Missão A Dois escrita por Sarah Colins


Capítulo 46
Capítulo 45 - Rapto


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos, tudo bem com vcs? ^^
Capítulo novinho em folha! Espero que gostem.
Já aproveito pra desejar a todos um ótimo natal! Que todos ganhem muitos presentes e aproveitem esse momento tão especial com suas famílias e amigos :D
Boa leitura ;)



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Ponto de Vista de Percy

Até que eu estava achando aquela festa bem divertida e animada. Não era um verdadeiro desastre como minha querida namorada havia dito. Rachel estava de muito bom humor quando fui cumprimentá-la. Ela até perguntou por Annabeth depois que lhe dei os parabéns. Fiquei sem graça e inventei que ela precisou ir ao banheiro. Conversei por alguns minutos com Rachel, mas logo ela teve que ir dar atenção a outras pessoas. Havia várias gerações de campistas naquela super festa. E segundo a própria aniversariante ainda faltavam seus amigos mortais que teriam uma festa aparte, não tão boa quanto essa, é claro. Achei melhor ir procurar Annabeth depois daquilo para ela não poder dizer que eu não estava lhe dando atenção. Não a encontrei à princípio, mas também não esquentei a cabeça com isso. Ela devia estar por ai com alguma amiga do acampamento, fugindo de esbarrar com Rachel, provavelmente.

Aproveitei então para comer, beber e jogar conversa fora com os semideuses do acampamento. Todas essas coisas foram muito agradáveis por sinal. Nem percebi o tempo passar. Principalmente quando alguém que mostrou que havia uma mesa de sinuca para os convidados jogarem. Eu não era exatamente o melhor naquele esporte, mas deu pra me divertir bastante. Até rolaram umas apostas e os perdedores tiveram que pagar algumas prendas engraçadíssimas. Dei sorte de ficar com uma boa dupla então não tive que pagar nenhum mico. Fala sério, eu já tinha uma má reputação suficientemente vergonhosa naquela acampamento, não precisava de mais itens na lista de “porque ele é um perdedor”, obrigado. Até mesmo para os que estavam se divertindo bastante, como eu, a festa começou a durar demais. Fiquei me perguntando se não iam cantar parabéns e cortar o bolo logo.

Como que respondendo a minha pergunta silenciosa, Quíron e os pôneis de festa apareceram trazendo o bolo em uma mesa com rodinhas. Ele estava enfeitado com várias velas daquelas que soltam fagulhas brilhantes. Não havia nenhuma vela com a idade de Rachel. Parece que as garotas depois de um tempo não querem mais contar os anos, que bobagem! Todos cantamos “parabéns a você” em coro e nesse momento também não pude avistar Annabeth em lugar nenhum. Onde será que ela tinha se metido? Quando ela concordou em vir comigo não achei que fosse para ficar o tempo todo afastada, sem nem interagir direito com a dona da festa nem os outros convidados, que naquele momento estavam todos reunidos em volta do bolo. Rachel “apagou” as velhinhas e cortou o bolo. Deu o primeiro pedaço a Quíron e depois as harpias começaram a servir a todos. Decidi me preocupar com a desfeita de Annie depois e fui pegar um pedaço de bolo. Era de baunilha com recheio de doce de leite, uma delícia.

Bebi mais alguns copos de refrigerante. Senti falta de uma cerveja ou algo do tipo, mas sabia que não ia rolar. Havia menores de idade demais no acampamento, aliás eles eram a grande maioria. Não sei se eu ia querer ver crianças semideusas embriagadas festejando o aniversário da Oráculo do acampamento. Eles já causavam problemas o bastante sóbrios. Rachel riu, pois fiz o comentário em voz alta, e eu não entendi porque. Realmente era compreensível que as crianças fossem proibidas de ingerir álcool. Curiosamente ela só riu ainda mais da minha explicação. Deixei passar, afinal era o aniversário dela. Mas eu estava seguro de que meu raciocínio era lógico e correto. Quando percebi que a festa estava realmente chegando ao fim e que alguns convidados começaram a ir embora, fui procurar Annabeth de novo. E dessa vez eu iria fazê-la pelo menos se despedir de Rachel!

Na área central ela obviamente não estava, isso eu já havia reparado. Então fui procurá-la mais adiante, onde ficavam algumas mesas. Também procurei nos banheiros, no refeitório e nos limites da floresta. Nada! Annabeth parecia ter tomado chá de sumiço. Perguntei àqueles que a conheciam e que poderiam ter falado com ela durante a festa. Nada também. Alguns deles só a tinham visto bem no começo da festa quando chegamos juntos. Consegui alguma informação apenas quando comecei a perguntar a todos que encontrava pela frente, inclusive a pessoas que eu não conhecia. Um garoto do chalé de Hermes disse que a viu conversando com um garoto muito parecido comigo. Não saquei na hora de quem se tratava. Continuei então perguntando a cada uma das pessoas que estavam ao meu redor, estava ficando realmente preocupado. Annie não sumiria assim sem mais nem menos. Foi com um grupo de filhas de Afrodite que consegui alguma pista.

– Ahhh sim, nós vimos Annabeth por aqui, mas já faz um tempo - comentou despreocupada uma garota que eu acho que se chamava Victória - Ela estava conversando com aquele insuportável do Dean.

– Não acho que ele tenha sido convidado pra festa. Deve ter entrado de penetra - comentou outra das garotas enquanto eu ainda processava a informação.

– Mas é claro! Ele fugiu daqui depois que percebeu que ninguém gostava dele. Não sei porque resolveu voltar - falava a terceira filha de Afrodite - Mas eu também o vi falando com Annabeth. Aliás, Caroline também está sumida desde aquela hora, não é mesmo, meninas? ...

Não fiquei par ouvir o restante da conversa. Nem mesmo as agradeci pela informação. Estava com outras coisas ocupando meus pensamentos naquele momento. Como por exemplo o fato de Annabeth ter estado com Dean pouco tempo antes de desaparecer. Obviamente aquilo não soava nada bem. As coisas podiam não ter ligação alguma, mas meu instinto me dizia que aquele desgraçado tinha tudo a ver com o sumiço de Annabeth. Imediatamente meu sangue começou a ferver e senti que ia sair fumaça pelas minhas orelhas. Pensamentos nada bonitos invadiam minha cabeça só de suspeitar que ele havia encostado em um só fio de cabelo dela. Mantive minha concentração apenas devido ao fato de eu ainda não ter absoluta certeza de que Annie estava mesmo “desaparecida”. Anda havia chance de eu encontrá-la naquele mesmo dia, dentro do acampamento, e ficar aliviado me achando um idiota por ter pensado o pior.

Sendo assim, chamei alguns dos semideuses em que tinha mais confiança e pedi que nos dividíssemos para procurar pelo acampamento. Todos fizeram questão de me ajudar. Até mesmo alguns que eu não havia chamado. Annie tinha razão, nós éramos como celebridades, principalmente entre os mais novos do lugar. Um grupo foi procurar floresta adentro, enquanto outro ficou com área dos chalés e a casa grande. Outros semideuses procuraram na arena, campo de batalha e refeitório, enquanto eu me encarreguei da praia, é claro! Se por algum triste acaso ela tivesse se afogado, eu seria o primeiro a sentir e conseguir salvá-la. Bati três vezes no primeiro tronco de madeira que encontrei pelo caminho depois daquele pensamento terrível e então continuei seguindo ao encontro do mar. Nem me dei ao trabalho de andar pela areia. Fui direto ao mar e dali revirei toda a costa que pertencia ao acampamento. Nem sinal de Annabeth por ali. Esperava sinceramente que os outros tivessem tido mais sorte! Ou eu não sabia o que seria de mim.

Cerca de meia hora depois que eu havia convocado a ajuda dos semideuses, todos voltaram ao local da festa e para meu desespero, ninguém trazia boas notícias. Até mesmo Quíron veio para dizer que ela não havia estado na casa grande nem em nenhum lugar que ele havia procurado. Fiquei imensamente grato com a ajuda e apoio de todos, mas ao mesmo tempo não conseguia me manter calmo. No mesmo instante eu soube o que tinha que fazer. Precisava sair dali, ir procurá-la. Dean a havia levado, eu sabia disso. Só estava querendo criar falsas esperanças procurando-a por ali. Eu precisava de mais dois semideuses e algumas armas. Tinha uma missão de resgate pela frente e não podia demorar um segundo mais pensando no que fazer.

Informei a todos o que pretendia e na mesma hora me reprimiram e me desencorajaram. Duvidavam que Dean havia conseguido entrar no acampamento e ainda tivesse levado Annabeth como uma refém ou coisa do tipo. Diziam que o garoto era um sem noção e um tremendo idiota, mas que não era perverso. Não seria capaz de algo do tipo. Eu já não pensava da mesma forma. Se Dean tinha tido coragem para aparecer ali e ainda falar com Annabeth, depois de tudo o que havia acontecido, eu não duvidava que tivesse coragem para mais. Enquanto tentava convencer a todos de que eu tinha razão, um garotinho de aproximadamente seis anos veio correndo na direção de Quíron, dizendo que os estábulos haviam sido roubados.

– Calma meu garoto, respire fundo e me explique de novo o que aconteceu - pediu Quíron com uma calma que só alguém que nasceu praticamente junto com a terra consegue ter.

– Eu estava lá cuidando dos Pégasos, então um garoto entrou e pegou uma carruagem, dois Pégasos e fugiu. Ele levava uma garota adormecida nos braços - o garotinho começava a choramingar - eu não pude impedi-lo.

– Tudo bem Enzo, não tem problema. Você viu quem era o garoto?

– Eu vi, mas não o conheço - ele parecia ter chegado há pouco tempo no acampamento, parecia não conhecer muita gente. Seu olhar amedrontado passou por mim e em seguida vi o dedo do garoto apontar em minha direção - Era um garoto muito parecido com ele!

Depois daquilo ninguém mais achou que eu estava inventando coisas. Claro, porque um semideus recém-chegado de seis anos de idade com certeza é mais confiável do que Percy Jackson! Não sei porque eu ainda me surpreendia com esse tipo de coisa. De que adiantava ser um semideus famoso e temido, se ninguém te levava a sério? Ok, não ia me preocupar com o meu drama naquela hora. Eu tinha uma namorada desaparecida, agora sim oficialmente desaparecida, para resgatar. Acho que ainda não tinha caído a ficha de que ela havia mesmo sido raptada. Ainda mais por aquele menino que me dava no nervos só de pensar no nome. O que ele pretendia fazer com ela? Não, era melhor não pensar nisso, ou eu ficaria louco cheio de minhocas na cabeça e não conseguiria focar na minha missão.

A partir daí eu consegui me manter focado no que eu tinha que fazer para salvar Annabeth. Liguei o botão “semideus em ação” no meu cérebro e não pensei em mais nada. Eu precisava apenas de dois semideuses, algumas armas, equipamentos e suprimentos para partir o quanto antes. E foi isso que eu consegui. Clarisse e Chris foram os primeiros a se voluntariar a me ajudar e eu prontamente aceitei. Jamais recusaria ter dois semideuses fortes e experientes ao meu lado naquele momento. Fomos pegar as armaduras e armas enquanto Travis e Connor faziam o chalé de Hermes inteiro preparar nossos suprimentos. Eu me sentiria feliz com toda aquele apoio se não estivesse tentando não me deixar levar pelos sentimentos. Se eu fizesse isso iria ficar triste e até começar a chorar. E então para onde iria minha reputação? Já não era lá aquelas coisas…

Bagagem pronta, armas a postos, estávamos prontos para partir. Entretanto Quíron não nos deixou sair sem dar alguns conselhos e sem nos fazer consultar o Oráculo. Rachel, depois de me abraçar e dizer que sentia muito que Annabeth tivesse sido sequestrada em sua festa, falou que seu aniversário não estaria completo sem uma profecia. Ela então se concentrou até que o espírito esverdeado do Oráculo de Delfos se apossou dela. De sua boca, uma voz que não era a sua começou a recitar os seguintes versos:

No final de um desfiladeiro irá terminar

para a filha da sabedoria então salvar

E para os próprios erros enfim encarar

Legal, o final de um desfiladeiro era a única pista que aquela profecia continha. O resto era baboseira. Agradeci a Rachel de qualquer forma e me despedi dos outros. Quíron deu uma grande ajuda nos informando qual era o endereço de Dean. Ele estava morando em um flete na periferia de Nova York. Nunca imaginei que ele ficaria ali, depois de deixar o acampamento. Achei que tivesse voltado para Los Angeles. Melhor para nós, então. Mesmo que eu duvidasse muito que Dean a tivesse levado para lá, era onde iriamos procurar primeiro. Além do fato de ser um bom esconderijo por ser um lugar improvável de se ir, no mínimo poderíamos encontrar lá algumas pistas. Sem mais demora, deixamos o acampamento. Pegamos um taxi na estrada e rumamos de volta para Nova York.

De cara eu já não gostei nada do bairro onde Dean estava morando. Se tratava de uma periferia bem afastada e perigosa. Pelo que eu sabia era ali que acontecia a maior parte das transações de tráfico de drogas na cidade. Será que o semideus andava se drogando? Eu não duvidaria muito. Só sei que para morar ali, a pessoa tinha que estar no mínimo envolvida com todo o movimento que ocorreria nas redondezas. Tivemos que dar uma pequena gorjeta para convencer o taxista a entrar no bairro. Percorremos algumas ruas, até encontrar a que procurávamos. Ficava em um beco sem saída. O motorista nos deixou ali na entrada da rua mesmo e saiu voando com o carro assim que pagamos a corrida. O prédio localizado no número indicado por Quíron era uma construção bem decadente e antiga. Não tivemos dificuldade alguma para penetrar no local sem sermos vistos e invadir o apartamento de Dean.

Passamos pela recepção, onde havia um senhor velho sentado na frente de um computador, também velho, sem prestar o mínimo de atenção a quem entrava ou saia. Mesmo assim, Clarisse teve que ficar distraindo-o perguntando se havia algum quarto para alugar, enquanto Chris, com suas mãos abençoadas de filho do Deus dos Ladrões, pegou as chaves de trás do balcão sem dificuldade alguma. Daí então para ir até as escadas e ter acesso aos quartos foi um pulo. Só tivemos que nos preocupar com alguns moradores mal encarados que encontramos no caminho. Chegamos na porta que procurávamos e entramos. O apartamento parecia que não era visitado há um bom tempo. Havia uma camada de poeira em cima dos móveis e muito lixo jogado pelo chão. Além de algumas roupas sujas espalhadas pela casa. Acendemos as luzes e começamos a procurar por qualquer evidência que pudesse nos levar a Dean e consequentemente a Annabeth.

Eram apenas três cômodos pequenos ao todo então não levamos muito tempo para terminar. Não encontrei nada que me parecesse uma pista na cozinha. Clarisse e Chris tampouco tiveram sorte no quarto e no banheiro. Na sala não parecia haver nada para ser olhado. Pelo menos achei isso antes de perceber um pedaço de tecido rasgado em cima do sofá. Aquilo me chamou a atenção porque se tratava de um tecido muito parecido com o do vestido que Annabeth estava usando na festa. Ao me aproximar percebi que se tratava exatamente do mesmo tecido. Ele fora deixado ali de propósito junto com um papel. Era uma mensagem de Dean para mim:

“Meus Parabéns!

Você foi inteligente o bastante para procurar por sua namorada no lugar mais óbvio possível e infelizmente falhou. Se dependesse de você sua amada estaria perdida. Mas considere-se num dia de sorte, pois vou dar a você outra chance. É tão simples que até mesmo você, Percy Jackson, poderia entender as instruções a seguir: Vá até a Times Square, altura do número 1500, às 9h43 de amanhã pontualmente, para conversarmos e tentarmos entrar num acordo. Um detalhe: venha sozinho. Se eu sequer desconfiar que trouxe ajuda de quem quer que seja pode ir dizendo adeus a sua queria Annabeth!”

Amacei o papel e fechei os olhos de tanta raiva que senti naquele momento. Aquele pedaço de merda de semideus ainda ousava tirar sarro da minha cara. Mas o fim da picada foi ele ter ameaçado Annabeth. Eu tinha certeza que o mataria se soubesse que ele a machucou. Mostrei o papel aos meus amigos e no mesmo momento eles disseram que eu não poderia ir sozinho de jeito nenhum. Eles, assim como eu, sabiam que só podia ser uma armadilha. Dean provavelmente queria me pegar desprotegido e não havia garantia alguma de que me daria informações sobre o paradeiro de Annie. Mesmo assim eu insisti para que eles não fossem. Eu preferia arriscar a minha pele do que correr o risco de que ele fizesse algo com ela. Não me importava o que o filho de Deméter pudesse estar preparando pra mim, eu sinceramente não estava com medo, não por mim.

No dia seguinte, depois de horas sem dormir, lá estava eu no horário e local indicado. Não vi Dean logo de cara então presumi que ele estivesse escondido. Tomei o cuidado para não chegar nem adiantado, nem atrasado. Eram exatamente 9h43 e eu estava parado bem na frente do número 1500. Demorou só alguns segundos para o semideus aparecer, saindo de dentro de uma banca de jornais. Eu devia ter sido mais discreto quando botei meus olhos nele, Devia ter deixado que falasse e tentado sondar através de sua voz, o que ele pretendia. Mas claro que eu tinha que ser genial até mesmo naquele momento. Sem conseguir dominar meu autocontrole eu parti para cima de Dean e o segurei contra uma cabine de telefone. Ele riu, parecendo já esperar aquela minha reação, o que só me deixou com mais raiva.

– Onde ela está, seu bastardo? - eu falava enquanto segurava a gola da blusa do semideus. Meu rosto estava bem próximo ao dele, mas ele virou de lado e continuou achando tudo muito engraçado.

– Percy, também estava com saudades de você - começou a dizer o garoto com uma estranha calma - Sugiro que me solte, ou então não verá sua amada nunca mais.

– Não vou soltá-lo até que me diga onde ela está! - insisti na abordagem agressiva. Agora que já havia feito aquilo, não sei se seria vantajoso recuar.

– É melhor você se acalmar e tirar as mãos de cima de mim, Percy, estou falando sério - Dean continuava calmo - Tem uma série de “ajudantes” meus nos observando. Se eles virem que você me machucou têm ordens expressas para dar o comando para cortarem a garganta da filha de Atena.

Então eu o soltei. Que droga aquilo não era justo. Ele me faria fazer tudo do seu jeito se continuasse com aquilo. Aquelas podiam ser só ameaças vazias, mas eu não iria arriscar em momento algum a integridade de Annabeth. Sabia que ele a tinha em algum lugar. Não sabia se era verdade essa história de ajudantes. Onde ele arrumaria tal coisa? Mas como disse, eu não podia arriscar. Era a vida da pessoa que eu mais amava no mundo que estava em jogo. Dean ajeitou a roupa que havia ficado amarrotada onde eu o segurara. Depois ele tirou um envelope de seu casaco e me entregou. Eu franzi o cenho e o peguei. Dentro havia uma foto de Annabeth em uma cela. Ela estava amordaçada, mas de resto parecia completamente sã e salva. Respirei aliviado, mas ao mesmo tempo tive vontade de voltar a empurrar Dean contra a cabine de telefone e dessa vez não parar por ai.

– Isso é para que saiba que ela está mesmo comigo e que está bem. Com isso quero que veja que não tive e não tenho a intensão de feri-la em momento algum. Desde que você faça tudo exatamente como eu disser, Annabeth não tem porque sair machucada. Ela é apenas uma garantia de que você irá colaborar.

– E o que diabos você quer que eu faça? - perguntei num tom irritado - Pode deixá-la ir, eu te dou minha palavra de que farei exatamente o que me pedir.

– Hahaha - riu o semideus - Espero que entenda que não posso simplesmente acreditar na sua palavra, Percy. Mas, boa tentativa! - ele uniu os dedos e seu olhar percorreu o chão - Agora onde estávamos? Ah sim! Você fará exatamente o que eu disser. Do contrário Annabeth irá sofrer as consequências. Estamos entendidos?

– Como quiser - respondi engolindo meu orgulho e pensando apenas no bem de Annie.

– Excelente! - falou Dean entusiasmado - Primeiramente eu preciso que você vá para casa e descanse, dê um jeito nessa sua cara de sono e esteja apresentável até a noite. Iremos marcar um novo encontro. Dessa vez será no Madson Square Garden. Antes que me pergunte: não, não iremos assistir a nenhum jogo de basebol nem a nenhum show. O que faremos lá ainda é surpresa. Você deverá vir sozinho novamente e poderá trazer apenas uma arma. Por enquanto é isso… Nos vemos a noite.

– Espera que eu vá pra casa e descanse enquanto eu sei que você tem minha namorada como prisioneira? - ele só podia estar brincando.

– Sim, Percy. É o que eu espero e é o que você vai fazer! A não ser é claro que queira… bom, já sabe…

Ele então me deu as costas e saiu. Sumiu entre as pessoas sem que eu percebesse para onde tinha ido. Senti meu estomago embrulhar e uma vontade muito grande de vomitar o meu café da manhã. Eu não podia acreditar. Estava nas mãos daquele garoto maluco e psicopata. E agora não me restava alternativa senão fazer o que ele pedia. Não podia imaginar o que ele queria para me mandar ir ao Madson Square Garden. Provavelmente iria fazer um show particular para mim. Devia ser tão bom cantor que precisava extorquir seu público dessa maneira. Ok, nem mesmo meu bom humor conseguiu me colocar pra cima. Nada me alegraria enquanto eu soubesse que Annabeth estava nas mãos daquele garoto.


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Notas finais do capítulo

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