The Paths Of A Rain Woman escrita por Ling


Capítulo 6
A Reason To Smile


Notas iniciais do capítulo

Não demorei tanto dessa vez... 1 semana.
Bem, o único diz em que geralmente tenho tempo, cabeça e condições de escrever costuma ser sábado, ou então domingo (ou então durante a semana, mas é mais raro).

Bom, esse capítulo tem algumas revelações... e já deixa em aberto discussões e previsões para o que vem a seguir.

Espero que gostem ^^

Boa leitura.



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Juvia bateu o pé impacientemente.

A suave brisa litorânea varreu as cascatas azuladas que recaiam sob seus ombros, devolvendo-as a posição inicial de forma completamente bagunçada e irreverente.

Mal havia terminada um banho refrescante e já estava a beira de um colapso, se abanado loucamente na tentativa de não suar.

Avistou duas figuras se aproximando de seu pequeno grupo, involuntariamente deixando escapar leves sons de satisfação. Finalmente a torturante espera teria fim.

Prontamente reconheceu a chamada "mestra" acompanhada por uma criatura saltitante de cabelos multicoloridos, que, aparentemente, era uma garota.

A mais nova desconhecida abriu um largo sorriso e avançou velozmente em sua direção, de braços abertos, claramente pronta para esmagar o pobre coitado a sua frente, que para a felicidade de uns e a infelicidade de certa maga, era Juvia.

–Juvi-chan, você está bem! - exclamou animadamente, quase como uma criança pondo as mãos em seu bichinho de pelúcia.

– Hum... Juvia está... muito bem agora. Obrigada...desculpe, mas Juvia ainda não te conhece. - respondeu com certo esforço, devido ao abraço quase sufocante.

– Heh, desculpe Juvi-chan, eu me empolguei... - a menina ria sem jeito - Sou Weisy, prazer em vê-la acordada Juvi-chan! - estendeu a mão e sorriu desajeitadamente.

– Juvia está feliz em conhecê-la Weisy-chan - tentou sorrir da mesma forma, apertando levemente sua mão e balançando-a lentamente.

– Certo. Agora que estamos todos aqui podemos começar. - disse Masaya, fazendo um sinal silencioso e orientando-os a seguirem seus passos.

O grupo imediatamente obedeceu sem questionar. Por mais que alguns quisessem simplesmente exclamar um belo "não", sabiam que apenas atrasariam a esperada hora em que tudo seria esclarecido.

Silenciosamente deixaram o bosque e em questão de minutos se encontraram em frente a um pequeno pátio improvisado, bem no início da entrada da floresta.

A mulher sinalizou para que se sentasse, e assim o fizeram. Ela limpou a garganta e prosseguiu.

– Bem, tenho certeza que querem saber o que fazem aqui, o que aconteceu noites atrás e como será daqui pra frente. - disse calmamente, fitando cada um dos olharem voltados a si.

– Isso é óbvio - ralhou a garota de sardas e cabelos cor de mel, que Juvia reconheceu com Saori.

A mais velha apenas ignorou o comentário, e balançou a cabeça lentamente, quase como se não soubesse como continuar.

– Naquela noite, o plano era reunir a maior quantidade de magos poderosos e os submeter a uma espécie de encantamento... um tipo de magia proibida. Em seguida, roubariam o poder dos magos que sobrevivessem e o resto da história ainda é desconhecida. - olhou-os com seriedade, tentando distinguir as diferentes reações.

– Está dizendo que fomos amaldiçoados?! - berrou Saori, erguendo o punho como se precisasse desesperadamente acertar algo.

–Como assim os que sobrevivessem?– Perguntou o moreno de pequenos óculos, também conhecido com Rin.

–E sobre o daqui pra frente? Pensei que ficaríamos até saber da situação, resolveríamos e depois seguiríamos com nossa vida, como sempre. - falou outro moreno, aquele de fios avermelhados... Yano.

– Mestra-san. Qual os efeitos colaterais disso? - a voz de Juvia exigia resposta imediata, e a súbita realização do fato fez com que todos os rostos se virassem para encará-la.

– Efeitos colaterais?! - exclamou a baixinha, um medo evidente se manifestando em sua voz.

A mestra revirou os olhos, e novamente a ignorou.

–Não é exatamente uma maldição. Quer dizer... não sei muito sobre isso,mas acredito que tudo vá depender de como for usado. E, como disse, é uma magia proibida... e não é atoa. Um dos principais motivos por ser proibida deve ser justamente esse. - respondeu algumas das perguntas, soando estranhamente calma.

–Você ainda não respondeu o restante das perguntas. - Liz disse, encarando-a acusadoramente.

– Sim Juvia, creio que há efeitos colaterais... não sei bem quais, mas deve haver algum... positivo ou negativo. E quanto ao que faremos, bem, depois disso não podemos simplesmente voltar para nossas respectivas guildas e fingir que nada aconteceu. -fez uma pausa - Seria mentira e apenas dificultaria suas próprias situações. Ficaremos juntos, iremos treinar todos os dias e descobrir mais sobre isso. É a única coisa a ser feita. - concluiu, encarando o grupo vertiginosamente.

– Treinar pra quê? Por que precisamos viver juntos? Não poderíamos simplesmente investigar? - o loiro finalmente falou, quase em desespero.

– Algo aconteceu, e não foi algo sem importância. - ela parou, sua voz a ponto de rachar - Você acha mesmo que depois dessa, eles vão deixar que vivam em paz?- perguntou, olhando fixamente em seus olhos.

– Tem mais alguma coisa, mestra-chan? - murmurou a menina de madeixas coloridas, fitando o chão.

– O nome da magia... é algo bem suspeito - sussurrou, quase como que são desejasse que a ouvissem.

–Nos diga o nome. - demandou Yano.

–Inner Monster - foram as únicas palavras que deixaram seus lábios, imediatamente calando a todos.

Juvia engoliu em seco. Seu coração batia forte contra o peito, quase como se desejasse sair, enquanto as mãos trêmulas se encontravam, ambas tentando amenizar a sensação de desamparo em seu peito.

– Mestra-san... Juvia gostaria de saber... - começou sem jeito, pressionando com mais força as mãos gélidas juntas.

–O que é Juvia-chan? - perguntou com o mesmo com melodioso de antes.

– Como mestra-san sabe de tudo isso? - expeliu as palavras o mais rápido que pôde, querendo resposta imediata.

– Uma das pessoas por trás disso... não que eu me orgulhe ou apóie isso, mas... é meu filho. - cerrou as mãos em punhos e baixou o olhar.

A mulher da chuva, olhou ao redor, examinando as expressões de seus companheiros. A maioria deles pareciam recompostos, mas aquele perturbador silêncio ainda permanecia infestando o clima e plantando uma estranha tensão entre eles.

Juvia queria dizer algo, ela tinha vontade de se erguer e soltar uma das tantas frases inspiradoras que seus companheiros de guilda fariam, mas tanto a timidez lhe atrapalhava, quanto o entusiasmo lhe faltava.

– Tudo bem, mestra-san. O que podemos fazer agora? - finalmente falou, cortando aquele silêncio que tanto a incomodava.

– Essa guilda negra... a responsável por isso. Eles estão em todos os lugares, fazendo parte de diferentes grupos, tomando posse dos mais distintos lugares. E para nossa sorte, um desses lugares, quase como uma cede fica bem aqui. - soou confiante, quase como se sua energia houvesse sido restaurada.

– Onde fica? - perguntou Liz curiosamente.

–Há alguns metros da casa. Na verdade, é uma escola. - continuou, e Juvia teve uma estranha impressão que a mulher segurava um sorriso.

– Isso é bem estranho... - comentou Rin

– Nossa primeira missão e plano oficial é... infiltrem-se naquele colégio! - exclamou, erguendo o punho em expectativa.

– O que?! Nunca... aquele lugar... livros... aquilo é o horror! - gritou comicamente a garota de sardas, ficando de pé e apontando acusadoramente o dedo indicador em sua direção.

Liz deu um singelo sorriso, e Rin endireitou os óculos, recebendo olhares estranhos da baixinha.

–Vocês, seus... seus... seus nerds! - gemeu puxando os cabelos.

Juvia não pôde deixar de sorrir, tentando cobrir a boca com a mão no processo.

– Não é engraçado... - comentou a menina "quase loira" no chão, com aparência derrotada.

– Desculpe, Saori-san. Mas Juvia pensa que é - disse, finalmente cedendo ao riso. Era relaxante ter um motivo para sorrir no meio de tal confusão, e Juvia se sentia aliviada somente por não estar sozinha.

A cada gargalhada - que Juvia tentava desesperadamente fazer soar discreta - alguns sorrisos eclodiam do grupo. Era quase como se, de alguma forma, o simples gesto cedesse o entusiasmo necessário para não perder a esperança e continuar, apenar visando um único objetivo, porém sem medo de interrupções no caminho.

Afinal, nenhum deles realmente tinha pressa - não agora.

Quando abriu os olhos, a azulada se deparou com uma menina encolhida e olhando-a quase assustada.

– Hum... Weisy-chan? - susurrou, tentando ganhar sua atenção.

–E-eu estou como medo... - murmurou

– Não se preocupe, Weisy-chan. Juvia vai te contar um segredo: ela também está - respondeu, quase como confortasse uma criança , um sorriso discreto brincando em seus lábios.

– Então por que Juvia-chan está sorrindo? - perguntou inocentemente, seus grandes olhos castanho claro olhando-a com curiosidade.

–É que agora Juvia sabe que não está sozinha. Juvia tem esperança, e ela sabe que com o tempo esse medo vai ceder. -ergueu o braço e apontou para o céu- Se tem uma coisa que a Fairy Tail ensinou à Juvia, é isso; ensinaram Juvia a sorrir, e ela não vai esquecer disso. - respondeu, apliando ainda mais aquele misterioso sorriso, estranhamente caloroso.

Ela segurou as mãos da garota, e puxou-as suavemente para mais perto.

–Olhe... todos sorrindo, felizes e cheios de enrgia. Não é motivo o suficiente para sorrir Weisy-chan? - murmurou, contagiada por aquele sentimento acolhedor.

– Eu acho que sim... o-obrigada Ju-chan - e não demorou muito, ambas sorriam juntas.

E assim a noite passou.

Sorrisos compartilhados; aventuras pronunciadas; brigas sem qualquer motivo aparente, travadas; e finalmente a terrível realização de que teriam de acordar cedo na manhã seguinte, rendendo gemidos de insatisfação e protestos teimosos de adiar o plano para a semana seguinte.

A mulher da chuva sorriu.

Afinal, somente estar viva já era razão o suficiente para comemorar, mas isso era muito mais que Juvia imaginara que poderia ter.

Agora era oficial: Ela estava em perigo, e fora jogada de repente numa confusa aventura. Mas de certa forma, não a incomodava tanto, não mais.

Afinal, ela não estaria sozinha.

Ainda havia motivos para sorrir.


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Notas finais do capítulo

Sugestões, opniões, críticas, comentários... ficarei feliz em satisfeita em receber ^^

Se houver qualquer coisa que queiram dizer sobre a história, sintam-sea vontade.

Esse capítulo foi um pouco maior. Preferem capítulos curtos ou esse tamnha está bom?

Espero que estejam gostando ^^

Até a próxima o/