Na sala de negócios, Lizzy senta-se na sua cadeira, poe os cotovelos na mesa e cruza as mãos à frente da cara.

Lizzy- pois bem senhoras, mais uma vez peço perdão pelo comportamento dos meus subordinados, mas se estamos aqui hoje é para tratarmos de negócios e não para falar sobre maus comportamentos, estou certa?

As duas irmãs afirmaram com a cabeça, concordando com as palavras da mulher a sua frente.

Lizzy- muito bem. O que quereis de minha pessoa? Que tipos de negócios querem tratar?

E pela primeira vez naquele, a mais nova irmã falou:

Clarah- queremos fazer uma espécie de troca de produtos. Sabemos que o antigo proprietário faleceu à cerca de 6 anos e que 1 ano após o seu falecimento, um outro proprietário tomou posse da Companhia Phantomhive, o que causou grande tumulto na imprensa e no mundo, visto que o antigo dono morreu aos 13 anos, não sendo possível ter deixado um herdeiro.

Meirin *falando consigo mesma*- bocchan podia ser sobredotado. Também com um mordomo daqueles, até Cielian ficaria sobredotado.

Apesar de estar a falar consigo mesma e baixo, todos puderam ouvir , o que resultou de uma Lizzy que quase se mijava de tanto rir, uma Serah estática e de olhos arregalados e uma Clarah engasgada, pois quando Meirin disse aquilo, tinha acabado de levar a chávena de chá a boca.  Meirin arregalou os olhos quando percebeu a burrada que tinha feito, neste caso dito, e baixou a cabeça envergonhada. Lizzy percebeu isso e disse:

Lizzy- não te preocupes, isso acontece- falou como se fosse a coisa mais normal do mundo, uma empregada fazer um comentário daqueles. Depois virou-se para as duas mulheres á sua frente- peço desculpa pelo choque, mas Meirin tem a mania de fazer desnecessários. Já sei a quem Cielian saiu.

Meirin- Lady Elizabeth…

Lizzy- Lizzy… apenas Lizzy.

Meirin- lady Lizzy.

Lizzy- você não munda -.-“ anyway… vamos continuar

Meirin- ç.ç nem me deixou falar.

Lizzy- depois de um momento de descontracção, sabe bem relaxar- falou encostando as costas á cadeira, pondo as mãos atras da cabeça e os pés cruzados em cima da mesa.

Meirin- Lizzy-sama, não faça isso, temos visitas.

Lizzy- ah sim- disse se endireitando na cadeira- me esqueci de vocês.

“O.O ela se esqueceu de nós? Será que foi mesmo ela que conseguiu levantar a Companhia Phantom?” pensavam Serah e Clarah

Lizzy fez uma careta, como se, se tivesse lembrado de algo desagradável.

Lizzy- o que querem dizer com isso do tumulto, do herdeiro e da imprensa?

Clarah- com eu disse antes: quando apareceu o novo proprietário, isso causou uma grande confusão na imprensa, visto que Ciel Phantomhive morreu aos 13 anos e noivo. Por meio de intermediários e espiões, descobrimos tudo sobre todos não mansão e com quem ele mantinha uma relação. Dentre dessas pessoas encontrava-se sua noiva. Beja jovem de 13 anos, filha de Leon Alexis e Frances Midleford, irmã mais nova de Edward Midleford, sobrinha de Vincent e Rachel Phantomhive e claro, noiva do falecido Ciel Phantomhive. Descobrimos também que ela o amava, e muito, por isso pensamos: quem melhor pessoa para levantar o império Phantom senão a mulher do cão de guarda da rainha? Estou certa ou errada, lady Elizabeth Ethel Cordelia Midleford.

Lizzy qye já tinha a cara fechada, fechou ainda mais. “essas duas… tenho que ter cuidado” pensou.

Lizzy- andaram a me investigar e desde o principio que já sabiam quem e que era eu a dona disto- concluiu calmamente.

Clarah- bela e rápida conclusão lady Elizabeth. Como esperado da filha dos tão conhecidos Midleford.

Serah reparou que Meirin encontrava-se indiferente e um pouco alheia ao que se passava naquela sala.

Lizzy- demo… lady Clarah, estamos aqui para falar de negócios e não de mim. Pode continuar a explicação?

Clarah- claro. Após sabermos quem é o novo, ou melhor, a nova dona, chefe, boss, o que quiser, decidimos esperar para ver o que iria acontecer. Duvidámos das suas capacidades de governar este império, pelo simples facto de ser mulher.

Meirin- não se julga um livro pela capa.

Lizzy- mais um comentário desnecessário, Meirin.

Meirin- gomené

Clarah- ela tem razão. Não se julga um livro pela capa. E nos arrependemos amargamente quando vimos os lucros e o sucesso dos Phantom. Somos novatas neste ramo, você, apesar de termos a mesma idade, você esta mais avançada, digo, tem mais experiência.

Lizzy- gosto de ouvir isso e obrigada. Aceitarei fazer negócio com vocês- levantou-se e estendeu a mão

Clarah- arigatou- levantou-se e apertou a mão.

Nessa hora, a porta do escritório e um pequeno ser entra por ela com um tabuleiro nas mãos. Todos olham para ele e o pequeno fica sem graça.

Cielian- eto… mama, kondomasa, ladies, jessica-san pediu para eu trazer isso. É chá

Lizzy- arigatou Cielian-kun. Ladies, este é o meu afilhado Cielian.

Cielian- hajimemashita senhoras

As outras 2- hajimemashite.

Serah- eto… lady Elizabeth?

Lizzy- hai?

Serah- temos um favor a pedir.

Lizzy- se eu puder ajudar.

Serah- gostaríamos de saber se podíamos ficar aqui por algum tempo.

Cielian- doushite?

Meirin- Cielian- repreendeu o filho. Apesar de curiosa, não podia deixar de repreender o filho. Não queria ser chamada de louca e mãe desnaturada pelas pessoas da cidade. Afinal, para aquelas pessoas sem vida, aquela mansão era amaldiçoada.

Serah- não tem problema. É que como chegamos a pouco tempo, ainda faltam coisas que temos por resolver.

Lizzy *rindo e pulando alegremente*- claro que podem ficar. O tempo que quiserem. Agora vamos comer.

Apesar de estar muito diferente, Ciel pôde ver que uma parte da antiga Lizzy, ainda existia e vivia ali.