[EM HIATO] Soul Cry ( Fic Interativa ) escrita por Patrick Stark


Capítulo 5
Capítulo 3 -Verdades sobre aquele dia.


Notas iniciais do capítulo

Ficou ruim, desculpem mas espero melhorar, escrevi enquanto tava tocando funck no barzin aqui da frente e tendo culto na igreja ao lado ¬¬, espero que gostem mesmo assim



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Sentia todo meu corpo tremer, sentia o olhar pesado do pai de Crist me olhando. Tentei me levantar mas uma repentina dor fizera com que eu me contorcesse, levantei a fina coberta azul que cobria meu corpo e percebi que meu peito estiva enfaixado e uma dor agonizante era transmitida pelo meu corpo através de minhas costas. Mesmo com uma pequena fúria nos olhos, Mauro me ajudou a levantar ao me ver se contorcendo na cama em tentativas falhas de me erguer, e levemente deixou-me escorar na cabeceira da cama hospitalar, o contato com metal frio fez-me estremecer, abaixei a cabeça e a sacudi negativamente, não queria acreditar que o que vi ontem era real, ela... ela não podia morrer. Estava apertando fortemente o lençol da cama quando uma mão quente repousou cuidadosamente em meu ombro e outra ergueu minha cabeça pelo queixo fazendo-me encará-la nos olhos, era Helena, mãe de Cristina, com sua habitual roupa branca de enfermeira, em seus olhos negros havia tristeza mas em seu rosto ela trazia um sorriso fraco. Ela é linda como a filha, pensei ao vê-la, ela possuía pouco mais de 35 anos mas geralmente ela aparentava ter muito menos, alguns chutariam ser pouco mais de 25. Seus cabelos negros como os da filha eram curtos e seu corpo bastante firme para a idade que tinha, mas naquele dia ela parecia mais velha, os cabelos geralmente bem penteados estavam bagunçados e rugas e olheiras eram visíveis.

–Não foi sua culpa, você não podia ter feito nada, ela... - Helena começou a chorar e quando ia concluir o que havia dito um ranger de porta chamou a atenção de todos no quarto.

–Desculpe o incomodo. Sou o policial James, peço a licença de todos já que não são os parentes. - disse rispidamente o homem que acabara de entrar no meu quarto, ele era mal encarado e vestia um casaco marrom, e calça social assim como os sapatos, em sua mão trazia um caderno negro e fino, na outra uma caneta. - Tenho assuntos a tratar com esse garoto.

Após uma longa e fria encarada, Mauro passou os fortes braços envolta de Helena, que ainda chorava, e a levou para fora, deixando-me sozinho com aquele policial estranho.

–Vamos direto ao ponto, onde você estava na noite anterior?

–Hã? Bem. - disse atordoado, aquela pergunta havia me pegado de surpresa, mas rapidamente conclui com uma voz choramingona. -Eu estava indo na pracinha, ver a Crist.

–Então você confessa que viu a mesma poucas horas antes do assassinato.Qual a sua participação nele? - perguntou o policial me encarando friamente com olhos marrons.

Eu fiquei em silêncio, estava em duvida sobre o que havia ouvido, ele estava mesmo me perguntando se eu havia participado do assassinato da minha melhor amiga? Da garota que eu gostava?, por fim eu disse tentando ocultar a raiva no tom de voz.

–Eu nada tive haver com aquilo, ela era minha melhor amiga, nunca faria mal algum a ela. Além do mais, se tivesse feito aquilo com ela, eu não estaria nessas condições não acha? - falar isso me fez refletir, eu não me recordava de ter me machucado. -Alias, como eu ganhei essa ferida mesmo?

–A garota teve o peito perfurado de maneira misteriosa, creio que faz parte de um culto satânico, você é satânico? A enfermeira disse que o machucado em suas costas foi fruto de um ataque de um animal, e você foi encontrado perto da residência dos Houdssons, você sabe o que isso significa? Penso que você a usou em um ritual macabro e tentou escapar logo em seguida mas foi parado pelo cachorro louco dos Houdssons e o mesmo foi encontrado morto no quintal.

–VOCÊ O QUÊ? PENSA QUE EU FIZ AQUILO COM ELA? - escutei-me berrar, estava fora de controle e isso pareceu divertir o policial.

–Está nervoso? Eu só disse uma hipótese. -retrucou ele sarcasticamente.

–Foi minha culpa. - acabei por falar. -Eu a chamei, eu... eu gostava dela está bem!- minha voz parecia estranha a mim mesmo quando disse isso, mas senti um estranho alivio ao dizer aquilo apesar de logo uma dor e um vazio corroer-me por dentro, estava começando a chorar. -Eu liguei para ela, iria pedi-la em namoro, se... se eu não, merda! É minha culpa. Minha! Eu a matei.

O policial nada disse apenas saiu com a cabeça a baixada, ouvi murmúrios vindos de trás da porta e logo a Helena me deu alta, seus olhos ainda estavam vermelhos igualmente aos meus, o nome dela ecoava em minha cabeça, queria simplesmente sumir dentro de mim mesmo enquanto o vazio me corroia.

(...)

Estava tarde, já era hora de voltar a parada, caso contrario perderia o ônibus. Passei a viajem inteira perdido em pensamentos obscuros e quando cheguei em casa, fui ao banheiro tomar banho, passei um longo tempo deixando a água cair em meu corpo, aquilo me tirava o estresse e me ajudava a pensar melhor, me vesti e lancei-me na cama pressionado minha cabeça no travesseiro até sentir-me sufocado e pouco tempo depois dormi.

“Estava correndo pela rua, uma sombra viva corria atrás de mim sibilando em uma língua que eu não conhecia, seus olhos vermelhos destacavam-se na escuridão, ele tinha cerca de 2 metros de altura e seus longos e finos braços terminavam em dedos afiados como lâminas. Eu virei a esquina, estava próximo a casa dos Houdssons quando um impacto lançou-me contra o chão e logo senti minha carne abrir com uma dor indescritível, uma dor tão grande que me impedia de gritar. Logo a dor amenizou dando lugar ao pânico, ainda deitado pude ver pelas sombras que os postes projetavam, uma forma canina atacando furiosamente uma sombra estranha aos meus olhos, percebi que era a criatura que me perseguia.”

Acordei suando frio, meu peito subia e descia conforme meu coração batia acelerado, olhei para os cantos, me ergui e lavei meu rosto no banheiro.

–Então foi isso que aconteceu. - sussurrei para mim mesmo. -Acho que lhe devo um obrigado Killer, se não fosse você estaria morto.

Tendo isso em mente eu resolvi agradecer ao cachorro, sim, eu sei que é estranho mas qualquer coisa que me distraísse era algo que eu faria e eu devia uma a ele. Caminhei vagarosamente pela rua esbarrando nas pessoas com as quais entravam em meu caminho, e depois de uma longa caminhada, cheguei a casa do Houdssons, uma casa pequena verde bem pintada, com um amplo quintal coberto por grama com uma cerca baixa toda pintada de branco. As luzes estavam desligadas, não era surpresa, quando sai de casa já eram quase 11 da noite, sim eu sei depois de passar por aquilo tudo devia ter ficado em casa, protegido, mas acredite eu queria muito fazer isso, até meus ossos estavam com medo, mas eu tinha uma divida para com aquele cachorro e independente do meu medo, divida é divida.

–Obrigado. - disse quase inaudível para mim mesmo. -Obrigado Killer.

Um homem passou por mim olhando como se fosse louco, eu não me importava, eu estava começando a pensar como ele. Olhei para a lua minguante que brilhava como um sorriso sádico estampado na escuridão da noite e comecei a andar até a pracinha, e algo me dizia que seria a ultima vez que iria pisar lá.

Chegando na pracinha, eu me sentei, olhando para o nada lembrando dela, do rosto dela, lembrando de como nunca mais poderia dizer a ela o que eu sentia, e talvez nunca mais conseguiria dizer isso pra qualquer outra garota. Então um barulho vindo das árvores chamou minha atenção e uma voz ríspida ecoou em meio a sombras:

–Os bandidos... sempre voltam a cena do crime.

Virei assustado, meu coração parecia que iria fugir de meu peito, a cor deixou minha pele, olhei para trás e vi o policial escorado em uma árvore, mas não lembrava de tê-lo visto chegar.

–Então foi por isso que me liberou? Para ver se eu voltava? Ainda pensa que sou eu o assassino? - questionei incrédulo.

–Não, eu sei que não foi você. E eu te liberei por um motivo- disse ele com um sorriso obscuro estampado no rosto e logo continuou com uma voz estranhamente grossa. -Para terminar o que comecei!

Logo seu corpo começou a se modificar, sua pele desprendia-se do corpo revelando uma corpo escamoso e negro. Seu rosto se alongou até assumir uma forma reptiliana, asas coriáceas erguiam-se de suas costas, seus olhos vermelhos como rubis em chamas encaravam-se com ódio e finas linhas brancas marcavam-lhe o focinho e o braço onde o Killer o havia mordido. Ele ergueu suas garras negras e veio em minha direção. Mova-se corpo inútil mova-se!, berrava mentalmente para mim mesmo mas meu corpo não se mexia, estava paralisado de medo nunca havia visto nada como aquilo. Senti um impacto, senti uma dor e escutei gritos, meus gritos e logo, veio uma escuridão e uma calma.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, a partir do próximo cap começara as participações. Obrigado por cederem um pouco de seus tempos para lerem.Até a próxima



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