Dois Irmãos: Conflitos, Amores E Grandes Momentos escrita por ga bi
Notas iniciais do capítulo
nesse capitulo a Marcelina vai desenvolver poderes telepáticos com a capacidade de se comunicar mentalmente com as pessoas. Isso vai ajudá-la a se comunicar com sua mãe.
Narr Marce
Estavamos conversando sobre a premonição que Paulo acabara de ter. Ele disse que sentiu que era uma coisa boa que está pra acontecer. É bom que seja, pois só tem acontecido desgraças. E ainda pensando nisso, fomos interrompidos por Morgana que chegou na sala. Fechei minha cara na hora e ela nos olhou com vergonha dizendo:
---- Me desculpem.
EU: Morgana, eu gosto de você, mas a Alicia gostou do Paulo primeiro. Você sabia que eles estão namorando e mesmo assim o beijou.
Paulo: Está desculpada, mas não quero que aconteça de novo. Vamos fingir que esse beijo nunca aconteceu. E ninguém conta pra Alicia.
E depois disso, Morgana novamente se afastou para o jardim da casa abandonada onde por lá ficou pensativa e eu e o Paulo ficamos as sós. Percebi que Paulo estava com sono e adormeceu no sofá. Eu fechei os olhos e estava pensando nos meus pais quando senti algo estranho...senti a presença de minha mãe. Mas senti a presença dela de um jeito tão forte que parecia que estavamos conectadas, como se ela estivesse bem pertinho de mim. Abri os olhos e só vi o Paulo dormindo. Suspirei triste e sussurrei comigo mesma:
---- Ah, mãe! Como você e o papai fazem falta!
Lilian: Marcelina?
Hãn? É isso mesmo? Eu fiquei louca ou ouvi a vós da minha mãe? olhei ao redor da casa abandonada e não vi nada. Por que eu escutava a voz de minha mãe sem ve-la? Era a voz de minha mãe chamando por mim e eu tinha certeza disso. Isso explica a impressão que eu tivera agora a pouco, de que ela estava perto de mim. Era como se nossas mentes estivessem conectadas. Para testar se era apenas impressão minha, resolvi responder a vós de minha mãe que ouvi me chamar:
---- Mãe? É você mesma?
Novamente a vós me respondeu:
Lilian: Marcelina! Sou eu sim. Não se preocupe, eu estou bem e seu pai também. Em breve haveremos de nos encontrar com você e seu irmão...
Eu não conseguia entender... será que eu estava me comunicando telepaticamente com minha mãe ou será que eu estava ficando louca por ouvir vozes e tendo alucinações com minha mãe? Quer saber? Sendo alucinação ou não, eu já estava falando com a minha mãe mesmo e continuaria respondendo a sua voz que eu ouvia:
---- Mãe... Me diz onde vocês estão!
Lilian: Não é necessário, minha filha, vamos nos rever em breve. Como está seu irmão? Vocês ainda estão na casa da Alicia e do Jaime?
Eu: Paulo está bem. E nós estamos morando na casa abandonada fugindo do orfanato...
Lilian: Minha filha, não se preocupe, tudo vai se resolver...
Eu: Mãe, você e o papai estão vivos? me diz se estou falando com você de verdade ou se estou delirando... por favor, mãe me diz!
A voz calou-se. Não me respondeu mais nada. Tentei manter o contato. Não senti mais a presença de minha mãe, é como se a gente tivesse se comunicado mentalmente e a gente ter perdido o contato e continuei chamando pela voz de minha mãe que já não me respondia.
--- Mãe, fala comigo! Você pode me ouvir? Mãe!
Será que foi só uma alucinação mesmo? Mas e o sentimento de presença dela que eu tive? Já sei! isso é resultado das modificações genéticas dos cientistas. Ou eles me fizeram ficar louca, ou eu consegui me comunicar com minha mãe de verdade. Imediatamente, acordei o Paulo e falei:
--- Paulo, eu falei com a mamãe!
Paulo: Como?
Eu: Falei com a nossa mãe, eu ouvi a voz dela me chamar e eu respondia. E a gente conversou.
Paulo: Você deve estar delirando, Marcelina.
Eu: Você não entende... mas pareceu tão real! Ela perguntou por nós dois e falou que ela e papai estão bem. E ainda disse que em breve se encontraria com a gente.
Paulo: Marcelina, você queria tanto que nossos pais estivessem vivos, que até pensou que conversou com a mamãe. Não tem como você ter conversado com ela. Ninguém conversa com os mortos.
EU: E se eles não estiverem mortos?
Paulo: Acho que você está delirando ou ficando louca da cabeça.
Ele não conseguiu entender. Deitou no sofá e voltou a dormir. Talvez eu estivesse mesmo delirando. Ou então conversei com minha mãe de verdade.
Narr Lilian
Acordei ao lado de Roberto, que estava a minha espera e eu disse:
--- Eu sonhei com Marcelina!
Roberto: Que bom, meu amor! Como foi o sonho?
--- Sonhei que eu estava sentada em um banquinho de madeira no meio do nada, mas eu não via Marcelina. Eu apenas escutava a sua vós. Era como se ela tivesse conversado comigo de verdade. Foi um sonho muito real.
Roberto: E o que ela te disse no sonho?
--- Ela me disse que ela e Paulo estão bem, mas que não estavam na casa de Jaime e Alicia. Ela me disse que eles estavam morando na casa abandonada para não irem pro orfanato.
Roberto: Como assim? Será que pensaram que estávamos mortos e os mandaram pra um orfanato?
---- Não se preocupe Roberto, foi só um sonho. Me parecia muito real, mas acho que foi um sonho.
Narradora
Sim. Lilian e Roberto estavam vivos. E Marcelina realmente havia se comunicado com a mãe enquanto ela dormira. Enquanto isso, Marcelina, Morgana e Paulo conversavam na casa abandonada e a professora Helena falava com alguém ao telefone. A meiga professorinha foi até a casa abandonada onde viu Paulo, Marcelina e Morgana e disse:
--- Paulo e Marce, recebi uma notícia pelo telefone. E posso dizer que é uma surpresa pra vocês...
Marcelina: O que é professora? Conta logo!
A professora olhou para a entrada da casa abandonada e disse:
--- Pode entrar a surpresa.
Lilian e Roberto entraram na casa abandonada vivos, sãos e salvos onde se emocionaram ao abraçar seus filhos.
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