Ajuda-me a Viver escrita por Vitoria Bastos


Capítulo 20
O que realmente importa.


Notas iniciais do capítulo

Então, vocês pediram tanto, e enfim chegou o momento tão esperado .
Temos então 10 páginas de muito ... é melhor vocês lerem.
Se deliciem!

Música do capitulo: http://www.youtube.com/watch?v=kFfKb_WEkCE



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No capítulo anterior...

- Bella, a sua dor é a minha dor, o que acontece com você reflete em mim. Eu não vejo motivo da gente continuar só como amigos. Bella, eu te amo, e a quero como nunca quis antes... Eu te amo!

POV. Narrador

- Isso me assusta um pouco. - confessou ela, imaginando que as suas palavras poderiam ser mal interpretadas.

- Você não precisa dizer o mesmo para mim.  Não foi por isso que eu disse. - disse ele, sentindo o seu estômago se revirar. Talvez eu tenha sido direto demais, pensou.

- Eu sei. - o interrompeu. - Você não entende. Não estou com medo por causa do que você disse, fiquei assustada porque eu também queria lhe dizer isso. Eu amo você, Edward.

‘‘... Acalme-se comigo

Cubra-me

Afaga-me
 

Deite-se comigo

E me ergue em seus braços

E o seu coração contra o meu peito, seus lábios pressionados em meu pescoço.

Eu estou me apaixonando por seus olhos, mas eles não me conhecem ainda.

E com um sentimento que eu vou esquecer, eu estou amando agora.

Beije-me como você quer ser amada

Você quer ser amada

Você quer ser amada

Este sentimento é como se apaixonar

Apaixonar-se

Nós estamos nos apaixonando... ’’

Edward pousou a mão no rosto de Bella, e ela piscou, sem se mover. Ele continuou lentamente, muito lentamente a acariciá-la com a ponta do nariz. E, então, quando estava perto o bastante para seus olhos se embaralharem, ele fechou as pálpebras e apertou seus lábios contra os dela.

O toque de seus lábios, suave e leve como uma pena, era tudo que os conectava. Ele continuou a beijá-la. Bem lentamente.

Bella estava achando tudo isso muito torturante. Ela o queria, o desejava. O seu desejo era que ele precisasse dela da mesma maneira. A perdesse em seus braços, e se fundisse em seu corpo, como se fossem um só.

E era isso que ele queria fazer. E fez!

Seus braços musculosos envolveram a cintura de Bella. Ele a puxou para mais perto, e ela sentiu seus corpos se encaixando perfeitamente. Então ele começou a realmente beijá-la; com delicadeza, a princípio, fazendo sons sutis e deliciosos em seu ouvido. Depois, longa, doce e ternamente, descendo pelo queixo e para o pescoço, fazendo-a gemer e jogar a cabeça para trás. Edward pressionou suas costas contra a de Bella, mas por um erro de calculo e/ou falta de espaço, pensou ele, percebeu que não tinha mais espaço para ir.  Com isso, os dois caíram embolados diretamente no chão, se enrolando com as almofadas.  Caiu com ela por cima dele, a protegendo contra o tombo. Ouvindo o riso baixo de Bella, Edward rolou com ela até imobilizá-la debaixo dele. Ele fitou-a de cima, sentindo seu peito subir e decer sob si, enquanto ela lutava para fazer a respiração voltar ao ritmo normal.

- Oh, meu Deus, Bella, eu amo você!

‘‘... Acalme-se comigo

e eu vou ser a sua segurança

Você vai ser minha garota

Eu fui feito para manter seu corpo quente

Mas eu sou frio como o vento que sopra para me segurar em seus braços
 

Oh não

Meu coração está contra o seu peito, seus lábios pressionados no meu pescoço.

Eu estou me apaixonando por seus olhos, mas eles não me conhecem ainda.

E com este sentimento que eu vou esquecer, eu estou amando agora...

Rindo dos dois, ele esmagou os lábios nos dela. Sugou seu lábio inferior, para depois pressionar a língua macia pelos seus dentes. Ela abriu mais a boca, desesperada para deixá-lo entrar mais, finalmente sem medo de mostrar o quanto o queria. Ele se afastou e a encarou, como se esperando que ela dissesse algo.

Bella sorriu para ele e o beijou levemente na boca, deixando seus lábios se demorarem nos dele. Não conhecia palavras ou algum jeito melhor de lhe dizer o que estava sentindo, o que queria. Virou a cabeça com um gemido e encontrou a boca dele. Envolveu-o com os braços, apertando-o junto a si, e separou os lábios sôfregos. Até aquele momento, jamais conhecera uma verdadeira fome assim. Era de tirar o fôlego, doloroso, glorioso.

Ele nunca esperara uma paixão tão desenfreada como a dela. Preparou-se para ir devagar, delicadamente, tudo ao seu tempo. Agora ela se mexia embaixo dele, e com os dedos apertava e amassava os músculos de suas costas. A paciência, que era característica dele, afogava-se em sua necessidade.

Que novas e excitantes sensações! O corpo dela cedeu quando ele se comprimiu forte por cima. Seu próprio suspiro não passou de um fraco eco quando ele deslizou os lábios pela sua garganta.

Murmurando o nome dele, Bella correu os dedos pelos seus cabelos cor de bronze. Ele queria tocar nela toda, possuí-la. Queria tê-la já. Mas esperaria o tempo que fosse preciso, porque o mais importante ele já tinha: o coração dela.

Nenhum dos dois percebeu muito bem como tudo aconteceu. Em um instante eles estavam conversando, e no outro, se beijando. Por um segundo, Edward quis saber se o beijo quebraria o feitiço que os envolvia, mas foi tarde para parar. Quando os lábios dele tocaram os dela, ele soube que poderia viver cem anos e visitar todos os lugares do mundo, que nada se compararia ao momento único em que beijou a mulher da sua vida.

- Nós poderíamos ficar assim o dia todo. - murmurou Bella, quebrando o silêncio.

- Eu não me incomodaria. - respondeu, e logo ouviu um som estranho vindo da barriga dela. - Bom, nem todos concordam comigo...

- Isso não é nada romântico. - ela comentou rindo.

- Vem, vou te alimentar. - Ele levantou e a levou junto.

Edward a conduziu até a cozinha. Ela sentou-se no banco, disposta a apreciá-lo nas suas investidas na cozinha.

- Você está melhor da gripe? - perguntou ele.

- Acho que sim. Estou melhor do que mais cedo, isso eu tenho certeza.

- Aposto que foi o beijo, ou minha presença deve ter feito você ficar melhor.

- Não seja convencido.

- Eu? Jamais! Sou uma pessoa muito modesta. - lançou-lhe seu melhor olhar galanteador.

- Uhum. - assentiu. -  Modéstia é o seu nome do meio.

-Bom, aqui está. Uma sopa de frango com alguns pãezinhos italianos.

-Hum, o cheiro está muito bom.

- Não só o cheiro, mas ela está ótima. Tudo que eu faço sai bom...

- ok, eu confesso. Você é bom em tudo que faz. - assumiu ela, totalmente derrotada.

- Em tudo mesmo. - confirmou, a puxando para junto de si. Levantou os pés dela do chão e tomou sua boca na dele, com a dela em incontida fome. Em atordoantes círculos, a cozinha rodopiou quando ela se sentiu estendida na áspera parede.  Desenfreada, a boca atacava com ferocidade a suave entrega dela, reivindicando com a língua sua doce umidade.

- Sabe - Edward disse interrompendo o beijo -, você poderia jantar comigo hoje.

- Como? - Bella perguntou atordoada, ainda tonta pelo súbito beijo.

- Jantar. Comigo. Hoje. - Ele disse cada palavra bem devagar, percebendo que ela estava com dificuldade para entender.

- Tipo... Um encontro? - Conseguiu dizer. A sua respiração normalizada, e ainda com a testa colada na dele.

-Sim, um encontro.

- Eu acho um pedido bastante tentador. - disse ela, conseguindo enfim olhar nos seus olhos.

- Então está combinado; te pego às sete.

- E quem disse que eu aceitei? - perguntou ela, mordendo os lábios na tentativa de não rir.

- E quem disse que eu aceito não como resposta?

- Convencido.

- Linda.

Dito isso, ele encaixou sua boca na dela mais uma vez, dando continuidade onde tinham parado.

(...)

- Bom, então foi isso. - concluiu Bella, depois de ter contado a Alice o que aconteceu entre ela e Edward.

Edward já tinha ido embora ha um tempo. Quase obrigado, com o compromisso que teria: repor as consultas que  foram desmarcadas pela manhã.

Deixou Bella um pouco ansiosa, imaginando como seria esse tal "encontro", como ela mesma dera o nome.

- Meu Deus, Bella, até que fim!- Exclamou Alice.

- Eu sei, Alie, mas foi no momento certo. Foi tão natural, como se nenhum dos dois não resistisse mais.

- Oh, que amor! - disse Alice, completamente delirante. - Então, agora vocês são namorados?

Bella balançou a cabeça negativamente.

-Não sei, Alie, eu não quero pensar muito nessas coisas.

- Porque não, Bella? Você o ama, não é? - A voz de Alice tinha um fio de preocupação, já sabendo a sua dificuldade em relacionamento amoroso.

- Sim, eu o amo. Mas é um  sentimento diferente. Não é nada comparado ao que eu sentia pelo Mike.

Alice encolheu os ombros, já tendo uma resposta.

- É diferente porque você nunca esteve realmente apaixonada por ele. Talvez no começo, mas depois só era algo desgastante.

- Eu ia me casar com ele.

- Porque parecia a coisa certa a fazer. Eu conheço você, Belinha, como ninguém mais. Um relacionamento de bastante tempo, vindo desde a adolescência. Tudo era muito simples, tudo se encaixava.

Sorrindo, Bella balançou a cabeça.

- Tem alguma coisa errada nisso?

- Tudo. O amor deixa a gente estonteada, sem fôlego, idiota, dolorida. Você nunca sentiu essas coisas com o Mike. -  Dissera por experiência própria.  Apaixonara-se e deixara de se apaixonar dezenas de vezes antes de conhecer Jasper. - Você teria se casado com ele, e talvez até ficasse satisfeita. O único problema era que você colocaria a dança acima de tudo, é o Mike se contentaria com isso.

O sorriso desapareceu.

- Você  faz tudo parecer tão frio.

- E era, mas agora não. - Alice ergueu as mãos tentando não ter ido muito longe. - Belinha, você foi criada de certa maneira, para ser de um jeito. Mas, então, o telhado desmoronou. Eu sei que foi horrível. Você juntou os pedaços e se levantou, mas ainda colou algumas partes. Não é a hora de deixar o passado para trás, realmente para trás?

- Eu tenho tentado.

- Eu sei, e fez um bom começo. Mas você tem que se dar mais, sem se importar com o que vai acontecer amanhã. Viva o presente, querida. Talvez seja a hora de passar a procurar um pouco mais, apenas para si mesma.

- Um homem?

- Uma companhia, um compartilhamento, uma afeição. Alguém que te faça questionar porque o céu é azul  e porque dois mais dois é quatro. - Disse rindo da sua analogia. - Sabe, esses tipos de coisa. Acho que continuo acreditando que todo mundo precisa de alguém.

- Pode ser, Alie. Mas eu tenho medo de ir rápido demais, e acabar tropeçando em tudo.  Não estou pronta para decepções. Sobretudo quando tem 1,80m de altura e uns 70 quilos muito bem distribuídos.

- De nós duas, você sempre foi a mais romântica. Lembra as poesias que gostava de escrever?

- Éramos crianças. - Inquieta, Bella endireitou os ombros. - Eu tive que amadurecer.

- Amadurecer não significa parar de sonhar. - Alice sentou-se ao lado de Bella. - Os sonhos e o romantismo não podemos perder nunca.

- Está bem, Alie, vou colocar em prática. - Comovida, Bella beijou a face de Alice. - Você sabe o quanto eu te amo, não é?

- Sei sim. - afirmou,  rindo. - Agora temos que escolher um vestido bem lindo e fazer um penteado nesse cabelo para esse jantar. - levantou-se

- Vá com calma, Alice, eu não quero assustá-lo.

- Assustar? Nunca! Eu quero que ele fique impressionado. - Sendo assim, ela puxou Bella para o quarto, a fim arrumá-la.

Ficou vendo Alice pegar vários vestidos, jogá-los encima da cama e falar coisas que ela não estava prestando a mínima atenção. Bella se lembrou da sua conversa com Alice. Pegou um vestido rosa com gliter que Alice provavelmente queria que ela usasse.

Era romântica? Escrevera poesias sonhadoras e otimistas, muitas vezes, girando em torno do amor. Amor daqueles longos e melancólicos. Romântica, mas irrealista, admitiu. Não escrevia poesia fazia muito tempo.

Não desde que conhecera Mike, percebeu. Passara direto da menina sonhadora para a jovem correta, trocando versos por sapatilhas de ponta e ensaios exaustivos. Agora, tanto a menina sonhadora, quanto a jovem correta haviam desaparecido.

Pegou o vestido rosa e jogou de lado. Alice tinha razão. Não fora uma questão de amor com Mike, e sim de afeto e carinho.

Mike não a deixava sem ar, e não lhe beijava tirando seus pés do chão. Não lhe deixava tonta, idiota e dolorida. E muito menos lhe fazia se perguntar por que o céu é azul, e porque dois mais dois é quatro. Riu, lembrando-se das palavras de Alice.

Isso não era romance, ela meditava, e, certamente, não era amor. Talvez ela também jamais tivesse entendido de fato esse sentimento.

Mas com o Edward é diferente. Ela se sentia protegida, sem fôlego, dolorida e gloriosa. Talvez seja ele, pensou ela. Com uma risada baixa, envolveu o corpo com os braços e ergueu o rosto para Alice.

(...)

- Agora você está pronta. - disse Alice.

Bella olhou-se no espelho e viu uma mulher muito bonita. Bonita até demais. Ela era elegante, e ao mesmo tempo simples. Chegava a ser sexy e bastante sedutora.

- Agora, só me resta esperar. - disse Bella, sentindo as suas mãos ficarem geladas e várias borboletas voarem por seu estômago.

Poucos minutos depois, ouviu a campainha tocar.

- Além de lindo e sexy, ainda é pontual! - brincou Alice, rindo.

- Eu atendo. - disse Bella indo em  disparada para a porta.

Quando Bella a abriu, avistou Edward muito bem vestido em um paletó esporte.

Ela esperava que ele parecesse menos... perigoso em trajes mais formais.  Mais uma vez, se enganara. Os músculos nos braços e ombros ficavam totalmente em evidencia. A camisa, ou pela modelagem, ou por coincidência, realçava os seus olhos e fora deixada aberta na garganta.

Devagar e descontraído, ele  deu um sorriso torto, e ela curvou os lábios numa resposta automática.

- Oi. - disse ele a penetrando com os olhos.

Edward olhou para Bella e ficou encantado no que viu. Seu vestido preto parecia que fora feito para ela. Seu cabelo castanho estava totalmente solto e cheio de ondas, o que a deixava ainda mais bonita.

O desejo que ele sentia por ela se intensificou assim que ela abriu a porta.

- Oi - começou ela, e logo se calou, quando ele lhe entregou um buquê de rosas vermelhas.

Incapaz de resistir, ela enterrou o rosto nas rosas.

Uma imagem que carregaria consigo para sempre, percebeu Edward. Se ela soubesse o quão linda estava com as rosas nas mãos, seus os olhos tocados ao mesmo tempo com prazer e confusão, olhando-o por sobre as pétalas...

- Obrigada.

- Não há de que.

Tomando uma de suas mãos, ele levou-a aos lábios, dando-lhe um beijo.

Bella sentiu o calor espalhar-se. Ela fechou a mão, como que para capturar a sensação.

- Incrivelmente linda. - a elogiou.

Bella sentiu o rubor subir para suas bochechas. Sabia perfeitamente que estava da cor de um tomate.

- Edward, você está me deixando vergonhada. - assumiu ela.

- Eu já te disse que você fica linda corada, não disse? - perguntou, divertindo.

- Edward... - advertiu.

- Está bem. - concordou ele, prendendo o riso. Se ela soubesse o quão linda fica envergonhada...

- Eu vou colocar as rosas na água.

Bella entrou na cozinha e avistou Alice perto da bancada.

- Ai, meu Deus, que homem é esse, Belinha?

- Menos, Alice, por favor.

- Ah, Belinha, onde está o seu senso de humor? Eu sei que você está toda derretida por ele...

- Alice, tchau! - interrompeu-a.

- Está bem. Se comporte, ok? - disse Alice séria. - Não faça nada que eu não faria. - riu.

- Não se preocupe, Alice, eu vou cuidar muito bem dela. - Disse Edward da sala.

Bella e Alice riram ao mesmo tempo.

- Hum, muito convincente. Por favor, não deixe ele amassar o seu vestido, eu tive muito trabalho para te deixar assim. - Alice riu, deixando Bella corada.

- Alice, você não existe!

Bella saiu da cozinha deixando Alice rindo sozinha, lembrando-se da sua expressão corada.

Quando chegou a sala, se deparou com um Edward risonho, percebendo que ele ouviu toda a sua conversa.

- É... Alice é... Sempre Alice.

- Eu sei. Já me acostumei com o jeito Alice de ser.

Bella sorriu com as palavras dele.

Edward enlaçou os dedos nos dela e a puxou para fora do apartamento.

- Para onde vamos? - perguntou Bella quando entraram no carro.

- Comer uma boa comida italiana. - informou Edward, dando vida ao motor com um sorriso torto nos lábios.

- Sério?  - perguntou ela, perplexa, já imaginando aonde ele a levaria.

- Sim. Nós vamos ao La mama Cullen.

Sendo assim, eles seguiram rumo ao restaurante, ainda desconhecido por Bella.

(...)

Assim que Edward e Bella entraram no restaurante, perceberam os olhares a sua volta. Bella tinha plena consciência que os  olhares era para Edward, já que a maioria eram mulheres. Edward, por sua vez, sabia perfeitamente o que significava aqueles olhares; já fazia bastante tempo que entrara ali com uma mulher, e, para aqueles que sempre o via, era uma surpresa.

- Senhor Edward, por aqui, por favor. - pediu a recepcionista, sem tirar os olhos dele.

- Obrigado, Maria. - agradeceu. - Essa aqui é a Bella.

- Olá. É um prazer conhece-la. - cumprimentou Maria, olhando Bella de cima a baixo, fixando o olhar nos dedos entrelaçados dos dois.

Percebendo que ela tinha ficado envergonhada, Bella disse:

- É um prazer conhecê-la também, Maria.

- Bom - começou ela, recuperando a compostura -, já irão atendê-los, fiquem à vontade. - disse ela totalmente profissional, saindo sem esperar resposta.

Três atendentes, que observavam a cena, mergulharam em risos baixos.

Edward puxou a cadeira para Bella sentar e eles se entreolharam.

- Então, quanto tempo você levou para aperfeiçoar isso? - perguntou ela.

Com um sorriso torto, ele se fixou nos seus olhos castanhos.

- O que?

- O charme mortal que faz o sexo feminino desmoronar aos seus pés.

- Oh, isso. - Ele sorriu - Nasceu comigo.

A risada saiu antes que ela pudesse detê-la.

- Ah, Edward...

- O preto fica muito bonito em sua pele. - galanteou, mudando de assunto.

- Obrigada, mas eu não sou como as outras; eu consigo resistir aos seus encantos.

Ele curvou os lábios num sorriso ao ouvir isso.

- Tem certeza?

Ela arqueou as sobrancelhas, tentando reprimir um sorriso.

- Oh, mio filho! - Eles foram interrompidos pela mãe de Edward, bastante receptiva, que já foi agarrando ele.

Ela era baixa e esguia, com um rosto em formato de coração e cabelos cor de caramelo, encaracolados. Bella a observou timidamente, e reconheceu nela os mesmos traços dos filhos. Menos arredondada que Rosalie, mas com os mesmos traços delicados. Com os mesmos olhos que o Edward, e um sorriso tão encantador quanto o dele.

- Mio Dio, como está magro! Há quanto tempo que eu não te vejo? 3 ou 4 semanas? - questionou Esme, apertando o filho em todos os lugares, como se estivesse procurando um ferimento.

- Mama, só faz 3 dias, ok? - disse ele olhando para Bella. - Olhe, essa é Isabella, que eu te falei.

- Mas pode me chamar de Bella, senhora Esme. - Bella se levantou para cumprimentá-la com aperto de mão formal, mas Esme a puxou para um abraço apertado.

- Até que fim conheci, la famosa Bella. - ela disse olhando para Bella - Oh, mio Dio, como sei bella!

- Obrigada. - agradeceu, envergonhada. - Já percebi de onde veio a beleza do Edward.

- Mas ele é lindo mesmo, olha para isso, que bell'uomo!. - Ela cochichou no ouvido de Bella, fazendo-a cair na risada. Pela primeira vez, Bella viu Edward envergonhado. - Bom, eu vou deixar vocês a vontade. - disse ela se retirando. - Minha princesa, se sinta em casa, va bene?

Bella assentiu com a cabeça, reparando em Esme se retirando, deixando ela e Edward sozinhos.

- Nossa, a sua mãe é... - ela procurou uma palavra adequada, mas não encontrou nenhuma.

- Isso mesmo. - confirmou. - É normal ficar sem palavras para falar da dona Esme.

- Ela me parece ser maravilhosa.

- Sim, ela é. - ele segurou as suas mãos. - Vem, eu quero te mostra como aqui é lindo.

Entrelaçou seus dedos nos dela, e se aproximou mais, de forma protetora.

- Bom, aqui é o salão principal, como você pode ver.  - Eles continuaram andando grudados um no outro, Bella agarrada ao seu braço musculoso e Edward sentindo o cheiro adocicado de morango de seus cabelos.

- Aqui é o salão de dança, onde tem a noite da salsa, a noite do tango... Essas coisas. - eles andaram mais um pouco, e Bella já estava encantado com o lugar.

Bella ouviu a música que tocava no salão, uma melodia baixa e desconhecida, que, no entanto, provocava minúsculos calafrios que começavam a introduzir-se por sua espinha acima.

O salão principal era um típico restaurante italiano. Com um salão bem longo, com muitas cadeiras de madeiras e luzes para todos os lados. Já o salão de dança era totalmente o oposto. Parecia que ela acabará de entrar em uma escola de dança. O chão de madeira, os casais deslizando no salão. Alguns casais que estavam sentados nas mesas do outro salão ficavam olhando para a pista, vendo os casais dançarem apaixonadamente.

- Então, hoje é a noite dos românticos. - tomou-lhe a mão com uma das suas e enlaçou-lhe a cintura. Após um momento, ela começou a balançar com ele.

- Eu, ah, eu não conheço essa música. - Disse ela.

- É sobre um homem que se apaixona por uma mulher.

Ela fechou os olhos. Sentia o roçar do paletó dele na face, a firme pressão de sua mão na cintura. Ele tinha um aroma essencialmente masculino. Querendo saboreá-lo, ela moveu a cabeça e apoiou os lábios junto ao seu pescoço.

O pulso ali batia rápido, surpreendendo-a. Ela aninhou-se mais junto dele e sentiu acelerar a velocidade das batidas. Quando as suas se igualaram ás dele, ela soltou um murmúrio de prazer se aninhando ainda mais a ele.

- Sabe, eu tenho medo do que pode acontecer com a gente, agora. - ela conseguiu dizer, depois de um longo tempo dançando.

- Eu amo você, você me ama... É isso que importa. - Ele a viu fechar os olhos, percebendo que ela estava tensa. - Me escute, Bella.  Eu sei que as coisas não foram muito fáceis, mas você precisa confiar em mim.

Ela tornou a abrir os olhos. O coração não batia a um ritmo lento agora, mas parecia capaz de saltar de seu peito.

- Eu não quero ir rápido demais e estragar tudo...

- Não diga nada. - ele colou os lábios no seu, e depois a olhou nos olhos. -  Você precisa se dar uma chance de tentar. Eu não vou deixar você estragar nada...  Vamos devagar, eu prometo.

A paixão e as promessas se fundiram quando colaram mais os corpos um no outro.

Ela concordou, enlaçando os braços no pescoço dele, um momento antes de seus lábios se encontrarem.

‘‘... Sim, eu estou sentindo tudo de ódio ao amor à luxúria.

Do desejo à verdade eu acho que é assim que eu conheço você

Então eu te abraço apertado para ajudá-lo a desistir

Então me beije como você quer ser amada

Você quer ser amada

Você quer ser amada

Este sentimento é como se apaixonar

Apaixonar-se

Nós estamos nos apaixonando... ’’


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Notas finais do capítulo

Roupa da Bella : http://www.polyvore.com/cgi/set?id=99383461&.locale=pt-br

Roupa do Edward: http://cdn02.cdn.justjared.com/wp-content/uploads/headlines/2012/05/robert-pattinson-cosmopolis-photo-call.jpg


Restaurante:http://turismoorlando.com.br/wp-content/uploads/2013/03/mama-melrose-ristorante-italiano-00.jpg



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