, perfeito.

Alguns anos se passaram. Mas nesse meio tempo minha vida foi um tanto difícil, eu sempre estava doente, não tinha muita atenção de meus parentes. Como morávamos de favor, a dona da Casa não estava nem ai se nós nos machucássemos. Muitas vezes me deixaram no corredor do quintal, sem camisa, no frio. Mas isso já passou. 11 anos se passaram, eu estava no ensino fundamental, nada de interessante naquela época. Amiguinhas que andavam de mãos dadas, fofocas, meninos que adoravam provocar e apanhar.

Eu era uma garota de tamanho normal, longos cabelos cacheados, um pouco morena, olhos que mudavam de cor (Castanho claro, escuro e verde) e de muito bom-humor.

Nada de interessante nesse ano, vamos passar mais um. 12 anos, esse sim foi legal. Conheci minha melhor amiga, Louise. Ela era muito divertida, bonita, radical. Não estava nem ai em se machucar. Admirava isso nela.

Comecei a gostar de rock, eu me prendia em um mundo totalmente diferente, ouvindo as vozes suaves dos cantores, os solos de guitarra... Me perdia totalmente.

Me perdia tanto que nas E. F. eu ficava pensando nas musicas e esquecia de prestar atenção em minha volta. Eu era muito boa em esportes, jogava de tudo, vôlei, futebol, handboll, queima. Quase sempre ganhava.

Enfim, toda essa parte da minha vida foi normal... Nada de tão extravagante, todos os dias as mesmas coisas.

Minha vida começou a mudar, desde o momento em que eu mudei de escola.