Dark Light - As Sete Chaves escrita por Mark Davis


Capítulo 11
Capítulo 8 - Gostosuras ou Travessuras?


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma boa leitura.



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Já se passaram dois meses. E eu não pisei para fora dessa casa depois do último incidente; Eu devo ter um imã para isso, piso fora da casa e coisa ruim aparece. Eles estão por todas as partes.

Hoje já é dia 31 de outubro, ultimo dia do meu mês. Sim, passei o dia 21 olhando para as paredes revestidas de madeiras de demolição. Pelo menos recebi a ligação de Kyle no dia e os parabéns dos Birk. Eles são minha família agora. Só senti falta de Jenny, o que será que está ocorrendo com ela?

— Vou à casa dos Wollermi. Derek daqui a pouco está por aqui, se precisar de alguma coisa liga! Caso não consiga, lute — avisou-me Hector, enquanto pegava seu casaco e as chaves do carro.

Eles alternavam entre si para ficar de guarda da mansão da família de Kyle, caso algo dê errado. E é claro que os pais dele não estão sabendo disso, se soubessem eles os expulsariam de lá. O Sr. e a Sra. Wollermi não acreditam nesse tipo de coisa, metade do mundo não acredita nisso tudo. Mas o pior é que eles não seguem uma religião, o que pode ficar mais perigoso para eles.

Olhei distraidamente para a janela a minha frente, o anoitecer já estava próximo. Peguei o controle da TV acima da mesa de centro para ligá-la, mas algo me fez tornar a olhar ao tempo lá fora. Mas desta vez avistei um pássaro negro, que estava em um dos galhos de uma das muitas árvores que rodeava o terreno, olhando fixamente para mim.

Aquilo estava me deixando desconsertado, levantei-me para fechar a cortina e voltei a deitar no sofá.



A brisa fria entrava pela janela e fazia com que a cortina balança-se calmamente, mas o sopro foi ficando cada vez mais ágil. Levantei cambaleando de sono para fechar a janela, me aproximei e vi que o céu azul escuro estava ficando negro, como se uma sombra enorme estivesse tomando conta do céu. Até que olhei para o parapeito distraidamente e visualizei a tal sombra adentrando a casa, dei vários passos para trás, sem tirar o olho do evento estranho.

A sombra passou por de baixo de meus pés e parou em frente à escada, segundos depois começou a se formar em um corpo humano, já finalizado, reparei que era meu pai.

— Pai! — Disse espantado.

Corri a seu alcance, sabia que não era ele de verdade, mas eu sentia que aquilo poderia ser algum sinal sobre o seu paradeiro. Quando me aproximei, ele evaporou. Sem pestanejar, subi as escadas de dois em dois degraus. E lá estava ele — a sombra na verdade —, parado no fim do corredor dos cômodos.

Comecei a andar calmamente, trêmulo.

— Estou preso! — disse.

— Onde? — perguntei

— Estou preso... — repetiu.

Ele repetia a mesma frase varias vezes, incansavelmente. Olhou para os lados, espantado, como se suspeitasse de haver alguém por ali.

Fui chegando cada vez mais perto, estiquei o braço para tocá-lo. Ele fez o mesmo, por um momento percebi que, de alguma forma, era ele mesmo quem estava ali. Ele era a sombra! Mas como isso é possível? Magia?

— Concentre-se mais, Mike. Tente ir mais além do Véu da Vida. Eu sempre estive por perto... — disse-me.

Nossos dedos se tocaram e, neste mesmo instante, seu corpo foi sumindo; cada parte foi se transformando em pássaros que voavam desesperadamente em torno de mim. Atacando-me. Seus bicos e garras me arranhavam, revidei as agressões com socos, tapas e chutes. Mas de nada resolvia. Comecei a correr de volta para o andar de baixo, foi quando ouvi alguém dizer: “Ei, Mike. Levante-se. Mike!”

Acordei assustado, ofegante. Pisquei rapidamente e olhei para Derek que estava ao meu lado.

— Acordou a bela adormecida! Só sabe dormir, eu hein.

Foi um sonho... Mas parecia tão real. Olhei para minha mão direita, passei o polegar em meus dedos como se pudesse sentir os de meu pai nos meus. As suas palavras agora ecoavam em minha mente.

Onde ele poderia estar preso? Alguém o está mantendo-o em cativeiro... Vincent!?

— Ei, Kyle mandou... Mandou nada, porque aquele moleque não tem moral pra isso — afirmou enquanto caminhava até a cozinha. — Pediu para lhe dizer que hoje tem o tal baile de halloween no seu colégio.

Sentei-me no sofá, tomando fôlego. O olhei vindo de volta, com uma maça bem vermelha na mão esquerda.

— E é claro que eu disse que você não iria — falou, com a boca cheia.

— Mas eu vou.

— Vai? — sorriu — Não sei quem te autorizou a isto.

— Preciso sair um pouco daqui!

— Mas não vai! — disse com um olhar sério.

— Ok. Tudo bem...

Ele relaxou o olhar, mas ainda me olhava como se quisesse dizer: “Ainda estou de olho em você, pivete.” Ele sabe que eu não sou de desistir fácil.



00:30h, espero que a festa ainda esteja de pé.
Pensei.

Levantei-me da cama, já pronto. Abri a porta e desci; os degraus de madeira rangiam e isso me deixava mais nervoso. Torci para que Derek não ouvisse.

Consegui descer as escadas, nenhum sinal dele. Fui em direção à porta de entrada, mas quando a abri uma voz me interrompeu:

— Aonde pensa que vai, fujão? — Derek me perguntou com a voz calma.

Virei bruscamente, atordoado.

— Você acha que eu sou trouxa ou o quê?

— Desagradável.

— Belo adjetivo.

— Desculpe, eu apenas quero me divertir com meus amigos... Ter uma vida normal. Pelo menos um dia.

Derek respirou fundo, botou uma das mãos no bolso da calça jeans preta e a outra passou em sua testa, como se estivesse com dor de cabeça. E eu acho que eu sou essa dor de cabeça.

— Olha aqui... Só hoje, entendeu? Eu não quero que você vire um refém dessa vida... Assim como eu.

Fiz que sim com a cabeça, enquanto ele apontava para a moto estacionada. Derek deve ter tido uma vida muito dura, algo o transformou nesta pessoa. Séria e rígida. Mas sinto que seu lado bondoso ainda fala mais alto.



Nightfall estava toda iluminada com velas, abóboras do estilo halloween, caveiras, túmulos no gramado... Porém, percebi que nas lápides dos túmulos falsos tinha o nome de cada aluno do terceiro ano, consequentemente, lá estava o meu e o de Kyle.

Havia várias pessoas bebendo e conversando fora do colégio. Derek parou alguns metros, desci da garupa de sua moto. Tirei o capacete e entreguei a ele.

— Bom... Obrigado pela oportunidade.

— Ficarei de guarda aqui.

— Não irá acontecer nada de ruim, Derek. Relaxa. Pode ir — ergui a mão em direção à estrada.

— Não confio nessa sua esperança.

Dei de ombros, virei-me e comecei a andar em direção ao colégio. Todos estavam fantasiados, apenas alguns com máscaras. Um bêbado veio em minha direção querendo puxar papo, mas o empurrei com o braço e arranquei a máscara de seu rosto e a coloquei no meu. Ele ficou furioso e começou a correr atrás de mim, vi o seu ato e comecei a correr em direção à quadra fechada, onde estaria ocorrendo o baile. Misturei-me entre as pessoas para despistar o bêbado, e parece que deu certo.

Fumaça saia de um aparelho preto próximo a porta de entrada da quadra. Panos rasgados e teias falsas estavam presas por todos os lados, nas grades do teto, nas colunas... As paredes estavam todas com um aspecto antigo, como se a cor tivesse perdido seu tom original. Em algumas partes delas, havia sangue falso respingado. E em uma, estava escrito: “Inimigos do herdeiro, cuidado...” Alguém por aqui deve gostar de Harry Potter, também.

Todos estavam enlouquecidos com as batidas da musica eletrônica, já outros, apenas estavam centrados um na boca do outro.

Onde estão as bebidas? Estou com a garganta seca. Pensei.

Avistei em meio às pessoas, uma mesa retangular com um pano de cor vermelho sangue. Já próximo, passei o olho sobre a mesa e avistei meu professor de física se servindo no ponche. Tentei evitar contato, mas já era tarde demais. Ele começou a se aproximar, e eu comecei manter distância.

— Ei, eu não sou um serial killer! — ele disse, mais alto que o som, para que eu pudesse ouvir.

Não respondi, apenas virei às costas e caminhei sem rumo em meio à multidão até que alguém esbarrou fortemente em mim.

— Caramba! Olha para onde anda! — Afirmei, botando a mão em meu ombro esquerdo.

— Desculpa, cara... Mike? — Perguntou-me Kyle. — Você conseguiu vir! Que maravilha! — Gritou.

O peguei pelo colarinho de sua camisa e o puxei até para fora da quadra.

— Você está maluco? Não quero que saibam que estou aqui! Vim como um convidado qualquer.

— Não sabia. Desculpa.

— Não, tudo bem.

Comecei a analisa-lo dos pés a cabeça, sua fantasia era de vampiro. Roupas sociais, paletó e uma capa. Tudo negro. Apenas a lente vermelha que usa em seus olhos que se destaca mais.

— Estou lindo, não? — Exibiu-se após notar meu olhar.

— Aham, super! — Caçoei.

— Melhor do que essa sua fantasia sem sal!

— Eu não estou fantasiado.

— Piorou! Pelo menos essa máscara do Fantasma da Ópera está prestável.

De repente a musica parou lá dentro, várias pessoas vaiaram na medida em que alguém batia várias vezes em um microfone para testar o áudio.

— E agora nós saberemos quem é o casal mais assombroso de Nightfall! — Informou o diretor do colégio em meio à euforia dos estudantes.

— Vamos ver! — falou Kyle após sair correndo para ver o resultado. Ele deve ter se alistado com alguma garota para concorrer ao prêmio.

Dava para ver alguns casais que estavam participando do prêmio, no qual eu não sei o que é.

— Quem é a sua parceira? — Perguntei a Kyle.

— Lá vem ela ali.

A garota loira, de belas curvas, vinha andando como uma modelo em direção a Kyle, um sorriso torto se fez em seu rosto branco, onde seus lábios carnudos revestido de batom vermelho chamava a atenção de todos.

— Olá, delicia — ela disse a Kyle. — Nós ganharemos essa!

— Por isso que eu te amo — falou Kyle, encerrando o assunto com um beijo.

— E aqui está o envelope com os resultados! — O diretor começou a tirar o pedaço de papel que havia dentro do envelope marrom. — E os vencedores são... Jennifer O ‘Lauren e Caleb Collins!

— Jennifer?! — eu e Kyle dissemos, incrédulos.

— Quem é essa vadia? — Perguntou a loira, furiosa.

Os burburinhos começaram a tomar conta do local, todos estavam cochichando sobre como elas ganharam. Mas após eles subirem no palco, pude ver o quão sombrio eles estavam. Jenny estava muito diferente do seu habitual. Séria. Seus cabelos ondulados estavam soltos, não como em um rabo de cavalo, como ela sempre deixa. Suas roupas, tremendamente surradas e escuras davam um ar sinistro a ela. Que estava com uma maquiagem pesada. E o seu par, Caleb, com o mesmo estilo de roupa e com uma cara de poucos amigos.

Os dois receberam as coroas de ferro retorcido, apertaram a mão do diretor e desceram do palco. Mas segundos antes de Caleb descer as escadas, ele me olhou seriamente, com o maxilar cerrado. Bom, pelo menos é o que parecia que ele olhava em minha direção.

— Aquele cara me faz ter arrepios estranhos — comentou Kyle.

Foi o mesmo que aconteceu comigo, senti meus pelos se arrepiarem. O olhar gélido de Caleb parecia com uma brisa fria que acabara de passar por mim, me cortando.

— Então é esse o cara estranho com quem a Jenny está? — Perguntei a Kyle quase gritando quando a musica voltou a tocar.

— Sim, eles ficaram amiguinhos tão rapidamente...

— Vamos dançar, Kyle! Adoro está musica! — Disse a loira, extremamente animada.

— Backstreet Boys? Sério mesmo? — Kyle não teve como recusar, ela o puxou pelo braço ligeiramente.

Eu nunca a tinha visto aqui, pelo colégio. Eu que sou eu, que reparo em todos, nunca a encontrei pelos corredores. Os dois dançavam... Na verdade eles estavam se pegando desesperadamente. Ela o beijava no pescoço e revirava os olhos. Parecia que estava tentando conter o prazer que isso lhe dava.

— Mas que caramba, ninguém olha para onde anda não? — Reclamei após levar mais um esbarro no ombro.

Reparei que era Caleb que havia esbarrado em mim, atrás dele vinha Jenny segurando sua mão. A segurei pelo braço, mas acho que minha atitude não foi uma das boas.

— Larga meu braço, idiota! — Reclamou.

— Dá pra soltar o braço da minha namorada? — Virou-se Caleb.

— Só estou querendo conversar com a minha amiga. — Falei ao mesmo tempo em que tirava a máscara do rosto.

— MIKE! — Ela gritou contente.

Seu abraço era tão aconchegante, seu perfume adocicado me fazia esquecer que meu mundo estava um caos.

— Você sumiu, menino! Por onde andou esse tempo todo?

Soltei um sorriso tímido, olhei para Caleb de relance e por um segundo vi seu olhos ficarem totalmente negros. Pisquei ligeiramente e vi que seus olhos castanhos escuro estavam normais. O olhei com estranheza.

— Ah, Mike — Disse depois de perceber o meu olhar para ele. — Esse aqui é Caleb... — Ela não conseguiu concluir a frase.

— Prazer, eu sou o namorado da Jennifer. E você? — Ele estendeu a mão.

Ele? Namorado dela? Jenny sempre foi uma garota romântica, sempre vivia indo para seu mundo utópico. Adoradora de desenhos, musicas calmas, filmes, séries... E agora ela está namorando um badboy. É, Kyle já havia dito que ela havia mudado. Mas não imaginava que fosse tão radicalmente assim.

— O melhor amigo — o cumprimentei. Novamente senti a brisa fria me cortando. Mexi meus ombros desconsertadamente.

— O que foi Mike? — Perguntou Jenny, preocupada.

— Nada não, esquece – disse olhando para Caleb, que mantinha um sorriso de canto em seu rosto.

— Precisamos ir — disse Caleb.

— Sério? Queria conversar mais um pouco... — Ela parou de falar de repente enquanto olhava para ele, como se os olhos de Caleb sobre ela estivessem dizendo algo.

Ele simplesmente botou a mão nas costas de Jenny, a virou, e saíram andando em meio às pessoas. Ela parecia hipnotizada.

— Mike? — Disse uma voz atrás de mim.

Após me virar, levei um pequeno susto. Era o meu professor de física, novamente.

— Sabia que era você! Esse seu cabelo grande e desgrenhado não me enganam!

Sem perceber, minhas mãos já estavam sobre meu cabelo, tentando arruma-lo.

— Qual o motivo de seu sumiço? Todos nós estávamos preocupados. Soubemos que sua casa pegou fogo...

Nem o deixei terminar a frase e já o puxei pelo colete social cinza que vestia, e o arrastei de volta para os corredores do colégio.

— Ai, ai... Me solta, Mike! — Gritou.

— Fala baixo! Todos ficaram sabendo do incêndio? — Indaguei.

— Sim, mas um tio seu veio esclarecer tudo. Foi um acidente com o fogão, não é? Ele até nos deu o seu novo endereço.

Arqueei as sobrancelhas, assustado. Engoli em seco e perguntei:

— Tio? Poderia me dizer o nome? São tantos — Menti.

— Acho que era... Eron. Sim! Era Eron.

Eron? Pensei.

— Ah, sim. O irmão da minha mãe — menti novamente —, não sabia que ele avisou sobre o ocorrido. Falarei com ele qualquer dia desses.

Silêncio.

— Mas então — iniciou o professor —, você ainda não me disse por que sumiu.

— Ah, é que...

— Ele sabe, Mike. Fique tranquilo. Ele só acha que tudo isso é paranoia dele — disse uma voz feminina no fim do corredor a direita.

Não pude ver quem era, pois a luz no fim estava apagada.

— Quem é? — Perguntei.

Os barulhos de seus saltos iam ficando mais alto na medida em que ela se aproximava, passando pela parte do corredor onde tinham luzes acesas, pude ver que era a garota que estava com Kyle.

Ela parou, apoiando o peso do corpo em sua perna esquerda, com as mãos nos bolsos frontais da calça jeans, ela sorriu.

— Ah... É você, que susto você me deu — disse, sem graça.

— Isso é só o começo. — Disse sorrindo.

— Do que ela está falando, Mike? Não estou gostando disso — sussurrou o professor.

— Que papo é esse... É... — Dei uma pausa, tentando me recordar do nome dela.

— Lauren. Meu nome é Lauren Manson. O esquecidinho do Kyle se esqueceu de nos apresentar.

— Falando no esquecidinho, onde ele está? — Tentei não soar preocupado, o jeito que ela falava comigo era como se eu fosse sua vítima.

— Ele foi para a casa, estava se sentindo cansadinho, coitado. Estava pálido, como se tivesse perdido muito sangue... — Ela deixou a frase no ar, em seguida passou o polegar esquerdo no canto de sua boca.

Vampira! Ela só pode ser uma! O jeito que ela agarrava no pescoço de Kyle toda a hora era realmente muito estranho. Mas agora tudo faz sentido. Ela foi mandada por Vincent. Certeza!

Mas como Kyle não percebeu que ela sugava o seu sangue? Pensei.

— Mas que conversa torta é essa? Exijo explicações! — Exclamou o professor.

— Não tente usar seu “poder” – ela gesticulou as aspas sobre a cabeça — de professor comigo, não irá funcionar. Só fara eu ter mais raiva e vontade de voar em você! Professores me irritam!

O professor deu um passo para trás de mim, usando-me como escudo.

— Diga logo o que você quer comigo — falei.

— Não se faça de bobinho, aliás, nem precisa. Não é? — Riu.

— Sua raça é sempre assim, engraçada? — Caçoei.

— Minha raça — ela começou a caminhar lentamente, com o olhar penetrante em nós — é ágil, bela, atormentadora... Somos filhos da noite! Somos os seus pesadelos! — Gritou, mostrando as presas, pronta para o ataque.

— Mas que merda é essa! — Gritou o professor, incrédulo.

— Corra! — Gritei para ele, mas foi tarde demais. Lauren rapidamente o pegou por trás, botando suas unhas enormes no pescoço dele.

— Venha comigo que eu o deixarei em paz! — Chantageou.

— Solte-o primeiro.

— Acha que sou trouxa? Dê três passos a frente.

Fiz o que ela disse, e no terceiro passo ela jogou o professor longe e me agarrou pelo pescoço rapidamente, me levantando e em seguida me jogando no chão.

— Prepare-se para conhecer o inferno, Angelo. — disse-me.

— Não antes de você! — disse alguém atrás de mim.

Segundos depois uma bala atravessou a testa de Lauren, fazendo a desmaiar logo em seguida.

Empurrei o corpo da loira de cima de mim e levantei-me.

— Sabia que você iria se meter em confusão. — falou, apoiando a espingarda no ombro direito.

— Você não fica contente enquanto não salva o dia, não é mesmo, Derek?

Ele olhou para o lado, passou sua língua no interior de sua bochecha. Vi seus ombros tremerem, ele estava rindo.

O professor! Lembrei.

Corri em direção a ele, Derek veio atrás. Ele estava desmaiado.

— O que faremos? — Perguntei.

— Deixe-o ai.

— Lógico que não, Derek! Ele pode morrer aqui, Lauren não está morta. Sem contar que agora ele faz parte disso também... Ela disse que ele sabia de algo...

Derek me olhou desconfiado.

— O que você quer dizer com isso?

— Não sei muito bem... Mas só sei que preciso dele.

— Mas não temos como leva-lo. Estou de moto...

— Tudo bem então, termine de mata-la e vamos para a casa de Kyle.

Nos viramos para o corpo de Lauren, mas ele não estava mais lá.

— Essa garota ainda vai causar horrores — disse Derek.


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Notas finais do capítulo

Críticas, comentários, elegios, alerta de erros... serão sempre bem recebidos :D



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