Martha e Alexis já estavam de malas prontas, terminando de jantar, já que a viagem seria bem longa.

– Você vai nos levar até lá? - perguntou Alexis, já se aproximando da detetive.

– Não, uma viatura as levará até lá. - respondeu Kate, sentando-se ao lado de Alexis. Martha arregalou os olhos.

– Como assim? Vão nos prender, ou algo do tipo?

– Não, meus amigos virão pegar vocês. Sem carros de polícia, sem sirenes, só um carro comum. Um carro civil. - respondeu Kate séria.

Bateram na porta antes que qualquer um pudesse se pronunciar.

– Abaixem-se. - ordenou Kate. Castle se abaixou, juntamente com Martha e Alexis.

Kate empunhou a arma e gritou:

– Quem é?

– Kate, sou eu, Javi. - gritou Esposito. Ela abriu a porta e deu um sinal, dizendo que os três já podiam levantar.

– Isso é ridículo! - reclamou Martha.

– Se eu não ajudá-las, mandando vocês para longe, ele as matará. - indagou Kate.

– E se você nos mandar, você morre. - retrucou Alexis.

– Sim, é melhor perder minha vida, do que perder a de vocês. - disse Kate, já pegando a mala da menina, levando para Ryan, que a pegou de imediato.

Javi entrou no apartamento e pegou a mala de Martha, que estava bem pesada, para quem não passaria tanto tempo lá.

– Vamos, senhora. - pediu Kevin, já saindo do apartamento. Javi o seguiu, e depois, Alexis e Martha foram atrás.

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Rick apenas observava Kate, que ainda fitava a carta com insegurança.

– Quer alguma coisa, detetive? - perguntou ele inseguro.

– O quê? Não. Obrigada mesmo assim. - sorriu ela. - Já está tarde.

– Sim, eu tenho um quarto extra lá em cima, se você quiser eu... - começou ele.

– Fico aqui mesmo. - reclamou ela.

– Na sala? - perguntou ele confuso.

– Sim, caso algo aconteça. - sorriu ela. Castle assentiu e subiu.

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No meio da madrugada, Kate perdeu o sono e ficou andando pelo apartamento.

É bem bonito, pensou ela.

Era realmente, muito bem mobiliado, bem arrumado. Um lugar bem familiar, diria ela. Será que ele havia descrevido seu apartamento nos livros de Derrick Storm? Provável.

– Quem sabe não acho algo aqui que ajude? – sussurrou ela para si mesma.

CRASH!

Kate se virou para trás assustada, e viu uma sombra no corredor. Ainda estava no escritório, e ainda estava com sua arma na cintura. Pegou-na e apontou para frente.

– Calma, Kate. Calma. – sussurrou ela para si mesma.

Ao chegar na sala, ainda a vira como a deixara. Não havia mudança alguma... A não ser pelo...

– Senhor Castle? - chamou ela. Castle levantou o rosto, todo sujo de chantilly.

– Ah... - murmurou ele, limpando o rosto sujo na manga do pijama. - Oi, detetive.

– Que diabos você faz aqui embaixo, às... - ela começou, parando para olhar no relógio. - Três?

– Eu fiquei com fome. - mentiu. A verdade era meio óbvia, mas ela não percebera.

– Quer que eu faça alguma coisa? - perguntou Kate, já colocando a arma na cintura novamente. Castle arqueou uma sobrancelha.

– Você cozinha?

– Sim, senhor Castle, eu cozinho. E muito bem. - retrucou ela.

– Então... Vamos ver. - indagou ele. Kate riu e se dirigiu à cozinha.

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Castle observava Kate mexendo na panela. Não sabia exatamente o que ela estava fazendo, e, talvez nem ela soubesse o que era aquilo, mas quem se importava?

– Que é isto? - perguntou ele enquanto ela colocava mais alguns temperos na comida.

– Quer a verdade? - perguntou Kate, Castle assentiu e ela continuou - Não sei o nome, ninguém nunca me disse, mas sempre disseram que gostavam muito do que eu cozinho.

– Não sabe o nome? - perguntou ele.

– Não. - ela riu, apagando o fogo e derrubando a comida no prato. - Aqui.

Castle pegou um garfo e começou a comer, depois, lembrando-se dos "bons modos".

– Hm? - disse ele, oferecendo para ela, que negou com a cabeça. - Está muito bom, parabéns.

– Obrigada. - sorriu ela.

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Depois de ter comido, Castle agradeceu e subiu. Kate foi lavar a louça, pois, não seria certo deixá-la ali, para a "vítima" lavar.

Assim que terminou, Kate ouviu a campainha tocar. Castle, do quarto, também ouviu, e desceu as escadas, se deparando com Kate, com a arma na mão, apontada para a porta.

Observou Kate abrindo a porta, depois olhando para o chão.

Outra carta. Outra ameaça. Agora,

Era dela que estavam atrás.