POV Liz

No meu camarim, eu pude pensar melhor, ele está aqui, em New Orleans, ouço batidas na porta levo um susto, com o coração acelerado vou até a porta e abro, fico aliviada quando vejo minha tia parada diante de mim com um semblante nada alegre.

- Avan quer falar com você. – ela diz entrando no camarim.

- Não quero falar com ele. – simplesmente falei a primeira coisa que me veio na mente.

Ela me olhou com um olhar serio:

- Você vai falar com ele, você não pode fugi dele uma hora ou outra vocês tem que conversar, e isso vai ser agora. – ela se levantou do sofá.

- Tia, por favor... – eu tentei, ela saiu.

Joguei-me no sofá e comecei a imaginar series de coisas a quais poderia falar, mas não achei nada apropriado, ouço outro bater de portas, abro a mesma e vejo Avan em minha frente com o rosto deprimido.

- Oi. – consegui dizer com a voz fria.

- Nunca me perdoou, certo? – ele me olhou.

- Não. – falei ainda sendo fria, dei espaço para ele entra.

- Quando isso vai acontecer? – ele pergunta fitando o chão.

- Quando chove pra cima.

- Não fale assim, Liz. – ele tenta me abraça, rejeito.

Sento-me em frente à escrivaninha.

- O que veio fazer aqui? – o fitei, seria.

- Vim buscar você, e você vai comigo. – ele diz se animando um pouco.

- Porque tem tanta certeza disso? Digo, dessa certeza de que eu vou – quis saber.

- Dar pra ver em seus olhos que você quer voltar, mas só está com medo. – ele me olha profundamente.

- Agora virou psicólogo? – desviei de seu olhar.

- Liz, por favor, volte comigo para Califórnia. – ele suplica se aproximando de mim.

- Não, não vou voltar, - quase gritei.

Não tinha certeza disso, mas é isso que meu coração mandou dizer, Não Vou Voltar!

- Me diz o porquê. – ele ordena agora se afastando.

- Porque simplesmente não quero, aqui está bom. – falei olhando para qualquer lugar menos pra ele.

- Você não está sendo sincera, Liz, eu te conheço muito bem pra saber quando está mentindo. – olhei para minhas mãos, que está impaciente, e era exatamente o lugar que ele está a olhar, minhas mãos tremulam sinal de que eu estou mentindo descaradamente.

Escondi minhas mãos.

- Mas em fim, a questão é que você veio para cá por nada, eu não vou voltar. – falei com convicção.

- Você vai, todos estão sentindo sua falta.

- Isso não é motivo para que eu volte você e nem ninguém parou pra pensar se é isso que eu realmente quero, eu duvido que já tenha parado pra pensar nisso, só pensou em você. – ele abaixa a cabeça novamente, o clima tão tenso e pesado que me sinto no direito de sai daqui correndo em buscar de ar puro e clima fresco.

Ele dar um longo e profundo suspiro e depois me olha:

- Você tem razão, não pensei no que você quer, só pensei em mim e nos nossos amigos, desculpa por isso, será que pode pelo menos me desculpar por isso? – sua voz sai com firmeza.

Ele criou coragem...

- Isso eu perdoou, Avan eu não senti o desejo de te perdoar, não senti essa vontade ainda, não esqueci o que aconteceu tempos atrás, não esqueci as imagens que presencie não me esqueci de absolutamente nada. – a firmeza com que minhas palavras saem me surpreende, imaginava que ele aqui de frente comigo, minha frieza e dureza fossem embora, mas pensei errado.

- Eu sei de tudo isso, te pedi perdão varias vezes por esses erros do passado, te prometo que não irei mais te fazer sofre, mas você não coopera.

- Preciso ir embora. – peguei minha bolsa e segui para a porta.

Ele pega em meus braços me fazendo para, nosso solhares se encontram e não sei se sou forte o suficiente para aguentar essa atração que estou sentindo agora.

- Não vá, ainda não convenci você a voltar. – ele tenta dar um sorriso, mas não consegue.

Tento me soltar dele, mas sem sucesso.

- E nem vai. – consigo me soltar e fecho a porta.

Vou até o meu carro, onde felizmente encontro minha tia encostada no mesmo.

- Cadê ele? – ela olha por de trás de mim.

Entro no carro.

- Vamos tia. – gritei, ela me olha estranhando a situação e depois entra no carro dou a partida e me distancio do local.

Tento concentrar-me na estrada, mas não adianta muito, a conversa que tive agora a pouco ainda está na minha mente.

- Liz o que você fez com Avan? – ela me olha com uma expressão seria no rosto.

Eu a olho de relance.

- Nada, não fiz absolutamente nada. – ela não se convenceu.

- Onde ele está? – ela pergunta focando na rua a sua frente.

- Ficou no camarim. – falei normal.

- Ele vai ficar lá em casa, ele me contou que veio te buscar, coisa essa que achei lindo, me diga que você vai. – ela me olha novamente.

- Tia não posso te afirma nada, até porque isso esta sendo uma imensa confusão, meus pensamentos e sentimentos conturbados, estou em uma guerra interna. – ela fechou a cara.

Voltei à fita: Ele vai ficar lá em casa.

- Como assim ele vai ficar lá em casa? – falei demostrando meu susto.

- Sim ele vai, o convidei e ele aceitou, achei muito bom, assim você não vai pode fugi dele. – balancei a cabeça, tentei não demostra minha raiva.

- Rupert me deu o cachê e mandou te entregar. – ela amostrou um envelope, peguei o mesmo e guardei na bolsa.

- Irei amanhã ao banco. – dei de ombros.

Cheguemos em casa, e subi rapidamente para meu quarto, tranquei a porta e cai na cama deixando minha bolsa em qualquer canto. Coloquei a mão na cabeça e estou tentando processar tudo, tudo mesmo, eles nunca vão me deixar em paz em quanto eu não voltar para Califórnia, devo ir sim, se eu quero paz eu devo fazer isso.

Tomei um banho quente e relaxante coloquei um pijama preto, e soltei meus cabelos, retirei a maquiagem guardei o vestido e arrisquei abri a porta, não vendo ninguém no corredor, eu saio indo em direção à cozinha pega um copo de leite.

- Não acredito. – falei balançando a cabeça em negatividade quando vejo Avan sentado na cozinha, pensativo.

- Minha presença te incomoda tanto assim? Antes isso não existia. – ele me olha com decepção no olhar.

Dirijo-me até a geladeira de onde tiro uma garrafa de leite.

- Não é isso, é que toda vez que eu te olho me lembro da cena que eu vi. – pego um copo e coloco o liquido branco, observando tudo.

- Que cena? – ele se demostra curioso, estreita até os olhos.

- O beijo que você deu em Emma, eu vi Avan, a Vic também viu. – a cena me veio na memoria de novo, balancei a cabeça quase rapidamente tentando afastar essa lembrança.

- Eu sinto muito por isso, não sei o que me deu, quando vi... – o interrompi.

- Não precisa entra em detalhes, você não precisa aumentar minha dor. – tampei a garrafa e me direcionei para a sala.

- Me perdoe.

- Ultimamente você só sabe fala isso, o tempo todo, acho que cansei de ouvi isso, já falei minha resposta em relação a isso. – ele se levanta e me abraça por trás.

Distancio-me, mas ele me prensa na parede.

- Me solte. – ordenei, ele nega com um gesto de cabeça.

- Não faz isso comigo, acho que já sofri o que tinha que sobre Liz. – ele me diz muito próximo de mim, nossos rostos a centímetros, meu olhar querendo ir até sua boca e eu lutando para impedi.

- Eu discordo de você. – me solto dele depois de muita luta.

Subo para meu quarto, tranco a porta e levo a mão ao meu coração, batimentos cardíacos a todo vapor, coloco o copo de leite no criado mudo e me sento na cama tentando me acalmar, depois de 3 minutos me acalmo e ligo o ar condicionado e tento dormir.