Donzela E Guerreira escrita por Scarllett Dark


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Observação útil: uma pitonisa seria uma sacerdotisa grega ligada diretamente aos oráculos e predileções... Elas atuaram na Grécia antiga, relacionadas à várias premunições, em sua maioria trágicas ou com relação ao destino... Eram também conhecidas como sibilas...Embora, nesta história a personagem O.C. Atargatis era chamada "Kassandra", como sendo este nome uma referência à esta grande visionária Grega... Então neste universo este nome também se torna um "título" ligado às sacerdotisas gregas.... Como se fosse um tipo de "linhagem"...



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...Poucos anos antes...

Omena de fato possuía "sangue dourado" correndo nas veias, embora não desconfiasse... Era uma menina aparentemente órfã de pai e mãe, que supostamente havia sido encontrada abandonada ainda recém-nascida numa madrugada chuvosa, pelo cavaleiro áureo de escorpião e levada por este até as proximidades da área restrita às mulheres...

Onde havia sido posta aos cuidados de Kassandra Atargatis, uma pitonisa na época já com três décadas de vida completadas, que desde muito jovem se tornara a sacerdotisa-mestra que gerenciava o templo feminino de Atena e todo aquele local destinado somente às mulheres do santuário...

E desde então recebido o título de Kassandra... Uma espécie de "nomenclatura" pela qual ela havia se tornado conhecida devido a seu cargo e principalmente a seus dons premunitivos, que muito lembravam os da visionária trágica da antiguidade que possuía este nome...

Haviam ainda sempre por perto residindo também naquela área do santuário, a delicada e talentosa tocadora de lira daquele templo, Lazuli e o filho dela Aeon - que nascera uma noite antes que Omena...

Enquanto crescia na área feminina restrita às amazonas e suas aprendizes, algumas advindas de outras partes do mundo, Omena se familiarizava desde pequena muito mais com elas do que com as sacerdotisas assistentes de Kassandra Atargatis...

Acompanhava, quase sempre às escondidas, os treinos entre elas e aprendia tanto golpes de luta como inclusive algumas palavras de idiomas diferentes do seu... Achando tudo muito interessante ao seu modo ainda infantil de ver as coisas e o decorrer da vida ao seu redor...

Certa vez Omema saíra sozinha sem permissão de Kassandra Atargatis e sem que esta a visse...E seguira sorrateiramente uma das guerreiras para fora da área restrita, unicamente pela curiosidade de saber como seriam as coisas na "parte masculina" do santuário, onde sua tutora por hora a proibira de ir ...

Assim acabou assistindo a um dos duros treinos ministrado pela mulher que havia seguido... Seu aprendiz era um menino, alguns anos mais velho que Omena, que parecia ser também advindo do mesmo país de onde originava-se aquela mulher-cavaleiro de águia: o japão...

Apesar de escondida atrás de uma pedra, observava como eles interagiam entre si, e o carinho como a mulher tratava o menino apesar da dureza do treinamento ao qual o submetia... Era tão bela e acolhedora a atmosfera de cumplicidade e dedicação entre eles!

O garoto parecia admirar e respeitar tanto aquela mulher, e demonstrava por ela sentimentos tão puros... Como quem estivesse diante de uma mãe...Ou de uma irmã mais velha, já que ela parecia muito nova para ser mãe dele...

Em dado momento Omena ouviu aquele pupilo pronunciar um termo que nunca mais lhe sairia da mente após descobrir seu significado, pelo modo gentil e caloroso como o escutara ser falado quando ele se dirigia àquela mestra...

E ao qual a própria garotinha escolheria para chamar carinhosamente o seu tutor quando este se tornasse de fato seu querido mestre... A sonoridade daquele termo muito lhe agradava, pois a ela parecia evocar ao mesmo tempo respeito, consideração e admiração... Tal palavra era: "SENSEI"...

...Ainda que posteriormente não tivesse mais contato direto com a mulher-cavaleiro oriental em questão - já que esta se encontrava constantemente fora de suas vistas - e menos ainda com o jovem discípulo dela, tal palavra e seu sentido jamais abandonaram a mente infantil de Omena até que ela conseguisse usá-la com a pessoa a quem de fato mais admirava e respeitava em sua curta vida - seu tutor e futuro mestre...

Infelizmente era raro que as mulheres guerreiras que conviviam naquela área feminina do santuário lhe deficassem atenção, ou lhe ensinassem algo sem que a pequena tivesse que observar e se esforçar a aprender sozinha...

Devido à sua tenra idade, suposta orfandade e o fato de saberem que supostamente nenhuma delas a treinaria num futuro próximo, elas não se ocupavam dela... As vezes até a ignoravam!

A única que de fato não a tratava como uma mera criança a ser posta de lado era a jovem amazona advinda da ilha de Andrômeda, e que por permissão de Kassadra Atargatis era a única mulher guerreira que também residia no templo feminino: Eríthia...

A amazona de Cassiopéia havia viajado da Ilha de Andrômeda, seu local original de treinamento e também nascimento com apenas treze anos de idade por razões ligadas a certa questão sentimental com a qual não conseguia lidar e afetava consideravelmente sua permanência na ilha e inclusive seu treinamento, iniciado aos oito anos de idade...

Questão a qual, Erithia temia que afetasse também o seu maior sonho e objetivo de vida... Aquilo que ela escolhera como sendo "seu destino", após ter tido contato com a coisa, desde criança: tornar-se uma mulher-cavaleiro... Já que tendo ficado seu treinamento oficialmente inacabado ela não fora honrada com a armadura da constelação que regia seu destino, e assim não poderia se considerar oficialmente uma...

...Apesar de saber bem qual seria tal constelação e possuir um cosmo e força que se igualariam facilmente aos de uma mulher-cavaleiro de prata... Contudo preferia ver-se a si mesma como uma amazona, daquelas lendárias da antiguidade e às quais Eríthia muito adimirava e procurava se espelhar desde que chegara ao santuário... Usava sua máscara apenas para coexistir sem gerar polêmicas desnecessárias...

Apesar dos belos olhos cor de mel que sempre lhe suavizaram a face de exótica beleza, desde muito cedo, Erithia possuía o objetivo de tornar-se uma mulher forte na infância ainda na ilha de Andrômeda... Desde que lá presenciara um treinamento entre um certo mestre e seus discípulos, ainda criança, e não sossegando até estar de fato entre eles...

Ela possuía a pele bem morena, cabelos aloirados bem claros e cacheados que lhe chegavam à cintura delineada logo acima do quadril um tanto generoso e bem feito... Lembrava uma linda sereia de histórias antigas... Era com certeza uma bela mulher sem a máscara...E até mesmo com ela!

Sua voz, assim como seus punhos era um tanto forte, porém sem deixar que ela perdesse sua feminilidade, mas o suficiente para surpreender e impor respeito aos fracos... Dentro dos fartos seios batia um coração de guerreira repleto de determinação e espírito de luta, porém antes disso sendo como um oceano profundo repleto de sentimentos e segredos...

A amazona de Cassiopéia cultivara com o tempo um afeto sincero por Omena mesmo que ali houvesse chegado ainda adolescente, quando a menina nem era nascida... E apenar de nunca estar tão próxima quando a menina era ainda um bebê...

No entanto jovem Erithia gostava de incentivar o visível interesse da pequena Omena pelas lutas, e não a ignorava quando ela vez ou outra a seguia em seus solitários treinos, apesar de não ter ainda na época condições ou mesmo permissão para ensiná-la tudo o que já sabia... Ou de fato passar a treiná-la...




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Notas finais do capítulo

no próximo capítulo, como se estreitaram os laços entre Omena e o cavaleiro de escorpião, mesmo antes de serem mestre e discípula... Até lá!



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