Despedaçado ! escrita por ro_dollores


Capítulo 1
Capítulo Único




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Ele abriu a porta e uma sensação de estranheza invadiu a alma, lhe apertando o peito.

“O que é isso ?”

Aquela intuição que ele já havia sentido antes, algo inexplicável que lhe povoava os pensamentos.

“Uma miniatura”

Com muito cuidado, aproximou os olhos e pôde notar que era o cenário de um novo crime.

Ainda mais temeroso, moveu o pequeno automóvel vermelho, totalmente destruído e seu coração congelou !

“Sara !!! Não !!!”

Ele quis gritar para acordar a si mesmo daquele pesadelo. Mais parecia um dejàvú.

Tantas e tantas vezes temera por situações que colocassem em risco a vida de quem mais havia amado em toda sua existência ! Agora estava acontecendo !

Quando tinham alguns casos contundentes, outros nem tanto, mas igualmente preocupantes.

Sara tinha uma paixão nata em se envolver com seu trabalho, era tão intensa que, às vezes, sua energia parecia ser tragada de seu corpo e transportada por um mundo bastante cruel.

Ele se preocupava com ela, às vezes se deixava ser visível, outras, silenciosamente, para que ela não se zangasse com ele enquanto explanava que ela sabia se cuidar. Foram dezenas de vezes em que enfrentara sua determinação e, invariavelmente, se rendia, concordando contrariado, para não dar abertura à uma discussão. Ela era doce, mas quando se tratava de si mesma, havia uma teimosia palpável que transformava uma simples observação em um ponto crítico.

Mas toda aquela tensão, tinha seu lado bom também. Por algum motivo que ele nunca conseguiu entender, algumas dessas vezes, ela apenas se achegava a ele, sem dizer uma palavra.

Noites e noites ela estivera em seus braços, envolvida em seu silêncio. Apenas querendo que ele a segurasse forte e acariciasse seus cabelos, fazendo com se sentisse protegida.

Esse era seu lado tão menina que o deixava em encantamento.

Ele percebia, em suas mudanças repentinas, no meio de um impasse, que ela tinha um medo quase palpável, não da morte, não da exaustão, mas de que lhe fosse tirado algo importante.

Somente ela sabia o que era.

Quando Sara olhava em seu olhos super protetores, era como se aquela sensação de ser cuidada gritasse forte dentro de si. Ele era tão especial, com sua maneira de cuidar. No meio da ambiguidade de querer parecer sempre forte, e de seu lado feminino que precisava de atenção, ela se abandonava ao conforto de uma relação poderosa feito a deles, cercada de confiança.

Ela tinha seus medos sim, tinha medo de perdê – lo, medo de que ele pudesse simplesmente se cansar.

Estar com ele havia sido um longo e doloroso caminho.

Foi um sentimento batalhado dia a dia, muitas renúncias, algumas oportunidades de se envolver com alguém interessante haviam lhe escapado, na espera do homem que ela sempre amou !

Anos e anos, pedindo em silêncio para que ele a visse, além de sua vida metódica, além do trabalho. Que ele a visse como ela o via !

Sem filtros e máscaras, sem artifícios ou qualquer outro empecilho que não deixasse que fossem felizes.

Ela sentia que poderia ser ! E por que não ?

Nos momentos em que ela se deixava no abandono de seus braços, ele se sentia protetor, saciado, feliz ! Com sua maneira discreta e silenciosa de sentir que ela lhe dera uma vida.

Uma vida que ele nunca teve !

E aquele maldito telefone, apenas chamando e chamando por segundos que pareceram horas.

_Atenda Sara ... por favor ... atenda ... vamos ... querida ... preciso ouvir a sua voz !

A cada minuto, a ansiedade era transformada em desespero.

Ele desligou e o pânico tomou conta de seu coração. Ele sabia. Aquilo era real. Tão real que sentiu uma vertigem.

Mas não tinha tempo de se dar ao luxo de pensar em si próprio, ou como sua visão se tornou turva, e uma sensação de desgosto o abateu. Sara estava em algum lugar, presa sob um carro, sofrendo ... e ele tinha que pensar, e pedir aos céus que pudesse tê – la de volta.

Grissom caminhou apressado, precisava encontrar sua equipe, quanto mais se unissem, mais rápido eles teriam êxito.

Outra vez o desespero e aquela dor intermitente que parecia mais um pesadelo sem graça, um filme de horror.

Pense.

Pense.

Toda sua energia foi canalizada para ela.

Ele fez uma rápida reunião e logo estavam de posse de fotos da cena de um crime. Ele se lembrava bem, estavam em um clima adorável, trocando olhares e discretos carinhos. Eles haviam passado aquela tarde toda juntos.

Foi então que ele viu a maneira como Natalie olhava para eles no meio da multidão.

Ela sabia.

Sabia que eles se pertenciam, ele havia a tocado com intimidade e carinho.

Os dedos fortes deslizaram pelo braço propositalmente, e um leve sorriso, confirmando o quanto ele se sentia bem ao lado dela, lhe despertando do devaneio.

_Tem alguma coisa diferente neste caso. - Cath anunciou.

Ele pensou e sem se importar com as consequências, disparou seu segredo para quem quisesse ouvir.

Natalie o culpava pela morte de seu pai, ele havia tirado a pessoa que ela mais amava.

“ E agora, vai fazer o mesmo comigo.”

Concentrado em como trabalharia sua mente para encontrá – la, ele nem percebeu a troca de olhares ao seu redor.

Que se danasse todo o mundo.

O “seu” mundo estava desabando e ele tinha que fazer alguma coisa, dar um jeito naquela impotência que lhe travava o raciocínio.

Ele levou a mão à boca e imaginou por segundos, o que faria de sua vida sem ela.

_Não ! – Um grito de horror escapou de sua garganta, e os olhares de seus companheiros ficaram mais atentos, focados nele.

_Grissom ... você está bem ?

Ele não respondeu, tudo o que ele mais amava estava desmoronando à sua frente.

Ele pediu em silêncio ao seu Deus, que ela suportasse, que ela estivesse lutando, brigando para sair de onde quer que estivesse.

Ela estava viva, Natalie era minuciosa e não usaria um detalhe como sua mão se movendo se não fosse a cena real.

Pouco depois, ele confirmara suas suspeitas, quando a interrogou.

Uma vontade enorme de lhe esbofetear quando ela se tornou apática, esquizofrênica.

.........

O tempo corria e ele parecia viver apenas para saber onde ela estava.

Ele se esqueceu de tudo, se alguma coisa acontecesse com ela, jamais se perdoaria.

Pelo tempo em que esteve no limiar de uma vida quase sem emoção, vivendo de seu trabalho e do medo de não tentar. Por tantas vezes em que foi responsável pela tristeza em seu semblante.

Ele a amava, não sabia desde quando, talvez fosse desde sempre, mas não sabia como lidar com aquele sentimento.

Se envolver era arriscado demais.

Mas houve um tempo em que, sufocado, preso em madrugadas sem sono, começou a se permitir o talvez !

Talvez ele apenas pudesse tentar.

Talvez seu beijo não fosse tão doce.

Talvez conviver com ela, arruinasse a imagem da perfeição.

Mas o talvez foi abolido totalmente quando ela o envolveu ainda mais naquele amor imenso.

Mais uma vez, ele se permitiu analisar o relacionamento deles. Aquilo não saía de sua cabeça.

Na verdade, ele se agarrava às lembranças para amenizar o sentimento iminente da perda.

Desde o princípio, em seus primeiros dias, ela foi além de tudo o que ele pudesse esperar.

Seu sorriso cativante, sua forma de olhar para ele, de procurar sua presença apenas para se certificar que ele estava bem.

A doçura do cuidar, a delicadeza de seus pés roçando os dele, a maneira como ela o acalentava, com se toque mágico, dissipando angústias, sombras e desgostos. Trazendo para o convívio deles, a luz, a suavidade e as ondas de puro contentamento quando seus corpos se tocavam.

Seu mundo limitado se expandiu.

Ele nunca valorizou tanto estar acompanhado.

Era uma sensação gostosa olhar para sua escova de dentes, para os frascos de banho e todos os cuidados que ela tinha consigo, sempre tão perfumada, infinitamente feminina e totalmente apaixonante.

E ele foi se deixando levar.

Dia a dia !

Pouco a pouco !

Ela respeitava seus limites, não questionava sua maneira de ser, de agir. Apenas ficava ao seu lado.

Ele sentia aquele amor atravessar sua alma cada vez que acordava ao lado dela.

Não havia paranoias, comuns em relacionamentos, cobranças e todas as questões de conflitos de pensamentos que envolviam uma relação.

Era como uma canção com final feliz.

Não era um conto de fadas. Já não era tão jovem e tinha suas limitações.

Sua maior aventura era passear pelo seu corpo, tentando entender como pudera ser tão cético.

Ela estivera o tempo todo ali de braços abertos e ele não conseguia visualizar o quão importante seria uma abertura. Literalmente.

E estava sendo assim.

Até que ele se deu conta do que poderia perder se a “perdesse” !

“Não permita que ela enfraqueça ... eu ... preciso dela !”

Ela precisava saber tudo o que ele nunca disse.

….......

“Droga”

Ele socou o sofá de sua sala e escondeu o rosto nas mãos, derrotado, fraco, incapaz !

De início ele apenas deixou que uma lágrima deslizasse por sua face, depois se permitiu chorar de verdade.

Chorar pela falta dela, chorar por não saber suportar por ela. Ele tinha que ser forte e só o que ele fazia era se abater.

Precisava pensar.

Sons de suas risadas gostosas invadiram sua mente e ele apertou os olhos, querendo acreditar, pela décima vez, que só estava tendo um pesadelo.

Que, logo ela estaria abrindo aquela porta e olhando para ele como se nada mais existisse ao redor.

Ela o amava tanto. E era bom !

Ele estava perdido !

“Gil ?”

Ele tentou disfarçar os olhos vermelhos mas era tarde demais.

“Você está bem ?”

Cath se aproximou lentamente e ficou de frente a ele, tentando não se desesperar com seu estado lastimável.

Uma tristeza que corroía a alma.

Ele a amava ... muito ! E precisava dos amigos para que ele pudesse ter forças para não esmorecer.

“Nós vamos encontrá – la”

“O que vou fazer sem ela, Cath ?”

Desta vez ela se sentou ao seu lado e o abraçou, lutando contra suas próprias lágrimas.

“Confie ! Ela é forte!”

Ele acreditava também, mas seu coração estava se definhando com o passar das horas angustiantes.

….......

Buscas incessantes, mobilidade geral.

Então o carro foi encontrado, soterrado pelas areias que as águas trouxeram.

Ele pensou alarmado que, se ela estivesse ali, não havia como ser encontrada com vida.

Foi uma confusão de pensamentos e só o que ele queria era trazê  -la de volta.

Ele não soube se o que sentiu foi alívio, por perceber que ela havia conseguido sair de debaixo daquele monte de aço retorcido ou frustração, de não tê –la encontrado perto dali.

Novas buscas e desta vez, seus maiores temores ganharam consistência.

Um corpo no deserto, de bruços, irreconhecível pela posição.

A dor que ele sentiu ao se ajoelhar para “cavar” entre lama e sujeira, típicas de um deserto, foi a pior sensação que já havia vivido.

Por uma fração de segundos, ele pensou que não teria forças para suportar tamanha angústia.

Depois, ao virar o corpo castigado, um sopro de alívio. Não era ela.

Pobre homem, se perder naquele deserto. Um fim muito trágico.

O tempo continuava passando.

Em certo momento, ele se rendeu à revolta !

Por não ter podido dizer a ela que a amava mais que a sua própria vida. Por ter deixado passar a chance de viver momentos extraordinários ao lado dela.

….......

O deserto quente, a temperatura subindo.

“Onde ela está. Cath ?”

Ela se virou para ele, imaginando como foi que as coisas aconteceram bem debaixo de seus olhos e ela não percebera ?

Como um amor como aquele, que a impressionava pela intensidade acontecia sem que ninguém soubesse.

Eles eram bons.

Era sabido que havia uma certa tensão entre eles, era de conhecimento geral ! Mas, eles estavam vivendo um romance que parecia incrível, e haviam dissimulado com perfeição.

Ela ouviu ele dizer sobre as condições do tempo, o calor que a desidratava, a dor progredindo em seu olhos.

Mais uma vez, ela tinha que lhe dar um alento, então repetia, talvez para convencer até a si mesma.

“Ela é forte … uma guerreira ! Vai conseguir !”

….......

Todos fechando o cerco, vasculhando cada pedacinho daquele deserto.

Então o anúncio pelo rádio compartilhado, Nick havia a encontrado !

Ele correu, aos trancos, ainda inseguro de como ela poderia estar, então seus olhos lhe deram um presente.

Grissom ouviu sobre sua situação, limpou a testa molhada sob o boné, mas não tirou os olhos dela em nenhum momento.

“Eu vou com ela !”

Sua mão sobre a dela, e naqueles poucos minutos, sete mais precisamente, ele quis dizer com seus incríveis olhos azuis que sua vida havia sido devolvida.

Ela abriu os olhos ainda muito fraca, seus membros dormentes, mas as letras brancas destacadas sobre o fundo escuro do colete dele lhe trouxe um alento.

“Grissom”

Sua boca quis dizer.

“Fique comigo”

Tudo o que ela mais queria, se materializou à sua frente e quase sem forças ela suspirou aliviada, sentido o toque doce e confortável da mão forte sobre a dela.

Um discreto sorriso, bem ao seu estilo, afinal ele não era dado a demonstrações afetivas em público.

Sua mente entorpecida quis sorrir do pensamento. Ele era diferente, mas tão especial. Ela o amava do jeito que fosse.

….......

Tudo parecia doloroso, até mesmo estar de olhos abertos.

O barulho intermitente de aparelhos, e mais uma vez sua primeira visão foi a dele.

Ela sentiu o calor de uma mão sobre a sua, uma confusão de pensamentos, e as coisas ao redor pareciam flutuar sob sua cabeça.

“Sara ?”

Ela quis responder, mas o cansaço travou todos os seus membros, o corpo pesado, nada obedecia seus comandos.

“Honey ?”

Seu raciocínio estava lento, mas ela sabia, seu coração não se enganava. Grissom !

Uma pequena lágrima escapou do canto de seu olho, o toque dele, com uma suavidade impressionante, do jeito que ela conhecia. Queria saber onde estava, o que acontecia que se sentia tão imóvel e fraca. Tudo escurecendo novamente.

Ela podia ouvir a voz dele sumindo ... sumindo ...

“Eu estarei aqui para você, sempre !”

….......

Ele se mexeu na cadeira, esteve por tanto tempo entorpecido pela dor que seu corpo não conseguia descansar.

Seu estado ainda era preocupante.

As palavras do médico sobre os danos que ela sofrera foram cruéis, porém realistas. Ele tinha que saber.

Seu braço havia sido quebrado em três lugares, uma cirurgia de quase quatro longas horas, alguns pinos para devolver a mobilidade do encaixe, a urgência de tomada de decisões, seu corpo estava fraco e o nível de desidratação era assustador. Foi como se uma bomba explodisse bem diante de seus ouvidos quando Dr. Morris demonstrou surpresa por ela ainda estar viva !

Tinha sido por um fio.

“Ela tem uma vida saudável ?”

“Sim … bastante !”

Ele lhe daria a informação que quisesse sobre ela, conhecia todos os seus hábitos. Um leve sorriso quando o pensamento de uma certa manhã recente.

“Você não acha que deveria diminuir toda essa gordura que consome, Gris ?”

“Acho !”

Ela olhou de repente para ele com um sorriso surpreso.

“E … ?”

“Talvez eu devesse mesmo fazer isso !” -

“Embora seu metabolismo pareça fantástico … gostaria que pensasse sobre o assunto.”

“Vou pensar!”

Grissom olhou para a própria refeição. Ovos mexidos, bacon, manteiga !

Era saboroso, mas também comia coisas saudáveis. A acompanhava nos sucos, no queijo magro, o leite de soja.

Ele estava disposto a fazer o que ela quisesse quando saísse dali. Até mesmo as caminhadas que ela cansava de chamá – lo.

Seus olhos não conseguiam desgrudar dela.

Os dedos longos que faziam falta em seus cabelos, os desenhos que ela traçava em seu peito, delicadamente, a maneira quando ajudava com os botões de sua camisa, sempre mordia o lábio inferior. Era lindo.

O corpo quase inerte, a lentidão da melhora. Ela ainda corria riscos.

“Dr. Grissom ? Aconselho que vá para casa … “

“Não ! Eu preciso ficar com ela ...”

“Mas … não há nada que possa ser feito. !”

“Ela precisa de mim … eu sei …”

E ele precisava dela.

Nem se atrevia a voltar para aquele apartamento vazio, encontrar suas coisas por toda parte, sentir a cama gelada. Ele não ia conseguir !

Diante de sua relutância, ele viu o bom médico levantar as mãos e encolher os ombros.

“Faça como achar necessário !”

“Obrigado !”

Será que ele não conseguia entender que ele tinha que estar ali. Sempre !

Depois foi a vez de seus amigos.

Um a um , tentando convencê – lo a descansar, a dar uma volta, a ir para casa tomar um banho decente, talvez pudesse agraciar seu corpo com a enorme banheira que mantinha na suíte.

Mas não ! Já era doloroso, mesmo que fosse por pouco tempo, tomar uma ducha, agarrar alguma coisa para comer e depois voltar para seu posto, exatamente ali, ao seu lado !

“Você precisa de um pouco de descanso, Gil !”

“Não, Cath !”

“Posso ficar aqui para você … descanse pelo menos em algo mais confortável !”

“Não … eu prefiro ficar … Greg !”

“Vá para casa homem !”

“Não posso, Jim … eu não sei o que fazer lá !”

Ele havia confessado com uma tristeza absurda e tão visível quanto suas profundas olheiras.

Não ! Não ! E Não !

Nada o faria sair de perto dela.

Quem sabe se …

“Gris ?”

Ele se levantou em um salto.

A voz fraca, a boca seca, os olhos tremendo.

Ele reduziu a iluminação, para não agredir sua visão.

“Eu estou aqui … !”

Ela havia acordado há alguns segundos, mas precisou se concentrar para saber onde estava.

Ele ajeitou o cabelo que lhe caía na testa e depositou um beijo exatamente ali.

Se ele tivesse ido para casa, como estaria agora, respondendo ao seu chamado ? Ele agradeceu aos céus pela intuição.

“Gris”. Ela repetiu com dificuldade.

Neste exato momento uma enfermeira com uma bandeja repleta de frascos.

“Hora certa … você está acordada … isso é bom !”

Ela não desviou o olhar dele por um segundo que fosse.

“Pode me dar um pequeno espaço, por favor, Dr. Grissom ?”

“Sim … claro.”

“Não … fica !”

“Estarei aqui … não se preocupe !”

Os olhos dele estavam doloridos do esforço de não se deixar abater. Ela fazia um esforço sobre humano para falar, para qualquer gesto, mesmo o mínimo. E não queria que ele saísse dali.

“Você tem um bom guardião, querida !”

Sara tentou um pequeno sorriso. Ela sabia !

“O que … aconteceu ?”

A enfermeira tocou discretamente o braço dele.

“Você está em um hospital, se recuperando bravamente. Você é uma fortaleza e estamos orgulhosos de seu progresso !”

….......

“Ahhh … então a Bela Adormecida, despertou ?”

“Oi Cath …”

Grissom sorriu para ela, estava cada dia mais magro.

“Se você quer saber, acho que invejo você !”

“Tenho … certeza que não !”

“Menina, quero saber o seu segredo !”

“Hã”

Cath olhou para seu supervisor e piscou um olho.

Por tantas vezes ela tentou afastá – lo daquele hospital. Foram inúmeras, até que desistiu completamente, assim como seus companheiros.

“Você fez Grissom esquecer do laboratório.”

“Ele faria isso por qualquer um de nós”

“Tenho certeza que sim, mas por motivos diferentes.! Talvez uma maneira diferente !”

Sara arregalou os olhos e corou.

“Todos nos já sabemos ...”

Ela não sabia como agir, tinha sido pega de surpresa. Depois de seu recente despertar, eles ainda não haviam tocado no assunto.

Ela ouviu com atenção, Grissom descrever de maneira quase sucinta o que havia acontecido realmente. Ela se lembrava de muitos detalhes. A maneira como foi abordada, o carro em movimento, a tentativa de fuga. A conversa com Natalie, a primeira noite no deserto, depois mais alguns flashes antes de perder os sentidos, debaixo de um pequeno arbusto.

Ele havia lhe contado do desespero da equipe, da união, do quanto todos estavam empenhados em encontrá – la.

Grissom fez uma pequena pausa, um silêncio revelador, que a fez querer receber seu abraço. quando ao notar as lágrimas que ele tentou disfarçar.

“Gris … eu ...”

Foi nesse momento que foram interrompidos por Cath.

“Não fique constrangida, podemos aceitar isso …”

“Nós não queríamos ...”

“Está tudo bem, nós entendemos.”

“Obrigada … Cath.”

“Não me agradeça … ainda … talvez eu queira saber de … alguns detalhes !”

“Catherine !”

Ela soltou uma boa gargalhada, diante da incredulidade de seu sério amigo !”

“Não esses detalhes …”

Sua careta foi impagável. Sara teve que admitir que era uma situação bastante constrangedora, mas não deixava de ser engraçada.

“Alguma do tipo ..como começou, desde quando ...”

“Um outro dia … quem sabe...!”

“Gil … isso é uma conversa de mulheres !”

Sara deu um novo sorriso, mas estava com os olhos pesados e resolveu que precisava fechá – los. Quando acordou novamente, ela viu seu namorado de pé, na porta, as mãos nos bolsos e parecia muito preocupado.

Ela fez uma careta de dor, seu braços ainda a incomodava.

“Você está bem ?” Grissom se aproximou rapidamente.

“Sim … apenas um incômodo … meu braço parece pesar toneladas.”

“Você fez uma cirurgia delicada, querida …”

“É ! E você ? Não me parece bem !”

“Mas eu estou … não se preocupe. !”

“Eu sinto que não é verdade !”

Ele olhou para ela, puxou a cadeira, beijou seus dedos, um a um e suspirou.

Com a outra mão, ele tocou o lado de sua face livre de ferimentos.

Um toque e eles olharam em direção à porta.

Greg e Warrick, com enormes arranjos de flores.

“Meu Deus !”

Grissom se levantou rapidamente dando lugar aos meninos para que se aproximassem. Ele tomou uma pequena distância e voltou suas mãos para os bolsos.

“Você nos deu um belo susto, não faça mais isso !”

“Vou manter isso em mente, Greg !”

“O Nick deve aparecer por aqui a qualquer momento. Foi para casa tomar um banho.”

“E então … como vai nossa garota ?”

Eles olharam para Grissom. Ele inclinou a cabeça de lado, depois arqueou uma de suas sobrancelhas.

“Acho que ...não foi desta vez !”

Sara pareceu nem perceber uma certa tensão, eles ainda tinham que se acostumar com a novidade. Agora ela era a garota do chefe ! E sabe -se lá desde quando.

Greg ficou mentalizando as muitas vezes em que suas demonstrações de carinho estiveram balançando na frente dos olhos dele.

Foram inúmeras.

Abraços e beijos em suas bochechas, a brincadeira de cheirar seu pescoço cada vez que ele a via após os banhos que ela tomava do laboratório.

De repente ele começou a se lembrar que ultimamente ela parecia mais contida em suas reações. Então era isso.

O chuveiro !!!

Eles haviam tomado banho juntos. Foi para desintoxicação, mas mesmo assim havia sido um banho. Corpos nus. Ele fechou os olhos, mas segunda ela, havia feito o contrário.

Céus, ela havia dito em alto e bom tom, e o chefe estava por perto. Tinha certeza. Será que já estavam juntos ? De qualquer maneira Grissom pareceu bastante mal humorado naquele turno.

E também, quando foi atacado pela gangue de mascarados preconceituosos.

Sara havia lhe trazido uma caixa enorme de chocolate, enfeitada com corações, ela havia dito que fora a única caixa que ela encontrou disponível para caber tantos bombons e alguns livros. Grissom havia ficado à porta, os braços cruzados observando a interação deles, a preocupação dela.

Será que ele era ciumento ?

Talvez não ! Ele parecia não ter mudado com ele.

Greg sempre sentiu um sentimento maior por ela, mas Sara nunca lhe dera uma chance. Então ele decidiu que seria apenas sua amiga, a melhor !

Oh ! Ele também se lembrou que há um tempo, ele havia feito uma brincadeira na frente dele !

Havia dito que tinha sonhos com ela em uma garagem, mas que não havia Grissom como testemunha. Então fora por isso que ele havia batido com o boneco em sua cabeça, “sem querer” !!!

Bem ... estava feito, não ia ficar se lamentando, como é que ele ia saber ?

Agora estava ali com ela, retribuindo o carinho que ela também tinha por ele. O carinho que ela tinha por todos.

Ela era uma mulher sensacional, ajudou Warrick em seus piores momentos, embora eles tenham tido um começo bastante tenso. Ela viera de São Francisco para uma sindicância o envolvendo.

O supervisor havia a convidado. Eles já se conheciam desde então !

Mas havia sido por ordem dele. Ela era honesta e limpa !. Intercederia por qualquer um deles, não importava as consequência, ela tinha seus princípios e os seguia cegamente, mesmo que isso implicasse em suspensão.

Ela era assim. Especial !

Grissom era um cara de sorte, e eles esperavam que ele tivesse consciência.

Eles não se cabiam de contentamento, mas estavam em um hospital e ela parecia ainda precisar de paz, muita paz para se recuperar. E o amor de cada um deles.

Warrick e Greg ainda ficaram um bom tempo, eles notaram as muitas vezes que trocaram sugestivos olhares.

Houve um momento em que ela o chamou para perto dele.

“Pode me ajudar com os travesseiros ?”

“Claro … honey....”

Os dois quiserem rir, mas se controlaram.

Era muito estranho imaginar que ele pudesse ser um homem de sentimentos mais apurados em relação à uma mulher. Que pudesse manter uma relação mais profunda. Será que ele fazia Sara feliz ?

Terri Miller, Lady Heather, elas não eram referência. Eram estranhas combinações. Houve talvez uma maior aproximação de Sofia, mas a coisa toda parecia mais pelo lado da amizade. Talvez eles apenas se dessem bem. Como Greg e ela !

….....

Sara pediu à Grissom que pudesse levantar o encosto da cama e a ajeitasse melhor. Suas costas doíam um pouco e seu braço mais uma vez parecia estranho.

“Está sentindo alguma dor, Sara ?”

“Meu braço ! Acho que tem alguma coisa errada.”

Sem esperar que ela dissesse algo mais, ele chamou a enfermeira e lhe deu instruções para que chamava o médico dela.

“Dentro de meia hora acredito que ele passe por aqui !”

“Seria interessante que ele pudesse vir agora, por favor. Estou preocupado, mesmo com os medicamentos ela ainda sente dores !

A simpática enfermeira assentiu, bastante preocupada.

Tinha sido uma cirurgia muito delicada, os danos por pouco não foram irreversíveis. Os ossos fraturados estavam em estado crítico. Foram longas horas para que pudesse fazer as correções necessárias e obrigatoriamente a medicação tinha nível dez, era de largo espectro, não era para ela sentir dores, apenas desconforto.

“Estou preocupado, Sara !”

A sensação era de que estava sentindo pequenos choques que respondiam do cotovelo ao ombro. Mesmo assim ela não queria alarmá – lo, ele já parecia tão destruído.

“Venha cá !”

Ele se aproximou a olhando por baixo, feito um garoto carente, como costumava fazer quando estavam sozinhos.

“Vou ficar bem … acredite.”

Ela tocou seu rosto sentindo os pelos ásperos que marcavam a face com uma sombra escura.

A vontade era de poder levá – la para casa o mais rápido possível, sair daquele lugar que lhe causava tristeza e angústia.

Mas tinha que viver o tempo dela, o tempo da recuperação, e para isso tinha que ter paciência e demonstrar a ela que estava bem. Mas não estava conseguindo.

Do momento em que descobrira que era ela quem estava debaixo carro, sua própria vida teve um colapso. Tudo era em função dela, todas as suas preocupações eram para ela.

Não havia como ele acreditar que ela estava bem não estando. Seus lábios tocaram a testa dela suavemente.

Eles ouviram um pigarrear discreto e se separaram.

Nick entrou, logo em seguida o dr. Morris.

O médico esperou que Nick a cumprimentasse adequadamente, depois o texano se afastou, entendendo que o homem tinha que cumprir suas funções.

“Me descreva quais as sensações, querida.”

Sara contou detalhadamente o que se passava, o que mais o impressionou foi a dor ainda aguda.

“Vou pedir imediatamente que preparem alguns procedimentos para melhor análise.”

“Obrigada ...”

“Você ainda tem uns minutos com ela, amigo. Mas seja breve.”

Nick assentiu.

“Você está bem ?”

“Na medida do possível … sim !”

Ele olhou para Grissom muito sem graça, havia interrompido um momento deles. Embora a cena lhe parecesse esquisita, eles eram um casal.

Ele contou o quanto ficou desesperado para descobrir sobre seu paradeiro, as horas de angústia e por fim, o desfecho. Ele disse que Sofia viria para uma rápida visita, ela tinha que voltar a Reno para finalizar um caso.

Sara agradeceu o tempo todo, com lágrimas nos olhos.

Grissom assistiu de longe ela limpar o olhos dele e depois receber um beijo na testa e ir embora.

…........

A cirurgia tinha sido satisfatória, porém a tala em que imobilizava seu braço precisou ser retirada e uma nova compressa aplicada. O desconforto e as dores se davam ao pequeno espaço entre o ombro e a parte inferior interna, cerca de quinze centímetros. A enfermeira aplicou um poderoso fluído para relaxar o músculo muito tenso.

Grissom ficou impressionado com a exatidão daquele exame, que constatou em minutos, algo que parecia muito complexo.

O alívio foi quase imediato.

Foi quando ele viu um sorriso surgiu nos lábios dela é que ele também pode suspirar, mais calmo.

Ele bicou seus lábios de leve.

“Será que pode me dar um beijo … de verdade ?”

“Mas tenho medo de te machucar, querida.”

“Você não vai, tenho certeza.”

Suas testas agora estavam unidas, ele deslizou os lábios devagar pelos olhos dela, o nariz perfeito e por fim encontrou sua boca.

Foi delicado, cuidadoso e lento, muito lento.

Foi então que ela descobriu o quanto sentia falta daquilo. Desde a primeira vez em que haviam se beijado, tinha sido daquela maneira. Uma junção perfeita, habilidosa até.

O gosto dele era delicioso.

Embora não fosse um beijo lascivo, ela teve visões de um quarto aconchegante e o peso do corpo dele sobre ela.

Ela pode dormir quase a tarde toda.

Quando acordou ela encontrou Sofia conversando com Grissom, muito baixo.

Ele estava bem barbeado, os cabelos molhados e usava a camisa que ela mais gostava, com jeans claro.

Ele era de longe o homem mais bonito que ela tinha visto em toda sua vida e podia entender certo fascínio que a outra CSI sentia por ele.

Sofia e ele trocaram alguns sorrisos ao longo da convivência, tido sido uma empatia imediata. Ele gostava da maneira como ela trabalhava e ela com toda certeza, admirava o supervisor, em sua maneira de trabalhar e claro, em seu charme que ele parecia não ter consciência.

Eles até haviam feito uma refeição juntos, mas tinha sido puramente ocasional e não exatamente um encontro.

..

Certa vez, eles estavam em uma cena de crime e ela não parava mais de olhar para ele.

“Qualquer dia desses podemos tentar um jantar de verdade.”

Ele apenas balançou a cabeça discretamente, ele e Sara estavam juntos há pouco tempo e se sentiu desconcertado.

Naquela mesma tarde quando se encontraram no apartamento dela, ele parecia estranho e muito quieto, ainda mais.

Ela sempre respeitava seu silêncio, porém naquele dia havia algo diferente.

Quando estavam na cama, depois de terem feito amor por um longo tempo, ele se pronunciou.

“Sara ?”

“Sim ?”

Ele levantou a cabeça de seu colo, com as mãos dela ainda em seus cabelos.

“É … que .. Sofia e eu … nunca …”

“Eu sei.”

Ele se sentou na cama e puxou o lençol sobre o quadril, escondendo sua nudez.

Depois foi uma sequencia de tiques que ela aprendeu a reconhecer como sendo nervosismo.

Ele tocou a orelha, apertou os lábios, inclinou a cabeça para o lado dela, mas manteve os olhos na direção contrária, abriu a boca, fechou e depois abriu novamente.

“Só queria que soubesse ...”

Ela o abraçou e o puxou de volta para seu colo, voltando a acariciar os cabelos grisalhos.

“Está tudo bem … nós sabemos … como as .. coisas … podem ser ...”

..

Sofia percebeu os movimentos dela e se virou.

“Hey … tudo bem ?”

“Olá … Sofia, estou bem, obrigada.”

Ela viu seu sorriso sincero, gostava dela, de verdade. Era uma ótima profissional, e depois, acabou se afastando de seu namorado, talvez percebendo os sentimentos de Sara para ele.

Ou os sentimentos dele para ela. Ela não sabia ao certo.

“Preciso agradecer por ter ajudado tanto nas buscas.”

“Faria o mesmo por mim, eu sei.”

Ela assentiu com simpatia.

Sofia lhe entregou um pequeno pacote e ela abriu imediatamente.

Chinelos brancos, confortáveis e macios, com um pequeno S destacado com pedrinhas miúdas, muito delicado.

A intenção também tinha sido de uma delicadeza enorme.

Um pouco emocionada, talvez por seu estado e toda aquela coisa de fragilidade, Sara agradeceu mais uma vez, dispondo os chinelos ao lado da cama.

Um tempo depois, após um longo abraço bastante cuidadoso em Sara e outro em Grissom, a CSI se despediu.

…..

“Gris ?”

Ele se virou assim que a enfermeira saiu e lhe deu um pequeno sorriso.

“Você parece muito preocupado, relaxe ...”

Ele repetiu o gesto de sentar ao lado dela e aconchegar suas mãos entre as dele.

“Queria que fosse para casa e tivesse uma noite decente de sono. Você está visivelmente abatido, tem olheiras profundas e ...precisa descansar.”

“Não vou a lugar algum.”

“Por favor … amor.”

Então sua expressão se tornou dolorosa e ele confessou. “Não posso ... eu … não consigo!” Ele viu a confusão em seus olhos lindos. Era chegada a hora, a oportunidade perfeita. “Não posso sequer olhar para aquela casa vazia, as … suas coisas por todo lugar.” Ele fechou os olhos e suspirou. “Tive tanto medo de te perder, Sara ... e também ... medo de que nunca soubesse o quanto é importante para mim !” Ele se sentou ao lado dela, inclinando o corpo bem próximo ao dela, com muito cuidado. “Minha vida perdeu o sentido, eu fiquei desesperado … só de imaginar …” Ele segurou um soluço, era doloroso demais reviver aquelas lembranças, mas ela precisava saber, com todas as letras escritas pelo seu coração. “Como … como seria ...” Sua voz embargada pela emoção, ele a olhou profundamente sem se importar que ela o visse chorando, ela também chorava e apertava os lábios tentando um controle maior, mas sem sucesso. “Como seria minha vida sem você, eu não suportaria. Eu te amo tanto … tanto !” Ele beijou seus olhos molhados, enquanto ela segurava com força a mão dele.

Com sutileza, ele tocou sua cintura e escondeu o rosto no pescoço dela, murmurando diversas vezes o quanto a amava.

Por um tempo enorme, eles choraram juntos, depois trocaram alguns carinhos um pouco desajeitados.

Tinha sido emocionante toda aquela revelação.

Depois, com tudo sobre controle, ela recebeu a enfermeira, o médico mais uma vez, muito rapidamente e depois, James Brass !

“Olha, pequena.”

A sensação que teve ao olhar para ele foi incrivelmente diferente. Um carinho indescritível tomou conta dela.

Jim tinha afinidades incríveis com Grissom, ela aprendeu a amar aquela pessoa tão transparente, como se ele fosse de sua família.

“Como esse marujo, está te tratando ?”

Ela olhou para seu namorado e lhe deu o melhor dos seus sorrisos. Seu coração estava fazendo uma festa enorme depois do que ele havia lhe declarado.

Além da força daquele amor, havia seus amigos, havia pessoas que se importavam com ela, que faziam parte de seu mundo.

“Muito bem … só preciso que alguém o convença a ir para casa !”

“Tarefa impossível, eu mesmo acabei desistindo. Você pegou mesmo esse garoto de jeito … embora eu …” O velho capitão estacou em suas palavras e eles olharam ao mesmo tempo para ele, com aquela pergunta sem palavras, apenas suas expressões querendo o desfecho de sua frase aérea.

“Não me olhem desse jeito … eu só quero dizer que … já desconfiava !”

Grissom se mexeu desconfortável e Sara fez o mesmo, dentro de suas impossibilidades.

“Nunca vi o Gil olhar dessa maneira para uma mulher !”

Ela abriu a boca em incredulidade, depois por segundos muito tensos, o silêncio !

“Talvez eu te conheça melhor do que possa imaginar … caro amigo !”

….......

Há quanto tempo disse ao Ecklie que estamos juntos ?”

Há dois anos … por que ?”

Ele a olhou desconsolado.

Eu disse há nove ...”

Ela deu uma gargalhada aberta e se virou para ele.

Na conferência forense ?”

Você tinha muitas perguntas !”

Ela encostou a cabeça no encosto do carro esportivo dele.

Só estava criando coragem para te chamar para sair!”

...

E aí Ricky Bobby ?” Nick havia convidado Sara para uma volta na pista de carte, ela lhe mostrou o braço engessado se lamentado, depois se virou para seu supervisor.

Obrigado, Nick, prefiro observar !”

Acho que você deveria ir !”

Tem certeza ?”

Vai lá, arrase !”

Nick saiu em nova disparada, Grissom lhe deu um beijo no rosto, tocou em sua mão e entrou na pista com sua melhor torcedora o observando !”

Eles estavam todos sentados ao redor de uma mesa enorme.

Grissom estava segurando seus dedos entre os dele, todo mundo queria falar ao mesmo tempo !

Foram tantas perguntas que os dois apenas balançavam suas cabeças e sorriram em um gesto muito cúmplice.

Você realmente nos pegou de surpresa, Gil !”

Eu sei … me desculpe.”

Nós não queríamos que o Ecklie soubesse.”

Não somos o Ecklie, Sara !”

Desculpe, Greg !” Ela confessou, repetindo as palavras de seu namorado.

Agora não importa, tudo passou. o susto, aquele pesadelo, e eu estou morrendo de fome !”

Nick foi o primeiro a pedir sua refeição, seguido depois por Warrick, Cath, Greg e Jim.

E vocês dois, o que vão querer ? Aproveitem que estamos pagando !”

Prefiro um suco … muito gelado !”

Quero um hambúrguer vegetariano !”

Todos olharam para o supervisor, inclusive Sara !

Não estou com fome, Gris !”

Não é para você, HONEY… é para MIM !!!”

FIM


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