Eu Te Amarei Para Sempre... escrita por Kha-chan


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Prontinho... mas um cap pra vocês.
Espero que gostem ^-^



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Inuyasha pensou que um passeio noturno pudesse ajudá-lo a pensar, o que foi uma boa ideia, o vento frio da noite era relaxante, as palavras de Miroku não saiam de sua cabeça.

“–você não estava aqui, não a condene antes de saber o que realmente aconteceu.” - ele mesmo pensara muito nisso antes, nunca conseguiu entender o porquê de Kagome sumir daquele jeito. Ele continuou caminhando até que percebeu que o caminho que seguia dava direto para casa de Kagome, seguiu mais um pouco e deu pra ver a janela do quarto dela, a luz estava apagada, se perguntava se ela estaria dormindo? Deu um sorriso triste ao lembrar quantas vezes entrou escondido por aquela janela.

O barulho de uma bola quicando chamou sua atenção, quando ele se aproximou viu o mesmo garoto do outro dia “Souta”, ele estava tentando acerta a cesta, mais não ia muito bem.

—o segredo esta no pulso. –disse se aproximando, o menino se assustou deixando a bola rolar ate os pés de Inuyasha, esse a pegou jogando de volta pra ele.

—há... você é o amigo da minha mãe. –serio aquilo o incomodava. –se você veio ver a minha mãe ela esta lá dentro. –ele realmente tinha que dizer toda hora que Kagome era mãe dele.

—não eu só estava dando uma volta. –ele apontou para a bola. –você joga?

—eu queria. –disse tímido. –mas não sou tão bom. –ele tentou acerta a bola, mas errou novamente. –viu?

—posso? –ele perguntou pedindo a bola, Souta a jogou pra ele. –me deixa tentar. –de onde estava Inuyasha jogou e acertou em cheio.

—incrível. –Souta tinha os olhos brilhando. –foi uma de três pontos.

—eu jogava quando estava no colégio e parece que não perdi a pratica.

—você me ensina? –Inuyasha não soube explicar, mas aquele olhar de admiração que Souta o encarava mexeu dentro dele.

—posso te dar umas dicas. –disse jogando a bola pra ele. –mas e seu pai, nunca te ensinou? –ele não devia se aventurar nisso, mas não conseguia resistir. Souta não respondeu, será que aquilo significava que Kagome e ele não estavam mais juntos, tinha que admitir queria saber, no fundo precisava saber, mas achou melhor não insistir.

Eles ficaram ali praticando por um tempo, Inuyasha dava dicas e a cada melhora Souta se entusiasmava.

—Souta já esta na hora de entrar. –Kagome vinha pela porta da cozinha quando congelou ao ver Inuyasha e Souta jogando juntos.

—mãe me deixa ficar só mais um pouco. –a partida entre os dois terminou assim que eles viram Kagome parada a porta.

—amanhã você tem que acordar cedo lembra.

—ok. –mesmo hesitante ele pegou a bola e se despediu de Inuyasha. –obrigada pelas dicas, a gente pode jogar de novo?

—claro. –respondeu sem hesitar, tinha que admitir uma coisa, tinha gostado daquele garoto. –quando você quiser.

—ótimo. –Souta correu animado pra dentro e Inuyasha e Kagome se viram sozinhos novamente, um silencio incomodo se fez entre eles.

—acho melhor eu entrar para ver se ele foi dormir mesmo. –Kagome se virou para entrar, mas antes que pudesse ir Inuyasha segurou seu braço impedindo-a.

—por quê? –aquela simples pergunta tinha uma importância tão grande que Kagome não soube o que fazer.

—do que você esta falando? –amaldiçoou-se ao perceber que sua voz saiu tremula.

—você sabe muito bem do que estou falando Kagome. –ele a puxou forçando-a a encará-lo, mas não estava preparado pra o que viu... Lagrima, ela estava chorando. –Kagome? –ele soltou seu braço lentamente.

—me desculpe eu tenho que entrar. – e antes que Inuyasha pudesse impedi-la novamente, ela entrou batendo a porta, em vez de ir ver Souta como havia dito foi para seu próprio quarto.

 

Precisava conversar com Sango, claro que isso significava contar a ela a verdade sobre Souta, não que quisesse esconder isso dela para sempre, Sango era praticamente sua irmã, na verdade cogitará lhe contar tudo quando esteve na confeitaria, mas encontrar Inuyasha a fez mudar de ideia, depois os dias foram passando e ela acabou deixando de lado, mas o acontecimento da noite anterior não saia de sua cabeça.

Inuyasha a perguntará por que ela foi embora, fora pega de surpresa na hora e por isso ficou sem reação, mas agora um pouco mais calma tinha que admitir que no fundo ela esperava por isso, caso contrario ia doer muito se ele simplesmente fingisse que nunca houvesse tido algo entre eles.

Como não encontrou Sango no trabalho foi direto para sua casa e não estava errada.

—Kagome, aconteceu alguma coisa? Você parece preocupada. –Sango abriu a porta dando espaço para Kagome entrar.

—Sango preciso de você amiga. –Kagome a abraçou forte mente pegando Sango de surpresa. –tem uma coisa que eu preciso te contar que eu devia ter te contado há nove anos.

—Kagome você esta me deixando preocupada. –as duas foram até a sala, Sango indicou o sofá para Kagome se sentar. –o que houve?

—Sango o Souta... o Souta é... –Kagome procurava as palavras, mas não conseguia.

—filho do Inuyasha. –completou Sango, Kagome caindo sentada no sofá.

—você sabia? –sua voz não passou de um sussurro, Sango se sentou ao seu lado e segurou as mãos da amiga.

—saber eu não sabia, mas suspeitava. –ela tinha um doce sorriso nos lábios. –eu sabia que tinha alguma coisa com você naquela época, eu tentei falar com você, mas depois que o Inuyasha viajou você ficou distante e quando fui ver já tinha ido embora.

Kagome se sentiu culpada, era verdade que se afastará de todos depois que descobriu que estava grávida, mas foi por que tinha medo de não conseguir esconder de Inuyasha a verdade se Sango soubesse.

—me desculpa, eu estava tão confusa e assustada. –Sango a puxou para um forte abraço e as duas ficaram assim por um tempo. Ela não estranhou quando Sango disse que sentia que algo estava errado com ela, depois de sua mãe Sango era a única que sabia quando ela estava triste ou com problemas, inclusive ela perceberá antes mesma da própria Kagome que ela estava apaixonada pelo Inuyasha. Um sorriso triste surgiu em seus lábios com a lembrança. –você contou para alguém? –perguntou um pouco mais calma depois de se separarem.

—eu disse Kagome, eu só tinha suspeita. –ela encarou a amiga um pouco magoada. –por que não me contou?

—eu sei que devia ter te contado, mas tinha medo. –ela se levantou e foi até a janela, esfregava os braços freneticamente. –medo que se eu te contasse o Inuyasha acabaria descobrindo.

—e você não queria que ele soubesse?

—sim... não... claro que queria, mas não podia. –ela deu um longo suspiro, estava andando de um lado para o outro e Sango cansada daquilo se levantou e foi em direção a Kagome, segurou seu ombro fazendo-a parar de frente para ela.

—Kagome antes que você faça um buraco no chão sente naquele sofá. –ela obedeceu automaticamente. –espere aqui, eu vou trazer um chá para você se acalmar e então você vai me contar tudo, certo? –Kagome fez um aceno positivo.

Sango voltou logo em seguida, depois de tomar um pouco do chá Kagome realmente se sentiu um pouco mais calma, Sango se sentou ao seu lado esperando que ela se sentisse pronta para começar.

—você quer a versão longa ou a curta? –perguntou depois de colocar a xícara na mesa.

—Kohako acabou de dormir, isso nos dá algumas horas. –ela deu um sorriso terno para a amiga. –fique a vontade. –Kagome de um longo suspiro e começou.

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—Kagome querida o jantar esta pronto. –sua mãe gritava do outro lado da porta. –Kagome? –chamou outra vez ao não ter resposta.

—já vou. –gritou Kagome com medo que sua mãe entrasse em seu quarto, a ultima coisa que queria era que sua mãe a visse agora.

—está bem, não demore. –relaxou ao ouvir os passos se afastarem, olhou mais uma vez para o papel em sua mão, não havia engano o teste dera positivo, claro que poderia estar errado, se esse não fosse o quarto teste que fazia.

—não pode ser. –ela apertou o papel contra o peito. –o que eu vou fazer? –as lagrimas caiam sem controle. –por que você não esta aqui Inuyasha, eu preciso tanto de você. –Kagome voltou a esconder os papeis na gaveta da cômoda que ficava ao lado da cama, depois foi lentamente para o banheiro e lavou o rosto, tentando se livrar de qualquer marca de que estivesse chorando. Precisava de tempo para se acalmar e pensar no que iria fazer.

Mas os dias seguintes não foram melhores, não conseguia pensar em nenhuma solução, sua mãe estava cada vez mais desconfiada de que algo estava acontecendo com ela, até mesmo Sango estava desconfiada, nesse momento que ela percebeu que Sango a encarava, estavam na lanchonete que sempre se encontravam depois do colégio.

—você disse alguma coisa? –perguntou antes de tomar um pouco do seu suco.

—o que está acontecendo com você? –a pergunta direta a pegou de surpresa. –você tem estado distante esses dias, como se estivesse em outro lugar, se você estiver com algum problema me conta Kagome. –a vontade de contar era enorme, não aguentava mais ficar guardando aquilo dentro dela, mas não podia.

—não é nada. –deu um sorriso fraco. –acho que só estou com saudades do Inuyasha. –Sango a encarou por uns minutos e depois deu um largo sorriso.

—você ainda vai ao baile né? Como eu estava dizendo o Miroku finalmente me convidou eu esperei um pouco pra responder, mas aceitei. –Kagome agradeceu por ela mudar de assunto. –falando nisso temos que comprar um vestido né, você quer ir amanhã, será que o Inuyasha vai chegar a tempo? –Kagome não conseguiu conter o riso, Sango começou a bombardeá-la com perguntas e por um momento ela esqueceu todos os seus problemas.

—vai sim, ele disse que chega a tempo do baile.

—ótimo, agora que vestido eu compro? –e passaram mais algumas horas fazendo planos para o baile. Quando voltou pra casa se sentia mais leve e relaxada, concerteza Sango era a única que conseguia anima-la assim, mas ao abrir a porta de seu quarto, todos os seus problemas voltaram, sua mãe estava sentada em sua cama, tinhas uns papeis nas mãos e foi com terror que Kagome reconheceu que eram os resultados dos exames.

—Kagome o que é isso? –ela não conseguiu se mexer, sua mãe a encarava com um misto de desespero e magoa. –Kagome?

—mamãe... –e sem mais forças ela caiu de joelhos no chão, foram semanas de medo, tristeza, dor, tudo guardado dentro dela sem poder compartilhar. –me desculpa. –foi tudo que conseguiu dizer antes das lagrimas que ela pensou não ter mais caírem sem controle, ela nem percebeu quando sua mãe veio em sua direção, só notou quando ela a envolveu nos braços e a abraçou fortemente. Naquela mesma noite Kagome contou tudo para seu pai, ele sem lhe dirigir a palavra se trancou em seu quarto e ficaram sem se falar durante dias.

Uma semana depois que contou tudo para seu pai, Kagome o encontrou sentado na varando quando voltava do colégio, ela se aproximou um pouco hesitante desde o ocorrido ele a estava ignorando, ela parou a sua frente sem saber o que fazer.

—sente-se. –ela o encarou surpresa, não só pelo fato dele ter voltado a lhe falar, mas pela sua voz que estava embargada de emoção, sem hesitar ela subiu os poucos degraus e se sentou ao seu lado. –ele já sabe?

—não, ele viajou antes de eu ter certeza. –um longo silêncio se fez entre eles. –papai eu...

—me perdoe pelo modo que te tratei. –Kagome ficou sem palavras. –eu estava errado...

—não, não estava. –Kagome se levantou virando para ele. –eu sei que o decepcionei a culpa foi toda minha, eu que tenho que pedir perdão.

—você nunca me decepcionou. –ele se levantou e enxugou as lagrimas que começavam a descer pela face de Kagome. –você esta passando por um mau momento e quando mais precisou de mim eu lhe virei as costas. –ele a abraçou. –está tudo bem agora, você não esta sozinha. –ele acariciou seus cabelos como quando fazia quando ela era menor. –acho que eu não tinha percebido que minha menininha cresceu.

—eu te amo papai. –ela sentia que podia flutuar com a leveza que estava se sentindo, e essas palavras de seu pai lhe deram força para seguir em frente com a decisão que chegou. –eu decidir ir para Nova York. –no mesmo instante seu pai a afastou e a encarou confusa. –o senhor acha que a tia iria me deixar ficar uns tempos na casa dela.

—mas por que isso... e o Inuyasha?

—ele não pode saber. –afirmou. –eu não quero que ele saiba.

—por que? –ela abriu um pequeno sorriso.

—porque eu o amo. –ele pareceu ainda mais confuso. –tenho certeza que se ele souber que eu estou grávida ele vai desistir de ir pra Faculdade, ele vai querer continuar trabalhando e eu não posso permitir isso.

—e por isso que você vai cuidar desse filho sozinha? –ele ainda não parecia convencido. –Kagome isso é um absurdo.

—papai como o senhor acha que eu vou me sentir daqui a uns anos sabendo que por minha causa o Inuyasha teve que abrir mão de tudo que ele sonhou. –as lagrimas já não caiam mais, ela se sentia tão leve. –o senhor melhor que ninguém devia saber o quanto isso é importante pra ele, já que é você que ele quer que o aceite. –ele pareceu pensar. –talvez um dia eu conte pra ele, mas até lá já vai ter passado um tempo. –ela deu um longo suspiro. –confie em mim. –sem dizer nada ele a puxou voltando a abraça-la.

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—minha mãe me ligou pouco depois de eu chegar a Nova York, me senti culpada por não ter contado nada pra vocês, mas não havia volta.

—você soube que seu pai assumiu a culpa?

—hum... do que você esta falando?

—seu pai disse pro Inuyasha que foi ele quem te mandou pra longe, só pra te afastar dele. –aquilo surpreendeu Kagome, ela nem fazia ideia que seu pai havia feito isso. –ele ficou muito irritado, vivia dizendo que iria te encontrar e te trazer de volta de qualquer jeito, mas ninguém fazia ideia de onde você estava e logo depois ele foi pra faculdade.

—ele concerteza deve me odiar agora. –ela tinha um sorriso triste nos lábios.

—duvido... Kagome ele te ama.

—não depois do que eu fiz, mas eu não me arrependo.

—não?

—não mesmo. –ela deu um largo sorriso. –porque agora que eu vejo o homem que ele se tornou, que ele conseguiu realizar tudo que ele queria eu tenho certeza que fiz a escolha certa e isso é suficiente pra mim. –Sango a encarou sem dizer nada e abriu um largo sorriso.

—você ainda o ama não é. –Kagome não negou e isso foi suficiente pra Sango ter certeza. 


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