Descobrindo Um Amor escrita por minduimchan
Notas iniciais do capítulo
Aqui outro capítulo. Esse eu não mudei quase nada. Mas mesmo assim, espero que gostem
Os dias passaram muito rápido, e já era o penúltimo dia de aula. Os meus amigos tiveram a ideia de fazermos uma prova de coragem no penúltimo dia da aula. Achei uma boa ideia. Então comecei a planejar. Antes do intervalo, avisei a sala e que quem quisesse participar, era só escrever os nomes na lista. O pessoal ficou empolgado. Voltei para o meu lugar, e o professor pediu para alguém o ajudar com os arquivos das provas nas férias. E como sempre, ninguém quis se candidatar para ajuda-lo. Então a Jess levantou a mão.
- Ahn... E-eu posso fazer isso. - ela disse. Achei injusto, ela sempre fazia as coisas que os outros não queriam fazer. Então fui questionar.
- Professor, não é injusto deixar a Jess fazer tudo o que a gente não quer?
- Quer ficar no lugar dela, então, Ian?
- Não que eu queira fazer isso, mas não podemos deixar a Jess fazer tudo o que a gente não quer - disse.
- Não, eu posso fazer isso. N-não tenho nada para fazer nas férias - ela insistiu.
- S-se você insisti, senhorita Jess - disse o professor.
- Hey, Ian. Conseguiu se livrar dessa - disse Bruno que se sentava atrás de mim.
No intervalo, fui falar com a Jess, que estava regando as plantas. Ela era engraçada. Eu pensava que ela não gostasse de mim. E ela ficava falando que eu era a alegria em pessoa. Mas eu não sou tão alegre assim. Depois a incentivei ela a fazer a prova de coragem.
Após um tempo depois que as aulas acabaram, fui buscar a lista que estava no mural da minha classe. Vi que a maior parte da sala, colocou o seu nome, e o último nome me chamou muita a atenção. Fiquei tão feliz por ver que a Jess ia participar da prova. "Tomara que eu consiga fazer dupla com a Jess antes de alguém o faça. " pensei.
Tive que fazer todos os papeis para o sorteio, que iriamos fazer. Tinha que preparar tudo até a noite, fiz um papelzinho de azar, que não teria parceiro, nem lanterna, para caso de alguém que não for e der número impar. Tive que fazer tudo correndo. Quando eu vi, já era quase 19 horas. Me arrumei e fui para o bosque.
Esperamos até 19:15 para que o pessoal chegasse. Não vi Jess em nenhum lugar. Contei quantas pessoas vieram, tinha numero impar, então tive que por o papel do azar.
Todos começaram a pegar os papeis e eu fui o último. E por incrível que pareça, eu fui o que pegou o papel do azar.
As duplas já foram feitas, e já começaram a sair para fazer o teste.
- A cada dez minutos, sai outro par! - exclamou o Daniel.
- Acho que já estão todos aqui - ouvi alguém dizer.
- Acho que a Jess foi a única que não veio - outro garoto disse.
- Não, a Jess está... - disse Amy.
- Shhhh!!! - Lucy a interrompeu. Ela sussurrou algo para Amy, e não pude ouvir o que ela disse. Eu queria ter ouvido a continuação.
Suspirei e olhei para o papel que eu tinha tirado. Eu fiquei triste que a Jess não tinha vindo. Pensava que agora era a chance dela se enturmar com a turma.
Ouvimos gritos atrás de gritos. O pessoal começou a ficar com medo.
- Que gritos são esses? - perguntou Daniel.
- O que está acontecendo? - perguntou Bruno.
Chegou a minha vez, estava esperando para ver com o que o pessoal estava se assustando. Só que como eu não estava com a lanterna, a prova estava mais assustadora para mim.
Estava quase passando perto de uma estatua de pedra, quando eu vi um algo que parecia ser um fantasma. Ela se virou com o cabelo na boca, e levei um susto. Mas parece que ela também tinha levado um susto.
- Jess?! - exclamei surpreso. O que ela estava fazendo ali sozinha?
- Ian! - ela exclamou.
- O que faz aqui?! - perguntei.
– Estava bancando o fantasma... - expliquei.
Eu me agachei cruzando os braços e os apoiando no joelho, e escondi o seu rosto. Estava morrendo de vergonha. Ela poderia ter me avisado.
Ficamos conversando. E decidi ficar ao lado dela, não queria deixa-la ali sozinha.
E de repente aparece a Lucy e a Amy. Elas entregaram a Jess uma garrafinha com chá verde gelado. Então elas já sabiam disso. E nem quiseram me contar. Elas foram embora e eu continuei sentado ao lado de Jess.
- Você está conseguindo se abrir mais com as pessoas - disse. - Que bom.
- F-foi tudo graças a você, Ian - ela disse.
- Ahn? Eu não fiz nada.
- Mas eu não teria conseguido ser sincera se não fosse por você.
- Você é bem alegre também, sabia? E muito otimista!
- É a primeira vez que alguém me diz isso - ela disse me olhando nos meus olhos. Comecei a ficar com vergonha e desviei o olhar.
- Não me olha tanto assim! - exclamei sem querer.
- M-me desculpe! É que eu me empolguei...
- Dá vergonha... - acabei soltando essa frase sem pensar. - Não me obrigue a dizer...
Ficou um silêncio profundo no bosque. Ficamos assim até que ela foi embora.
No dia seguinte, ao tocar o sinal do fim das aulas, todos começaram a comemorar. Gritando "Finalmente!", "Férias!" e entre outras coisas. Fui para a frente da classe para dar um anuncio.
- Antes de saírem, vamos dizer os vencedores da prova de coragem - disse.
- Em primeiro lugar, Ian, você vai receber penalidade - disse Fernando.
- Nem terminou a prova - disse Daniel.
- A penalidade por não ter terminado é... - Fernando começou a dizer.
- ... sair com a Jess por uma semana! - continuou o Daniel, empurrando a Jess para a frente da classe pra ficar ao meu lado. Começou os murmúrios. - Eu soube que você ficou com a Jess ontem à noite, Ian.
- Aposto que ela deu em cima de você - ouvi alguém dizer.
- Então vocês têm mais é que aproveitar - disse outro garoto.
- Vocês passaram do limite - disse a Amy.
- A Amy tem razão - disse. - Posso fazer qualquer coisa menos isso. Essa foi a penalidade mais grosseira que eu já ouvi. A Jess é uma menina, sabia? Não foi engraçado. Não fica triste, Jess.
- É um mal entendido - ela disse. - Como disseram, eu de fato estava com o Ian ontem à noite. Mas não foi nada... especial como vocês imaginam. É porque o Ian conversa com qualquer um. Na verdade eu me senti atraída pela bondade, pela alegria, pela animação do Ian... e pela integridade dele. Foi só isso - ela terminou de falar, foi pegar as suas coisas. E foi em direção a porta. - Com licença.
Todos ficaram em silencio, sem saberem o que dizer. Eles começaram a pegar as suas coisas e irem embora. É estranho, porque o que ela disse parecia ser uma declaração.
No dia seguinte, fui até o colégio para me encontrar com a Jess, eu queria falar com ela. Eu a vi, e estava chorando. Não sei o que aconteceu. Mas quis tentar reconforta-la.
- Eles disseram que você foi a melhor de todos os fantasma - eu disse entregando um saquinho com balas dentro. Tinha um bilhete que o pessoal escreveu. - Todos pediram desculpas.
- Todo mudo entendeu tudo, não é? - perguntou. - Você me defendeu e depois veio até aqui só pra me entregar isso? E ainda quer falar comigo? O-obrigada.
- Ei... Acho que você não me entendeu ainda.
- Não se preocupe comigo! Eu sei como se sente, Ian.
- Não sabe não! - exclamei. - Tudo bem se eu propor... de nos vermos durante as férias também?
O que eu senti na hora que eu a vi pela primeira vez, só aumentou agora. "Espero que um dia você compreenda."pensei.
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