Kate saiu do apartamento, deixando Castle por conta própria, mas sem sair, realmente, do prédio. Esperaria por Esposito ali.

Ele fora um dos detetives que caçoaram do trabalho, de guarda-costas. Um dos muitos que não queria ir, e fizera a maior força, para não ir.

O celular dela começou a tocar, e ela olhou para cima, vendo o escritor sorrindo para ela.

– Beckett. - atendeu, olhando para Castle.

– Yo, Beckett. Estou chegando, pode ir para a delegacia, se você quiser. – disse ele, como uma ironia. Ela sabia que levaria bronca, e das feias.

– Nah... Vou esperar você aqui, só pra... Confirmar que ele não vai ficar sozinho. - gaguejou ela, vendo o sorriso do rosto do escritor ficar maior.

– Montgomery está uma fera, Becks...

– Eu sei, ele me ligou, pouco antes. - sussurrou ela.

– Estou na esquina, já vejo você. Pode ir para o carro. – suspirou Javi. Kate assentiu, quando viu seu carro, aproximando-se.

– Você não tem jeito. - sussurrou ela, sorrindo, aproximando-se dele.

Assim que Espo abriu a porta do carro, Kate se apoiou no automóvel, e começaram a discutir, sobre o caso, cujo ela estava expulsa, Deus!

Nenhum dos dois se importava, com a expulsão dela, afinal, Javi não iria ter paciência, com o escritor, e o mataria, antes mesmo que ele pudesse lhe contar sobre as ameaças que recebia.

– Ok, Kate. Vá, Montgomery está irritado. Bastante. - suspirou ele, abraçando-a. Kate assentiu, e entrou no carro.

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Ao chegar na delegacia, vários outros policiais a fitaram com certo ódio, e talvez, estivessem ridicularizando-a. Ela não se abalou com os olhares, até chegar no gabinete do capitão, que a fitava furiosamente, os olhos em chamas.

– Como, Kate? - perguntou ele, sério. Kate não entendeu.

– Como...? Como o quê? - perguntou, confusa. Ele riu.

– Sabe muito bem. Você sabia, que não podia se envolver, e foi exatamente o que você fez! - gritou ele, socando a mesa. Kate deu um passo para trás, ao ver o capitão descontrolado, daquela forma.

– Ei, eu não... Me envolvi. - sussurrou ela, gaguejando, apesar de saber, que mentia.

– Como aquele...

– Roy, ele mentiu. Ele não estava no apartamento, e o escritor dormiu, enquanto eu fiquei acordada! - mentiu, novamente, apenas para, tentar voltar.

– Kate, eu não posso colocá-la novamente lá, de imediato, porque - ele pausou -, se eu o fizer, dirão que eu não controlo meus detetives.

– Esperaremos quanto tempo? - perguntou Kate, ansiosa. Roy coçou o queixo.

– Daqui a um mês, ou menos, você já volta pra lá. Mas, veja, não quero que você se envolva com ele, durante o caso. - disse ele, dando ênfase na palavra "durante". Kate sorriu, timidamente, e assentiu, saindo da sala.

Ouviu vários murmúrios, xingando-a, de suja, irresponsável, mas ela não ligava. Roy acreditara nela, e, quem sabe, quando voltasse, não aconteceria algo, entre os dois?

Quem sabe... Eles não ficassem juntos?

Eles precisavam, um do outro.