A Saga Crepúsculo Amanhecer - Para sempre escrita por Thaina


Capítulo 20
Capítulo 20 - A reunião




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/331513/chapter/20

- Nessie, você não acha que está exagerando? – Jacob pergunta me segurando nos braços quando entramos na sala.

- É o que eu estou tentando dizer a todo mundo, Jacob. – diz meu avô Carlisle entrando na sala sorridente e se sentando no sofá junto com Esme.

Todos os outros moradores da casa, exceto minhas primas, entram na sala, que parece ter ficado pequena.

- Mas, esse vampiro é estranho. Isso você tem que admitir. – diz Alice.

Carlisle confirma positivamente com a cabeça e parece pensativo.

- Querida, será que você pode me mostrar o rosto do desconhecido? – pergunta meu avô para mim. Vou até ele e mostro o rosto do vampiro. Mostro as duas vezes que o vi.

- Eu realmente nunca o vi em toda a minha existência. – responde ele.

Ninguém diz mais nada. Todos estão pensativos e preocupados.

- Ah, qual é gente?  - diz Jacob quebrando o silêncio e chamando a atenção de todos. – Esse vampiro está aqui há quanto tempo? Meses!

- Como assim meses? Eu só o vi hoje de amanha! – digo chocada.

Jacob encara meu pai, que o olha repreensivo. Estão escondendo algo de mim.

- Tem alguém se alimentando de humanos há algum tempo, mas nunca conseguimos descobrir quem é. Ele sempre foi muito cauteloso e extremamente esperto. Só não queríamos preocupa-la. – meu pai disse.

- Agora sim que me deixaram preocupada, só por não terem me contado. – digo nervosa.

- Pelo menos ele não parece causar algum mal para nós. – diz Rosalie dando de ombros.

- E como você tem certeza disso? – pergunto.

- Mesmo se quisesse, ele é apenas um. Somos oito. - intervém minha vó pacientemente.

- Nove. – corrijo.

- Dez. – completa Jacob.

Sorrio para ele.

- E se ele não estiver sozinho? – diz Jasper para a surpresa de todos.

Eu não tinha pensado nisso ainda.

- É uma possibilidade. – completa ele. 

- Você acha? - pergunta meu pai.

- Dificilmente vi vampiros andarem sozinhos por aí. Sempre estão em bando, em clãs. É mais seguro para si próprio. – meu tio explica.

A resposta parece convencer meu pai e a todos nós. Então, meu avô já não parece mais tão tranquilo, o que piora a situação. E eu entendo porquê. Quanto mais vampiros na cidade, mais mortes. E como é uma cidade pequena, pode ameaçar as nossas vidas tranquilas em Forks.

- Temos que resolver isso. Não quero os Volturi aqui para resolver em nosso lugar – diz meu pai com a testa franzida.

Todos concordam positivamente com a cabeça. Logo a sala vai se esvaziando até restar apenas eu, minha mãe, meu pai e Jacob. Ninguém consegue dizer uma única palavra. Todos estão tomados pela preocupação e curiosidade. Minha mãe está com os braços envoltos em mim. Jacob está num canto da sala inquieto. E meu pai anda de um lado para outro.

- Mãe, você está com medo? – sussurro.

- Não. – ela responde engolindo em seco. Acho que minha mãe não tem certeza do que está sentindo.

- Por quê? – pergunto.

- Porque somos uma família e nada vai nos separar. – ela sussurra beijando minha testa.

Meu pai nos encara e mostra um sorriso fraco.

- Vai dar tudo certo. – ele diz.

As palavras do meu pai não são suficientes para me confortar. Vou para o meu quarto e Jacob me acompanha. Meus pais não gostam da ideia, mas Jacob promete ficar com a porta aberta.

Perguntas sem respostas perambulam pela minha mente e aumentam minha preocupação. Será que algum dia poderemos viver sem nos preocupar com algum perigo? Poder acordar de manhã e saber que nada nem ninguém poderá nos causar algum mal? Ainda me preocupo com os Volturi. Já ouvi meu pai dizer que eles nunca se conformarão com a derrota. Eles são o clã que fazem as leis. São como o governo do país: mandam e nós obedecemos. Arriscamos as nossas vidas e a de nossos amigos ao confrontá-los, mesmo tendo razão em certo ponto.

Ás vezes tenho pesadelos com eles, são sempre os mesmos. Os vampiros de capas escuras correm em minha direção com olhares vermelhos, temerosos e dentes à mostra. Eu pareço frágil e devagar demais para eles, pois eles sempre me alcançam, mas quando estão prestes a me pegar eu acordo, molhada de suor e tremendo. Meus pais não sabem o que fazer quando me encontram nesse estado. Felizmente, os sonhos parecem ter parados de me atormentar durante a noite.

- No que está pensando? – sussurra Jacob. Estamos sentados na beirada da cama sob a luz do luar.

- Nada. – minto.

- Sei. – ele ironiza e puxa a minha mão, me levantando. – Hoje é noite de lua cheia. A nossa favorita, lembra?

- Impossível esquecer. – respondo sorrindo. Jacob me leva até a sacada, onde podemos ver a lua perfeitamente. É uma noite pouco estrelada e fria.

Quando eu tinha 3 anos e aparentava ter 13, Jacob me levou à sacada desse mesmo quarto para me mostrar as estrelas e à lua. Como a sacada é grande ele pegou colchonetes e pediu-me para deitar e olhar atentamente para o céu. Fiquei intrigada com o pedido, mas quando fiz o que Jake me pediu entendi o porquê. O céu estava me mostrando algo lindo e raro. As estrelas-cadentes. Jacob disse para eu fazer um pedido. Apesar de eu ser muito nova, sempre fui extremamente romântica e pedi para que um dia tivesse um amor como o dos meus pais. E ainda aguardo ansiosamente por isso.

- Já volto. – eu disse tendo uma ideia.

Fui ao meu closet e peguei uns colchonetes (minha tia os guardou para o caso de Jacob resolver passar a noite aqui em casa). Jacob me olhou com curiosidade ao me ver colocando os objetos no chão e me deitando.

- Sei que tem poucas estrelas, mas hoje, a lua está compensando a falta delas. Seu brilho parece estar mais intenso, não acha? – disse encarando meu melhor amigo.

- É porque ela está na sua fase mais linda. – ele murmura e deita no colchonete ao lado.

- E você... está com medo? – repito hesitante a pergunta feita à minha mãe.

- Não. – ele responde. Jacob é destemido, sempre foi.

- Queria poder não sentir isso também. – sussurrei encarando o céu.

- Pense em como é feliz e amada. Em como você ama sua família. E a mim, se quiser. – ele sorri.

- Eu quero sim. – sorrio me virando para encará-lo.

- E agora, como se sente? – ele pergunta depois de alguns segundos. 

- Incrivelmente destemida. – digo sorridente e segurando a sua mão. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sinto muito pela demora :(



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Saga Crepúsculo Amanhecer - Para sempre" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.