Eu realmente... Estou com medo do que pode acontecer agora... Bem, após Gazille e Jellal me ensinarem tiro ao alvo, a única coisa que consegui foi acertar uma pedra com uma fagulha de poder, Gazille foi certificar-se de que Carlisto tinha ido embora... Mas quem disse que ela foi?

Estava começando a escurecer e ela não tinha ido embora ainda, então resolvemos dar um jeito de entrar no castelo e me deixar no quarto sem que ela me veja... Mas não deu muito certo... Quando Jellal, em forma de dragão, me deixou no parapeito da janela, eu acabei me desequilibrando depois que ele tinha ido embora...  Eu caio e fiquei pendurada no cifre de uma estátua de dragão, que por ironia do meu azar, ficava ao lado do quarto de Carlista. É eu sei to ferrada...

-Tem que ter um jeito... –Murmurei olhando de relance o quarto de Carlisto.

Ele era igual ao meu, mas não continha um armário. Ela tinha acabado de entrar e dei graças a Kami-sama que ela tinha sentidos iguais ao meu... Agradeci mentalmente Levy, pois escutei um trocar de páginas e pensei que talvez ela estivesse lendo algo... Olhei novamente ao meu redor e vi que no meu lado esquerdo tinha uma pequena estátua de um cão, ele na verdade parecia bem real e também bem estranho... Tinha um nariz parecido com uma cenoura, seus olhos eram como pedrinhas e era branco... Quem fez esse castelo não tinha gosto.

-Dane-se... –Disse baixo.

Ele estava sessenta centímetros de mim e um pouco acima de minha cabeça numa plataforma negra... Estiquei minha mão e consegui segurar em seu nariz estranho... Mas nunca imaginei que ele iria se contorcer, abrir estranhas asas de anjo e começaria a voar...

É esse mundo realmente é estranho... –Pensei incrédula em quanto com a outra mão, segurei firme seu nariz para não cair... Ele não parava de tremer.

Ele voava para cima até entrar com tudo num quarto e se jogar no chão junto comigo.

-Ai... –Murmurei chorona.

-Lucy? O que faz aqui? –Perguntou Natsu, ele me ajudou a levantar e resmunguei um palavrão, pois aquele estranho cão, literalmente, se jogou janela a dentro.

-Eu vou te explicar... –Disse explicando para ele, do por que eu estar em seu quarto.

-Certo... Só que isso não é um cão Lucy. –Disse Natsu pegando aquele cão e pondo em sua cama. –É um bicho que vive aqui no castelo.

-E por que eu nunca o vi? –Perguntou sem entender.

-É que raramente é possível ver ele pelo castelo... Ele fica mais na floresta.

Olhei para aquele estranho cão que não parava de tremer... Pequei-o e após alguns segundos o abracei como se o mundo fosse acabar.

-Ele prece ursinho de pelúcia! –Disse o apertando em meu abraço.

-O que é ursinho de pelúcia?

-São bichinhos feitos de pano recheados com espuma... Aqui não existe? –Perguntei.

-Não... Nunca vi um na vida... –Disse ele indiferente.

-Você não teve infância então... –Murmurei caindo na cama com o cão nos braços.

Natsu resmungou e se deitou do meu lado, ele me olhava às vezes e sempre que o retribuía, desviava o olhar... Soltei o cão, ele foi dormir debaixo da cama, me deitei de lado e encarei Natsu olhando o teto.

-Natsu olha pra mim... –Pedi num sussurro.

Ele deitou de lado e olhou para mim direto nos meus olhos... Acariciou minhas bochechas agora coradas, ele me puxou pela cintura com o outro braço e eu o abracei... Nossos lábios entreabertos estavam perto... Quando roçamos nossos lábios, estávamos prestes a nós beijar... Se não fosse uma Erza arrombando uma porta toda afobada e nos matando do coração.

Eu realmente estou azarada!

-NATSU! LUCY PRECISA AGORA ABRIR O PORTÃO NEGRO! –Gritou Erza me puxando pelo braço.

-O QUE?! DA ULTIMA VEZ ELA QUASE NÃO SOBREVIVE! NÃO VAI AQUENTAR! –Gritou Natsu, ele se levantou da cama e me puxou pela cintura, de uma forma possessiva.

Erza que estava com a franja em seus olhos, começou a soluçar... Ela pousou sua mão direita em sua testa, não deixando nos dois vermos suas lágrimas.

-Se não fizermos o que Carlisto pedir... Ela vai matar o Jellal... –Murmurou.

Tanto eu como Natsu... Ficamos pasmos.

Continua...