– Bella! Bella, acorda! – Emmett praticamente gritava na minha orelha.

Nem percebi que caímos no sono. Eu e Edward, depois da nossa ‘conversinha’, dormimos até eles chegarem. Quando consegui abrir os olhos vi que Jasper já tinha acordado ele.

– Vamos, Bella! Levante!

Me levantei, assenti para Edward e Jasper numa intenção de bom dia e fui tomar banho. Durante o banho, vi um bilhete passando por debaixo da porta. Desliguei o chuveiro e li o bilhete que dizia:

                        Você ficou com Edward?

Nem precisava pensar para saber quem mandou. Passei a tarde inteira tentando convencer Alice de que não havia nada entre mim e Edward. Não falei do beijo, pois vi que ele tinha ficado envergonhado e provavelmente não gostaria que eu o expusesse dessa forma.

Hoje não fui mais cedo para o quarto. Não queria ter mais uma conversa daquelas com ele. Ainda estava muito confusa.

Quando fui pegar uma soda no barzinho, tinha um moço bonito atrás do balcão:

– Vai querer alguma coisa?

– Uma soda, por favor.

Se Edward tinha feito algo para mim – como me dar uma rosa –, eu também deveria fazer algo para ele. Como era a ultima noite na praia, todos iam jantar fora e dessa vez eu falei que iria. Edward também iria. Faltando uns quinze minutos falei que ficaria porque tinha torcido meu pé na praia:

– Então não que ir ao médico? – perguntou meu pai

– Não, estou bem. Só uma dorzinha à toa. Divirtam-se. – e eles saíram.

Fui até o mercadinho e comprei Cup Noodles de novo. Eu sabia que Edward inventaria uma desculpa para voltar mais cedo só para terminar aquela conversa. Então comprei dois potes e fiquei esperando. Pensei em fazer algo mais especial... Ele me trouxe uma rosa!

Então comprei uma caixa de bombons – eu sei que isso se dá para mulheres, mas não sabia o que dar! – e deixei dentro da sacola com o macarrão dele. Comecei a comer o meu. Ele estava demorando. Será que ele não viria?

Onze e meia a porta se abriu e ele passou por ela. Fingi que estava dormindo, já que tudo estava apagado. Ele pegou o bombom e eu acendi a luz. Ele olhou com uma cara de assustado mas depois entendeu.

– É pela rosa – eu disse em direção ao bombom.

– Percebi. Obrigado. Como você sabia que eu viria?

– Não sabia. – e não sabia mesmo. Se ele não viesse teria de esconder os bombons para ninguém ver. – O que disse dessa vez ?

– Falei que teria que dormir cedo para dirigir amanhã. Eles ainda vão demorar. Você perdeu! Os casaizinhos estão assumidos.

– Sério?

– Sim. Rose se esqueceu dos nossos pais e beijou Emmett. Em seguida foram Alice e Jasper que assumiram. E então, eu estava de vela e vim para o hotel. Você quer falar alguma coisa para mim.

– A gente podia se assumir também, né? – murmurei um pouco alto de mais.

– O que nós temos para assumir?

– O nosso beijo. Eles deveriam saber. Quero dizer, que você m beijou ontem.

– EU te beijei? E você nem retribuiu, né Bella?!

– Não foi isso que eu quis dizer.

– Mas foi o que disse.

Um silêncio mortal pairou na sala.

– Vou dormir – eu disse me virando de lado. Já tinha jogado meu potinho fora e estava pouco me lixando se ele ia comer o dele.

– Por que você comprou o bombom?

– Para retribuir a rosa. Já falei.

– Não foi por causa disso. Você gosta de mim – não tinha sido uma pergunta.

– Não sei ao certo. Mas de que adiantaria. Você não sentiria o mesmo.

– Meu Deus! Bella! Eu te dei uma flor! Eu te beijei ! Você acha mesmo que faria tudo isso por nada? – agora ele estava se sentando do meu lado, me virando para olhar para ele. – Eu gosto de você , Bella. De verdade.

– Eu também gosto de você, Edward. Mas não seria real se você gostasse de mim do jeito que eu gosto de você. – ta, eu gostava muito dele. – você não entende.

– Não, Bella. É você que não entende. Eu gosto de você desde que te vi no estacionamento. Está bem, não foi logo de cara, mas minha mãe já tinha me mostrado uma foto sua e você estava linda. Eu sabia que você não tinha me visto ainda, pois minha mãe não tinha dado ao seu pai uma foto minha nem dos meus irmãos. Mas eu já tinha te visto.

– Bom... Então por que não falou antes ?

– Achei que você não sentia o mesmo... – interrompi-o nesse momento

– Você não perguntou. – me inclinei para frente sem querer, com a intenção de me sentar e nossos rostos ficaram a centímetros um do outro.

– Não, não perguntei.