We Found Love [HIATUS] escrita por Brioche


Capítulo 4
Capítulo 4 - Comprometida


Notas iniciais do capítulo

Alouha senhoras!

Desculpem-me a demora, serião!

Para compensar, esse está grandinho e recheado de bombas hehe'

Espero que gostem e tenham uma boa leitura!



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Quinta-feira, Klauss Entertaiment – 07:36 PM

Vida de universitária era puxada, estressante. Mal podia esperar para que tudo terminasse e pudesse tocar sua vida pra frente, de uma maneira independente. Os últimos dias tinham sido cansativos. Em compensação, sua relação com Tomas havia evoluído. Estavam mais próximos, finalmente podia dizer que eram amigos. Sua mãe nada dizia já a pequena Anika... Ah! Essa fantasiava tudo pela irmã mais velha! Acreditava que ambos eram perfeitos um para o outro e que terminariam felizes para sempre. Enfim, que era amor.

Nesse mundo, o que é perfeito? O que significa o: “Feitos um para o outro”? O que é o amor? Gestos carinhosos? Relacionamentos que as pessoas rotulam de fofo? São tantas perguntas, mas como sabemos que é amor? Ai vem aquele sujeito que diz: “Amor é aquele que te faz feliz!”. Uma nova pergunta surge: o que é felicidade? Um sentimento recíproco, breve? Sentimentos são complicados, não sabemos o que sentimos e ainda assim fazemos sempre questão de descrevê-los e resumir em apenas uma palavra. Como pode? Um misto e confuso de sensações que limitamos a chamar de: felicidade, tristeza, amor, raiva...

- No que está pensando? – Claire foi interrompida de seus profundos pensamentos.

- Hm, nada. – mentiu.

- Está tudo bem? – a expressão dele passou de inexpressiva para preocupada.

- Está. – sorriu fraco.

Por mais que não fosse o tal do “amor”, eles também não estavam ajudando com a impressão que passavam. Agora por exemplo: Claire estava sentada na sala principal da Klauss Entertaiment esperando Tomas terminar de revisar alguns contratos. Ela aparentava tanto ser uma garota que estava sem o que fazer, acompanhando o seu namorado, não?

Levantou-se novamente para observar os detalhes ou apenas se afastar um pouco dos olhares que o homem colocava sob si.  Estava tudo tão confuso. Não era nada do “amor” que sua irmã insistia em falar. Infelizmente não era. Ela queria! Queria? Acreditava que sim. Mas como sabemos, nesse mundo, nem sempre querer é poder. Sua cabeça era um amontoado de ideias fundidas e perdidas. Se a bolsa de valores ficava em crise, por que ela não podia ficar? Logo ela estava em crise.

Crescemos vendo as coisas darem errado, entrarem em “crise”. Qual é o nosso propósito? Aprendemos com o decorrer dos tempos, mas pra quê? Qual seria a finalidade disso tudo se os ensinamentos parecem não valer nada a cada minuto que um novo problema aparece em nossas vidas? Devemos amadurecer, controlar nossa razão e evitar crises momentâneas.

Nem todos têm esse sucesso. Nem mesmo Amber Sparks, a menina “perfeita”.

Quinta-feira, residência dos Sparks – 07:40 PM

- Precisamos conversar! – seu tom era de um falso desespero.

- Oh meu Deus! O que aconteceu com a senhora? – assustou-se ao ver a situação deplorável de sua mãe. A maquiagem elegante borrada pelas generosas “lágrimas”.

- Ai minha filha... – desabou ao lado de Amber, buscando seu consolo.

- Calma mamãe. Acalme-se primeiro e depois me conte o que está acontecendo.

[...]

- ... foi aí que descobri que a quantia que seu pai nos deixou de herança junto com essa casa estava acabando. Filha... Estamos quase sem nada! – ameaçou a cair aos prantos novamente.

- Não! Nem pense em chorar novamente, mamãe. – impediu-a – Vamos dar um jeito em nisso, certo? – a mulher assentiu.

- Suas intenções são tão puras e nobres meu amor, mas é quase impossível!

- Também não é assim! Podemos dar o nosso jeito! Posso arranjar um emprego e... A senhora também! – a pequena Sparks animou-se com as saídas – Podemos cortar alguns custos desnecessários e tirar boa parte dos empregados! Ai pronto, resolvido!

- Jamais! – sua mãe exclamou brava – Não posso abrir mão desse luxo! Só porque o panaca do seu pai morreu não quer dizer que eu tenho que abrir a mão de uma vida confortável! – exaltou-se.

- Como é que é? – Amber também elevou o tom – Tínhamos mais que agradecer! Papai podia ter ido sem nos deixar nada! Não tem que reclamar nada de uma vida sem luxo! A senhora não tem esse direito! Pelo menos você tem uma vida! – as lágrimas começaram a brotar dos olhos azuis.

- Não grite assim comigo! Sabe que eu só quero o melhor pra nós!

- Pra nós? – deu uma risada irônica – Está defendendo apenas o seu interesse! – pôs se de pé, pronta para sair.

- Aonde você vai Amber!

- Não te devo satisfações! – respondeu rude.

- Mas é claro que deve! Eu sou a sua mãe! – essa última frase fez com que a loira parasse bruscamente.

- Minha mãe? – esbravejou – Reveja seus conceitos, pois essa noite, a senhora não foi! – seguiu com passos pesados para o andar de cima.

Quinta-feira, Klauss Entertaiment – 08:11 PM

- E... Terminei! – o Klauss exclamou sorridente assim que finalizou a última assinatura.

- Aleluia! – Claire brincou – Você é muito lerdo! – riu.

- Queria ver você no meu lugar, Finnigan! Não saberia fazer nada!

- Não só saberia fazer, como faria melhor e mais rápido! – afirmou convicta.

- É rápida é? Queria ver essa rapidez em outro lugar... – sorriu safado.

- Babaca! – veio em sua direção, preferindo-lhe generosos tapas – Pare com isso, viu? – ria tentando o estrangulá-lo – Você ainda vai ser um homem morto! Argh! – o indivíduo que estava sendo agredido apenas ria.

- Nossa! Quanta força, você parece até o Hulk! – debochou.

- Ah é? – um sorriso iluminou o seu rosto. Pegou rapidamente um dos braços do moreno e mordeu.

- OUUUUU! – gemeu – MERDA FINNIGAN!

- Nick na área s... OPA! Volto mais tarde. – sorria maroto.

Sua voz fez o casal pular de susto. Ambos ficaram retos e começaram a se endireitar.

- Droga Nick! – Tomas soltou bravo.

- Foi mal, mano. Volto outra hora... Continuem com o sexo selvagem!

- O seu amigo quer apanhar também? – Claire perguntou incrédula.

- Ui, gatinha masoquista! Adoro! – Nicholas soltou a última palavra com a voz afetada – Estou brincando! – levantou as mãos em sinal de rendição. Sou Nicholas Cooper, prazer. – estendeu a mão.

- Claire Finnigan. – olhou-o estranho e estendeu a mão. Esse apenas a pegou a mão com cuidado e beijou sedutoramente as suas costas.

- Claire, esse é o Nick, me amigo de longa data...

- Looooonga data! – o loiro disse zoando, causando gargalhadas das figuras masculinas, a garota apenas revirou os olhos.

- E Nick... – continuou assim que as risadas se foram – essa é a Claire, a universitária de quem eu já tinha comentado.

- Você é idiota que nem o seu amigo aqui? – questionou-o com um sorriso de lado e as sobrancelhas arqueadas.

- Talvez sim, talvez não... Você nunca vai saber. – respondeu filosofando.

- Com certeza é... – a Finnigan concluiu sem humor, tapando o rosto e fingindo descrença.

- Mas pode dizer, no que eu tenho de suposta idiotice, eu tenho de beleza, correto? – Cooper soltou galanteador. Fazendo uma cara de Elvis Presley e fazendo poses de lutadores posando para revistas, causando gargalhadas da universitária.

- Prefiro não estragar os sonhos de criança, então é melhor eu não responder. – disse divertida.

- OUTCH! Essa doeu até em mim! – Tomas zoou o amigo.

- Calado Klauss, porque você é praticamente cópia!

- Certo docinho, o que quer Nick? – direcionou-se ao amigo.

- Hm, nada... Só te convidar para dar uma passadinha na pub – Claire não conseguiu evitar de arquear as sobrancelhas - mas vejo que já está acompanho, bem acompanhado. – revelou um sorriso de tirar o fôlego.

- Não seja por isso, eu vou junto! – a garota se ofereceu.

- Não pode! – Tomas soltou como se tivesse sido o maior absurdo que já havia escutado na vida.

- Por que não? – os outros dois disseram em uníssono.

- Porque... Porque você é só uma bebezinha! – puxou-a para perto, pela cintura – E não podem sair te corrompendo assim! – falou com biquinho.

- Ah vamos! – tirou os braços do homem de sua cintura – Se vocês podem eu também posso. – cruzou os braços ao lado de Nicholas.

- Certo. – Tomas suspirou – Vamos logo antes que eu desista!

Quinta-feira, carro de Tomas – 08:23 PM

- Então, Claire, não sabia que curtia pubs. – Nick tentou iniciar uma conversa.

- Tem muita coisa que vocês não sabem de mim, rapazes... – dizia enquanto prestava atenção no caminho em que a janela revelava – Posso ser até um traveco e vocês não fazerem a mínima ideia. – finalmente olhou para ambos sorrindo e dando uma piscadela.

Passaram se alguns segundos e os rostos de espanto dos homens não sumiram, Claire achou graça e riu.

- Mas não é o caso, ‘tá legal? Então podem sumir com essas caras de quem chupou limão e... Continuou chupando. – ao perceber a idiotice que tinha dito, riu consigo mesma, fazendo os outros dois rirem.

Ligaram e rádio e estava tocando o refrão de Glad You Came – The Wanted, não eram fãs, mas a música era realmente contagiante. Cantaram feitos verdadeiros boêmios, desafinaram, enfim, agiram como se não houvesse amanhã nesses breves minutos. Até que o celular de alguém tocou. Todos se entreolharam, Tomas pareceu entender o recado. Desligou o rádio e encarou alternadamente para seus passageiros pelo retrovisor e para a rua, já que ainda dirigia.

- Alô? – Claire atendeu.

- Claire, me ajuda. – uma voz arrasada pediu do outro lado.

- Amber? – espantou-se apenas com o estado da voz da amiga, imagina o rosto – Está chorando? O que aconteceu?

- Não quero falar aqui! Não quero ficar aqui! – a Sparks parecia ficar cada vez mais revoltada.

- Certo. – disse enfim tentando não piorar as coisas – Onde você está?

- Em casa, oras! – para o espanto ainda maior da Finnigan.

- Estamos indo aí e... – Klauss e Cooper olharam-a esperando por explicações – Amber, não faça nada de absurdo pelo amor de Deus!

- Ok, estou aguardando.

- Beijos. – encerrou a ligação – Mudança de planos, amores. Vamos para West Garden.

- Mas é do outro lado pra onde estávamos indo, mulher!

- Eu sei, desculpa loiro, mas eu preciso ir pra lá. Podem me fazer esse favorzinho, vai? – suplicou.

- Certo. – concordaram derrotados.

- Vocês são demais! – a morena vibrou.

Como agradecimento deu um beijo na bochecha de cada um. Em Nick, que estava ao seu lado no banco de trás primeiramente.

- Opa! Vou sempre fazer o que você pedir daqui pra frente garota! – o Cooper falou animado, ela apenas revirou os olhos.

Esticou-se um pouco para alcançar o banco da frente. Quando Tomas sentiu os lábios finos na menina, que não era nada menina, encostarem-se a sua bochecha, sentiu seu coração acelerar um pouquinho. Nada de “choques” ou “correntes” elétricas, arrepios ou frios na espinha. Sorriu involuntariamente, mas ninguém reparou, pois estava sozinho na frente. Havia gostado do pequeno gesto, adorado.

Quinta-feira, residência dos Sparks – 08:30 PM

- Precisamos conversar. – a mulher surgiu na porta do quarto.

- Não temos nada mais a discutir. – a menina retrucou fria – olhando para um ponto vazio na parede revestida de quadros e fotografias. Dentre elas, a maioria era de seu pai.

Era muito pequena ainda quando tudo aconteceu. Não tinha razão das coisas e nem compreendia os fatos. Seu pai morreu de uma doença cardiovascular. Seu herói não havia suportado. Quando era menor, ele parou de sofrer e se tornou um anjo, pensava Amber. Claro que o tempo passou e Amber começou a ganhar noção. Seu pai se fora... Deixando para trás o seu doce lar, seus amigos e por fim, sua família. Só o que restou foram as antigas fotografias... Recheadas de momentos felizes que deram apenas lugar ao vazio e à saudade.

Ninguém entendia como doía. A sensação não ia, parecia aprisionada em seu peito. Foi então que entendeu, que fora apenas isso que restara de seu herói, seu pai. O incômodo jamais sumiria, ela seria obrigada a conviver e a se adaptar com essas sensações dentro de si. Aprendera com seu velho, que não adianta nada ficar de cabeça baixa, chorando. Sorria constantemente por tudo e para todos como uma forma de seguir as lições de seu pai, como uma forma de viver melhor. Seu pai morreu por circunstâncias que o destino impôs. Nada mudaria, não poderia. Agora, faria apenas uma coisa até o resto de seus dias. Viveria. Viveria por seu pai.

- Escuta Amber... – a senhora Sparks foi se aproximando – Tem que me perdoar... Eu não quis dizer aquilo do seu pai...

- Não quis? – interrompeu a mãe – Como não quis? As pessoas não fazem as coisas sem pensar, animais talvez sim, mas não humanos!

- F-foi, foi coisa do momento, amor. – dizia com a voz serena – Não era a minha intenção. As palavras saíram inconsequentes da minha boca e quando eu percebi, o erro já estava feito.

- Como... Como a senhora pode? – murmurava mais para si – Sabe que as coisas são difíceis para mim. Não pode sair sujando a memória do papai, mais ainda quando eu quase não a tenho! – gritou a última parte, pondo-se de pé e indo em direção ao closet.

- Acha que é fácil para mim? Não mesmo! Seu pai se foi! Deixou-me só e com uma filha para cuidar!

- Não se faça de coitada! – a loira dizia ao mesmo tempo em que arrancava suas roupas para uma mala, com certa fúria.

- Não estou fazendo. Apenas me escute... Não é apenas você que sente falta dele... Eu também, e muito. Ele era um homem maravilhoso. Só queria dizer que independente do que aconteça, nós temos que estar unidas.

- Não pareceu isso quando você começou a gritar lá na sala.

- Sente-se aqui comigo filha. – bateu em um canto ao lado de onde estava sentada – Por favor. – pediu com a voz baixa.

Amber parou com o que estava fazendo e obedeceu. Sentando ali, sua mãe lhe abraçou de lado.

- Desculpe-me, querida. Só queria que você tivesse de tudo e do melhor.

- E eu tenho mãe! Sempre tive! Pais que estiveram sempre por perto! Não preciso de mais nada. Bens materiais não importam, foi isso que papai me ensinou.

- De certa forma você não precisa, mas e seus sonhos?

- O que têm eles? – a pequena quebrou o abraço.

- Para alcançá-los, são necessários os bens materiais.

- Não são não. Eles são apenas obstáculos. Sonhos de verdade se realizam, se formos merecedores.

- Você sonha muito, querida. – a mulher sorriu – Quando crescer vai ver a importância disso tudo e me agradecer... Porque vai finalmente ver, que eu sempre tive a razão.

- Olha, mamãe. Estou tentando te entender, mas – levantou-se – se os rumos da conversa continuarem como estão vamos acabar brigando denovo!

- Certo, certo! Desculpa. – pediu vendo a filha se sentar novamente.

- Temos que ficar juntas para superar isso tudo, isso envolve entrar em um acordo.

- Eu sei. Já pensei muito e só há uma saída para essa crise financeira que estamos sofrendo.

- Como? – Amber perguntou com um pouco de desdém, balançando os pés, de leve.

- Casamento. – a mulher foi direta.

- Oi? – a filha se levantou bruscamente – A senhora vai se casar?

- Não. – balançou a cabeça negativamente – Você vai.

Você vai. Só bastaram essas palavras para seu mundo desmoronar. Como assim, ela iria se casar?

- Como assim? Eu tenho apenas vinte e três anos! Você tem noção? Não posso achar um noivo de repente ou esperar que ele caia do céu! – exaltou-se.

- Calma, Amber! Acha mesmo que eu daria a sua mão a qualquer um?

- Então me diz que isso é brincadeira? Um pesadelo ruim! – implorou quase caindo e com as mãos na cabeça, puxando os tão brilhantes e sedosos fios loiros.

- Não é nenhum pesadelo ruim. Você irá se casar... E com um conhecido.

- Quem? – apavorou-se ainda mais – É da universidade? Do clube?

- Não é nenhum deles, já está quase tudo certo com os pais do rapaz.

- Eu não posso acreditar! – berrava com todas as cordas vocais possíveis – Você ofereceu a minha mão a qualquer homem por aí e pelas minhas costas! Não estamos mais em pleno século dezenove para essas coisas ultrapassadas! Você não entende? As coisas não funcionam assim! Não pode me obrigar.

- Pense bem, vai ser o melhor pra você.

- Não! A senhora com certeza não sabe o que é o melhor. – riu – Você nem ao menos perguntou o que eu queria! – as lágrimas escorriam com rigor pela pele branca de porcelana.

- E o que você quer? – foi a vez de a mulher rir – Se formar, arranjar um trabalho dos melhores, construir a sua casinha e esperar por um homem que diz te amar incondicionalmente?

- Seria ótimo! – respondeu irônica.

- As coisas não funcionam assim! É nova ainda, é normal rapazes surgindo quando menos espera, mas não vai ser assim para sempre. Vai ver como tudo é difícil.

- E daí que é difícil? Para isso que vocês me colocaram nas melhores escolas e me forneceram a melhor educação possível. Para estar pronta para esse mundo e me manter de pé independente das dificuldades que apareçam! – retrucou furiosa.

Não acreditava que sua mãe estava falando todas essas baboseiras. Voltou a arrumar a pequena mala. Quase se esquecera de que Claire estava vindo.

- O que pensa que está fazendo? Onde pensa que vai?

- E te interessa? – foi curta e grossa.

- Claro que me interessa!

- Para ser franca, eu não sei. Claire está vindo aí, eu vou onde ela for me levar.

- Tinha que ter o dedo dessa garota insolente no meio! Vejo que sempre tive razão em ter um pé atrás em relação à ela!

- É isso que pensa da minha melhor amiga? – arregalou os olhos, mas logo se tratou de desfazer a reação – Ora! Somos quase irmãs, se acha isso dela, pensa o mesmo de mim, mamãe!

- Não! Vocês são totalmente diferentes! Você foi sempre tão inteligente e educada com todos. Já Claire Finnigan? – pronunciou o nome com desgosto – Ela sempre andou com você para conseguir tudo! Ela é apenas a sua sombra tentando ser mais que isso!

- Que absurdo está dizendo! Andou bebendo? Claire é uma garota doce, linda, amigável e inteligente! Assim como à senhora me descreveu! A diferença é que ela, diferente da minha mãe, vai me apoiar nesse momento difícil ao invés de sair dando a minha mão aos outros! – fechou a mala com pressa – Adeus!

- Amber, voltar aqui! Amber! – a mulher gritava atrás da garota, mas ela não lhe respondia.

Quinta-feira, carro de Tomas – 08:47 PM

- Ainda não acredito que quase nos perdemos! – Claire resmungava.

- Tomas burro! – Nicholas lhe deu um tapinha na nuca.

- Ai seu viado! Foi mal! Eu li a placa errada!

- Ainda bem que já estamos chegando! – a menina agradeceu enquanto checava o celular – Agora é só virar a direita e seguir reto até uma mansão branca, com uma garota na frente, certo? – o moreno de olhos claros assentiu.

Passando se algumas casas, avistaram de longe a garota que ligara há minutos atrás, desesperada.

- Poxa! Quanta riqueza nesse bairro! – Nick estava de olhos arregalados – Essas pessoas devem cagar dinheiro!

- Compartilhamos esse pensamento, amigo! – ela concordava entre risos.

- Humildade mandou lembranças! – ambos debocharam ao mesmo tempo. Encararam-se e caíram na gargalhada.

- Você é das minhas, garota! Gostei de você! – Nick dizia deslumbrado, poucas mulheres eram assim, espontâneas e bem humoradas sem precisar puxar o saco.

- Hey! Eu a conheci primeiro, ‘tá legal, Cooper? Então fica na sua! – Klauss se posicionou.

- Ihhh! Ficou com ciúmes é, Tommy? Fique tranquilo, pois tem Claire pra todo mundo! – gabou-se.

- Tommy? Quando você disse isso eu pensei em: manga tommy! – debochou o loiro.

- Sério? Eu também! – e lá vai os dois dar risada do pobre Klauss.

- Mereço... – sussurrou – Chegamos! – anunciou parando o carro.

Mal terminou de dizer isso e Claire já voou para o lado de fora. Abriu o portão e caminhou em direção à entrada. Ali viu Amber. Apressou-se em correr. Quando chegou, foi recebida com um abraço forte e desesperado.

- Hey, o que foi? – sussurrou enquanto tentava a acalmar.

- Me tira daqui, Claire! Por favor! Tire-me daqui! – suplicava em meio dos soluços.

- Certo, vai para o carro que eu levo a sua mala. – a loira apenas assentiu e seguiu em frente.

A Finnigan suspirou quando estava sozinha... O que será que havia acontecido? O estrago foi grande. Pegou a mala e foi arrastando devagar... Já havia escurecido faz tempo, a leve brisa estava virando um vento forte. Pôs se a encarar a lua, parcialmente coberta de nuvens. Era tão tranquilizante... Estava relaxada até ser pega de surpresa com algo agarrando o seu braço.

- Ahh! – espantou-se – Olá senhora Sparks. – cumprimentou-a quando viu que não era nenhuma assombração.

- Você não presta! – apertou mais o braço fino da garota.

- Ãn? – foi a única coisa que seguiu.

Quinta-feira – portão da residência dos Finnigans – 09:00 PM

Estava arrasada. Não conseguia cogitar nenhuma hipótese de como tudo havia terminado assim. Sua mãe... Era sempre assim? Todas aquelas crenças e ideias absurdas. Todas as palavras proferidas à Claire e seu pai... Não poderia a perdoar, não agora.

Tentava limpar as lágrimas inutilmente. Deveria estar horrorosa. Quando chegou ao portão, xingou-se mentalmente por ter esquecido de perguntar como sua amiga viera. Olhou para rua, mas não encontrou nenhum táxi. Apenas um carro preto, mas não se lembrava de Claire dirigir. Sem saber o que fazer, um assobio lhe chamou a atenção.

- Aqui, amiga da Claire! – um homem loiro gritou agitado. “Quem eram esses?”, perguntou-se.

- Boa noite. – cumprimentou com um fio de voz – Sou Amber Sparks. – apresentou-se.

- Prazer Amber, sou Nicholas Cooper e esse idiota ao meu lado é o Tomas Klauss. – ao finalizar a fala, levou um pedala do outro homem.

- Bem, acho que Tomas e eu já no conhecemos... – obteve um breve aceno do Klauss e um dar de ombros do Cooper – mas eu não me lembro. – sorriu tímida. Os garotos gargalharam.

- Tudo bem... Está tudo bem? – Tomas perguntou ao perceber os olhos inchados, essa apenas negou – E Claire?

- Não faço ideia... – a Sparks olhou para trás tentando encontrar a amiga – Ela estava bem atrás de mim...

- Deixa comigo! – o moreno saiu correndo pelo jardim da mansão.

- Ele gosta dela! – Nick sussurrou maroto feito criança contando um segredo. Foi então que Amber, pela primeira vez nessa noite, sorriu verdadeiramente.

O moreno corria apressado, onde a garota havia se metido? Não bastou muito de corrida para que começasse a arfar. Precisava urgentemente voltar a correr. Vida de administrador de uma revista, sinônimo de sedentarismo estavam lhe matando. Parou de correr quando viu quem procurava junto de uma mulher bem mais velha. Andou silencioso e acabou pegando parte da conversa.

- Você está estragando a minha filha! Levando-a para o mau caminho, fazendo dela uma quase mulher rebelde! – a mulher soltou asquerosa.

- A senhora está me machucando! – Claire dizia em um misto de raiva e dor – Eu nunca fiz nada disso com a Amber, ela é a minha amiga! A senhora é que nunca gostou de mim!

- Como gostar de uma garota que fez a cabeça da minha filha e resultou em nisso? Hoje ela se rebelou! Ela devia estar do meu lado! – a mulher falava em um tom de assustar.

- Licença... – Tomas apareceu com um sorriso falso – Atrapalho? – a mulher soltou o braço da universitária de imediato e ela apenas sorriu agradecida enquanto massageava o braço.

- Tomas querido! – a expressão da Sparks mudou de medonha para uma alegre. Os jovens a olharam interrogativos – Sou a senhora Sparks! Não se lembra?

- Ah, claro! A amiga do meu pai, prazer! – apertou sua mão.

- O que faz aqui querido?

- Vim dar uma carona para a Claire... Falando em nisso, vamos? – olhou para a morena, que assentiu de imediato.

Puseram a caminhar para o carro, quando a mão insistente prendeu o braço da Finnigan novamente.

- Não pode levar a minha filha! – seu tom continha um misto de desespero e raiva.

- Lamento... – tirou seu braço com força – Mas a senhora não manda em mim, não é a minha mãe. Só estou fazendo o que é melhor para a Amber.

- Você não sabe o que é o melhor para a minha filha! – agitou-se.

- Bem e a senhora sabe? – sorriu enigmática.

- Ora...

- Até mais, sra. Sparks! Foi um prazer te conhecer, mas precisamos ir! – o homem apressou-se a fugir, antes que as coisas pesassem.

Puxou consigo a mão livre da garota, arrastando-a rapidamente, já que a outra estava ocupada com a mala.

Quinta-feira, carro de Tomas – 09:19 PM

- Você viu? Aquela mulher quase arrancou o meu braço! – Claire reclamava enquanto massageava o braço por cima do cardigã cinza – Desculpa amiga, mas hoje a sua mãe não estava em juízo perfeito. – dirigiu-se a loira ao seu lado.

- Tudo bem. – sorriu fraco.

- Agora pode começar a me contar o que aconteceu...

[...]

- Não pode escutar ela! É tudo um absurdo o que ela disse sobre os seus sonhos, seu pai e, humildemente dizendo, de mim!

- Eu sei... – a loira soltou – Ainda tem mais...

- Mais? – a Finnigan se espantou, a Sparks assentiu.

Klauss e Cooper permaneciam quietos diante de história da loira. Era melhor assim. Não podiam se intrometer em um problema que não lhes era conveniente. Apenas estavam como ouvintes, apesar de que tivessem vontade de falar que apoiavam as garotas.

- Eu tenho um casamento arranjado. – concluiu Amber.

O queixo de Claire foi lá pra baixo. Nicholas engasgou feio mesmo sem nada na boca e Tomas quase bateu o carro no poste.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente... FELIZ PÁSCOA AMORES DA MINHA VIDA! Muito chocolate e bastantes risadas com a família viu? Eu não ganhei muito chocolate D: Então compensem tudo por mim haha'

O que acharam o capítulo? Problemas estão apenas começando haha' Manga tommy foi uma coisa ridícula e do momento, 'tá legal? Mas eu adoro colocar nem que seja uma piada sem graça para quebrar o drama todo ;3

Quero muitos comentários, eles são mais legais que ovos de páscoa, então... Já sabem haha'

PS: essas semanas estão sendo muito puxadas pra mim no colégio, é só provas atrás de outras e quando terminamos ela, vem as "porras" dos professores anunciarem outras na próxima aula. Eu amo eles, mas as provas deles não haha' Então não sei quando posto, pode ser no próximo fim de semana ou mais que isso.

PS2: Não são desculpas esfarrapadas, ok? Adoraria morrer postando pra vocês sempre, mas as coisas não são assim. Vida social, escolar e um pouco da amorosa exigem tempo. Só pra vocês terem ideia, terça (02 de abril) é o meu aniversário de 15 anos e eu não vou comemorar porque não dá tempo MEEEESMO! Queria dar um bônus pra vocês, mas não vai rolar mesmo por causa do tempo :/

Obrigada pela compreensão e tenham uma ótima semana!

Xx, Ale.



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