A Saga Crepúsculo Amanhecer - Para sempre escrita por Thaina


Capítulo 12
Capítulo 12 - Surpresas




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Eu estava a menos de um metro e distância de Jacob. Era possível ouvir os batimentos acelerados dele. Ele ficou alguns minutos sem dizer nenhuma palavra, com a cabeça baixa. Eu estava nervosa. O que aconteceu?

– Jacob. – eu o chamei e ele me encarou. – Fale logo. Você está me torturando com este silêncio.

Ele não respondeu. Continuou me encarando de uma forma intensa. Eu me arrepiei. Foi ai que lembrei de Billy. Na ilha, Jacob me disse da doença de seu pai.

– É sobre Billy? – perguntei hesitante.

– Não. – ele respondeu com a voz rouca. – É sobre nós dois.

– Sobre o que aconteceu na viagem, não é? – eu perguntei. E comecei a tagarelar. – Olha, Jake. Eu sinto muito, não queria te ofender. É só que... não sei, mas... eu não gostei nada daquela garota dando em cima de você.

Eu cruzei os braços e me encostei-me ao sofá com a respiração ofegante.

– Você ficou com ciúmes? – ele perguntou. Não tinha sorriso ou qualquer sinal de brincadeira em seu rosto.

Eu abri a boca para falar, mas não respondi. Só senti ciúmes por Jake uma vez. Foi quando estávamos na praia de La Push e Claire, a sobrinha de Emily, estava lá com Quil. Jacob deu mais atenção à Claire e eu sai correndo, com a cara fechada e me escondi entre as árvores. Jacob achou a situação muito engraçada, mas dessa vez não. Havia outro sentimento que eu não sabia descrever. Mas, sim, confesso que fiquei com ciúmes.

– Sim. – respondi por fim.

– Que tipo de ciúmes?

– Como assim? – perguntei confusa. - Ciúmes, ora.

Na hora em que ele ia me explicar melhor, um carro com o pneu cantando estacionou na frente da casa de Charlie. Ao olhar pela janela envidraçada, pude ver um Volvo prata e meu pai saindo furiosamente dele. Quando percebi ele estava entre mim e Jacob, encarando o meu melhor amigo com um olhar nada amigável.

– Pai? – chamei me levantando. Ele nem sequer se mexeu. – O que houve?

– Você não vai dizer nada, Jacob. – ele disse com os dentes cerrados.

– E quem é você para mandar em mim? – Jacob se levantou.

– Não entendo. – entrei no meio dos dois. Não queria uma briga agora. – Do que vocês estão falando? O que Jacob não pode me contar, pai?

– É que... – começou Jacob.

– Cala a boca! – meu pai gritou e se virou para me olhar. – Não é nada.

– Como não é nada? – eu disse me irritando. – Se não fosse nada você não entraria aqui como um louco tentando fuzilar Jacob com o olhar. Não sou idiota, pai. Vocês estão escondendo algo de mim e eu quero saber o que é. Falem!

Nenhum dos dois ousou me olhar e muitos menos responder, o que fez aumentar a minha fúria. Não gosto quando escondem as coisas de mim, principalmente quando se trata de mim.

É sobre a sua surpresa de aniversário. Jacob é ansioso demais e quase estraga tudo – meu pai disse falando alto.

– Tem certeza que é isso? – perguntei desconfiada. – Jacob começou falando de assunto totalmente diferente...

– É isso sim. – interveio Jacob. – Eu só queria esclarecer o que aconteceu no avião, pedir desculpas. Mas... Alice deve ter visto que eu não aguentaria e contaria tudo pra você... sobre a surpresa. Desculpe.

Eu ainda não estava totalmente certa da resposta. Mas fazia sentido. Meu pai sempre conseguia ver o que Alice “via”.

– Tudo bem. – eu disse. – Mas, precisava de tudo isso pai?

– Eu exagerei. – ele respondeu rapidamente. – Desculpe.

A sala ficou em um silêncio total, um clima tenso.

– Eu preciso ir. Quero ver meu pai. Você já foi vê-lo? – Jacob disse olhando para mim.

– Não. Mas, seria uma ótima ideia. Posso ir com você?

– Claro. Espero você lá fora. – ele disse saindo.

– Jacob? – meu pai chamou. – Cuidado.

Jacob saiu sem dizer nada e fiquei com meu pai.

– Não sei nem o que te dizer. – ele disse. – Eu sinto muito.

Me joguei nos braços do meu pai.

– Não precisa dizer nada, pai. – eu sussurrei. – Nós erramos. Errar também é vampiresco.

Ele riu e me apertou mais para si.

– Você sempre será a minha pequena Renesmee. – ele sussurrou em meu ouvido. – Eu te amo.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e meu pai a limpou. Eu sorri e ele me deu um beijo na testa.

– Quando você vai para casa? – ele perguntou.

– Não sei. – eu disse pegando meu casaco. – Acho que amanhã.

– Ok. – ele respondeu triste. – Vá embora logo cedo amanhã...

– Pai. – eu protestei. – Charlie também faz parte da minha família.

Ele assentiu e saímos logo depois de eu deixar um bilhete para o meu avô, dizendo que eu voltaria logo.

– Você ainda quer ir à escola? – ele perguntou quando eu estava trancando a porta. Meu coração parou.

– O que? – perguntei

– Você ainda quer ir à escola? – ele perguntou novamente.

– Eu já entendi, pai. – eu disse impaciente. – Mas, o que você quer dizer com isso?

– Porque se você ainda quiser, acho que não seria má ideia. Conversei com a sua mãe. Nós dois concordamos que seria bom pra você.

Eu não estava acreditando no que estava ouvindo. Meu primeiro impulso foi abraça-lo.

– Pai, você é incrível! – gritei. Pelo canto do olho, pude ver o sorriso de Jacob ao ver a cena.

– Não. Você é incrível – ele disse tocando a minha bochecha. – Até amanhã.

Meu pai entrou no carro e saiu à toda velocidade. Caminhei até Jacob e coloquei meu casaco, ele me entregou o capacete e sorriu. Jacob parecia infeliz.

– Quando você vai me dizer o que está acontecendo? – perguntei antes de montar na moto.

– Não está acontecendo nada. – ele respondeu.

– Eu te conheço, Jacob. – eu disse colocando o capacete. – Algo está te deixando infeliz. Foi alguma coisa que eu fiz?

– Não. Claro que não. – ele respondeu rapidamente e ligou a moto.

– Eu não vou desistir. – eu disse sentando na moto. – Não até saber o que está acontecendo.

Ele não disse nada e saiu à toda velocidade como o meu pai.

O caminho foi tranquilo e silencioso.

Quando chegamos a casa de Jacob, eu me senti mais relaxada. Aquele lugar me lembrava paz, me lembrava de quando eu era pequena e explorava tudo aquilo na maior alegria, correndo para todos os lados. Coloquei a minha mão no rosto de Jacob e mostrei o que eu estava pensando, ele sorriu.

– Sinto falta desse tempo. – ele disse.

– Eu também. – respondi.

E caminhos em direção à pequena casa que estava a nossa frente.



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Notas finais do capítulo

Sei que estou demorando muito para postar, como eu disse no último capítulo, mas que estou realmente sem tempo. Peço desculpas outra vez :(



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