Um Conto De Harry Potter escrita por Luke Theon


Capítulo 1
O Retorno do Lord das Trevas




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Dezenove anos se passaram tudo terminou bem, ou talvez não. A cada dia sinto que ainda existe algo no ar que não e bom, algo que esta me deixando preocupado, muito preocupado.

Albus Severus não estava bem, a cada novo dia ele estava mais estranho, recluso, distante, e aquele olhar, não me era estranho, mas não era o olhar de meu filho, era um olhar que a tanto tempo não via, e que não gostaria de ver novamente. Posso estar errado, alias, espero com certeza estar errado, mas acho que meu filho esta cada vez mais se parecendo com Lord Voldemort.

Os acontecimentos não mentem.

Desde que nasceu Albus Severus tem mostrado um comportamento diferente de James Sirius e Lilian Luna. Ele sempre gostou de ficar sozinho, de fazer tudo completamente só. No começo não me preocupei, achei que seria sua personalidade, assim como a de James é ser extrovertido, gostar de ser o centro das atenções, pensei que Albus era o contrário, como acontece muito entre os irmãos. Mal sabia eu como estava errado.

Com a proximidade do seu aniversário de 11 anos, e consequentemente sua ida para Hogwarts, Albus começou a ficar mais inquieto, agitado, e ter pesadelos frequentemente. Dizia ele sonhar que estava em uma plataforma de trens toda branca, e que uma voz cavernosa o chamava no fim do túnel. Conversei com Gina sobre isso, ela sempre pensando no melhor, aconselhou-me a ficar despreocupado, deveria ser somente ansiedade para ir a Hogwarts, uma vez que James sempre o implicava com essa situação, de ele não poder ir para Hogwarts ainda.

Mas o estranho é a semelhança desde sonho, com minha certa experiência pós-morte, naquele fatídico dia em que eu quase morri pelas mãos de Lord Voldemort. O que me intriga também é o fato de eu nunca ter contado para ninguém sobre o que aconteceu, sobre essa experiência, as únicas pessoas que sabem ao certo são eu e Dumbleodore, considerando o fato de ser um sonho e Dumbleodore estar morto, apenas eu sei sobre isso.

A partir deste dia, me pegava observando Albus, mas pensando em outro ser, pensando naquele que eu achava ter conseguido ter derrotado, há dezenove anos, no Salão Principal de Hogwarts, no meu sétimo ano. Eu observei que em diversos momentos, o peguei me olhando com uma expressão de completo ódio, com uma expressão de fúria estampada no rosto.

Com a ida de Albus a Hogwarts se aproximando a cada dia, a convivência piorava, um mal estar se instaurou pela casa, e as brigas eram frequentes. Gina tentava ser como uma espécie de mediadora, mas não adiantou minha família que tanto preservei - por não ter uma quando pequeno - estava indo em direção a ruína.

E finalmente chegou o dia da ida para Hogwarts. E percebi que toda o nervosismo de Albus, não se comparava a este dia. Resolvi tentar acalmá-lo e o perguntei o motivo da aflição.

─ Pai, e se eu for para a Casa da Sonserina? - ele perguntou.

─ Albus Severus Potter, você recebeu o nome de dois grandes diretores de Hogwarts, um deles era da Sonserina. Mais se caso você não quiser ir para tal casa, o Chapéu Seletor leva em consideração sua escolha.

─ Oh, sério? - ele disse com um enorme sorriso no rosto. E acho que pela primeira vez, ele me olhou de uma forma normal, um olhar de filho.

Aliviei-me ao vê-lo se aproximar dos outros meninos, sorrir, conversar. Até na mesma cabine de Hugo e Rosa ele ficou.

Mas meu alívio logo desapareceria, e minhas suspeitas logo se confirmariam, mais precisamente com o recebimento de uma carta de Hogwarts.

Caro Senhor Potter,

Venho por meu desta, comunicar-lhe que houve um aparente acidente em Hogwarts, onde seu filho Albus Severus Potter, que parece ter certo envolvimento.

Segundo comunicado pelo selador Argus Filch, seu filho provocou um acidente contra Rosa Wesley, ao atiçar uma cobra contra a menina na aula de Trato das Criaturas Mágicas. Os senhores Rony e Hermione Wesley já foram comunicados do fato, e Rosa não corre risco de morte, por sorte Madame Pomfrey conseguiu retirar o veneno.

Providências ainda serão tomadas quanto o ocorrido, não sendo o aluno expulso, devido ao fato de ser filho de um grande contribuidor para a escola, o senhor mesmo.

Aguardando resposta.

Diretora Minerva McGonagall

Após a leitura da carta, fiquei sem ação, não sabendo o que fazer. Fui a Hogwarts e conversei com McGonagall, ela me afirmou que somente não o expulsou por ser meu filho, e que caso ocorresse algo semelhante novamente não pensaria duas vezes em fazê-lo. Conversei também com Rony e Hermione, mais para pedir conselhos do que para se desculpar do fato. Rony se mostrou bastante condescendente com o fato, mas Hermione pareceu bastante intrigada com o fato, não de meu filho de certa forma atacar sua filha, mas como a atacou.

─ Harry, segundo McGonagall ele atiçou uma cobra contra Rosa. Você sabe muito bem o que isto me parece, por acaso você acha que Albus herdou de certa forma, aquelas características suas?

─ Claro que não Hermione, você bem sabe que todas essas características de Harry se foram quando a parte da alma de Você-Sabe-Quem no Harry morreu - disse Rony, e eu percebi que ele estava tentando me ajudar.

─ Ora Rony, diga logo o nome dele, ele já se foi, não há mais perigo - disse Hermione.

─ Será mesmo? - nem mesmo eu sabia responder.

O tempo passou rápido e logo o Natal chegou, e consequentemente os meninos voltaram para casa, para o feriado.

Albus estava mais estranho ainda, sua personalidade esta ainda mais medonha e seu olhar para mim cada vez mais mortífero. Não estava reconhecendo meu próprio filho.

Fomos para o jantar de Natal na Toca, como costumeiramente fazíamos todos os anos, mas neste foi diferente. Todas as crianças se distanciavam de Albus, principalmente Rosa, que parecia ainda não ter se desfeito do susto do “acidente” com a cobra.

Em certo momento Albus desapareceu e fui procurá-lo, encontrando-o na oficina do pai de Rony. Quando me aproximei, uma dor descomunal tomou contra de mim, e parecia que minha cabeça iria rachar ao meio, instintivamente levei às mãos a cicatriz que há tempos não doía, esta queimava como ferro em brasa. Albus me encarava com aquele olhar mortífero e nas mãos segurava um pequeno caderno preto, com um grande furo no meio.

─ Onde você arranjou isso? - disse gritando, os olhos lacrimejando de dor.

─ Um homem me deu quando desembarquei em Hogsmeade - sua expressão cada vez mais se enfurecia.

─ Que homem, quem lhe deu isso? - a dor piorava cada vez mais.

─ Não importa, ele me entregou e disse que tinha um recado para você.

─ Que recado? - sentia que iria desmaiar de dor.

─ Ele mandou avisar que não foi por coincidência que ele levou mamãe para a Câmara Secreta, disse que sabia desde sempre que você tentaria acabar com ele, por isso ele fez isso.

─ O que ele fez? Quem e ele? - comecei a me desesperar ao pensar no que viria a seguir.

─ Ele disse que não foram sete divisões, mas oito. Uma habitava mamãe desde o momento que você a libertou da Câmara e que agora passou para mim. Que não era somente você que tinha uma Horcrux dentro de si, que mamãe tinha uma também e que agora passou para mim.

Após isso, tudo que me lembro foi de um enorme clarão, e um grande calor em meu rosto, foi jogado para trás, enquanto a oficina do Senhor Wesley explodia. Após conseguirem apagar o fogo nenhum sinal de Albus foi encontrado. Procuramos em todos os lugares possíveis, mas não o encontramos.

Já faz um mês que ele esta desaparecido, enquanto que nesse mês vários indícios da volta dele foram visto, varias vezes ouvi relatos de pessoas que viram a Marca Negra, enquanto outras várias pessoas desapareceram.

Não sei como farei isto, mas preciso achar meu filho e combatê-lo o quanto antes, antes que Voldemort consiga utilizá-lo para voltar. Não sei como e possível, mas meu filho e uma Horcrux, assim como eu fui há dezenove anos.

Não imagino como farei isso, mas preciso combater o Lorde das Trevas novamente, e isto quer dizer combater meu filho. De alguma forma meu filho é o modo para ele voltar, mas não posso deixar, por mais que me doa dizer isso, preciso impedi-lo com todas as minhas forças, nem que para isso tenha de matá-lo.


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Notas finais do capítulo

FIM



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