Não Arrisque escrita por Angie Ellyon


Capítulo 17
Pagando por Pecados Passados


Notas iniciais do capítulo

como axo q amanhã ñ ia dar pra postar, postei hj =]
cap cheeeeiiooo de açao, suspense surpresa, galera!! do jeitinho q vcs gostam!! =P
será q vai ter uma morte?? confiram!! xD
boa leitura!! ^^
nos vemos lá em baixo..



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Eu nunca havia me sentido tão impotente em toda a minha vida - tão longe e tão perto de salvar alguém.

Jason provavelmente achava que eu estava morta - o que dificultaria muito. Eu conseguiria falar com ele e lhe explicar toda essa história maluca? Se Lissa o atrasasse, nos livraríamos de Zattara? E se fosse mesmo a hora dele morrer?

– Não se martirize tanto. - Leon disse enquanto seguia para o centro de Great Falls, que devia estar bastante agitado naquele horário.

Airon havia se comprometido a buscar outros Resgatadores, já que Zattara estava marchando com seu exército, e decidimos ir na frente.

– Se for a hora dele morrer, você não pode fazer nada pra impedir. - Leon continuou.

– Não acho. - eu disse, já avistando o trânsito. - Zattara não obedece mais essa lei.

Leon fez muxoxo.

– Como foi sua visão exatamente?

– Eu o vi - contei. - Ele estava com uma garota... - eu me lembrei melhor. - E depois o vi saindo de um lugar. Aí...você sabe.

– Ele morre - completou ele. - Bom, se ele encontrou e está com uma garota, é sinal de que ele esqueceu você, certo? - senti uma pitada de riso na sua voz. - Isso não é bom?

– Não é hora pra ciúme. - eu me senti corar. - Fico feliz sim que ele tenha encontrado alguém, mas ele vai morrer, Leon. Não acha injusto? Ele vai perder tudo!

– Acho injusto minha namorada ter uma visão justo do ex namorado dela; que, por acaso, ainda parece nutrir sentimentos.

Revirei os olhos.

– Vamos dar um jeito nisso.

Dito isso, ele acelerou a Kawasaki e seguiu rumo à Grande Avenida, onde tudo aconteceria. Meu celular vibrou com uma mensagem do meu pai - eu ainda não queria chamá-lo assim.

Segurem as pontas. Estamos chegando. Nos encontraremos na encruzilhada da Grande Avenida.

– Fique atenta a qualquer coisa negra que se mover. - Leon disse.

Lissa, eu me lembrei.

Minha visão. Nela, eu vi Jason sair do cinema. Cutuquei Leon.

– Para o cinema! - eu gritei por cima do vento. - Jason vai estar lá!

O motor da moto rugiu.

– Temos que dar a volta. - Leon falou, andando pela calçada quando dois ônibus fecharam nossa saída. Ele voltou à pista quando mesas e cadeiras de uma lanchonete viraram obstáculos.

– O cinema fica oposto ao local do acidente. - Leon cortou a frente de um táxi, que buzinou reclamando. - Praticamente, teremos que chegar na hora exata. Além disso, tem as pessoas.

– O que tem elas? - perguntei.

– Esse lugar está tomado por todos os tipos de Morte - contou. - Elas podem virar vítimas desnecessárias.

Engoli em seco. Um calafrio.

Olhei para os lados e vi Ceifadores localizados em pontos estratégicos. Se eu ao menos encontrasse Lissa...

Mudança de planos.

Como uma deixa, ela falou na minha mente. Estava ali!

Como assim?, respondi.

Vá interceptar o seu amigo. Eu vou atrás da Zattara.

Não!

– Seu pai. - Leon apontou para vários Resgatadores que seguiam o caminho da Morte. - É, lá vamos nós.

Eu quase caí quando ele arrancou de uma só vez. De repente, ele girou a moto 180 graus, e fez os pneus chiarem.

– Olhe - ele indicou uma caminhonete conhecida, que avançou na outra rua, que era esquina entre uma loja de perfumes e um restaurante de comida chinesa. - É ele. Na outra esquina, está o cinema.

– Acelera! - eu disse.

Leon avançou o sinal e dobrou a esquina. Pude avistar a caminhonete de Jason. Ele estava a uns três carros distante de nós. Meu coração deu um salto. Ele estava ali; tão perto. Eu podia ter esperanças de salvá-lo.

Ou talvez não.

– Vai mesmo tentar falar com ele? - Leon quis saber.

– É a única maneira. - respondi. Pelos meus cálculos, já devia passar das seis da tarde; quase sete da noite. A fachada do cinema brilhava com o anúncio da estréia de um filme: " A Morte é o espetáculo ", era o nome.

– Que conveniente. - Leon riu ao ler.

– Vou tentar ser rápida. - eu disse, descendo da moto.

– Eu vou estar aqui - ele segurou minha mão e me deu um beijo de "até breve".

A multidão se aglomerava pra entrar. Vi Jason sair do carro de mãos dadas com uma garota. Ela era um pouco alta e tinha cabelos castanhos e lisos, e olhos da mesma cor. Eles estavam animados. Se soubessem o que estava por vir...

Eles entraram na fila, conversando. Eu tinha que dar um jeito de ficar a sós com Jason.

– Esse filme é ótimo! - exclamou a garota, enquanto compravam o bilhete. - Você vai morrer de rir!

Ah, com certeza.

– Que bom, Carol. - Jason respondeu. - Estou precisando mesmo rir um pouco.

A tal Carol abandonou o sorriso e deu um suspiro de indignação.

– Ah, qual é, Jay. Você precisa esquecer aquela garota. Não foi bom ela ter sumido da sua vida? Ela só trazia...coisas ruins. Eu estou aqui. - e lhe deu um beijo quente.

– Ei, psiu.

Me assustei com o sussurro. Vi Lissa escorada no muro do cinema, invisível.

– Você escutou - eu sorri.

– Sempre, gata. - ela disse. - Zattara é irredutível. Será que a sua visão não tem uma controvérsia? Será que não foi a Zattara?

Eu não havia pensado nisso.

– Ela está aqui, de qualquer forma.

– Então, tenho que pará-la.

– Cuidado com os Resgatadores. - avisei, mas ela já tinha sumido.

Voltei minha atenção para Jason. Ele e a namorada eram os últimos da fila.

– Vou comprar pipoca e o refrigerante. - a tal Carol disse, saindo sorridente da fila e sumindo atrás da bilheteria.

Jason ficou sozinho. Eu teria que me revelar agora.

– Jason. - eu falei; minhas mãos tremendo de ansiedade e tensão. Ele ficou rígido e se virou devagar. Seus olhos se atenuaram de surpresa e incredubilidade.

– Luna? - foi tudo o que ele disse antes de abrir um enorme sorriso. - Luna! - ele veio correndo me abraçar. - Eu não acredito! - ele exclamou alegremente. - Todos acham que você morreu! Onde esteve? Pra onde aquele cara te levou? Por que sumiu?

– Calma, Jason. - eu ri um pouco. - Você precisa me escutar com muita atenção.

– Por que? - indagou. - Ele te fez alguma coisa?

– Não - falei, impaciente. Depois, suspirei. - Jason...você vai morrer. Tem que sair daqui.

Ele riu.

– Qual é, Lu.

– Você não entendeu - eu o olhei nos olhos. - Você não vive no mundo que pensa. Existem coisas...fora do comum. O sobrenatural existe, Jason.

– O que fizeram com você... - ele disse. - Não entendo...onde está a morte, então? - e riu, de deboche.

– Aí é que está. - eu falei mais séria. - Existem várias delas e estão por aí. Você não pode vê-las porque não é sujeito à elas como eu.

– O quê?!– indagou. - Você é o que...tipo, imune?

– Mais ou menos - expliquei. - O mundo está em desequilíbrio por causa da Morte.

Ele não acreditou, e quase riu de novo, quando emendei:

– A Morte um dia se apaixonou. E foi privada desse amor. Como vingança, ela quebrou todas as regras. Antes, cada pessoa tinha a sua Morte e a hora de morrer. Hoje, as Mortes pegam qualquer um sem pudor. - eu firmei a voz. - Não há limites. Por isso há tantos acidentes e crimes por aí.

Ele franziu o cenho.

– Isso é tão...louco. E onde você entra nessa história? É por isso que era tão perseguida? Por isso que sempre morria alguém perto de você?

– Isso. - concordei. - Existem pessoas que enxergam o perigo mais que outras. Por isso, a Morte não pode pegá-las; o que leva a persegui-las. E eu sou uma delas, Jason. Tenho esse dom da "voz interior" que me ajuda sempre. E pessoas como eu têm a missão de ajudar outros como eles. E Leon veio me ajudar.

Ele ficou boquiaberto.

– Eu sou assim também?

– Não. - disse num suspiro. - Uma Ceifadora muito ardilosa quer te pegar.

– E como sabe disso?

– Eu vi você morrer! - estávamos perdendo tempo com aquele bate-papo.

Jason riu com gosto.

– Você não entendeu uma vírgula do que eu disse?! - vociferei.

– Fizeram uma lavagem cerebral em você, Luna.

– Ah, é? - ironizei. - Talvez seja por isso que eu tenha conhecido o meu pai. Ele e Leon são amigos. Ele...ele é como eu.

Jason se calou.

– Que bom. Eu também encontrei alguém, sabe?

– Fico muito feliz por você. - disse, sincera. - Mas, Jason...

– Pipoca amanteigada! - a tal Carol pulou entre nós dois com um balde de pipoca e duas latas de Coca-Cola. Ela me olhou dos pés a cabeça.

– O que você quer?! Veio nos atormentar dos mortos?!

– Vocês correm perigo - avisei.

– Há! - debochou ela. - E quem é você? Vidente? - e desatou a rir.

Eu suspirei, derrotada. Me afastei aos poucos, escutando-os começar a discutir.

– Eu sabia. - Leon me encarou. - O engomadinho não acreditou.

Carol e Jason discutiam. Eu não quis ter arruinado o encontro deles. Se Jason ia sobreviver, ao menos seria feliz.

– Parabéns! Está feliz agora? - Carol passou bufando por mim, e Jason a seguiu.

Quando notei, eles saíram na caminhonete. Me alertei, e a Leon também.

– É agora, Leon! Rápido! A caminhonete dele vai se chocar com um caminhão!

Seguimos velozmente pelas ruas agitadas. A Grande Avenida se aproximava.

– Peça ajuda. - Leon orientou enquanto nos espremeu entre dois táxis.

– Não dá. - era tarde demais.

Meu celular vibrou.

Estamos na Grande Avenida. Não vejo o carro, nem Zattara ou outro Ceifador em lugar nenhum.

O que ela estaria planejando? Um joguinho?

– O caminhão! - Leon apontou para um enorme caminhão que cruzou o sinal. - Merda! Se eles se chocarem...

Ele não precisou terminar a frase.

A Grande Avenida estava congestionada. Mais à frente, um grande número de carros seguia rumo à ponte que ligava à outra cidade. Leon tentou emparelhar com Jason.

– Não há o que fazer, Luna. - lamentou ele. - Ele não vai parar. Sinto muito.

Olhei para a caminhonete, aflita. Leon parou na esquina. Podia escutar o ronco do caminhão se aproximando. Logo depois, o sinal abriu para o caminhão, e fechou para Jason.

Mas ele não respeitou o sinal.

E ia bater.

– NÃO!! - gritei, disparando para o meio da pista.

– LUNA!! - Leon chamou. - Não faça isso!

O caminhão buzinou alto, chamando a atenção de toda rua.

Três. Dois. Um.

BRUAAASSHH!!!!!

A caminhonete de Jason foi esmagada. O quarteirão parou. Uma multidão se fechou em volta.

Fui de passos lentos até o carro. A primeira coisa que vi foi um par de braços na janela, ensanguentado.

– Luna... - Leon segurou meus braços. Eu me ajoelhei na janela quebrada pra ver. Meu estômago estava travado, mas eu queria ver Jason morto.

– Você não precisa ver isso. - Leon sussurrou.

Quando me estiquei melhor, notei, um pouco tensa, cabelos castanhos cobrindo parcialmente o rosto. Mas o cabelo de Jason não era tão longo...

Eu me engasguei. Com as mãos trêmulas, tirei o cabelo que cobria, e me assustei.

Não era Jason. Carol tinha morrido.

Uma ferida horrível tinha rasgado o seu rosto, onde jorrava sangue. Seus olhos estavam vidrados, e seu corpo distorcido em um ângulo desconfortável.

Fui roboticamente levada por Leon. Jason estava vivo. Mas como?

– Ele não morreu, Leon. - disse. - Foi Carol.

– E onde ele está?

– Estão procurando ele? - Lissa apareceu,segurando Jason, amedrontado.

Eu o abracei.

– Carol morreu.

– Eu sei. - disse ele. - Ela brigou comigo e saiu na minha caminhonete. Sua amiga apareceu e me disse pra ficar quieto. Eu..eu acreditei em você, Luna. Isso tudo é muito sinistro.

– E sério. - completou Leon. - Se não fosse por Luna, os dois tinham partido pra melhor.

– E onde está Zattara? - perguntei olhando para Lissa, que deu de ombros.

– Eu não a vi.

– É melhor que não. - Leon rosnou.

– Jason, tem que ir pra casa. - eu disse.

– Quer que eu apague a memória dele? - Leon sugeriu, com um pouco de diversão estampada no rosto.

– Nada disso! Não vou contar nada! - Jason disse.

– Resgatadores! - Lissa apontou, sumindo em seguida.

Um calafrio. Tremi. Zattara.

– Luna? - Airon se aproximou preocupado. - Quem é esse? Não é um de nós - gesticulou para Jason.

– A ponte. - disse roboticamente.

Na ponte, Zattara observava o trânsito curiosa.

– Zattara! - eu a chamei. A ponte cruzava sobre um rio; devia ter um quilômetro.

– Sabe, querida Luna, aquele acidente foi só o começo. - ela tamborilou os dedos pelas vigas de ferro que sustentavam a ponte. - Estou prestes a fazer algo muito maior. Vou dar o primeiro passo para o sacrifício. - e sorriu. - Vou matar todas essas pessoas e transferir suas almas para ressuscitar meu amado e todas as almas que morreram na guerra.



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Notas finais do capítulo

e aee gostaram??? teeeenso, ñ?
q sacrificio será esse?? ¬¬
o prox cap vai bombar!! ñ percam!!
em breve teremos uma revelaçao sobre o Leon e seu passado!! ^^
Reviews, please!!
xerooo, fuiiii



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