Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 54
Capítulo 53 - Preparativos


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos, tudo bem?! :D
Como já devem ter percebido estamos nos capítulos finais da fic. Depois desse acredito que tenhamos mais 2 ou 3 no máximo. E estou pensando também em fazer um epílogo, afinal acho que essa saga merece ;)
Espero que curtam o capítulo ^^



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Cinco meses depois [...]

Eu sabia que preparar um casamento devia dar trabalho. Só nunca imaginei que fosse ficar completamente pirada preparando o meu. Todas aquelas coisas que precisavam ser escolhidas, todas as decisões que precisava ser tomadas. No começo pareceu até divertido. Mas depois de algumas semanas eu não podia mais ver nada que envolvesse a organização do casamento, sem sentir uma leve dor de cabeça. E para ajudar tinha o fato de termos que ser muito cuidadosos com os detalhes. Certos convidados não sabiam que éramos semideuses nem que teríamos sátiros e centauros como padrinhos. Ah claro, os padrinhos, essa também fora uma parte especialmente complicada e conflitante de se resolver. Percy e eu não conseguíamos chegar a um consenso quanto as pessoas que deveriam ser os cumplices daquele juramento de amor eterno que faríamos em breve. Por sorte esse impasse já havia passado e decidimos por convidar Grover, Quíron e Tyson para serem os padrinhos. As minhas damas de honra seriam Thalia, Piper e Hazel. Nenhum mortal, já que os únicos tolerados no olimpo seriam nossos pais.

Obviamente também haveria uma outra cerimônia no acampamento meio-sangue, para aqueles que não puderam assistir ao casamento oficial. Seriam no total três juramentos, contanto com a parte civil. Se era uma vida normal e comum que queríamos esse era um ponto chave, tínhamos que estar casados também no papel, ainda que isso não importasse muito, burocraticamente falando. Era mais o significado simbólico que importava. Esse tipo de coisa até que era agradável de planejar. Mas no geral acabava sendo só mais um item na imensa lista de preparativos. E ela parecia que só aumentar conforme chegávamos perto da data. Em certo ponto, Sally Jackson, que era a pessoa que mais estava me ajudando naquela correria toda, chegou a se oferecer para tomar conta de tudo. Eu recusei educadamente. Por mais que quisesse tirar aquele peso dos meus ombros não podia deixá-la fazer tudo sozinha. Também não sei se confiava tanto assim no bom gosto da minha sogra. E se ela resolvesse fazer todas as comidas azuis? Não, era melhor não arriscar.

Continuei então na minha dura missão de cuidar para que tudo estivesse pronto e nada desse errado no “grande dia”. Era assim que o estavam chamando. Todos diziam “o grande dia” para mim, me enchendo de expectativa. Todos exceto Percy. Para ele seria apenas o dia em que mostraríamos a todos o que já sabíamos há muito tempo. Que ficaríamos juntos para sempre. Eu adorava a naturalidade com que ele estava encarando tudo. O invejava, pois queria me sentir assim também. Mas era pressão demais em cima de mim. Todo mundo espera muito mais da noiva do que do noivo afinal. Esperam que ela esteja perfeitamente linda e radiante. Que caminhe deslumbrante até o altar e que chore apenas o suficiente para mostrar sua emoção mas não para borrar a maquiagem. Que seja simpática e cumprimente a todos com entusiasmo. Que esteja animada e com energia durante toda a festa. Que não pare de sorrir. Fala sério, era mesmo pressão demais! Sentia que ia sucumbir no momento em que chegasse a hora de subir ao altar. Mas é claro que o que está ruim pode sempre piorar.

Não bastasse a organização em si já ser corrida e estressante, começaram a surgir alguns empecilhos no meio do caminho. Probleminhas pequenos, mas que poderiam arruinar tudo. Primeiro tinha aquele, agora já antigo, problema de Percy estar desempregado. Muitos meses tinham se passado sem que o herói conseguisse um subemprego sequer. A princípio eu tentei ser positiva, mas a essa altura a situação já estava ficando preocupante. Percy tentava disfarçar, principalmente por causa da proximidade do casamento, mas eu percebia que ele estava muito mal por causa disso. Tentei confortá-lo de todas as formas, mas eu sabia que só uma coisa o faria se sentir melhor no momento: arrumar um trabalho. Enquanto não estávamos juntos seu foco ficava completamente no curso de biologia marinha. Por isso ele mal dava atenção as coisas do casamento. Eu não o culpei nem ao menos me atrevi a pedir que fizesse diferente. O deixei lidar com aquele problema da forma que achou melhor.

Infelizmente dar espaço a Percy me custou arcar com os preparativos sozinha. Quer dizer, quase sozinha. Além de Sally, minhas amigas também estavam dando uma força. Mais tarde eu iria descobrir que ter muitas opiniões era pior do que ter poucas, mas ai então eu já havia aceitado a ajuda. E não ia de forma alguma fazer desfeita a Hazel, Piper e Thalia, que viajaram da Califórnia até aqui para me dar uma mão. Muito menos a Tasha e Haley que reservaram vários de seus fins de semana para me acompanhar a lojas e mais lojas. Eu nunca tinha feito tantas compras na minha vida. E nada nunca parecia ser suficiente. Cheguei a pensar que teria sido melhor contratar alguém para cuidar de toda a organização. Eu não estava tendo que me preocupar com os gastos mesmo, já que meu pai estava bancando tudo. Mas agora era tarde. Tarde demais para mudar qualquer coisa. Como se o tempo tivesse literalmente voado, eu me vi a uma semana do dia 4 de julho. Não podia acreditar que faltasse tão pouco tempo.

E foi ai que os “probleminhas” começaram a ocorrer um atrás do outro. Para começar, a empresa que contratamos para enfeitar o local da festa simplesmente não estava encontrando o acampamento. Claro, porque eles eram meros mortais. Tive que pedir para Grover encontrá-los e guiá-los até lá. E, claro, tomar cuidado para que não vissem nada de incomum enquanto estivessem montando a decoração. Depois houve um problema com o bolo. O buffet ligou avisando que não iria conseguir entregar aquela encomenda a tempo. Só não surtei porque Sally disse que faria o bolo com todo o prazer. Mas ainda fiquei insegura, afinal a mãe de Percy podia ser uma bela cozinheira, mas nunca havia feito um bolo de casamento enorme como o que precisávamos. Mais uma coisa que tirou meu sono por vários dias foi o DJ que Sam havia me arrumado para tocar na festa. O cara era amigo dele, mas estava dando altas mancadas. Demorou horrores para me entregar a lista com as músicas selecionadas e quando o fez não era nada do que eu tinha pedido. Tive que ir pessoalmente ao estúdio dele escolher as músicas.

Parecia que o universo estava conspirando para que o casamento não desse certo. Bati três vezes na madeira depois de pensar aquilo, tinha que isolar qualquer chance de azar. Mas é que estava bem difícil não ser pessimista com tudo dando errado daquele jeito. Acho que foi por isso que não me surpreendi nenhum pouco com o sonho que tive dois dias antes do “grande dia”. De cara não entendi direito do que se tratava, mas depois ficou claro. Eu estava no Monte Olimpo, sentada sobre uma das escadarias de mármore que levava a um dos templos. Logo reparei que se tratava do templo de Atena. Mas porque diabos eu estava ali? Se fosse para receber outro sermão da minha mãe, como no dia em que deixei de ser virgem, eu preferia terminar aquele sonho ali mesmo. Pena que não tinha essa escolha, não em um sonho como aquele. Tremi quando Atena apareceu, saindo de uma porta lateral do templo. Ela parecia irritada e por sorte não me viu. Parou de costas para porta e depois se virou novamente na direção dela. Começou a falar como se tivesse alguém ali dentro.

– Sua vida imortal deve ser mesmo muito entediante. Porque perde seu tempo tentando arruinar a casamento da minha filha? - questionou Atena em voz baixa, mas contundente.

Não houve resposta do deus ou deusa que estava oculto. Mas percebi que deve ter havido alguma resposta que eu não era capaz de ouvir, porque Atena parou e prestou atenção por um momento. Ela fechou os punhos e abaixou a cabeça parecendo frustrada.

– Pode ser que tenha razão. Mas sabe que uma hora será desmascarada. Pode ser que não seja por mim, mas logo será descoberta - dessa vez não houve resposta mesmo, apenas um breve silêncio - E sou capaz de apostar com você que apesar de seus esforços, não vai conseguir impedir esse casamento. Percy e Annabeth estão predestinados a ficarem juntos e nem mesmo você poderá interferir!

Não tive tempo de me sentir sensibilizada com a discurso de minha mãe. O sonho mudou e eu me vi no dia do meu casamento. Estava prestes a pisar o longo tapete vermelho que me levaria até o altar. Meu pai estava ao meu lado sustentando meu braço, Percy me aguardava sorridente e absurdamente sexy ao lado de Dionísio que celebraria a missa. De repente um clarão aconteceu e todos os poucos convidados que se dispunham de pé dos dois lados do altar caíram ao chão desmaiados, restando em pé apenas Percy e eu. Até Frederick caíra e eu nem consegui reagir para tentar segurá-lo. Antes que eu pudesse ver quem causara aquilo acordei sobressaltada. Percy que dormia ao meu lado até acordou com o tremendo pulo que eu dei na cama. Ele ficou preocupado e não tive como esconder o que estava acontecendo. Contei tudo o que acabara de ver a ele. Percy então suspirou, não parecendo nenhum pouco supresso.

– Annie, tem algo que eu preciso te contar - começou a dizer ele pausadamente - Eu devia ter te contado antes, mas como você estava tão ocupada com os preparativos do casamento, não quis te preocupar ainda mais…

– Diga de uma vez o que é - falei impaciente.

– Eu também tive um sonho muito parecido com o seu cerca de cinco meses atrás - ele respirou fundo e então continuou - Só que no meu sonho era Poseidon que discutia com um “ser misterioso”. E antes disso eu havia desconfiado que tivesse alguém querendo acabar com nossa felicidade de novo. Por causa da minha “má sorte” em conseguir trabalho e tal. Daí tive a brilhante ideia de pedir ajuda ao meu pai para descobrir se era algum deus olimpiano. Ele voltou dizendo que não havia descoberto nada um dia antes de eu ter o sonho - nos olhamos por um momento estudando a situação - Não faço ideia do que tudo isso quer dizer, Annie, mas boa coisa não pode ser…

– É… - falei ainda pensativa - Mas o mais estranho é porque Poseidon e Atena não nos avisam de nada. Se já descobriram quem é que está tentando arruinar nosso casamento, porque não o impedem ou ao menos nos dizem quem é para fazermos alguma coisa?

– Tá ai uma coisa que eu não tenho ideia - disse o semideus frustrado - Mas precisamos descobrir quem é logo, senão nosso casamento vai ir por água abaixo!

– Não Percy, não acho que essa seja a melhor solução - ele me olhou confuso então eu expliquei - Pela primeira vez na vida eu terei que concordar com minha mãe. Temos que seguir com nossos planos como se nada estivesse acontecendo. Fazer o casamento mesmo com todos esses problemas, mostrar que não estamos intimidados. Quem está contra nós já mostrou que não quer dar as caras, e vai continuar fazendo tudo na surdina. Só o que precisamos fazer é não nos deixar abalar e seguir em frente.

– Mas e se acontecer realmente o que você viu em seu sonho? E se esse alguém tentar impedir o casamento no momento da cerimônia. Não estaremos colocando a todos em perigo?

– Não sei Percy, ainda não estou certa se essa parte do sonho era mesmo verdade ou apenas uma ilusão criada pela minha cabeça, foi muito confuso. Só acho que Atena estava tentando me transmitir alguma mensagem. Acho que ela sabia que eu teria uma visão daquela sua discussão mas não poderia ver com quem ela falava, então ela arrumou uma forma de me dar algum sinal do que eu deveria fazer. Pode parecer loucura, mas foi o que eu senti.

– Você se deixando levar pela intuição e não pela razão - ponderou Percy enquanto me analisava com o olhar - Isso é definitivamente uma coisa a ser levada em conta. Ok, vamos continuar com o casamento e seja o que os deuses quiserem... ou não.

***

Aqueles últimos dois dias tinham sido os mais conturbados da minha vida. Mesmo já não havendo mais nada para resolver quanto ao casamento, eu fiquei constantemente inquieta. Faculdade e trabalho ficaram em segundo plano, eu não tinha cabeça para me concentrar em nada. Só o que pensava era que eu iria me casar muito em breve e que talvez algum ser superpoderoso tentaria estragar tudo. Havia recebido pelo correio várias confirmações de pessoas que havíamos convidado. Realmente era muita gente, mas isso devia ser bom, não é? Desde que a vida de ninguém fosse colocada em risco, é lógico. Percy e eu decidimos não comentar com ninguém sobre nossos sonhos e nossas suspeitas. Estávamos seguindo à risca a dica subliminar de Atena. Não era exatamente a estratégia mais inteligente da minha vida, mas era a única que eu tinha e resolvi apostar todas as minhas fichas nela. Se eu estivesse certa, seria a confirmação final de que minha mãe realmente estava mudando.

O meu dia da noiva, que teoricamente era para ser um dia extremamente agradável e relaxante, foi, na verdade, um dia bem estranho. Me senti desconfortável, como quando me arrumavam para as sessões de fotos na agência de modelos. Nunca gostei daquele excesso de cuidados e paparicos. Eu era o centro das atenções constantemente e isso também não me agradava. Se não fosse a companhia das minhas queridas damas de honra eu não sei se teria aguentado. A única parte que realmente gostei foi quando me fizeram uma massagem na clínica de estética que havia sido reservada toda para mim naquela manhã. Também me colocaram várias camadas de creme no rosto e depilaram quase todo o meu corpo. Essa parte não foi nenhum pouco legal. Hazel e Piper pareciam adorar os tratamentos que lhes eram oferecidos. Já Thalia e eu, apenas suportávamos aquelas sessões intermináveis.

Na parte da tarde a coisa foi um pouco pior. Era a hora de fazer cabelo e maquiagem. Eu devia estar pronta até as cinco horas no máximo, já que o casamento seria feito durante o pôr do sol. Ideia minha, é claro. O pôr do sol no olimpo devia ser um dos cenários mais bonitos do mundo. Mas até lá, ainda tinha muito chão. Eu já havia escolhido que tipo de penteado eu queria. Uma coisa simples claro, assim como meu vestido e todo o resto. As cabeleireiras fizeram duas tranças começando na lateral da minha cabeça um pouco acima da orelha, continuando até a parte de trás. As tranças se encontravam em uma cascata de cachos que eram resultado de algumas horas de bobs e secadora. No topo da cabeça e também nos cachos alguns brilhos discretos. No meu rosto eu tive que quase implorar para que não exagerassem na maquiagem. Disse que não queria ficar parecendo outra pessoa, que gostava de como eu era. Então pedi para apenas colocarem uma sombra na cor azul, um batom bem claro nos lábios e bem pouco pó no rosto. Até deixei que passassem um pouco de rímel preto nos meus cílios, aquilo destacava meus olhos cinzentos. Em seguida trouxeram meu vestido. Ele não tinha alças e a saia era bem reta, nada de volume nem babados. Apenas uns brilhos discretos na parte do busto.

Me olhei no espelho ao final da sessão beleza e fiquei realmente impressionada com o resultado. Nem mesmo quando eu trabalhava de modelo quando tinha que deixar eles fazerem o que quisessem comigo eu me achara tão bonita. Fiz um esforço tremendo para não chorar ao me lembrar que em poucos minutos eu estaria sendo levada pelo meu pai até o altar onde estaria o homem da minha vida. Isso é, caso nada desse errado. Me repreendi em pensamento por ficar pensando naquilo. Tinha que manter a positividade, nada estragaria aquele dia. Nada! Respirei fundo e fui conferir como estavam as minhas damas de honra. Deslumbrantes, é claro. Acho que no fim das contas eu não seria o alvo de todos os olhares, elas estavam realmente arrasando com seus vestidos iguais. Compartilhamos nossa empolgação sem poder nos abraçar para não estragar os penteados e maquiagens. Um pouco depois, a limusine que nos levaria ao Empire States chegou. Entramos no carro, todas estavam nervosas ou ansiosas demais para falar então ficamos caladas apenas aguardando o “grande momento”.

Momentos antes de eu ir até o local onde seria o casamento, depois de chegar e subir até o 600º andar, recebi uma visita inesperada. Eu estava numa antessala do templo onde seria realizado a missa. Era o templo de Hermes, claro, ele não pensara duas vezes para nos deixar usá-lo. Por isso havíamos pedido a ele. Eu estava uma pilha de nervos, ali sozinha esperando ser chamada quando fosse a minha hora de entrar. Nem meu pai ficara esperando comigo. Cheguei a me sentir abandonada. Sabia que nossos pais divinos não estavam no Olimpo no momento, aliás nenhum dos olimpianos estava, por isso conseguimos entrar e fazer o casamento ali. Tudo obra de nosso amigo Hermes. Eu já estava conformada que minha mãe não veria meu casamento, por isso mesmo fiquei muito surpresa quando Atena apareceu. Primeiro ela me deu um sorriso e me abraçou. O que por si só já era bastante estranho. Depois começou um discurso de mãe orgulhosa que não lhe caia nada bem.

– Minha querida, você está estonteante! Nunca pensei que diria isso mas, estou realmente feliz por você estar se casando. Percy é um homem maravilhoso e vocês serão muito felizes juntos, tenho certeza disso. Me sinto orgulhosa de ver a mulher linda e forte que você se tornou. Sempre foi corajosa e destemida quando mais nova, mas agora você está enfrentando uma batalha diferente. Uma missão nova. Talvez a mais difícil delas. Mas como sempre você não está sozinha. Tem Percy ao seu lado e isso é tudo o que precisa para conquistar qualquer que sejam seus objetivos. Juntos vão se sair muito bem nessa “missão a dois”. Hoje é apenas o começo, filha - senti um nó se formar em minha garganta porque ela quase nunca me chamava de filha. Mas eu ainda estava tentando segurar o choro para não estragar a maquiagem antes mesmo de subir ao altar - Não podia deixar de vir aqui pelo menos para te dar um abraço e te desejar toda a felicidade do mundo. Você merece isso, vocês dois merecem! Não deixem que nada os abale! Vocês já enfrentaram tantas coisas, sei que não vão deixar nada interferir no casamento de vocês…

– Sobre isso… - comecei enfim. Eu estava emocionada com a chegada dela e todo seu discurso, mas eu deixei um pouco isso de lado porque tinha que perguntar sobre o que eu vira no meu sonho. Infelizmente Atena não me deixou continuar.

– Não se preocupe, querida. Vai dar tudo certo, confie em mim! - ela deu um sorriso. Não daqueles que eu estava acostumada a ver, maldosos e sarcásticos, foi um sorriso terno e sincero. É, definitivamente ela tinha mudado muito! - Como sempre você decifrou a charada. Entendeu a minha mensagem, entendeu o que devia fazer. Está indo muito bem. Agora vá até lá e mostre a todos que nada irá impedir o dia mais importante da sua vida.

– Mas mãe…

– Annabeth? - foi a voz de Frederick me chamando antes de ele entrar pela porta que estava ás minhas costas. Olhei para ele e depois voltei a olhar para onde Atena estava. Ela havia desaparecido. Obvio - Está na hora, querida. Vamos?

– Vamos.

Tentei sorrir de forma convincente para meu pai enquanto fui até ele e segurei seu braço. Aquela aparição de Atena havia me deixado muito perturbada. Era capaz de eu nem me lembrar como colocar um pé na frente do outro para andar por aquele longo tapete vermelho. Apertei sem me dar conta o braço do meu pai e ele colocou sua mão sobre a minha e disse que daria tudo certo. Quase a mesma coisa que mamãe havia dito segundos antes. O problema era que ela sabia que talvez nem tudo daria certo. E mesmo assim me incentivou a continuar. Eu já não tinha escolha senão confiar em minha mãe.

Havia uma outra porta depois daquela que havíamos atravessado. Essa era dupla e bem maior. Eu sabia que ela levava ao salão principal do templo. Local onde todos estavam me esperando para que o casamento enfim acontecesse. Eu tremia e meu pai dava pequenas palmadinhas nas costas da minha mão para tentar me acalmar. As portas se abriram e eu pude ver todas as pessoas mais importantes da minha vida de uma vez só. Bem quase todas, afinal Frederick ainda estava do meu lado. Antes de começarmos a andar observei bem o rosto de todos. Grover, Quíron, Hazel, Piper, Thalia, Sally… e ele. Percy não precisava fazer nenhum esforço para ficar bonito e incrivelmente sexy, mas naquele dia ele devia ter se esforçado um pouco porque estava deslumbrante. Perdi o fôlego por um momento e não era mais por causa do nervosismo de antes. Era a satisfação, a imensa alegria de estar ali vivendo aquele momento. Por alguns segundos eu sorri e acreditei que tudo daria certo afinal. Pena que nem sempre as coisas acontecem como a gente imagina...


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Notas finais do capítulo

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