O Irmão Da Minha Melhor Amiga escrita por Allask
Notas iniciais do capítulo
Antes que alguém arranque meus rins, vou dizer o porquê de não ter postado antes.
1- Tive prova praticamente todas as semanas, o que complicou a minha situação;
2- Fiquei sem internet por um tempo;
3- A criatividade me abandonou '-' reescrevi sei lá quantas vezes esse capítulo u-u
Enfim, aqui está mais um capítulo pra vocês.
— Jess?
— O que foi? — Ela disse em um tom de voz sonolento.
— Eu te acordei? — Fiz uma voz doce. É difícil conversar com ela quando acaba de acordar.
— Não, eu já estava acordada... QUATRO HORAS DA MANHÃ! Qual é? Fumou? Por que você está me ligando a essa hora? — Ela gritou.
— Desculpa... Eu queria saber se você ia pra festa da Amber.
— Impressionante! A criatura me acorda de madrugada pra saber se eu vou à festa da outra lá. Incrível! — Um tom de deboche em sua voz.
— Você vai ou não?
— Vou, Megan, vou. Posso dormir agora?
— Tudo bem, mas só quero que você saiba que eu tenho uma coisa muito importante pra te falar... se eu te falar.
— Estou com tanto sono que nem quero ouvir sua história, Meg. Conte-me depois. — Ela desligou o telefone.
Não consegui dormir. Ia arrumar um jeito de fugir para ir a essa festa. Arrumei-me cedo de novo e saí antes que meu pai acordasse, ainda não estava pronta para vê-lo. Fiquei fazendo hora em uma sorveteria perto da escola quando uma garota que provavelmente teria a minha idade entrou no local. Tinha longos cabelos enrolados e pretos, os olhos de uma cor meio cinza misturado com um violeta e se vestia perfeitamente bem. Estranhei quando ela olhou para mim e foi em minha direção.
— Você sabe onde é a Sandy Springs High? — Ela sorriu amigavelmente.
— Ahn, sim.
— Ah! Ótimo. Você pode me dizer onde é?
— Posso, eu estou indo para lá agora.
— Perfeito! — Ela sorriu novamente.
Saímos da sorveteria e seguimos na direção da escola. Eram uns três quarteirões.
— Então... Você está procurando alguém da Sandy Springs? — Perguntei.
— Ah, sim! É o meu namorado. Eu vim aqui só para vê-lo.
— Entendo... Então você não mora aqui?
— Não. Sou de Nova York.
Por um momento, lembrei-me de Daron. Ele passou dois anos em Nova York. E infelizmente voltou e fez com que eu me ap...
Melhor não completar essa frase.
Andamos em silêncio até o colégio e, quando chegamos, eu mostrei à garota onde era a secretaria. Vanessa já estava lá, sentada perto da entrada, como de costume. Mas eu não queria olhar na cara dela. Não depois de beijar o garoto que ela gosta. Andei rapidamente para dentro do colégio, tentando inutilmente me esconder dela, mas sem sucesso.
— Meg! — Vanessa gritou. Fingi que não tinha escutado e continuei andando sem rumo. Mas ela conseguiu me alcançar. — Meg! Como vai?
— Ahn... bem, eu acho.
— Quem era aquela garota que chegou com você? Aluna nova? — Ela ficou mexendo nos cachos de seu cabelo.
— Não, ela veio ver o namorado. Ela morava em Nova York.
— Nova... York? Hum... O Daron passou dois anos lá. — Um sorriso apareceu em seu rosto.
Como seria quando ela descobrisse que eu beijei Daron? Quer dizer, ele me beijou. Esse sorriso seria dilacerado. Ah! Sinto-me uma vadia! Daquelas que roubam o namorado das outras.
Ele não é namorado dela, Megan. Não se preocupe.
Estávamos andando tranquilamente, falando sobre a festa da Amber, quando uma criatura esbarra em mim.
— Desculpe-me senhora. — Um tom de voz arrogante e sexy.
— Quem é senhora aqui? Eu tenho 16 anos, garoto. — Respondi irritada.
— Ah, é você, Ryan? — Ele fingiu surpresa.
— Não, Spittle. É a Mulher-Maravilha.
— Sério?! Pensei que a Mulher-Maravilha fosse... bonita. — Eu estava a ponto de dar um soco na cara daquele idiota! Ontem mesmo ele disse que eu era linda. Como pode alguém ser tão Daron Spittle?!
Apenas dei uma olhada maléficaligna – mistura de maléfica e maligna, como se alguém não tivesse percebido – para ele e sai bufando.
— Uau! — Vanessa exclamou. Nem tinha me tocado que ela ainda estava ali. —Quando vocês vão parar com essa implicância? — Ela pôs as mãos na cintura.
— Quando ele deixar de ser irritante. — Respondi cruzando os braços.
— Crianças. — Murmurou.
Quando cheguei à sala, havia somente alguns garotos conversando no canto da sala. Sentei-me em uma cadeira no fundo, do lado oposto ao dos garotos. Eles cochichavam alguma coisa até que um deles se levantou.
— Megan Ryan. — Um deles disse com os braços estendidos. Fiquei tentando lembrar o nome do garoto, mas antes que eu lembrasse, ele continuou: — Você está linda hoje.
Ok, por essa eu não esperava.
— Estaria mais linda ao meu lado, hoje, na festa da Amber. — Ele pegou em meu rosto e, por instinto, me afastei.
— Desculpa, mas qual é o seu nome, mesmo? — Perguntei.
— Thomas Ward, meu amor. — Ele sorriu.
Thomas Ward é o garoto mais galinha da escola inteira. Sei disso só pelo fato de ele ter ficado com todas as meninas do 2º ano.
Exceto eu.
— Te pego às sete, beleza? — Ele sorriu.
— Eu não vou com você. — O sorriso desapareceu de seu rosto.
— Tem certeza? Qualquer uma em seu lugar diria sim. Não desperdice essa chance, Megan.
— Não sou qualquer uma.
Ele deu um suspiro pesado.
— Se você não vai comigo, vai com quem então? — Ele deu um riso de escárnio.
Não queria dizer que iria sozinha. Mas ninguém havia me convidado para ir à festa.
O sinal tocou e segundos depois porta a sala se abriu e vários alunos entraram. Salva pelo gongo, literalmente.
Thomas ainda ficou do meu lado, creio que esperando a minha resposta, até que Daron e Jessica entraram.
— Não vai me responder, Megan? — Thomas perguntou.
— Responder o quê? — Jess disse, jogando a mochila na cadeira à minha frente.
— Com quem ela vai à festa da Amber. — Disse um dos amigos de Thomas.
— Ela vai comigo. — Daron se aproximou e os amigos de Thomas recuaram.
— Daron Spittle... — Thomas disse, olhando-o da cabeça aos pés.
— Thomas... Qual é mesmo o seu sobrenome? — Ele debochou.
— Não mexa comigo, Spittle.
— Digo o mesmo para você.
Daron sentou-se ao meu lado.
— Ele estava te irritando? — Daron virou para mim.
— E você se importa? — Rebati.
Ele olhou rapidamente para Jess e depois virou.
Poucos minutos depois a professora entrou na sala e ficou tagarelando coisas sobre o amor. Passado uns minutos, Jess me entregou um papel dobrado ao meio.
O que você queria me dizer? E que história é essa de você ir com o Daron pra festa da Amber?
Tinha esquecido completamente que teria que contar à Jess sobre a detenção com Daron. Respondi com outro bilhete:
Não acho que seja bom contar via bilhete. Se a professora pegar, não vai ser muito legal. E nem eu sei que história é essa. Pergunte pra ele.
Olhei para a professora, fingindo prestar atenção e entreguei discretamente o bilhete à Jess. Segundos depois ela mandou de volta.
Talvez você irá querer me matar, mas eu preciso te contar uma coisa.
Milhares de coisas passaram pela minha cabeça. Contar o quê? Sobre o quê? Mas deixaria as perguntas para depois.
— Quem somos nós sem o amor, senhorita Ryan? — A professora interrompeu meus pensamentos.
— Ahn... Ninguém. — Soou mais como uma pergunta.
— Ninguém...? Defina ninguém.
— Ninguém... Tipo ninguém.
— Bela explicação, Ryan. — Daron disse.
— Já que você se intrometeu, senhor Spittle, diga-nos, o que você seria sem o amor?
Ele a olhou por um tempo e depois respondeu:
— Nada. — A professora o olhou como quem quisesse que ele continuasse. — Apenas nada.
— O problema de vocês é que não querem pensar e me dar respostas mais completas.
Ela começou a tagarelar sobre como devíamos nos esforçar.
No intervalo, Jess e Anna me chamaram para conversar. Sentamos em uma área meio isolada perto de uma árvore grande.
— O que você queria me dizer? — Jess perguntou.
— Jess... — Olhei de Jess para Anna. — Se eu, hipoteticamente falando, tivesse beijado o seu irmão na biblioteca enquanto cumpríamos a detenção, o que você faria?
As duas arregalaram os olhos. Anna parecia meio surpresa e feliz ao mesmo tempo. Jess, por outro lado...
— Você... — Ela olhou para mim confusa.
— Hipoteticamente falando. — Repeti.
A cara de confusão se transformou em outra coisa. E, ao contrário do que eu pensava, não era raiva ou coisa do tipo.
— Megan Ryan! Por que você não me contou antes?
— Eu fiquei com medo.
— Medo de quê? Achou que eu ia pegar uma arma e te matar? Ou que eu ia invadir a sua casa no meio da noite? — Falando assim até fica meio estranho.
— Sei lá! Você sempre era tão possessiva com o Daron. Achei que ia querer me matar quando descobrisse.
— Sinceramente, eu não tenho ciúmes dele. Que ele fique com quem quiser. Mas no fundo, sempre torci por vocês dois.
— E por que você fazia isso?
— Eu já sabia que a Vanessa gostava do Daron. Estava tão na cara que eu acho que só uma pessoa muito lerda não percebeu. — Indireta para mim. — Eu não queria que ela achasse que tem uma chance. Você sabe que eu guardo rancor. E ainda tenho um ódio por ela desde o dia em que ela inventou boatos sobre mim, lembra? Ela disse que eu estava traindo o Jake. E ele acreditou.
— Então você não gosta dela? — Perguntei?
— Não. E nem a Anna. E acho que você não deveria gostar dela, já que ela está querendo roubar o seu homem. — Ela sorriu.
— Meu homem? — Ri sarcasticamente. — Daron não me pertence.
— Mas você o beijou. — Anna finalmente falou algo.
— Correção: Ele me beijou. E eu não disse que gosto dele.
— Acho que ela é tão lerda que ainda não percebeu que gosta dele. — Jess disse a Anna.
— Eu estou ouvindo.
— Olha Meg, nós sabemos quando você realmente gosta de alguém. Fala mal, diz que odeia, vive irritada quando essa pessoa está por perto. E isso sempre acontece quando Daron está por perto. — Anna disse.
— Podem achar o que vocês quiserem, mas saibam que eu não gosto de ninguém.
Elas se olharam e depois levantaram as mãos em rendição.
— Então, vocês vão ao salão comigo? Daron pode nos levar. — Ela olhou sugestivamente para mim.
Revirei os olhos.
— Se ele for, eu não vou. — Disse, cruzando os braços.
— Pare de frescura, Megan! Você vai sim. E vocês vão se arrumar na minha casa. E o Daron vai nos levar no salão.
— Por mim tudo bem. — Anna disse. As duas olharam para mim.
— Tá, eu vou. O que eu não faço por vocês.
— Eu sei que você quer, meu bem. Eu só peço que vocês não façam nada na minha frente, beleza? E espero que vocês tranquem o quarto. — As duas riram alto.
— Calem a boca! Não gosto mais de vocês. — Fiz biquinho.
— Ah, neném! Não fica triste, nós vamos parar, sua chata. — Jess apertou minhas bochechas.
No final da aula, passamos rapidamente na casa de Anna e depois fomos à minha casa. O bom de tudo é que meu pai acabou viajando de novo, e dessa vez, levou Sarah. Molly ficou na casa de uma amiga e eu passaria o fim de semana na casa de Jess. Daron se recusou a nos levar ao salão, mas o pai de Jess o mandou ir.
Arrumei-me, deixei os cabelos soltos e jogados para o lado. Coloquei a tiara que vinha com a auréola e por fim as asas. Jess estava vestida de diabinha e Anna de Alice – o que combinava bastante com ela, exceto pelas mechas coloridas no cabelo loiro.
Descemos as escadas e Daron estava nos esperando. Percebi que ele não estava com uma fantasia.
— Está fantasiado de quê? — Perguntei.
— De motoqueiro. Não percebeu? Jaqueta de couro preta, óculos escuros, calça preta. E eu vou de moto. Posso levar apenas uma.
Jess e Anna me olharam.
— Vou pegar o carro do papai emprestado. Eu e Anna vamos juntas. — Jess disse sorrindo.
— O quê? E eu não tenho escolha?
— Daron disse que te levaria, não foi? Não seria legal se você chegasse sem ele. — Jess respondeu, pegando a chave do carro em cima da bancada.
— Então vamos. — Daron pegou meu braço e me levou até a moto.
Eu, particularmente, tenho medo de andar de moto. O pior é que eu tinha que andar de moto com Daron. Cada vez que ele acelerava, eu me sentia obrigada a apertar meus braços em volta dele mais forte. 15 minutos depois, Daron estava estacionando a moto perto da mansão da Amber.
— Sabe o que nós esquecemos? — Daron quebrou o silêncio.
— Do quê?
— Detenção.
— Só era mais hoje. Acho que não vão se importar se nós faltarmos. Quase ninguém vai naquela biblioteca mesmo. — Dei de ombros.
Daron segurou minha mão e disse:
— Você vai ter que entrar comigo de mãos dadas.
— O QUÊ? — Puxei minha mão.
— Thomas acha que estamos namorando e, a menos que você queira que ele dê em cima de você a festa inteira, terá que fazer isso.
— Mas e depois?
— Podemos fingir um rompimento. — Ele pôs as mãos nos bolsos da calça.
— Mas depois ele vai continuar dando em cima de mim.
— Talvez... —Ele olhou em meus olhos. — Mas faça isso. Como se fosse um favor.
— Favor... — Repeti, tentando assimilar. — Fingir namorar você.
— Só por um tempo. Eu preciso resolver uma coisa. — Ele parecia nervoso.
Suspirei.
— Tudo bem.
Ele sorriu e entrelaçou seus dedos nos meus.
— Considere-se com sorte. Muitas garotas morreriam pra estar no seu lugar.
— Pois é! Ainda estou tentando descobrir qual o problema delas.
— Tente não me provocar muito, Ryan. Somos um casal, lembra? — Ele deu um sorriso sexy.
— Velhos hábitos nunca morrem.
Entramos na mansão, falamos com Amber e depois avistei Anna e Jess chegando.
— E ai? — Jess disse quando Daron saiu. — Como vai o romance de vocês?
— Não tem romance nenhum entre nós. — Respondi seca.
— Mesmo? Pois quando eu cheguei me perguntaram se o meu irmão estava namorando com você.
— E daí?
— Disseram que vocês chegaram de mãos dadas. Isso diz muita coisa, não é? — Anna olhou para Jess e ela concordou.
— Tá! — Dei um suspiro pesado. — Estou fingindo namorar com ele. Só por um tempo. Ele disse que precisava resolver algo.
— Algo? Ah! Acho que já sei o que é. — Ela abriu a boca pra continuar, mas Daron voltou e sentou ao meu lado.
— Vocês só vão ficar sentadas aqui? — Ele perguntou.
— Isso ai. — Eu respondi.
— Minha garota não vai ficar sentada a festa inteira. — Ergui uma sobrancelha.
— Isso mesmo! Leva ela pra dançar. — Anna disse sorrindo inocentemente e Jess concordou.
— Suas amigas não te querem aqui.
Olhei para Daron e depois para elas, levantei-me e o segui.
Andamos até uma área afastada nos fundos da mansão, onde havia uma piscina e um jardim enorme. Ele sentou em um banco de pedra que havia ali e bateu no lugar ao lado dele para que eu me sentasse. Até faria perguntas, mas resolvi ficar calada.
— Por que você aceitou? — Ele fitou o céu.
— Sinceramente, não sei.
Ele me olhou, os olhos brilhando.
— Não sei se vou aguentar, Megan.
— Aguentar o quê?
Ele acariciou o meu rosto. As mãos eram macias.
Ouvi o barulho de alguém batendo palmas. Virei-me bruscamente e olhei a pessoa que estava à minha frente.
A garota tinha longos cabelos pretos e enrolados, estava com uma fantasia de enfermeira e tinha uma pose confiante.
— O que você está fazendo com o meu namorado?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Minhas provas começam semana que vem (de novo), então farei o possível para postar mais rápido.
Leitores fantasmas, eu sei que vocês existem. Façam uma boa ação e deixem um review para alegrar essa pobre autora. (sério gente, eu tô carente u-u)
Reviews me dão inspiração, já disse isso? ~apelando