Era 22 de maio de 1992 uma sexta-feira estrelada onde uma pobre senhora dava a luz a uma linda menininha com pele muito clara e olhos chocolate muito profundos, naquela noite a casa que aparentava ser abandonada concebia a protagonista da nossa singela história. Naquela noite nascia Bella, e morria Reneé sua mãe.

- Pobre garota - comentava a parteira com o pedreiro que socorrera Reneé aos prantos ao estar preste a dar a luz e não ter ninguém ali para ampará-la – mal nasceu já esta órfã, o pai era um caminhoneiro, sumiu no mundo assim que soube que Reneé esperava um filho dele.

O pedreiro, burro como só ele, achou que teria de levar a criança pra casa já foi logo dizendo:

- “Isso” não é meu, não quero “esse” problema!

A parteira tentando acalma-lo logo disse:

- Fique tranqüilo, “isso”, de agora em diante, é “problema” das freiras do orfanato.

E na mesma noite que nasceu Bella foi entregue no orfanato, era quase de manhã quando Irmã Esme saiu para seu passeio matinal e notou um pequenino embrulho no murinho que ficava ao lado do portão, a principio Irmã Benedita achou que não fosse nada, mas quando ouviu o “embrulho” chorar correu para lá e percebeu que “aquilo” era um recém nascido, ou melhor, uma recém nascida a Irmã no momento de desespero gritou mesmo em bom italiano a língua de sua terra natal:     - Veda quello che la luce portò qui miracolo degli era la luce la camma di ragazza con la luce.

Todas as irmãs a ouvir a suplica da Irmã Esme correram para o portão onde viram uma pequena ragazza nos braços da velha Irmã. E ela disse em bom português para que todas entendessem:

- Vejam essa linda menininha foi abandonada aqui junto com o nascer do sol, o nome dela será Isabella, ela será criada nesse orfanato com muito amor e afeto.

A Irmã virou-se para Bella e balbuciou as seguintes palavras:

- Não tema, pequenina ragazza, aqui você terá uma vida muito boa!