Para Sempre Lidinho escrita por Érica, Mariana R


Capítulo 40
Ah... Te amo!


Notas iniciais do capítulo

"Desculpe, sabe? Se tento insistir. Me torno insuportável, eu sei... Mas te amo. Te amo. Te amo. É engraçado, vá lá, é antiquado... Mas te amo!"... (Tiziano Ferro)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329760/chapter/40

"Eu te amo, Idiota! Agora, ME BEIJA!”

O que poderia fazer tendo ela pedido tão carinhosamente?

Beijei-lhe a boca com urgência, esmagando seus lábios de encontro aos meus. Nem sei como descrever o quanto esperei por isso. Para tê-la junto a mim, sentir o calor da sua pele, sentir o seu gosto, aspirar seu aroma. Ter aquele pequeno corpo entre os braços e ter a incerta certeza de nunca mais sairá dali mexia comigo de uma forma inexplicável.

“E agora?”

Perguntou Lia sem fôlego minutos após interrompemos o beijo. Seu peito subia e descia enquanto ela procurava normalizar a respiração. Passando as mãos pelos cabelos, eu também tentava me controlar.

“Bem, eu não sei... Muita coisa foi dita, não quero te apressar. Talvez a gente precise de um tempo pra voltar a se conhecer.”

“Tem certeza disso? Pensei que pudéssemos...”.

“Lia, eu to tentando ser cavalheiro... Fazer a coisa certa. Não quero que você se arrependa de nenhuma decisão tomada no calor do momento.”

“Quem disse que eu vou?”

A Marrenta sorriu sedutora e qualquer boa intenção que existia em mim dissipou-se. Eu a queria, junto a mim, pele com pele mais que tudo nesse mundo. Poder fazê-la minha, sentir seu coração bater em uníssono com o meu. Mas tinha medo de que qualquer passo em falso pudesse acabar com nossas expectativas. As tristezas foram postas para fora, mas até elas sararem levará um tempo. Desejo dar um passo de cada vez, construir algo bom e sincero, repleto de amor. E apenas saber que ela estará ao meu lado é o bastante para fazer dar certo. Fazer valer a pena.

“Lia Martins, você é uma grande diabinha, sabia?”

Ela se aproximou do meu corpo, levantou as mãos e as pôs nos meus ombros, apoiando-se na ponta dos pés para depositar nos meus lábios um beijo doce e calmo. Diferente do primeiro, mas tão maravilhoso quanto.

“Sabe Adriano... Só você me faz ser assim.”

Por um segundo fiquei imóvel. Um curto espaço de tempo em que todos os meus planos de ir com calma ‘caíram por terra’ e num gesto impetuoso a agarrei pela cintura demonstrando o meu desejo. O que importava era tê-la ali, finalmente.

“Lia...”

Sussurrei em seu ouvido fazendo-a contorcesse e ficar arrepiada. Ela era minha, dizia em silêncio – possessivamente – somente minha e nada do que passou importava. Lia para sempre de Dinho e Dinho eternamente de Lia.

Beijei-lhe com urgência e paixão acariciando o pescoço delgado de pele alva. Lia estava quente e derretia sob meu toque.

“Dinho...”

Meu nome escapou como um gemido suplicado dos seus lábios. Ela queria aquilo, assim, como eu também o queria. Aquele seria o primeiro de muitos outros dias em que passaríamos assim, unidos, nos amando. Sem soltá-la, comecei a caminhar em direção ao quarto. No meio do caminho ficaram – pelo chão – um abajur, alguns portas-retratos e vasos que mal nos demos contas de ter derrubado tamanha a ânsia para chegarmos à cama. Lá fora, o sol brilhava num dia lindo, mas dentro daquele apartamento ocorria uma verdadeira tempestade de emoções.

Já no quarto, separamo-nos por alguns instantes. Vi no profundo verde dos olhos de Lia o desejo ardente, e aquilo me atingiu como um raio. Me sentia da mesma forma, desesperado para possuí-la. Entretanto, desejava fazer dessa experiência algo inesquecível, queria amá-la intensa e lentamente, explorando cada curva e lugar secreto do seu corpo. Assim como também deixá-la me descobrir.

“Nem sei explicar o quanto te quero, sabia? Perto de você me sinto um menino inseguro sem saber o que fazer...”.

“Me faça sua...”

Um sorriso iluminou a expressão de Lia.

“Bem, acho que isso é o que nós dois queremos, sim? Nos pertencer, como sempre deveria ter sido.”

“E como para sempre será!”

Calmamente, guiei a pequena loira até a cama, deitando-a delicadamente sobre o colchão macio da cama de solteiro a que havíamos dividido na noite anterior. Deslizando a blusa ‘pijama’ pelos seus braços, logo a tinha somente de short e sutiã preto rendado. Mordi o lábio pela visão da obra de arte que era o seu corpo, feito na medida certa para o prazer.

“Adoro quando você usa lingerie preta... É SEXY!”

“Espero também ser surpreendida, Adriano!”

Me arrepiei ao ouvi-la pronunciar meu nome com a voz cadenciada e profunda. Usando a boca desci, de cada vez, as alças do sutiã deparando-me com seus seios firmes e empinados. Alvos como o restante da pele, eram perfeitos e apetitosos. Sem demora, dediquei atenção aos dois montes, acariciando-os com os lábios, e em seguida com a língua ate deixá-los rijos. Lia arqueava o corpo em minha direção e gemia diante da minha ação. Puxando o seu short, deixei-a apenas de calcinha – também preta – esta sendo a ultima barreira para o seu lugar secreto.

Ate esse ponto, a roqueira manteve-se passiva deleitando-se com minha exploração, mas num rápido movimento ela se pôs por cima de mim. Sorri pela audácia da Loira e me felicitei por ela ser tão, tão... Lia!

“Tá na hora de equilibrar as coisas, não? Também quero te oferecer prazer, Dinho... Meu Dinho.”

As pequeninas mãos passearam por sobre a minha camisa, e pondo uma de cada lado, Lia arrancou a peça. Ela ainda acariciou o meu peito desnudo, depositando beijos rápidos pela extensão do tórax. Descendo um pouco, sentiu com a mão o volume da minha excitação protegido pela calça jeans. Lia abriu o zíper e, lentamente, escorregou a roupa pelas minhas pernas.

“Hum... Cueca vermelha! Muito SEXY!”

“Surpreendida?”

“Muito... Mas tenho mais interesse no que está por baixo dela!”

Aquela diabinha com aparência de anjo estava me tentando de uma forma que ninguém mais seria capaz de fazer.

“Verdade?”

“UHUM!”

Lia deu uma risada rouca e extremamente sensual. Ficando de joelhos, trouxe o pequeno corpo de encontro ao meu. Seus pequenos seios foram pressionados contra o meu peitoral. Beijando a curvatura do seu pescoço, me apoderei de sua boca lhe submetendo a um beijo apaixonado e voraz. Meu coração palpitava descontroladamente e meu sexo latejava de excitação, mas disposto a dar-lhe prazer, deitei Lia novamente na cama. Com as mãos, livrei-me da calcinha e por um breve momento parei para observa-la em sua plenitude.

“Linda... Simplesmente, Linda!”

Beijei a barriga plana. Afastando suas pernas, encontrei o centro do nosso prazer. Com a boca, acariciei o seu ponto mais sensível fazendo-a gemer diante da minha invasão.

“Ah... Dinho, Dinho, Dinho!”

Continuei a excitá-la, o pequeno corpo tremendo violentamente pude ver que ela chegava ao ponto mais alto.

“Me toque!”

Voltando minha atenção para os seios rijos, senti Lia tirou a cueca e tomou meu membro na mão massageando-o ritmadamente. As pequeninas mãos me causavam uma sensação indescritível, e quase cheguei ao orgasmo sob a magia da roqueira. Sem conseguir mais me conter, peguei o preservativo e, após nos proteger, me coloquei entre suas pernas e penetrei fortemente o corpo da roqueira. Lia suspirou, e elevando os quadris começou a movimentar-se lentamente comigo.

Lia cravou as unhas na carne das minhas costas, procurando apoio enquanto eu aumentava o ritmo das estocadas. No início, a prentetrava delicadamente, quase tirando meu sexo do seu interior, mas sempre voltando a mergulhar nela. Cada vez mais fundo, sentindo o interior quente e aveludado me recebendo sem reservas como se fosse feito para me ter. Depois de levá-la ao orgasmo pela segunda vez, tornei os movimentos mais rápidos, guiando-a junto comigo. E mais uma vez, Lia chegou ao ponto mais alto.

“Isso é... Isso é maravilhoso!”

“Olhe pra mim!”

Com um último movimento, me rendi ao prazer. Com nossos olhares presos – hipnotizados – acabei me perdendo na imensidão verde, enquanto chegávamos ao céu juntos. Nossos corpos suados pelo ato de amor tremiam descontroladamente. Soltando um grito rouco de puro desejo, desabei sobre o corpo feminino encostando o rosto na curva formada pela cabeça e o ombro. Nossas respirações frenéticas, aos poucos, normalizavam e senti os corações baterem em uníssono, como um só. Uma só alma.

“Te amo...”

Dissemos as palavras juntos. E aquela era a nossa realidade. Não importa o quanto demorou pra estarmos ali, e sim, que estávamos ali e nos amamos como somente duas pessoas que se amam verdadeiramente poderiam fazê-lo.

Depositei um beijo calmo nos lábios vermelhos e inchados, e a agarrei pela cintura trazendo-a para o abrigo dos meus braços. Nada mais foi dito, e assim permanecemos unidos. Após longos minutos de felicidade, eu resolvi quebrar o silêncio.

“Lia?”

“Hum?”

“Eu queria saber uma coisa... Eu ainda não entendi por que você resolveu se abrir comigo. Eu estava decidido a ir embora, mas você não permitiu. Por quê?”

“Sério? DR, agora, Dinho?”

Sorri. Essa era a minha Marrentinha sempre pronta para discordar.

“Não é discussão de relação... Eu só queria entender.”

Suspirando, Lia aconchegou-se mais a mim.

“Bem... Como posso explicar? Foi pelo que você disse ontem. Não só isso, mas por todos os mal-entendidos, conclusões precipitadas e as palavras não ditas que pairavam entre a gente. Antes de você viajar, tivemos aquela briga e a forma como você agiu, a frieza das suas palavras... Era como se tivéssemos cruzado um limite, entende? A forma como tudo acabou... Não parecia certo.”

“Mas você queria isso... Me ver longe. Eu te tratei com descaso porque queria me proteger. Após tantas discussões, acusações... Aprendi a ser cauteloso.”

“Comigo?”

Sorri pela insegurança na voz da minha roqueira. Não a via dessa maneira, Lia era forte.

“Não só com você, mas com todo mundo. Apesar de ter quase vinte anos, tenho mais experiência do que muitas pessoas da mesma idade. O mundo foi minha casa por muito tempo, sabe? E isso me ensinou na marra que só nos machuca quem nós permitimos.”

“E eu tenho o dom de te ferir, né? Ontem, quando você disse que iria embora, que eu venci... Eu não me sentia uma vencedora. No fundo, sabia que era uma estúpida por não conseguir dizer como me sentia. Por mais uma vez, te deixar partir sem ter a chance de lutar. Quando te vi na sala falando que me amava sem nenhum medo, foi como se algo se quebrasse dentro de mim. Algo bom que eu tenho negado... Nunca poderia me perdoar se tivesse te deixado ir.”

“E eu teria ido, por mais que doesse. Eu teria ido... Mas agradeço por você ter me impedido.”

“E eu agradeço por você ter ficado.”

Abracei Lia ainda mais forte.

“Sem arrependimentos?”

“Nenhum!”

A vida me levou a escolher caminhos que nem sempre foram os melhores. Caminhos pelos quais jamais teria andado se eu soubesse o preço que teria que pagar por isso. Entretanto, a mesma vida que te leva pode te fazer retornar, e então, dependerá somente de você traçar novos percursos. Escolher entre recomeçar ou continuar perdido.

Há um ano fui embora. Deixei para trás minha família, amigos, país... Lia. E apesar de estar muito longe, nunca fui capaz de me desligar completamente do passado. Foi duro, quase uma provação, mas sou grato por isso, por não ter desistido. A vida me deu uma nova chance e prometo agarrá-la com unhas e dentes. A minha oportunidade de tê-la novamente, e principalmente, fazê-la feliz não será desperdiçada.

Olhei a MINHA Marrenta que dormia tranquilamente. O Corpo unido ao meu, o semblante sereno, senti uma sensação de paz misturada à felicidade invadir meu ser. Éramos nos dois naquela cama. Dois corpos, um só coração, uma única alma.

“Te amo, Lia... Pra sempre!”

Sucumbindo ao cansaço também adormeci.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo by Érica!

:O Hum, silêncio constrandedor! Tô vermelha ate agora, mas tudo bem... Então, quem diria hein? Aqueles dois safaDjinhos! Depois de um "rala e rola" desses nem tem muito o que comentar... Gostou? Adorou? Tá com calor ate agora? Comente!

PS: Capítulos postados um dia antes para a "Noooooooooossa alegria"!Semana que vem tem mais! Beijos! Capítulo dedicado a Mari R. que achou muito 'broxante' a primeira vez LiDinho em Malhação! Então, Nair? O que achou? Tchau, meu povo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Para Sempre Lidinho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.