- Elliot... - ela murmurou sorrindo.

- Quem é você? - perguntou ele novamente.

- El... - tentou argumentar, mas resolveu explicar, seria mais fácil. - Meu nome é Olivia Benson, fomos parceiros por mais de uma década, mas parece que você não lembra. De acordo com o médico, você pode ter perdido sua memória dos últimos treze anos.

- Como? - perguntou ele assustado. - É muita informação!

- Sim, eu sei, mas... - sussurrou ela. - Damn it, Elliot!

Elliot olhou para ela. Lembrava daqueles olhos, daquele sorriso triste, mas não conseguia associar à pessoa. Como...? Ele esquecera de tal "parceira" de treze anos.

- Não me lembro de você... Mesmo. Sinto muito. - desculpou-se ele.

- Tudo bem. Não te culpo. - sorriu ela. Uma pontada na cabeça dele. Estaria ele lembrando dela?

- Como nós... Deixamos de trabalhar juntos? - perguntou ele.

Olivia, antes mesmo de responder, sorriu. Ele já estava se interessando em saber sobre o que os fez se separarem, o que os fez trabalharem juntos, alguns casos. Isso era bom. Muito bom.

- Bem, nós estávamos em um caso complicado. Muito complicado. E... No final dele, a filha da vítima começou um tiroteio na delegacia, e você atirou nela, depois de que ela atirara em três suspeitos do caso da mãe dela, e depois de ter matado uma freira. - resumiu Olivia. Elliot balançou a cabeça em afirmação.

- Você foi atingida? - perguntou ele num sussurro baixo. Baixo, bem baixo, porém, alto para que Olivia o escutasse.

- Como? - perguntou ela incrédula. Se ele não se lembrava, por que diabos se importava?

- Você foi atingida? - perguntou ele preocupado, com o azul dos olhos mais escuro.

- Não. - sussurrou. Ele assentiu, feliz, provavelmente. - Mas se você não se lembra... Por que se importa com isso?

- Porque você disse que era minha parceira. E eu me preocupo com você, à partir de hoje.