Fogo Simétrico escrita por Krystle


Capítulo 24
O fim do amor


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capitulo da 1ª temporada gente, eu chorei muito fazendo esse capitulo e tenho ctz q vcs vão querer me matar depois de ler hahahaBem boa leitura e até o ultimo capituloKissus



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Capitulo 24

*O fim do amor*

Jade POV

Depois de uma semana em missão no Texas voltávamos para Death City de avião, e a cada minuto que passava, a cada quilómetro mais próximo de Death City meu coração batia mais rápido, faltava vinte e quatro horas ainda para chegarmos, mas só em pensar no teste e em contar para Kid eu ficava ainda mais nervosa.

–Você está tensa... – Kid falou olhando para a janela e logo se virando para mim.

–Só estou cansada – Peguei sua mão e sorri, ele se ajeitou melhor no acento ficando de frente para mim.

–Jade... – Ele acariciou minha mão – Desde o natal você está estranha. Eu sei que tem alguma coisa errada, me conta!

–Não tem nada de errado – Quase ri – Na verdade é ao contrário... Mas não se preocupe, não é nada ruim!

–Então tem alguma coisa acontecendo mesmo... – Ele se jogou na poltrona, estressado.

–Tem sim! – Ri e baguncei seu cabelo, deixando ele ainda mais estressado – Mas não é nada com que se preocupar...

–Se você está dizendo... - Sorriu e me deu um beijo. – Eu vou dormir um pouco e...

–Com licença? – Uma aeromoça o interrompeu, ela tinha cabelos rosa e aqueles olhos... Ela me lembrava de alguém que eu não gosto... Deve ser impressão. – Não pediram nada desde que entraram no voo! Querem uma água?

–Eu... – Eu começara.

–Eu quero um copo sim! – Kid disse e ela o alcançou um copo.

–Me vê um... Também... – E ela entregou-me outro.

Uma sensação estranha me passou na cabeça, uma tontura...

–Jade? – Kiddo perguntou engolindo a água que acabara de tomar.

–Sim?

–Está bem?

–Estou – E bebi um gole, a água estava tão estranha, tão amarga e ao mesmo tempo tão doce. – Essa água... Está estranha!

–Estranha? – Ele olhou para o copo – Deve ter vindo de um bar qualquer do Texas, é normal!

–Tem razão! – E tomei o resto da água. – Me deu sono agora... – Bocejei e dei-lhe um beijo na bochecha.

–Eu também... Boa noite

***

27 horas depois

Passando por essa esquina, minha vida pode mudar... Droga, droga, acho que vou vomitar...

Tínhamos acabado de voltar para Death City e obriguei Kiddo a ir pegar Hachi na casa da Maka... Ele voltaria para a casa e... Se desse positivo... Meu Kami-sama!

Estacionei o Jeep e me olhei no espelho do carro, usava um vestido amarelo, meu cabelo se via amarrado no alto da cabeça e minha franja se via toda desajeitada graças ao vento que entrava na janela aberta. Destranquei o carro e peguei minha bolsa que estava no banco do passageiro. Desci do carro e entrei na clinica.

Jade POV Off

O moreno acabara de entrar com o cachorro na casa, soltou-o da coleira e virou-se para trancar a porta. Estava realmente preocupado com Jade, mas ao mesmo tempo sentia que não era algo ruim... O que ele estranhou mesmo era ela, que assim que saiu do avião disse que teria que ir na casa de Moka e assim que terminasse seus afazeres chegaria em casa.

Ele tirou o paletó e o colocou no arco ao lado da porta e por mais que tentasse superar a sua mania de simetria, ajeitou o casaco até o mesmo ficar com os dois lados iguais. Logo que terminara a tarefa virou-se para as escadas, conferindo onde o cachorro se encontrava, logo o viu entrando no lugar onde Jade tinha nomeado como seu “quartinho” que na verdade era uma dispensa que não era usada.

Voltou seu olhar para as escadas, decidindo subi-las enquanto desabrochava a gravata...

Terminando finalmente o lance de escadas virou à esquerda, para logo chegar à porta do seu quarto. Ele já ia tirando a camisa social e estava com o pensamento que deveria ir direto para um banho.

Entrou no quarto. Entrando, fechou a porta com rapidez, porém ele não tinha olhado para a cama, que era ocupada por uma “ruiva” que se encontrava com um sorriso malicioso.

Ele virou-se ainda ofegante e quando viu ali a moça, com aquele baby-doll roxo minúsculo que ganhara de Moka, deu um pulo e estanhou os olhos, logo tendo o rosto vermelho de vergonha por estar fazendo aquilo.

–Ja-Jade? – Ele perguntou ainda um pouco assustado – Você não estava na Moka?

–Isso não vem ao caso... – A garota deu um riso rouco, ele estava a estranhando, o olhar da sua ruiva estava um tanto diferente, mas ele não ligou muito para isso, pois o que estava parecendo era que ela estava prestes a se entregar novamente, e isso o deixava ainda mais excitado. – Mas e você...? Está com vontade...?

Ele olhou para baixo, se recompondo e finalmente olhou novamente para a garota, que arfou ao ver aquele olhar, que agora se mostrava mais escuro, quase como se ela fosse uma presa e ele um tigre prestes a lhe devorar. Ele sorriu de canto, mostrando os dentes perfeitamente alinhados e brancos.

–Você ainda pergunta?

***

A ruiva, ainda se via na frente da clinica, porém agora estava com um envelope em mãos, ela estava sorrindo e ao mesmo tempo mordia os lábios, uma ação falhada de segurar o choro. Ela retirou novamente o papel de dentro do envelope amarelo, só para ter certeza se não estava sonhando. Sim, ela estava gravida, de aproximadamente dois meses. O “positivo” escrito em uma linha da folha brilhava feito estrelas para ela, e a mesma não parava de sorrir. Tinha uma vida dentro de si, a vida de um futuro shinigami ou de uma futura ruivinha maluca.

Em um ato totalmente fora de si ela começara a rir e chorar ao mesmo tempo, estava tão nervosa e ao mesmo tempo tão feliz! Não via a hora de mostrar o documento para seu amado, queria ver a reação dele, o olhar, o sorriso ou até talvez as lágrimas, ela sabia que ele ficaria feliz de um jeito ou de outro!

Com esse pensamento deu partida no carro, colocando o envelope no banco do passageiro junto de sua bolsa. Dirigiu com experiência as ruas de Death City, sem nenhuma vez tirar o sorriso do rosto.

Depois de vários quarteirões, ruas escuras e claras, ela chegara à casa mais simétrica de toda a cidade. Olhou para a casa e sorriu, fizeram tantas loucuras lá dentro, e não fora só no quarto, fora na casa inteira... Nunca pensara que Kid fosse um homem insaciável, sim, simplesmente insaciável, não que ela não fosse, ao contrário, às vezes achava ser mais viciada do que o parceiro. Nem parecia que há três meses ainda era virgem e que ele só tinha feito uma vez com uma prostituta! Sim, ele tinha lhe contado a história e ela não pôde fazer nada além de rir.

Desviando os pensamentos tarados e maliciosos da cabeça, pegou a bolsa e o envelope, logo descendo o carro respirando fundo, estava na hora! Trancou o carro e jogou as chaves na bolsa, logo procurando as chaves da casa enquanto ia até a porta principal. Assim que achou destrancou a porta, mas antes de abrir respirou fundo e finalmente virou a maçaneta, entrou na casa e olhara em volta, sorrindo.

–Kiddo? – Ela o chamara, mas não recebera resposta, deu de ombros e logo viu o cachorrinho negro com a língua rosada de fora, abanando o rabo. – Oi Hachi! – Ela abaixou-se e o pegou no colo, dando um beijo na cabecinha peluda do mesmo que quis lambe-la e brincar com seus cabelos. O pousou no chão rindo para o animal, pegou uma bola amarela que se via em cima de uma mesa e jogou para o cachorro que saiu desengonçado atrás da mesma.

Ela olhou para as escadas e deixou sua bolsa na mesa, ficando apenas com o envelope que era segurado possessivamente pelas duas mãos pálidas. Decidiu finalmente subir as malditas escadas e contar tudo de uma vez.

Ia a passos lentos e trêmulos, engolindo em seco seu nervosismo, e quase como se não quisesse, finalmente terminou de subir as escadas e virava como habito para o lado esquerdo, onde se localizava o quarto dele. Fechou os olhos e assentiu para si mesma, teria que contar uma hora ou outra, não tinha como voltar atrás e ela teria que contar agora! Ele ficaria feliz, muito feliz, e isso que importava para ela, sua felicidade!

Finalmente começou a andar e decidiu colocar um sorriso no rosto, sorriso que logo foi caindo a cada passo que se aproximava do quarto. Ela soltou uma das mãos que segurava o envelope, deixando-a cair ao lado corpo. Seu coração palpitava forte, mas não de alegria ou porque sabia que seria mãe, era uma dor que nunca sentira antes. Ela abrira a boca, para ajuda-la a respirar, não queria acreditar, não queria mesmo!

Gemidos eram ouvidos do quarto, gemidos altos de puro prazer, não só de Kid, uma mulher fazia coro com ele! Ela colocara mão na boca e negava com a cabeça, aquilo não podia estar acontecendo, não poderia ser Kid! Ele a amava, nunca faria aquilo com ela!

Lagrimas começaram sair do canto dos seus olhos, teria que ter certeza, teria que ver para confirmar algo que já estava certo, ela sabia que naquele momento ele estava a traindo, mas isso era tão surreal que ela não conseguia acreditar.

Sua mão tremula pousou na maçaneta, abrindo-a sem fazer barulho, abriu uma fresta da porta com cautela, mordia os lábios com tanta força para não gritar que os mesmos já sangravam. E quando enfiou o olhar para ver o que acontecia dentro do quarto, teve que apertar a boca e fechar os olhos com força, nunca sentira uma dor tão forte, era como uma facada em seu coração, nos seus sentimentos tão puros para com o shinigami, como ele pôde?

Lá, em cima da cama, ela viu, Death the Kid em cima de Bel Delacur.

Ela decidiu que já bastava, apertava o envelope com tanta força em suas mãos que o mesmo já se via amaçado e molhado pelo suor de suas mãos. As lagrimas não queriam deixar seus olhos e a dor no peito também não. Quando ela estava prestes a gritar para que o shinigami a visse, ela automaticamente virou-se para o lado contrário e saiu correndo segurando os soluços. Pegou a bolsa da mesa assim que deixou as escadas e logo se vira porta a fora, entrando no Jeep verde musgo.

***

Ainda entre gemidos, se encontrava Kid e a suposta Jade, em movimentos rápidos e violentos por parte do shinigami, que estava prestes a gozar. Mas logo parou, quase que instantaneamente, trazendo resmungos da “ruiva” que queria que ele a dominasse por dentro e por fora, mesmo que o ultimo ele já tivera feito, quando gozou em todo “seu” corpo.

–Que foi? – Perguntou a garota. O moreno levantou-se minimamente.

–Tem... Alguma coisa errada... – Ele apertou as têmporas com os dedos.

–O que? – Ela perguntou suspeitando que o efeito da poção estivesse passando. Ele negou com a cabeça e a olhou novamente.

–Esquece. Me desculpe!

E continuaram a fazer o que faziam anteriormente...

***

Ela andava com o carro em alta velocidade, já se via no meio do deserto, seu rosto inteiramente molhado graças às lágrimas que transbordavam de seus olhos. Ela soluçava constantemente, gritava e fechava os olhos sem nem prestar atenção na estrada a sua frente. Para descontar sua raiva e desagrado ela simplesmente apertava o acelerador, que fazia com que o carro fosse cada vez mais rápido na estrada escura.

–Merda... – Ela descontava no volante, o rímel de seus olhos já se via derretido e borrado em suas bochechas. –Por que Kid? Por quê?

Ela olhou para o banco ao lado vendo ali o envelope já todo amaçado. Fechou os olhos e negou a cabeça logo olhando para sua barriga, sorrindo minimamente um sorriso triste.

–Não se preocupe meu anjo, mamãe vai cuidar de você... – E decidiu que deveria ir com mais calma, não poderia descontar isso no seu filho, até porque, agora ele era o único que poderia salvar seus dias.

Suspirou várias vezes e continuou a andar com o carro, estava mais calma, mas não era por isso que diminuiria a velocidade do carro. Não sabia para onde ia, só sabia que queria se manter afastada de Death City por alguns dias... Na verdade ela estava pensando na hipótese de voltar para Londres e voltar a cuidar dos negócios da família, coisa que faz bem melhor do que o irmão mais velho. Ela trabalharia com o cuido dos terrenos e da revista de moda mãe, não iria mais a missões, até porque não queria afastar os gêmeos de Death City, pois ela sabia que eles amavam a cidade, e Brad e Liz estavam realmente felizes juntos. Moka com certeza votaria com Ian, até porque os dois foram para Death City a contragosto.

Ela retomaria sua vida e voltaria para sua cobertura no One Hyde Park, esqueceria-se de tudo que acontecera nesse ano e principalmente, se esqueceria do pai do seu filho.

Virara uma BR qualquer, ainda não tinha se decidido para onde iria, estava pensando em acampar no carro e voltar para cidade logo de manhã, mas precisava comer. Ela já estava aproximadamente há duas horas na estrada, já era noite, por volta de vinte horas.

De repente o carro começa a diminuir a velocidade e quase que instantaneamente ele para. A garota revira os olhos e bufa com raiva, tenta dar mais partidas no carro, mas nada ele fazia.

–Droga... – Ela rodeava novamente a chave, uma, duas, três vezes e por ultimo se deixou jogar-se no volante, fazendo o carro buzinar com violência. – De novo não, como eu sou burra!

Ela levantou a cabeça e decidiu descer do carro, foi até o porta-malas e o abriu com tamanha raiva a procura de uma garrafa de gasolina que assim que a encontrou viu que a mesma estava vazia.

–E agora Jade? Pensa... – Ela levou uma mão até o rosto apertando-o.

–Hum mocinha... Precisa de ajuda? – Uma voz embargada foi escutada no escuro da noite. Jade afastou um pouco a mão, deixando visíveis seus olhos levando-os para onde vinha a voz.

–Quem está ai? – A menina finalmente deixou sua mão escorregar, mantendo-se em alerta. Estava com um mau pressentimento.

–Oh querida não se preocupe, só estou aqui para ajudar... – A menina logo sentiu um arrepio e em um ato repentino levou a mão até a barriga. Logo uma senhora, com seus cabelos brancos e rosto coberto de rugas entrou no campo de visão da jovem.

–Quem é você? – Ela perguntou em um sussurrou raivoso, logo percebeu que a mulher era uma bruxa, não que estivesse obvio o que era, mas sim pela vibração da alma da idosa, sua mãe lhe ensinara muito sobre elas. Disfarçadamente a ruiva levou a mão livre para as costas, fazendo com que seu dedo indicador virasse uma lâmina dourada.

–Me chame de Scorpia... – Scorpia, Jade lembrava-se muito bem desse nome, a bruxa escorpião, aquela que dominava os desertos e levava a vida com a areia. – Olha só... Parece que sabe quem eu sou... Rubby!

–Você... – A ruiva a olhou com completo ódio – Minha mãe não tinha te matado?

–A bela e brava, Demétria Tolomei pensou que tinha me matado... – Ela gargalhou.

–Rubby! – A garota falou alto em um tom rouco, de completo ódio – O sobrenome dela agora é Rubby!

–Oh, parece que ainda existe uma rixa dela com os Tolomei... Que triste uma família assim...

–Vai para o inferno sua vadia! – E ela soltou várias laminas na mesma que se sumiu com a areia. Jade queria lutar, queria descontar toda sua raiva. – Onde está? Covarde! Lute!

–Idêntica ao James... – A mulher apareceu deitada em cima do carro, fazendo Jade se distanciar, transformando seu braço em uma metralhadora – Sabe Jade... É Jade né? Uma mistura de iniciais, “Ja” de James e “De” de Demétria... Acertei? Como o amor é lindo!

–Não te interessa! – A garota berrou atirando diversas vezes contra a bruxa que mais uma vez se transformou em areia, aparecendo na frente de Jade, cara a cara.

–Sabe Jade, eu poderia muito bem ser sua mãe! – A bruxa sem dizer uma palavra lhe acertou uma tapa no rosto fazendo Jade voar para longe. A garota tentava se levantar, mas de repente levou um chute nas costas a deixando sem fôlego. A bruxa era tão forte mesmo sem usar seus feitiços. – Mas James sempre babou pela “Demi”, e ela o tratava tão mal... Ele era tão idiota!

–Não... – A garota fechou os olhos com força, respirando com dificuldade, agora ela lutaria de verdade. Ela levantou-se e se virou pausadamente para a bruxa -...Não chame meu pai de idiota!

–Que fofa, ela honra a família! – Ela riu e Jade sorriu de canto, concentrando todo seu poder em sua alma dourada repleta de rosas e seus espinhos, junto com pequenas penas que flutuavam em volta, a alma dela poderia muito bem ser considerada do mesmo nível de Justin Law e faltava pouco para ser considerada idêntica a do seu pai. – Igual ao pai até na alma...

–É claro sua idiota... Até porque... Eu não sou sua filha! – A bruxa sentiu uma ponta de inveja, mas ignorou.

Jade fechou os olhos, ainda com aquele sorriso típico egocêntrico. O vento e a areia começaram a rodear em volta de sua alma, seus cabelos vermelhos foram desamarrados e agora se viam soltos voando junto de sua alma. E sem mais sem menos seu corpo começou a ganhar uma coloração dourada, nela, a armadura de anjo começara a ganhar forma, de suas costas saíram as grandiosas asas douradas, as penas eram laminas pontiagudas e automaticamente uma armadura envolveu seu vestido amarelo que agora se via totalmente dourado. Em suas mãos grandes katanas apareceram, ela fez a posição de ataque e voou para cima da bruxa.

Uma luta interminável começou, a bruxa soltava seu veneno na garota que desviava com elegância e pratica, ela dava piruetas com suas asas, cortando a bruxa que sempre que a atacava era furada pelas laminas das asas da ruiva. A bruxa se via toda ensanguentava enquanto jogava feitiços em Jade que se livrava dos mesmos com rapidez.

–Nunca pensei que fosse tão forte... – A bruxa parou, respirando com dificuldade enquanto cuspia sangue, devido uma hemorragia interna que Jade provocara quando enfiou a Katana em seu fígado.

–Não estamos aqui para conversar – A ruiva disse sombria, transformando as duas katanas em uma grandiosa foice.

–Vai me matar Jade? Tão fria...

–Não sei como pode continuar a ser cínica quando se está prestes a morrer... – Jade se aproximava de vagar, preparando a foice para o ataque.

–Calma menina... Seu pai não vai gostar de saber...

–Ele vai amar saber! – Interrompeu – Prepare sua cabeça...

–Não antes de te tirar uma coisa... – A frase fez a ruiva ver-se em dúvida – Não teve capacidade nem de cuidar do próprio filho...

–O quê... – Antes que a ruiva terminasse a pergunta a mão da bruxa virou um jato de areia que atravessou a barriga da ruiva que caiu estática.

–Idiota! – A bruxa ria histericamente enquanto cuspia sangue – Sabia que fetos já tem alma? Pena que o seu não tem mais nenhuma!

–Não... – Jade sussurrou estática, a ardência em sua barriga era tão forte, ela não conseguia mover nenhum musculo do seu corpo. Ela sentia o sangue quente escorrer por suas pernas embaixo do vestido. – O que você fez... – A ruiva gritou de dor quando o jato de areia finalmente saiu do seu corpo carregando com sigo uma pequena bolinha lilás que brilhava. Ela já não sentia seu filho dentro de si – O que... Você fez... com o meu bebê? – Ela disse enquanto tossia sangue, lagrimas já saiam de seus olhos, ela não queria acreditar.

–Não é muito óbvio? – A bruxa sorriu enquanto carregava a pequena bolinha em suas mãos – Apenas o matei... Que pena... – Ela estudou a alma – Era um pequeno shinigami!

–Não... – A ruiva gaguejou baixo, engolindo o forte soluço que queria escapar. – DEVOLVE O MEU FILHO! – Ela gritou, a bruxa se aproximou rapidamente dando-lhe um chute no estomago.

–Não estou com vontade... – Ela riu, virando a cabeça da ruiva para ela – Agora veja o final do seu amor com filho do shinigami-sama... – E o inevitável aconteceu, a pequena alma foi levada até a boca da mulher que a engoliu com prazer. – Nunca comi uma alma de shinigami antes, mas adorei...

E a ruiva, olhando ainda estática a que acontecia, viu a bruxa se levantar rindo levemente.

–Sabe... – A bruxa a pegou pelo pescoço, levantando-a em sua altura – Eu não vou te matar agora, pois quero que você sofra muito mais... – E a soltou no chão – Ah, vai demorar um pouco para você recuperar os movimentos... Espero que as pumas não te devorem...

A bruxa se virou e andava calmamente pela estrada, sorrindo satisfeita, tudo tinha saído de acordo com seu plano... Desfez o amor da filha de sua inimiga e ainda tinha abordado o neto de James Rubby, teria coisa melhor?

Ela só não contava com a astúcia da ruiva, que colocando toda sua raiva em seus sentidos, levantou-se com dificuldade, seu aspecto sombrio levou-a até o para-choque do Jeep. Ela já se encontrava sem nenhuma arma ou armadura, mas estava com tanta raiva que seria capaz de tudo para matar a bruxa. Em paços lentos e sem nenhum ruído arrancou o para-choque do carro com o mínimo de dificuldade, o aço do Jeep era pesado, e ela não via hora de arremessa-lo na cabeça da bruxa. Com esse pensamento ela sorriu, a bruxa ainda estava em seu ponto de vista, cantarolando uma musica fantasmagórica. Jade ainda lentamente se aproximou dela com o mesmo sorriso, levantou o pedaço de aço até a altura da cabeça e em base de segundos acertou o crânio da idosa que caiu no chão tonta.

–Desgraçada... Como você... – A bruxa não pode terminar, pois nesse momento a mão da garota virou uma faca, ela agarrou a língua da mulher e a arrancou, fazendo com que um jato de sangue espirrasse em seu rosto.

–Isso é pelo meu filho e pela minha mãe, sua vadia! – E assim, a outra mão virou na mesma faca, e quase simultaneamente a ruiva deu várias e intermináveis facadas na bruxa, que tentava gritar inutilmente.

A garota lhe arrancou todos os membros, lhe cortou a barriga, lhe arrancando as tripas, cortou cada veia, furou seus olhos e assim que abriu seu peitoral e lhe arrancou seu coração, seu corpo se decepou transformando-se em uma alma alaranjada que logo foi devorada pela garota que riu roucamente enquanto se levantava pingando sangue, mas o riso logo viraram lágrimas intermináveis e gritos histéricos enquanto ela segurava sua barriga. Ainda em soluços se aproximou do carro cambaleando, abriu a porta com dificuldade e pegou o celular, discando o número da melhor amiga.

–Jade, estou tentando te ligar a horas, onde você se meteu? – A azulada jogou as palavras assim que atendeu ao telefone ao primeiro toque.

–Estrada... – Foi a única coisa que a ruiva conseguiu falar, mas logo começou a tossir sangue novamente.

–Jade... O que ouve... Que voz é essa? O que aconteceu?

–Estou à 390 quilómetros de Death City, chame uma ambulância eu... Não vou aguentar muito tempo...

–O que você quer dizer com isso Jade? – A azulada perguntou com tamanho medo no outro lado da linha.

–Estou perdendo muito sangue... Por favor... – A ligação caiu, a mão tremula de Jade deixou o celular cair na areia do deserto de Nevada. E a menina caiu quando o breu da noite levou-a direto ao encontro do chão.

Continua


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