Paulina: Proposta?

CD: Que tipo de proposta Paola?

Paola: Bom, como muitos sabem, eu não sou do tipo de pessoa que gosta de viver bem... digamos... em família.

CD: Você gosta de viver libertinamente – Sorrindo sarcasticamente.

Paola: Isso mesmo meu amor – Acariciando o rosto de Carlos Daniel -  fui feita para me divertir e não para ficar enfurnada em uma casa.

Paulina: Aonde você esta pretendendo chegar Paola?

Paulina não estava conseguindo aguentar ver sua irmã a provocando sem parar, seu coração batia freneticamente a cada toque que Paola dava em seu marido.

Paola: Bom querida usurpadora, como sei o quanto minha presença satisfaz a vida de todos vocês – Ironizou – E eu não suporto esta cidade, pensei em uma alternativa que agradasse ambas as partes.

CD: Continue

Paola: Vou direito ao ponto. Vou sumir da vida dos Brachos.

A surpresa pela frase que Paola havia acabado de falar se fez presente na fisionomia de Paulina e Carlos Daniel, não imaginavam que a tal proposta fazia menção a isso.  Conhecendo Paola como conheciam, transformava esta alternativa na menos provável de todas.

Paulina: Sumir???

Paola: Sim irmãzinha, vou viver bem longe deste misero país, meu filho não merece nascer rodeado de gentinha...

CD: Você vai me separar do meu filho?

Paola: E não era isso que você queria meu amor? Passar uma borracha pela calorosa noite da festa de anivercsario da Lizete? Pois é...

Paulina: Não estou entendendo Paola, porque você esta fazendo isso? Pensei que seu objetivo era continuar importunando a vida dos Brachos por toda a vida.

Paola: Agora sim, esta cabecinha despenteada esta pensando direito. – Disse com a voz carregada de sarcasmo - Sim usurpadora, esse sempre foi meu objetivo, mas sabe, cansei. Os Brachos não merecem que eu desgaste o meu tempo precioso me preocupando em fazer de suas vidas um inferno...

Cada palavra pronunciava era carregada de superioridade e ironia, a voz sexy e o olhar de desgosto acrescentavam mais ainda o potencial maquiavélico da frase de Paola.

CD: Não pode ser tão simples assim...

Paola: Pensou muito bem meu amor, em troca do meu sumiço eu quero uma pequena quantia em dinheiro.

CD: De quanto estamos falando?

Paola: Apenas 5 milhões de dólares.

Paulina/ CD: O QUE??

Paola: Isso mesmo o que ouviram. Sei muito bem que desde que a minha irmãzinha entrou na empresa, a fabrica não para de crescer então o que estou pedindo não é nada de mais. Além disso, preciso dar uma boa vida para o NOSSO filho Carlos Daniel, você não estava pensando não iria ter responsabilidade não é amor?!

Paulina: Não Paola, isso é muito dinhei...

CD: Eu aceito!

A fala de Paulina foi interrompida bruscamente pelas palavras de Carlos Daniel. Sua insatisfação pela presença de Paola o impediu de raciocinar no montante da quantia, para evitar qualquer tipo de contato com a diva, ele seria capaz de pagar quanto fosse necessário.

Paulina: Mas Carlos Daniel... – Paulina olhava surpresa o marido, não acreditava que ele estava realmente seguindo os desejos de Paola sem ao menos argumentar.

Sem pensar no que estava fazendo e ignorando o olhar contrariado de Paulina, Carlos Daniel foi até a mesa presente no escritório, abriu a gaveta e retirou de lá um bloco de cheques. Automaticamente o completou e entregou para Paola que ainda estava surpresa pela sua atitude.

Paola: Foi bem mais fácil do que eu esperava – Rindo

Paola caminha até Carlos Daniel e Paulina, passando a mão por sua face fala “Foi um prazer fazer negócios com você meu amor, e até nunca usurpadora.” - Disse antes de passar pela porta do aposento, deixando um silencio mortal para traz.

Paulina: Carlos Daniel, você tem noção do que acabou de fazer?

CD: Nunca tive tanta certeza na minha vida Paulina.

Paulina: Mas é muito dinheiro meu amor, e se a fábrica precisar...

CD: Paulina – Disse se aproximando da amada, segurando em sua cintura e olhando ternamente em seus olhos – Meu amor, o dinheiro não me importa, a fábrica esta cada vez mais prospera, você mais que ninguém sabe de que não há nem resquícios daquela Fabrica Bracho falida. Além disso, eu só queria paz e com Paola por perto, a família e muito menos nós dois viveríamos plenamente. – Acariciando o rosto da amada ele continuou - Me desculpe, mas eu só pensei no que era melhor para todos. Eu te amo.

Depois daquelas palavras de amor e confiança vindas de Carlos Daniel, Paulina se sentiu mais segura pela atitude do amado, seus olhos lacrimejaram e ela fixou o olhar nos olhos do marido.

Paulina: Eu também te amo.

Os rostos de ambos se aproximaram lentamente, seus lábios roçam um no outro antes de se encaixarem perfeitamente para um beijo que no começo era lento e suave, mas a medida  que suas bocas exploravam umas as outras um desejo por algo mais percorria em seus corpos. Carlos empurra Paulina contra a parede e seus lábios percorrem a face da amada arrancando-lhe suspiros.

Paulina: Carlos Daniel - ela disse ofegante - agora não meu amor, temos que conversar com a família.

 Carlos Daniel se afastou da amada, a olhou com ternura e disse: Tem razão minha vida – dando-lhe um suave selinho em sua boca – todos precisam saber que agora com Paola longe finalmente teremos paz.

Paulina: Espero realmente por isso meu amor.

Os dois deram um leve beijo e se dirigiram para a sala onde estavam apreensivos o restante da família. Assim que entram no ambiente foram bombardeados com as perguntas sobre o que havia acontecido no escritório, ninguém entendia o motivo pelo qual Paola deixou a casa com um sorriso estampado no rosto, um olhar de vitória e com a sua habitual postura superior.

VP: E Então meus netos, o que aconteceu? – Perguntou aflita a matriarca da família.

Carlos Daniel e Paulina contam tudo para os Brachos, e para surpresa da nossa eterna usurpadora todos concordam com a atitude Carlos Daniel, para ficarem longe de Paola pagariam o que fosse necessário.

Depois de tudo esclarecido, uma paz e um sentimento de alivio invadiu o corpo de todos. Acreditando a possibilidade de que tudo havia ficado no passado e que a sombra de Paola nunca mais iria os perturbar, cada membro da famosa família seguiu para seus afazeres cotidianos.  Rodrigo e Stephanie voltaram para a fábrica, Vovó Piedade seguiu rumo ao jardim juntamente com as crianças e aproveitando a oportunidade, Carlos Daniel sutilmente segurou a mão de Paulina e a conduziu até o andar superior. Os dois seguem em direção ao quarto exaustos pela quantidade de informações, descobertas e surpresas que tiveram em apenas um dia, mas sempre trocando olhares apaixonados e de saudade.

Ao chegarem a porta do quarto, Carlos Daniel abre a mesma dando passagem para amada. Assim que entram ele tranca a porta  e vai em direção a sua amada que estava de costas para ele, observando como havia ficado o aposento depois da reconciliação de horas antes.

CD: Nunca mais você sairá de meus braços. - ele disse abraçando a amada por trás e beijando seu pescoço.

Paulina: Não suportaria me afastar de você novamente Carlos Daniel - ela se vira para o amado e entrelaça os braços no pescoço dele – a partir de agora vamos viver plenamente o nosso amor.

Carlos Daniel a puxa para seu corpo e a beija com desejo, Paulina leva as mãos até a camisa do amado arrancando rapidamente o pedaço de pano que cobria a pele morena que tanto amava. Ela acaricia o peito forte e másculo do esposo enquanto ele se preocupa em depositar beijos pelo ombro da amada e se livrar daquelas roupas que o impedia de senti-la.

Quando finalmente aquelas peças haviam sido tiradas por completo de seus corpos, Carlos Daniel pega Paulina nos braços e a leva com todo o cuidado do mundo para a cama, como se ela fosse uma rosa branca e pudesse se despedaçar. O amor que sentiam um pelo outro somado a saudade por tanto tempo separados instigava seus instintos para que pertencessem intimamente um ao outro logo. Mantendo o contato visual que transmitia todo o amor que exacerbava de seu coração, ele a deita na cama e se deita sobre ela.

CD: Vou te amar para sempre minha Paulina.

Paulina: Eu te amo Carlos Daniel.