PONTO DE VISTA ROMEO CONBOLT

— Ei, Wendy... Bem estranho, mas... Acho que já parou de nevar...

— Ah! Mesmo? — Ela olhou para a janela (Acho que não tem janelas na FT, mas que seja. Vamos fingir que eles contruiram recentemente.’-‘) — Nossa! É verdade! V-vamos dar logo o nosso passeio então?! — Disse a pequenina Dragon Slayer repentinamente animada.

Romeo ficou um pouco desconsertado, de coração acelerado.

— O-ok! — Ele ofereceu o braço direito cavalheiro para a filha de Grandine, que aceitou sorrindo.

E os dois seguiram juntos em direção á porta, Romeo estava totalmente corado, todos olhavam para os dois, Wendy parecia não estar nem lingando para o que acontecia. — Incrivelmente ela parara de corar, o que geralmente acontece de dois em dois minutos quando ela está perta de Romeo! — Romeo não entendia bem, mas continuava prosseguindo á longa estrada até as portas da guilda. — Pelo menos era o que parecia ser para ele. Aliás, todos ssomente os olhavam, e olhavam e olhavam...

— Own! Que bonitinhos esses dois! — Especulou Lucy com as duas mãos juntas e uma expressão totalmente afofurada.

— Tsc. — Grunhiu Natsu em tom de desdém para Lucy. — Se você acha ELES fofos, então porque você simplesmente não é fofa comigo dizendo “Ai, Natsu, eu GOSTO TANTO de você, blá blá blá”...?  — Imitou ele a garota de um jeito completamente idiota. Sim, ele estava MESMO birrando porque queria ouvir um, de acordo com Happy, “Eu GOXXXXSTO de você” da loira.

Lucy olhou raivosa para Natsu.

— Ora, seu..! Isso só não acontece porque...!

— Por quê...?

— PORQUÊEE...! —Gritou ela tentando falar alguma coisa.

— POR QUÊEE?! — Birrou Natsu.

— Ora, fique quieto! — Bufou desistindo da discussão com o cruzamento de seus próprios braços.

— Não, não fico. — Falou ele pegando o braço direito de Lucy raivoso. O mago apertou o braço da Maga Celestial com um olhar matador, que doeu tanto no coração, quanto seu braço doía.

— A-ai, Natsu... — Ela olhou para o braço. — E-está... Está machucan— Começou Lucy, porém foi surpreendida com o Dragon Slayer do Fogo filho de Igneel inopinamente aproximando-se bruscamente dela de um jeito digamos não normal, apenas quente.

E mais uma vez, coraram com os lábios entreabertos pausados. Natsu recuou lentamente.

— Hum... Me desculpe. — Disse soltando o braço da garota.

Lucy estava com o corpo praticamente em estado de pedra, porém conseguiu soltar algumas palavras.

— N-não.. Ok... — Falou ela imóvel.

Pelo que se percebia, todas as vezes que eles brigavam, na verdade mostravam um ao outro o quanto se amavam. O romance deles era uma lógica totalmente contrária, o amor na verdade era demonstrado com um tipo de “ódio”, chamado raiva. E a raiva... A raiva era a raiva, porém não era a raiva. Porque entre eles na verdade não existia raiva, porque aliás a raiva era amor e era tudo bem assim mesmo, uma lógica bem complicada. Ou melhor, uma lógica sem lógica. Lissanna apenas  observava tudo aquilo de longe, tomando um líquido-qualquer-coisa no Barzinho Mirajane.

— Hã... Mira... — Chamou Laxus cutucando a albina que já tinha limpado a bagunceira que aquele belo menino-raio tinha causado e agora voltara á enxugar os copos, como sempre.

— Huh?

— Se você quiser... — A voz dele de repente se elevou  num tom agudo agúdo estranho. — Eu posso fazer isso para você!

— Huh? Sério? — Disse ela sem entender a atitude do mago.

— Sim. — Falou com voz derrotada.

— C-certo... — Disse ela entregando o pano de prato e o copo para o Dreyar.

Laxus simplesmente começou á enxugar o copo na com uma expressão bem calma e então ele olha para frente e se depara com Mirajane olhando para ele maravilhada.

— O-o que foi?

— Waah... — Suspirou ela. — N-não é nada, s-só que...! Waah! — Disse com olhos brilhando e as mãos juntas.

— O-o que é, mulher?! Diga logo!

— Você fica tão fooofo enxugando copos! *-*

A guilda pausou.

— Huh?! — Disseram.

Mirajane corou e olhou para o chão á sua esquerda.

— E-eu não sei porque... Mas você fica sexy também, e-enxugando copos...

“QUÊÊÊ?”, pensou a guilda.

Laxus corou totalmente envergonhado, segurando o pano de prato e o copo bobamente.

— É-ér...

Mirajane soltou dois risinhos tímidos com a mão cobrindo a boca, sobreposta sobre o queixo.

— Você também fica sexy enxugando... C-copos... — Soltou ele.

— QUÊE?! — Disse Natsu impondo suas mãos subitamente sob á mesa a sua frente.

— C-calma, Natsu... Isso s-só foi... Coincidência do destino. — Falou Lucy endireitando o foguentinho de volta á sua cadeira com uma gota de desdém descendo sobre sua cabeça.

— E-esses dois  são... Muito estranhos. — Comentou o de cabelos róseos.

Lucy ficou com uma aura azul-escura de indignação ao seu redor.

— D-diz aquele idiota estranho que... — Começou ela.

— Huh? — Indagou o babaquinha piscando os olhos.

— E-esquece...

Natsu observou Lucy atentamente por alguns segundos, forçando os olhos para entendê-la, mas sua cabecinha não foi capaz. Ele arqueou os ombros por um segundo e depois os voltou para baixo no mesmo instante.

— Tá bom então... — Ele voltou sua atenção á Wendy e Romeo, que já estavam nas portas daquele lugar, jogando seu corpo TOTALMENTE para frente. Lucy apenas ficou parada no pensamento que ele iria acabar caindo no chão por estar daquele jeito em cima da mesa feito uma criança...

— D-de repente esses metros viraram quilômetros... — Disse Romeo com a voz baixinha e completamente desajeitado, cruzando a linha que dividia o lado de dentro da Fairy Tail e o lado de fora.

Wendy riu e depois suspirou.

— E-eu amo estar na Fairy Tail... Você não?

— S-sim... E-eu... Quer dizer... Só estou dizendo que—

— Não precisa se explicar, não é nada demais mesmo...

— T-tem razão... Mas, ei. — Chamou a atenção dela repentinamente.

— Sim?

— O-o que você está achando... Hum... Do Gray e a Juvia... Quer dizer, na verdade a guilda inteira... Parece que todo mundo está se... Declarando e recebendo declarações recentemente.

— Hum... — Disse ela pensativa. — Tem razão, mas eu acho que... Esse... Como se diz? Ah, bem... “Romantismo” que está acontecendo agora na guilda com todos, n-na verdade não é de agora, na minha opinião, pelo menos...

— Como assim “não é de agora”?

— Bom, na verdade... Eu acho que muitos daqui já eram apaixonados á um bom tempo por alguém e uma pequena parcela desses também, eu acho que posso dizer na realidade, a maioria... A maioria era correspondida, porém, não sabia... Daí quando todos viram O NATSU se dando conta que gostava MESMO da Lucy e escancarando as portas da guilda só para se declarar... Penso que eles perceberam  o quão não-difícil isso era...

— Você quis dizer “fácil”, né? — Perguntou Romeo entre risos, fazendo Wendy gargalhar.

— Sim, mas...! Ah! Você me entendeu!

Ele continuou rindo.

— Sim, na verdade, eu confesso que entendi sim...

Wendy soltou um riso de sino e o menino Conbolt apenas conseguiu a contemplar, em silêncio.

— R-romeo? — Perguntou ela deitando a cabeça para um lado. — E-está tudo bem?

—  É-ér...! — Ele chacoalhou a cabeça, colocando seus pensamentos em ordem. —  B-bom...! Estou sim! É-é que...! Eu me distraí um pouco... Só isso... — Sua voz ficou em tom de desistência, ele desistiu de tentar continuar com a desculpa e resolveu ficar quieto.

Wendy só conseguiu rir baixinho.

— V-você é muito legal, Romeo... — Sorriu.

— Hã... Obrigada, Wendy... — Também sorriu.

Romeo pegou na mão da azuladinha até que de repente ela a soltou, correndo.

— Chegamos no parque, olha! Vamos, vamos! E-eu quero ir no balanço! É-é tão legal...! V-venha, vamos brincar no balanço!

Era impressão dele ou ela estava muito corada...? Ah, que seja...

— T-tá! Estou indo! — Disse correndo em direção ao Blanco e claro, também da pequena Marvel.