Acordei com a Rose me balançando, ela chamava pelo meu nome como se sua vida dependesse de que eu acordasse.
         -O que é Rose ? - perguntei, impaciente.
      -Minerva quer falar com você. Ela disse que era urgente.- Rose falou, e logo depois se afastou, indo para algum lugar.
Levantei e fui direto me trocar. Eu estava com fome, mas não tinha tempo para comer. Black me deu somente dois dias para pensar, é claro que eu não ia entregar Alvo, mas esses dois dias podiam ser mais úteis do que parece.
      Coloquei o uniforme e comecei a andar até a sala da Minerva. Muitos podem pensar “Ué, se está tendo uma guerra, por que andar de uniforme?” Simples, todos honramos Hogwarts. Lutamos, guerreamos, nks arriscamos pela segurança dessa escola,não tem motivos para não usarmos esse uniforme.
       Cheguei na sala da Minerva e bati na porta, que se abriu no mesmo instante. Eu iria falar algo, perguntar o motivo dela ter me chamado, mas ao ver algo, ou melhor, al ver alguém, me congelei.
         -Mãe? - não acreditei ao vê-la ali, sentada em um sofá, sorrindo para mim.
          Eu não sabia se ficava feliz ou triste. Era muito bom ver ela, eu sentia falta dela. Mas não queria ela aqui, era muito perigoso, estávamos em uma guerra, como ela pode vir para cá no meio de uma guerra?
       -Sophia! - ela andou até mim e me abraçou, eu retribui o abraço.
     -O que você está fazendo aqui mamãe? - perguntei, tentando entender aquilo.
        –Sophia, estarei pela escola, está bem? Vocês precisam de um momento sozinhas, mas sejam rápidas, cada minuto conta. - Minerva disse, se retirando de sua própria sala.
         Eu me sentei no sofá, minha mãe me seguiu.
         -Mãe, eu estou muito feliz em te ver, mas você sabe que esses dias têm sido muito difíceis e que por isso é muito perigoso você estar aqui.
      -E você acha mesmo que eu vou te deixar sozinha lutando em uma guerra? Eu posso não ser uma bruxa, mas sei conduzir uma espada. - ela disse, sorrindo - Você não vai se livrar de mim assim, tão fácil
         -Obrigada mãe. - a abracei novamente, era muito bom ter a minha mãe do meu lado.

Minha mãe disse que iria procurar pessoas, antigos amigos do meu pai para lutar com a gente. Eu fui procurar Alvo, precisava saber como ele estava.
Cheguei no campo de Quadribol e encontrei Alvo sentado, rolando uma das bolas de um lado pro outro. Me sentei ao lado dele.
         -Você está bem? - perguntei.
      -Não, eu estarei bem quando você me entregar. - ele disse, o que me decepcionou.
          -Você sabe que eu não vou te entregar Alvo.
          -E é isso que faz com que eu me sinta mal. - ele disse se levantando.
       -Então você ficará mal, porque te entregar eu não vou. - eu disse, me levantando junto com ele.
      -É o certo a fazer Sophia, você irá arriscar a vida de todos, irá fazer Hogwarts ser destruída por causa de mim? - ele tentava não gritar, mas não conseguia.
        -Vou! - gritei - Alvo, mesmo assim, isso não é somente por causa de você! Imagina como eu me sentiria se te entregasse? Pois é, muito mal!
         -Agora tenta imaginar como eu me sinto sendo culpado por tudo isso? E mesmo que eu não seja o culpado, meu pai seria, o que daria no mesmo! - ele disse, e sai dali irritado.
         Sim eu podia imaginar como Alvo se sentia, provavelmente horrível. Se eu fosse ele, eu me sentiria culpada, triste. Mas ele tem que entender, eu não vou entregar tudo tão fácil, eu não vou deixá-lo ir.
         Já era hora do almoço. Apesar de estármos em uma guerra, a comida continuava a mesma, deliciosa e, como sempre, era muita comida.
      Alvo comia em silêncio, mas ele comia bem mais calmo do que eu pensava que ele poderia estar. Rose comia, com medo. Ela colocava uma garfada na boca e olhava oara os lados.
            Eu comia preocupada, e, adimito que até com um pouco de medo.

[...]

“A guerra continua, muitos bruxos e bruxas desistiram da paz e foram em bora daqui. Muitos deles procuraram outros países, novas vidas. Poucos decidiram ficar para lutar à favor da paz. Muitos dos que ficaram, acham que mão vão conseguir, mas que vão sim tentar. Enquanto outros têm fé de que vão conseguir a paz no nosso mundo. E você leitor bruxo, o que acha que irá acontecer dess vez?”

       Eu lia o jornal, à procura do que estava acontecendo fora de Hogwarts, e as coisas estavam piores do que eu imaginava. Todos desistiram. Poucos continuam tentando de verdade. Como eles querem que a gente ganhe com um número menor de bruxos, sendo que poucos desses bruxos que ficaram realmente acreditam que vão ganhar?
     Olhei em volta, ninguém estava aqui, ninguém estava na biblioteca. A maioria está ligando para os familiares, se despedindo, poucos estão treinando.
      Taquei o jornal em um canto e sai dali, andei até o canto, onde encontrei exatamente cinco pessoas treinando.
       -Posso treinar com vocês? - perguntei, ao me aproximat deles.
       -Claro. - uma garota, de cabelos louros e lisos disse, forçando um sorriso.
    Ficamos treinando, usando feitiços novos nos bonecos que tinham ali. Muitas vezes aparecia um animal, e treinávamos nele.
       Quando estava escurecendo, percebi que era hora de ir. Me despedi deles e mandei que continuassem treinando, precisaríamos de bruxos como eles.
       Entrei no castelo e corri até a sala da Minerva. Ao entrar encontrei ela, que assentiu para mim. Ela sabia o que eu queria.
        Minerva e eu fomos até o Salão Principal, todos iam atrás de nós, era hora do jantar.
      Eu fiquei na frente junto com ela. No momento que todos entraram no salão, Minerva se posicionou em frente à águia, que abriu suas asas.
        -Atenção alunos e professores, atenção pais e responsáveis que também vieram aqui para ajudar. Precisamos agora, nesse momento criar um plano.                        Precisamos estar preparados para quando atacarem.
       Depois de muito discutirmos, nós acabamos decidindo algo. Não era um plano total, mas já era algo. Corvinal e Lufa-Lufa protegeriam Hogwarts. Sonserina e Grifinória atacariam. Alvo teria de estar sempre com alguém e sendo vigiado.
           Aquilo já era um começo, já era algo, já era um plano.