P.o.v. Lucy.

Eu encarei Natsu, não crendo no que disse. 

Como três semanas? Sendo que nem fiquei no salão das pilastras por dez minutos? Tudo que eu lembro, foi de pegar os artefatos, a estranha mulher fazer as pilastras voarem ao meu redor... E algo que a mesma disse e eu não consegui ouvir.

Só então vi Natsu me encarar sem desviar e nem sequer piscar.

-Que foi? -Perguntei surpresa.

-Onde esteve todo esse tempo? Lucy! Eu fiquei muito preocupado! -Disse Natsu, em quanto me segurava nos ombros.

Eu abri meu melhor sorriso sincero... Ele era fofo preocupado, bonito preocupado e se preocupava-se comigo, era por que realmente me amava. Tenho sorte de ter vindo para cá.

-O que foi? Por que esse sorriso? -Perguntou Natsu, sem entender.

-Fofo, você fica fofo quando ta preocupado. -Disse beijando sua bochecha, deixando ele mais corado do que já estava.

-Le-Levy, di-disse al-algo que vo-você deveria sa-saber. -Gaguejou sem jeito.

-O que? O que ela disse?! -Perguntei, eufórica.

Ele me pegou pela mão e me levou até o salão principal. Todos já estavam lá. Eu acho que estava tão envergonhado, que Natsu resolveu me levar até Levy.

Ela estava lendo, quando Erza me viu, gritou pulando em cima de mim chamando atenção de todos ali. As garotas logo me abraçaram fortemente e gritando muito alto.

-Meus... Ouvidos... Estou sem, ar. -Murmurei sem fólego. 

As meninas se desculparam, os garotos, apenas disseram ficaram preocupados...

Insensivéis...

-Ai Lucy! Onde esteve? -Perguntou Juvia.

-Eu vou explicar diretinho... 

-corta tempo-

-E foi isso... -Murmurei ao terminar de contar o que houve.

Todos, ainda chocados, mantinham uma expressão de medo... Mas não tinha entendido do por que.

Levy calmamente andou até mim, setgurou minhas mãos e disse.

-Lucy... Aquela mulher... Ela...

-Ela? -Pesirsti, ao ver que Levy parou de falar.

-Ela era sua mãe.

-O que...? -Murmurei, sentindo meus olhos arderem.

Levy olhou para Erza, que fez um sim com sua cabeça... Antes de falar algo, cai de joelhos, Levy segurou meus braços pelo cutovelo, em quanto eu permanecia com minha cabeça baixa.

-Lucy... Ela era uma habitante da Cidade dos Dragões... 

-Não, não pode ser. -Disse chorosa, em quanto Levy ainda explicava.

-Ela conseguiu ir para o mundo humano por meio de uma passagem ou portal se prefirir.

-Como? -Murmurei, ela continuou.

-Existe apenas um meio... Um só meio, para que possamos realizar algo. Um desejo, mas é quase impossível de se fazer.

Eu a olhei, realmente. Eu continha um desejo que nunca dissera para ninguém. E nem nunca podeira contar. Pois é puro egoísmo meu.

-Indo até o dragão dourado. 

-Quem é ele? -Perguntei, me acalmando.

-É uma raça única. Preciosa. E imortal. Na qual seu poder consiste em completar desejos sinceros para quem mais precisasse. Mas também, possuiu a capacidade de prever o futuro. De qualquer um, com apenas um toque.

-Mas... Por que minha mãe... Por que foi até ele? Para poder ir simplesmente até o mundo humano? -Perguntei sem entender.

Levy suspirou.

-Não sei... Apenas sei, que o dragão dourado quer tiver.

-Como sabe disso? -Perguntei, arregalando meus olhos.

-Ele invadiu meus sonhos... E pediu para levar você até ele. Imediatamente.

-O problema foi... Que quando ele pediu, você ainda estava desaparecida. Foi dois dias após o acontecimento entre você e Carlisto. -Disse Erza se manifestando. -Mesmo assim, ele apareceu novamente na mente de Levy, exigindo sua presença. Dizendo que você ainda estava viva.

Um longo silêncio se formou. Todos estavam quietos... Sem saber o que fazer, me levantei, indo até Jelllal.

-Você disse uma vez... Que conhecia vários lugares deste mundo... Sabe onde ele pode estar? -Estava confiante. Sentia que devia ir o mais rápido possivel.

Jellal me olhou surpreso, todos me olharam surpresos. Juvia foi até mim me balançando pelos ombros.

-Juvia acha que Lucy-san endoidou de vez! Não se pode ir assim do nada até Ele! Juvia já tentou ir, mas Juvia ouviu falar, para que possa ir até ele, é preciso não só de um grupo, mas de um preparo físico e psicológico... 

-O que Juvia quer dizer... -Murmurou Gray afastando Juvia de mim. -É que muitos disseram que para se poder ir até o dragão dourado... É preciso enfrentar florestas negras, vales sombrios e muitos dóminers e rápters. Sem contar os monstros desfigurados. -Murmurou a ultima parte.

-O que são Dóminers e Rápiters? -Perguntei. Outra parte que não consegui ler no livro.

-Dóminer, é um dragão, com capacidade de controlar outro dragão que não congue ter a transformação humana. -Explicou Wendy. -Já o Rápiter... Ele tem vários significados... Um sanguinário que mata a sangue-frio... Ou um dragão que domina outros dragões para serem vendidos, especificamente. Minha mãe... foi morta por um. -Murmurou tristonha.

 Engoli em seco... Parecia mesmo, que se formos, não teria volta... Até teria, mas não seria no mesmo número. Pensei em algo que ainda não tinham me explicado. Como assim psicológica? Ta certo que encontrar um sanguinário, um dragão cruel e um monstro lindamente deformado, seria um belo meximento na cabeça... Dando horripilantes sonhos. Mas mexe tanto assim?

-Como, psicológica? -Perguntei sentindo certo frio no estomago, ao imaginar um monstro deformado em minha mente bem ilusória.

-Há relatos em livros. -Começou Levy. -Que em alguns lugares, a terra, comida ou bebida, te faz ter alucinações, outras, diz que algumas flores, contem cheiros tão fortes, que te faz não só perder o controle de seu corpo... Mas também a razão. Lhe deixando louco a ponto até mesmo de se matar.

-Não é pra tanto Levy. -Disse Gazille, mas percebi que ele  suava frio. -Ei Bunny-girl, quer mesmo ir até Ele?

-Sinto que devo ir. -Murmurei.

Todos se entreolharam. Levy foi até mim, junto com Erza, Wendy e Juvia. Não faço ideia de onde Lisanna se meteu... 

-Precisamos falar com você sobre outra coisa também. -Murmurou Levy no meu ouvido, em quanto me levava pelo braço até seu quarto.

-Aonde vocês vão?! -Ouvi Natsu perguntar.

-Conversa de garotas Natsu! -Disse Erza.

E antes da mesma fechar a porta, ouvi Natsu exclamar:

-E você é uma? 

Continua...