Para Sempre Lidinho escrita por Érica, Mariana R


Capítulo 47
Passionais


Notas iniciais do capítulo

"Ela ilumina suas manhãs. Todos os planos dele parecem tão fáceis de resolver. Não é só sobre sentir-se sozinho... É mais, só lhe dê uma chance. 'Entregue-se', é tudo que ele está pensando. 'Entregue-se', agora ele está cantando em voz alta."... (Tiago Iorc)



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Absorta nos meus pensamentos, não vi o momento em que ele entrou no Misturama e sentou-se do me lado. O azul dos olhos era marcado por decepção e me constrangi ao ver esse sentimento refletido nele.

“Vitor, eu não vi você chegar.”

“Ultimamente, você só tem visto o que te interessa né?”

“Vitor, não fala assim...”.

“Assim como? Não quer escutar a verdade? Desde que terminamos que você me evita. Não atende minhas ligações, meus recados. Me ignora completamente! Sei que nosso relacionamento acabou, mas esperava mais de você, Lia. Eu pensei ter sido importante, e portanto merecedor de algum respeito. Por tudo o que representamos um para o outro, pelo que eu sentia... Sinto por você.”

Desconheci o rapaz que dirigia a mim tanta amargura e com quem namorei por quase um ano. O Vitor calmo e compreensivo parecia ter desaparecido e no seu lugar surgiu um jovem que emanava ressentimento. A culpa por vê-lo assim se abateu sobre mim, pois inconscientemente, apesar de não ter planejado, eu era a responsável por essa dor. Sem ser possível negar, sabia que ele falava a verdade sobre minha conduta. Mas a questão é que pensei que seria mais fácil assim, não por mim, já que da minha parte o namoro não era mais o que queria. E sim por ele, porque, bem ou mal, sabia que ainda me amava.

“A gente já falou sobe isso antes... Não tava funcionando, Vitor. Eu não tinha, eu não tenho amor por você e continuar com o namoro só ia estragar a amizade que nós tínhamos. Não foi algo nascido do nada, eu, durante algum tempo, já acalentava o desejo de seguir em frente, sozinha.”

“Mas não era assim ate ele voltar, certo?”

Dinho. Ele tinha razão, antes de Dinho voltar acreditei ter superado o que vivemos e que minha relação com o Vitor era perfeita. Mas foi só ele entrar na minha vida novamente para eu ver meu mundo de pernas para o ar e ter o coração revirado como só ele poderia fazer. Adriano foi meu primeiro amor, e independente do quanto lutei contra isso, eu não consegui resistir. Não queria magoar o Vitor, mas tive que pensar no que eu sentia, somente por isso terminei o nosso namoro. O que aconteceu depois com Adriano não teve nada a ver com isso, mas a sensação de traição pairava sobre mim.

“O Dinho não teve nada a ver com a minha decisão!”

“Não, claro que não! Lia, olha eu não quero brigar... Eu só queria entender isso tudo, sabe? Ia tudo bem entre a gente e de repente, acabou. Do nada, ‘Cê’ me mandou para fora da sua vida. Pode imaginar como eu me sinto? Todos os dias te vejo na companhia dele, e quando isso acontece me bate uma raiva tão grande! Raiva de mim, de você e dele! Mas principalmente dele! Ele conseguiu o que queria, afinal. Roubou você de mim.”

Eu quase ri do que meu ex disse. Isso só não aconteceu, porque a raiva foi maior do que o bom humor. Não acreditava no que meus ouvidos escutavam! Como assim o Dinho me ‘roubou’ dele?

“Você diz que não quer brigar, mas tá fazendo exatamente isso! Que história é essa de ele me roubar de você? Vitor eu era – pus ênfase nessa palavra – sua namorada, não uma propriedade sua. Sério, acho melhor a gente parar por aqui antes que digamos coisas das quais nos arrependeremos depois!”

Fui mais ríspida do que planejava, mas a atitude infantil dele me tirou do sério. Já lidava com tantos problemas e agora tinha que aturar dor de cotovelo de ex?! Pode parecer insensível, mas não posso fazer nada. Eu não o amo, e quanto antes ele se convencer disso mais rápido ele poderá encontrar alguém que o ame como ele merece.

“Desculpe...”

O semblante magoado fez um nó se formar na minha garganta. Respirei fundo olhando em volta. Eu marquei de encontrar com Dinho, mas ele estava atrasado. Não queria que ele chegasse e desse de cara com o Vitor ali, sentado tão perto de mim. Não tava rolando nada demais, mas não queria que um clima pesado se iniciasse.

“Não, me desculpa você. Eu sei que é ruim, que você não é o tipo de pessoa que briga sem motivos, mas entende meu lado Vitor. Não dava, mesmo. Eu não era a mesma, durante o tempo que ficamos juntos, eu busquei ser uma pessoa que não tinha nada a ver comigo. Para poder me encaixar no que era certo pra você, acabei esquecendo de mim. Eu nunca, nunca quis te magoar, juro que se pudesse teria escolhido me apaixonar por você, mas não mando no coração.”

“Você o ama? O Dinho quero dizer... Você o ama?”

“Vitor, pra que isso?”

Busquei novamente por Dinho com o olhar, mas nenhum sinal dele.

“Por favor, Lia. Me diz apenas se você ama o Dinho?”

“Amo.”

Disse com pesar. Ele sorriu de uma forma estranha.

“Mas não queria.”

Não era uma pergunta e a sua ousadia me tirou novamente do sério.

“Qual é a sua hein? Vem aqui dizendo que não quer brigar, e fica ai insinuando coisas! Que droga é essa que você quer Vitor? Encher o meu saco?”

“Não, eu só queria encontrar a resposta para algo que me aflige. Agora, posso ver tudo mais claramente... No fim, eu não fui o único que perdi.”

Quis questioná-lo sobre o que dizia, mas ele levantou-se rapidamente e seguiu para a saída. Levava no rosto ainda o sorriso que identifiquei como sendo de triunfo. Suas ultimas palavras me causaram uma apatia anormal, mas logo me recuperei e fui ao seu encalço. Ao chegar à calçada estaquei onde estava esquecendo Vitor por completo, minha atenção correndo em direção ao casal que conversava animadamente próximo ao Hostel: Dinho e... Luana.

Senti o sangue subir a cabeça e as bochechas esquentarem em fúria. Então ele me fazia esperar por que tava ocupado demais com aquela, aquela... Garota? Atravessei a rua a passos largos, sem olhar os carros que vinham, não me importando com um possível acidente no qual eu seria a vitima. Tudo no que pensava é que estava sendo ‘vitima’ de algo bem pior.

“Oi, Lia!”

Falou Dinho ao me avistar. Ele não se constrangeu com a presença de Luana, e caminhou ate mim para depositar um selinho nos lábios. Não correspondi ao gesto e ele me olhou indagador.

“Tá tudo bem?”

Perguntou confuso. Focalizei Luana, ainda parada perto dele, nos olhando tristemente.

“Sabe há quanto tempo eu to te esperando?”

Disparei ríspida. As palmas das mãos soavam devido o nervosismo, e temendo ter um ataque respirei fundo para me controlar.

“A culpa foi minha! Eu que o prendi aqui...”.

A descarada sorriu para Dinho e eu quase voei no pescoço dela.

“Não sabia que andava por essa aera, Luana. Há tanto tempo que não te vejo, pensei ate que tinha voltado para Brasília. Mas pelo visto...”.

“Nossa, quem te escuta pensa ate que esse seria seu maior desejo, né? Também não sabia que se importava tanto comigo para prestar atenção ao que eu faço ou deixo de fazer.”

“Não é questão de prestar atenção ou não, e sim constatar um fato. Houve uma época em que ‘Cê’ não saía daqui, né? Sempre no pé do Vitor, que engraçado tinha namorada: Eu! Coisa para qual você nunca demonstrou muito valor já que, a qualquer oportunidade, dava em cima dele.”

Falei irônica ignorando a presença do meu namorado ao lado. Luana sorriu balançando a cabeça em negativa.

“Lia, não achei que fosse tão ciumenta! O que é algo novo para mim, já que enquanto eu ‘dava’ em cima do Vitinho você mal notava a minha presença. O que foi que aconteceu nesse tempo que a gente não se vê? Perdeu a confiança que tinha em si? Ou esse ataque é por outro motivo?”

A bitch olhou insinuante para Adriano. Só agora o notei e vi sua expressão fechada. Tava mais que claro que aquela vaca se referia a noite que ela e Dinho passaram juntos e imaginar essa cena fez meu estômago embrulhar e o sangue ferver nas veias.

“Bem, como tava dizendo ao Adriano eu tenho um compromisso, portanto vou ter que abrir mão da companhia tão agradável dele. Pode ficar despreocupada, pois agora vai ter seu namorado todinho pra você, Roqueira. Como poderá ver, eu não arranquei nenhum pedaço dele apesar de saber de todas as suas qualidades e ficar... Hum, tentada. Foi um prazer rever vocês... Tchau Adriano!”

E com a postura cínica tão conhecida por mim, Luana partiu. Mas não antes de beijar meu namorado no rosto. Observei-a se afastar e quase fui atrás dela para mostrar com quem tava se metendo, mas uma mão me agarrou pelo braço impedindo-me de cometer um assassinato.

“Posso saber o que foi isso? Pra que toda essa cena, Lia?”

COMO É QUE É?! Eu que pego ele na companhia daquela sonsa e sou EU quem tem que dar explicações?

“Por que não me diz você? Afinal, foi você que me deixou plantada lá no Misturama enquanto ficava de papo com aquela vaca! E que beijo foi aquele que ela te deu? Que droga toda foi essa?!”

“Primeiro, dá para se acalmar? Parece ate que eu tava atrelado nela fazendo Deus sabe o quê que se passa nessa sua cabecinha!”

“Não me trata como criança, Adriano – Imitei a voz de Luana – Eu sei muito bem o que eu vi!”

“E o que foi que você viu mesmo?”

Dinho cruzou os braços em frente ao corpo e a visão dos músculos definidos me fez esquecer por um instante porque eu tava brigando com ele.

“Eu vi você e ela...”.

“Eu e ela?”

Questionou me fazendo corar de vergonha.

“Bem, eu vi você e ela... juntos.”

“Não, o que você viu foi eu e a Luana conversando. É o que pessoas educadas que se conhecem fazem quando se encontram: Elas se cumprimentam, jogam um pouco de conversa fora, falam sobre o clima. Só isso! Não existiam motivos para toda a hostilidade com a qual você a tratou. Sem falar que o que fez também não foi legal comigo que sou seu namorado.”

Dinho não falava com raiva. Mais parecia um adulto que repreendia uma criança por uma travessura, e embora não gostasse, sabia que merecia essa repreensão. Ele me deixou envergonhada parada na calçada, e sem mais palavras, entrou no Hostel.

Ele tava me deixando no vácuo? Ah, mas isso ainda não acabou!

Entrei em seguida no local que não tinha mínimo sinal dele. Fatinha tava na recepção e me olhou curiosa.

“O Dinho subiu pro quarto. Seja lá o que foi que aconteceu, acho melhor você e lá e se entender com ele. Meu amigo parecia tá bem chateado.”

Disse Fatinha solidária.

Subi as escadas de dois em dois degraus e parei em frente à porta fechada. Bati três vezes, mas não obtive resposta. Girei a maçaneta e entrei no quarto vazio.

“Dinho?”

Logo após, saiu do banheiro Adriano só de calças jeans.

“O que foi agora, Lia? Veio conferir se eu não trouxe a Luana escondida para o quarto? Pode revistar tudo se quiser: Fique a vontade!”

Dinho emanava ironia, e a palavra ‘chateado’, como disse Fatinha, era pouco para como ele se portava.

“Dinho, não é nada disso. Eu só quero esclarecer as coisas entre nós... Eu não devia ter feito o que fiz. Desculpa.”

“Desculpas pelo quê? Por ter me abordado com uma amiga e feito uma cena ou por demonstrar que sente ciúmes do seu ex?”

Só após alguns instantes compreendi o que ele quis dizer, e quase caí na gargalhada. Não me admira que estivesse tão bravo: Ele acreditava que eu estava com ciúmes do Vitor!

“Hum, Vitor?”

“Ele é seu ex, não? Sinceramente, eu podia ter passado sem essa. Não sei o que rolou entre você e a Luana, nem desejo saber, mas eu sou seu namorado agora. Brigar com ela por causa daquele imbecil foi demais Lia! Demais!”

Dinho caminhou de volta para o banheiro, e para impedir que se trancasse lá dentro, me pus em sua frente. Ele me lançou um olhar mortal e me recriminei mentalmente por toda essa confusão.

“Não é nada disso que ‘Cê’ tá pensando!”

“Não? Vai negar que tava com ciúmes?”

“Não.”

Os olhos de Dinho procuraram os meus, magoados.

“Eu tava com ciúmes sim. Mas não era por causa do Vitor, era por sua causa Idiota!”

“O que? Minha causa?”

Honestamente, Dinho era tão lentinho para certas coisas. Acho que só ele não se deu conta do que realmente tava rolando entre mim e a Morena. E o mais incrível, é que foi mais fácil para ele ‘ressuscitar’ o meu ex do que acreditar que ele era o motivo da discórdia.

“Claro! Pô, achou mesmo que era por causa do Vitor? – Rodiei a sua cintura com os braços – Admito que pisei na bola, que não devia ter agido tão irracionalmente, mas te ver tão próximo dela me fez perder o controle.”

“Por quê? A gente tava só conversando.”

Falou ele surpreso não desconfiando do ponto aonde eu queria chegar.

“Bem, vocês... Vocês dormiram juntos. Eu não sei o que me deu, tudo o que me veio a mente foi você e ela juntos numa cama! Sério, eu fiquei fora de mim! E aquela garota ainda teve a ousadia de te beijar. Juro que quase voei no pescoço dela quando fez isso!”

“Verdade?”

Adriano me levou para mais perto do corpo. Ele sorriu de canto de boca, mas não me importei. Embora estivesse mais vermelha que um tomate, o deixar saber que era o responsável pelo meu ataque de ciúmes não era algo do qual me envergonhava.

“Olha, não começa a se achar, não!...”

Dinho baixou o rosto em direção ao meu pescoço e começou a depositar beijos no local. Um arrepio de prazer perpassou por meu corpo e a mente ficou em branco. Só pude me concentrar na magia que ele fazia com a boca.

“Por quê?”

Perguntou mordiscando o lóbulo da minha orelha. Senti os joelhos fraquejarem e se não estivesse agarrada a ele, provavelmente, cairia no chão.

“Eu, eu...”

Sem conseguir formar uma frase coerente, desisti de lutar. Se é que eu teria alguma chance diante das ações de Adriano. Segurando seu rosto entre as mãos, o beijei com urgência. Seus lábios esmagando os meus, num ato de desespero. Ele ergue-me do chão e para conseguir apoio, passei as pernas em volta da sua cintura. Unidos nessa posição, caminhamos para perto da grande cama.

A língua de Dinho invadia o interior da minha boca, explorando e duelando comigo. Minhas mãos passeavam pelas costas nuas e o calor da sua pele me fez achar que as roupas que vestia eram desnecessárias. Me separei dele por um momento, firmando os pés no chão, puxei a blusa que impedia nossas peles de se tocarem. Dinho me puxou de encontro ao seu corpo, meus seios esmagados pelo seu peitoral. Enquanto tecia beijos pelo meu pescoço, eu arranhava seus ombros com as unhas. Quem nos visse assim nunca diria que brigávamos ate poucos instantes atrás.

Nos beijávamos de maneira faminta e desesperada. Nos afastamos um pouco em busca de ar. Meu rosto estava afogueado e ele parecia tão perturbado quanto eu. Desejo emanava de seu corpo, faminto, me devorando com o intenso castanho dos olhos. Carinhosamente, ele me pegou no colo e me colocou sobre a superfície macia do colchão. Dinho se pôs sobre mim, e me vangloriei por sentir a magnitude do seu peso. Enquanto me beijava, suas mãos, quentes e provocativas, percorriam a extensão do meu ser. Mais que uma questão física, ele parecia alcançar minha alma, lendo e descobrindo cada segredo que não podia negar dele.

Logo meus seios foram libertos do fino sutiã de renda recebendo a atenção dos lábios do rapaz. Gemia sentindo o calor da sua boca nos mamilos intumescidos arqueando o corpo para que me tomasse ainda mais na boca. Meus lábios estavam inchados, meu corpo derretia sob seu toque, me sentia como lava quente. Tudo o que aconteceu antes foi apagado, e só pude pensar no quanto o queria. O quanto desejava me sentir plena junto a ele.

Gemia ofegante pelos beijos que ele depositava no meu colo que logo seguiram formando um rastro ate o pescoço, onde novamente ele começou a me excitar. Desesperada para senti-lo, levei as mãos ate o cós da sua calça. Dinho sorriu de encontro ao meu pescoço me arrepiando. As roupas logo foram tiradas e ambos estavam nus sobre a cama.

Olhares, toques, beijos foram trocados ate o momento em que ele me penetrou fundo. Os movimentos, aos poucos se intensificando, ate que ambos atingimos o prazer. Dinho caiu sobre mim e enterrou o seu rosto no meu pescoço. Aspirei o seu aroma, nossos corpos ainda unidos, suados pelo ato.

“Isso foi: UAU!”

Falei. Dinho saiu de cima de mim e rolou para o outro lado da cama.

“Acho que só a gente tem essa capacidade de brigar numa hora, e logo depois acabar fazendo as pazes com sexo. Sorte que estávamos no quarto, porque se não...”.

“Ate parece Adriano!”

Falei sem conter o riso. Ele não riu como eu esperava.

“A gente tem que conversar.”

“Ótimo! Não dava para ficar muito tempo sem rolar uma discussão. Pode, pelo menos, esperar eu tomar um banho?”

Sentei na cama de costas para ele. Ele também se sentou e suspirou frustrado.

“Não é isso, Lia. Acontece que o que você falou sobre mim e a Luana... Acredita que eu te trairia?”

A voz dele estava neutra e me perguntei como podíamos passar com tanta facilidade de um momento de paixão para um de conflito.

“Não. É que tava com raiva e acabei descontando em vocês, mas isso não quer dizer que goste de ver vocês dois juntos. Eu não gosto daquela garota, ainda mais sabendo o que eu sei sobre vocês e de como ela se atirou pra cima de você em São Paulo. Confesso que, às vezes, me sinto insegura.”

“Eu não quero que se sinta assim, amor. Eu já te disse, ela é passado.”

Virei-me para olha-lo e vi refletido no seu semblante sinceridade.

Droga, eu e essa minha mania de sempre complicar tudo!

“Desculpa! Desculpa – o abracei – Se não fosse aquele tapado do Vitor a me tirar do sério, eu não...”.

“Vitor? Você esteve com ele?”

Interrompeu-me Dinho.

“Estive... Ele me procurou lá no Misturama, mandou um papo meio ‘non-sense’, me encheu o saco. Daí quando vi você com a Luana, caramba, eu explodi!”

Num pulo, Dinho saiu da cama e começou a se vestir. Eu fiquei ali estática sem entender nada. Puxei o lençol e envolvi o corpo.

“Aonde você vai?”

“Ensinar a um certo ‘príncipe’ qual é o seu lugar!”

Falou Dinho raivoso.

“Sério, que você vai atrás dele?”

Tá, isso já tava indo longe demais! Era só o que faltava Dinho e Vitor saindo no tapa!

“E o que quer que eu faça? Aquele imbecil tá se metendo aonde não foi chamado. Fica posando de ‘bom moço’, mas não perdeu a chance de vir envenenar o nosso namoro. Quem sabe um olho roxo não o faça pensar duas vezes antes de se pôr entre a gente.”

Ah, claro! Nada como brigar com outro cara para mostrar quem é que manda! Como se por acaso eu fosse alguma donzela retardada que não soubesse me defender sozinha.

“Vai lá campeão: Quebra a cara dele! Trucida com ele, meu herói. Eu entendo perfeitamente, é coisa de homem, né? A lei do mais forte, do ‘macho alfa’. Pode deixar, eu vou ficar aqui, sozinha nessa cama, carente, a espera de companhia...”

Estiquei o corpo manhoso sobre o colchão, gesto que não passou despercebido por Adriano.

“Isso é jogo sujo!”

Dinho caminhou de volta para cama e me olhou zangado.

“O que? Eu não disse que te apoio? Pois bem, vai lá mostra toda a sua raiva e... Ciúmes.”

“Eu não to com ciúmes!”

“Não? E você quer brigar com o Vitor por quê?”

Ele ficou calado fechando ainda mais a cara. Sorri vitoriosa e o puxei, seu corpo caindo sobre o meu.

“Você tem uma maneira especial de fazer eu me sentir um idiota, sabia? – Falou me beijando – Essa foi a nossa primeira DR e olha como acabamos! Se as nossas brigas sempre terminarem assim, juro que vou querer discutir com você umas três, quatro vezes por dia.”

“Nossa, que tal a gente começar agora? Primeiro as damas: Você é um cara ciumento, passional e me dá nos nervos!”

Falei contra sua boca, o beijando de volta. Novamente Vitor, Luana e o mundo foram esquecidos e nos concentramos somente um no outro.



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Notas finais do capítulo

Capítulo by: Érica!

Eu não digo que Recalque (PIPIPIPI... Vanúbia, Maria) de 'Principe' é f***! E para melhorar o dia, Lia ainda 'flagrou' Dinho no maior papo com a Diva Lu... É, a Marrenta quase subiu nos 'tamancos' e partiu para cima da Luana que Diva demais saiu por cima e beijou o Dinho *Suspirando*, embora tenha sido no rosto, ainda foi demais! A Lia quem o diga, né? :D E como eu ando com essa mente muito 'poluída' teve mais um daqueles momentos 'HOT' que eu sei que vocês ADOGAM! Também ADOGO escrever, mas como nem tudo é calmaria, prevejo tempestade vindo por aí! Segurem-se pessoas e rezem para que entre mortos e feridos: sobrevivam todos! Gostou? Comente!

Ps: Esse foi o maior capítulo escrito ate agora! Semana que vem tem mais capítulos para vocês, meus lindjos! Beijos! E quero eviews hein? ;)



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