— Tomá-la...?

— Sabe, você até pode não entender, Master. Mas agora eu sei que o que você me disse naquela época, parte daquilo... era real. Eu tenho muito potencial... Tanto potencial que agora eu sou o dono de uma guilda, assim como o senhor! — Disse sarcásticamente com as mãos para cima e sobrancelhas arquiadas— Levou muito tempo, solidão e sofrimento para eu entender que eu realmente tinha potencial, que era alguém único... Que tudo o que você me disse sobre mim era verdade. Entretanto, se eu não buscasse poder, se não encontrasse a Magia das Trevas, não teria nada. Eu percebi também que aquelas palavras... Eram apenas palavras de alguém que dizia coisas da boca para fora. Palavras de um fraco sem potencial algum. Palavras... Sem valor!— Exclamou Akihiko com uma raiva intensa que sua magia se ativou como uma aura ao seu redor, tal aura fez com que seu manto se levantasse, mostrando suas vestes negras e parte de suas cicatrizes que localizavam-se visivelmente em seus braços, peitoral e pescoço— Tão pequeno, tão frágil, tão... Fraco!— Disse ele remoendo lembranças em que pessoas arruaceiras o espancavam quando tinha cerca de sete anos “Ladrãozinho, não passa de um ladrãozinho!”, elas repetiam. Akihiko apenas se encolhia num beco sem saída com as mãos nos cabelos, angustiado e com um pedaço de pão entre os braços — Assim eu era... — Uma lágrima tendenciou a cair de seu rosto, mas não foi permitido pelo coração negro de Sasato. — Até que um dia... Eu cansei.

MEMÓRIA DE AKIHIKO SASATO(FLASHBACK)

O garoto mais uma vez era cercado por um grupo de pessoas por roubar comida, um homem o segurava pelo colarinho. Ele estava pronto para tomar uma surra, mas de repente seu rosto mudou de estado. Abaixou a cabeça, fechou o pulso com força e subitamente uma espécie de ‘aura’ azul-escura o rodeou pela primeira vez, remexendo a capa escura na qual ele usava e um olhar matador surgiu em sua face.

— M-mas... O que é isso?! O que está havendo com esse garoto?!— Gritou o homem assustado soltando o garoto e dando passos rápido para trás.

Todos os arruaceiros começaram a correr de medo, mas aquele que antes puxara seu colarinho, aah... Ele não poderia fugir. Não depois de tudo o que fez com o antes inocente menino de franja negra e olho azul observador. Akihiko estendeu o braço na direção do que ele tinha ódio e uma espécie de mão composta pela aquela aura azul agarrou o pescoço do homem, que gritou com seus olhos arregalados de medo.

— Agora, você vai pagar pelos seus pecados!— Exclamou o garoto furioso.

— Nãão! — Gritou o que antes fizera o mal.

A mão apertou o pescoço do homem e depois o jogou para longe. Pronto. Ele estava morto. Todas as pessoas que estavam ali perto correram. O olho esquerdo do garoto agora se revelara ser de cor vermelha.

Ele não tinha mais família, nem amigos, ou nem ninguém que se importasse com ele, todo o amor fora tirado de seu coração e ali apenas restara ódio. Puro ódio e nada mais.

Akihiko lançou sua ira sobre a cidade inconscientemente, quando ele voltou á si mesmo... O lugar já estava em chamas e totalmente destruído. Mais uma vez, sozinho. Porém agora, completamente. O único companheiro que agora lhe restara era aquela aura de ódio, que se transformou em um pequeno inseto e se alastrou no pescoço do menino. Ao redor do local que o inseto se hospedara, as veias de Akihiko mudaram de cor, agora negras, assim como seus cabelos e coração.

FIM DO FLASHBACK.

— Eu cansei de ser fraco... Assim como o senhor!— Disse o garoto jogando o Master da Fairy Tail contra a parede — Eu... Tenho potencial e ele não deve ser ignorado!

Com essas palavras, a "mão negra" de Akihiko tornou-se a apertar mais e mais o pescoço de Dreyar e então com isso, o olho direito do menino agora era pouco á pouco violado com o mesmo tom de vermelho-escuro que o de seu olho esquerdo. Makarov logo percebeu isso e decidiu tentar reverter o ocorrido de seu próprio jeito:

— Então vai ser assim? Vai provar para todos seu potencial se tornando o Master da guilda mais respeitada de Fiore? Quantos terá de matar? Obrigará quantos á se render usando a força? Tudo isso só por causa de... Poder? Sabe, filho, há coisas mais importantes do que—

— Mais palavras sem valor!— Gritou ele e o membros das trevas apertou tanto o pescoço do velho que ele quase não conseguiu dizer mais sequer uma palavra.

— P-pense naqueles...— Ele tentou se soltar, mas não teve sucesso — Naqueles... Que você perdeu! Aquela... Mulher gentil... Sua mãe!

O olhar de Akihiko paralizou-se um por um instante e parte da coloração avermelheda no seu olho direito recuou.

“— Okaa-san! Okaa-san!— Chamava um menino correndo para casa em direção á uma mulher. — Eu acho... Acho que agora eu consigo ver um pouco com o meu olho esquerdo! A cor dele mudou um pouco... Veja!— Ele tirou a franja do seu olho, o azul tão claro por culpa da cegueira, agora tinha escurecido um pouco e um pequeno ponto vermelho, quase imperceptível tinha aparecido ali. — Está sim desde ontem... Quando aqueles cobradores vieram e... Tentaram sequestrar você, Mamãe...— Ficou cabisbaixo.

A mulher levantou o queixo do garoto e sorriu.

— Ora... Não se importe com isso.”

— Seu irmão...!— Exclamou Makarov.

“Cerca de seis anos de idade, ele agora segurava algumas sacola. Tinha ido ao mercado e no momento voltava para casa. Quando chegou perto de seu destino, se deparou com o irmão mais velho se impondo na frente de uma pessoa de roupas caras, defendo sua mãe.

— Corra! Já disse para correr, Mãe!— Disse o jovem, cerca de 17 anos. Cabelos castanho claro longo e olhos azul-escuro.

— Usui...— Murmurou ela.

A mulher, confusa, saiu correndo dali e ao se encontrar com Akihiko, pega seu braço e tenta tirá-lo dali. Mas o garoto fica parado no mesmo lugar.

— Vamos, Akihiko!— Disse ela.

— Mas o Onii-san...— Retrucou.

— Deixe ele! Vamos logo!— Ela puxou o braço dele e eles saíram dali enquanto o homem apontava uma arma para o irmão Sasato. Segundos depois um barulho de tiro é ouvido.”

A marca no olho recuava cada vez mais.

— Você não lembra nem mais de mim?— Indagou o velho.

“— Pequeno broto. — Sorriu Dreyar.”

O membro de aura negra lentamente soltou Makarov e o olho direito do garoto voltou a sua cor original.

— Master...— Murmurou Akihiko.

Na guilda... Natsu acorda

— Ei, Lu— Começa Natsu e ele próprio se interrompe ao se deparar com mechas azuis e não loiras em sua frente— Jellal?!

— Olá, Natsu.— Respondeu.

— Onde está a— Ele olha para si mesmo — Hã?! A minha barriga...! Eu estou...— Ele ficou com medo do que ele próprio pensava, mas mesmo assim continuou — Grávido?!

Jellal, Erza e Wendy quase não conseguiram conter a risada.

— N-na verdade, Natsu-san...— Começou Wendy, mas não conseguiu terminar, segurando uma gargalhada e soltando um risinho.

— Na verdade...— Começou Erza, porém não conseguiu terminar e soltou uma gargalhada.

— Parem de rir da minha gravidez precoce, seus insensíveis! — Falou Natsu birrento.

Jellal também segurou uma gargalhada. Fingiu por um instante controlar uma tosse e explicou tudo para Natsu:

— Isso não é um filho na sua barriga e sim...— Ele deu outras duas “tossidas” para poder se controlar — Um verme artificial no seu estômago.

— Hã?! Um verme?! Eu comi algo estragado?!— Perguntou Natsu.

“Meu Deus, que garoto desprovido de inteligência...”, pensou Erza com uma gota.

— Deixe comigo, eu explico para ele, Jellal.— Pediu Erza.

— Entendido. — Assentiu o dono das mechas azuis e olhos castanhos com uma aura azul de indignação sob a cabeça.

Em cidades não tão longe dali...

— Já conseguimos três ingredientes.— Disseram Gray e Lucy, novamente em lugares diferentes.

— E agora, vamos procurar o próximo?— Perguntou Evergreen, Elfman indagou praticamente a mesma coisa, porém com um trocadilho sobre “ser homem”.

— Não, estou com intuição de que os outros também fizeram a mesma coisa.— Comentaram Levy e Cana.

— Hum... Então vamos para a guilda ver o que acontece. — Ordenaram Gray e Lucy.

(Isso é que é sincronia entre mentes!)

Mais tarde, Fairy Tail... O grupo de Gray e o de Lucy estavam de volta. O Dragneel, feliz, acenou como um louco para a Maga Celestial:

— Hey, Lucee!

— Oh, não...— Falou a loira.

— Sabia que eu estou grávido?— Perguntou o Dragonslayer ainda acenando.

— O QUÊ?! — Gritou Lucy.

Duas gotas surgiram: uma na cabeça de Erza e outra na de Jellal. Wendy não aguentou, foi beber água de uma vez.

— D-de quem? — Disse ela rosada com um bico virado e braços cruzados.

— De você, ué!— Respondeu ele.

Wendy cuspiu metade do copo de água em Jellal e logo depois começou a se desculpar.

— N-nós ficamos grávidos de quem amamos, não é mesmo?— Perguntou ele bobamente — Foi a Erza que me contou.

— E-erza ?!— Perguntou Jellal olhando para a ruiva.

— N-não foi exatamente isso que eu quis dizer...— Exclareceu ela envergonhada.

— Então o que era?— Indagaram todos.

— B-bom... É que quando um homem e uma mulher se amam...— Ela ficou envegonhada por agora ter que explicar isso na frente de Jellal.— Eles vão para a cama e—

— AAAh!— Gemeu Natsu — Meu filho está chutando!

— Andem, andem. Quais ingredientes vocês trouxeram? Me mostrem!— Disse Jellal atencioso.

— Aqui!— Falaram Gray e Lucy entregando suas mochilas para o Fernandez.

— N-não acredito! Perfeito! Juntando com os meus igredientes... Está tudo aqui, basta preparamos a poção! Não vai dar uma grande dose, mas... Será o bastante para o curarmos!— Comentou ele olhando para todos com um sorriso.

— Então vamos preparar isso logo! — Falou Levy.

— Sim!— Assentiu Jellal.