Era apenas um dia comum, tudo estava calmo, pássaros voavam e levavam suas canções para as casas. O vento soprava fazendo um leve ruído e o bater das janelas, e mal se ouvia barulho de carros ou pessoas nas ruas.

–Ichi-nii, o almoço está pronto! – Gritava Karin da cozinha.

–Já vou! – Gritou o cara de cabelos laranja para que o ouvissem enquanto se espreguiçava. Não havia acordado àquela hora, mas ficara em sua cama relaxando, pois as coisas andavam muito calmas.

–Vamos Ichigo, levanta logo dessa cama! – Gritava seu pai Isshin.

–Já disse que já vou! – Resmungava Ichigo enquanto ia lentamente descendo as escadas, a preguiça o envolvia. Após chegar ao fim da escadaria é surpreendido.

–ICHIIIGOO, SEU PREGUIÇOSOOOO!!!!! – Gritava seu pai enquanto tentava acertar-lhe um chute no ar.

O garoto calmamente se abaixa, desviando do golpe aplicado pelo pai e fazendo com que o mesmo atravesse a janela, quebrando o vidro.

–Ah não! Mais uma janela. – Indagava Yuzu.

–Bom, vamos comer. – Disse o filho mais velho enquanto se assentava à mesa.

Ichigo estava pensativo, há tempos que nada ocorria, algo estava-lhe incomodando, o dia estava calmo demais, algo de ruim iria acontecer... ou seria apenas sua imaginação? Talvez estivesse certo...

– Soul Society –

O dia havia chegado ao fim, o brilho da Lua juntamente com o brilho das estrelas iluminavam o céu numa perfeita sincronia, entrelaçados por pequenas nuvens que atravessavam aquela imensidão negra, formando uma linda paisagem que encantava a qualquer um que o observasse.

–Vamos Renji, apresse-se! – Dizia a baixinha de cabelos pretos enquanto caminhava rapidamente.

–Calma Rukia, pra que a pressa? – Reclamava o cara de cabelos longos e avermelhados enquanto tentava alcançar sua parceira.

–Vou sair hoje ainda, Matsumoto me convidou e a todas as outras fuku taichous, vamos comemorar a noite das mulheres! - Disse Rukia animada.

–Baah. E por causa disso você quer que eu me apresse? Você que sempre foi a lerda.

–Não custa nada andar um pouco mais rápido e você ainda está me devendo um fa...

–Ai! – Gritou Renji batendo em sua parceira que havia parado inesperadamente. – Você não estava com pressa?

–R-R-Renji... – Gaguejava a moça.

–O que foi Rukia?

–A-A-Ali tem um c-c-co... – Gaguejou tanto que não conseguiu terminar a frase.

–Deixe me ver. – Disse o cara de cabelos longos enquanto assumia a frente.

Renji se espanta ao se deparar com a imagem que estava a sua frente; havia um homem, caído, suas roupas desgastadas e manchadas, e seus cabelos eram vermelhos como o sangue que ali que se acumulavam formando uma poça imensa.

–Temos que ajudá-lo! – Exclamou Renji enquanto corria em direção a vítima.

Após se aproximar, ele se abaixa e coloca seus dedos sobre o pulso do rapaz como tentativa de descobrir se ainda estava vivo.

–Ele está... – Disse Rukia ao observar a expressão triste do companheiro.

–Sim. – Indagou o outro. -Vamos, temos que reportar isso ao comandante.

Estavam se afastando do corpo, quando Rukia ouve um ruído, e ao virar-se depara com o rapaz em agonia, ele estava vivo!