Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 26
4 semanas


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, desculpem a demora, como eu disse no capitulo anterior, eu estava viajando e só cheguei em casa hoje. Então como prometido, aqui está o próximo capitulo da fic. Espero que gostem ^^



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DM: E porque eu... te amo.

Paulina: O que? – Disse pausadamente, desacreditando no que havia ouvido.

DM: Sim é a mais pura verdade. Sei que você não queria estar escutando a minha declaração de amor logo agora, seu coração ainda está machucado pelo que aconteceu, mas eu não poderia te enganar. Esse sentimento cresce dentro de mim a anos, mas com a distância ele acabou adormecendo, mas ao te ver de novo hoje, posso te dizer que ele foi desperto, e o sinto com a mesma intensidade de anos atrás.

Paulina estava perplexa com as palavras de Douglas, não imaginava a existência daquele sentimento nele. Sua mente estava carregada de pensamentos conflitivos, seus sentimentos estavam confusos e atordoados. Ser traída pelas pessoas que mais amava depois de seus filhos, e na mesma noite reencontrar um velho amigo e receber uma declaração de amor da parte dele foi demais para ela. Paulina não sabia o que pensar nem ao menos responder, voltou a abaixar a cabeça e olhar para suas mãos.

Douglas observando a reação de sua amada frente a declaração que havia acabado de fazer, entendeu que aquela não havia sido o melhor momento. Paulina estava frágil e confusa demais para poder receber mais aquela informação.

Douglas: Paulina, eu não quero que você se sinta acuada com a minha declaração. Sei que você esta passando por um momento complicado, e não quero ser mais uma razão de sua angustia. Não precisa corresponder ao sentimento que eu sinto por você, sei que o seu coração já pertence a outro, e mesmo ele não ter levado isso em consideração. 

Paulina: Douglas, eu...

DM: Não, me deixe terminar. Quero ser pra você um ombro amigo que te ajude a passar por isso, não estou te pedindo nada em troca, apenas quero que saiba que pode contar comigo para o que precisar.

Paulina: Obrigada. Sei que agora não posso te oferecer nada além da minha amizade, meu coração foi destruído em milhares de partes e não sei se um dia voltarei a amar. Tudo o que aconteceu hoje mudou minha vida radicalmente, e não sei o que fazer de agora em diante. Mas saber que posso contar com alguém nesse momento é muito importante para mim, obrigada.

--- Na mansão Bracho

Depois da saída tempestuosa de Paulina, a atmosfera naquela casa ficou nada amigável. Com todos os acontecimentos, não havia como a festa de aniversario de Lizete prosseguir, sendo assim, o evento terminou marcado pelo impacto da dissolução da harmonia da família. Rodrigo encarregou-se de explicar aos convidados o motivo do fim inesperado da festa, ele não entrou em detalhes, apenas falou que a família estava passando por um momento difícil e pediu desculpas em nome de todos. Enquanto isso, Patrícia e Stephanie tentavam acalmar as crianças, nenhuma delas entendia o que havia acontecido e o porque da saída de sua mãe da casa, ambas não sabiam que explicação dar a elas, apenas pediam que se acalmassem e que dormissem, e que no fim tudo seria resolvido. Observando a saída de todos os convidados, estavam Carlinhos, Lizete e Miguel sentados na escada, ao contrario dos mais novos, eles sabiam o que havia ocorrido. Não conseguiam acreditar que o seu pai havia sido capaz de cometer tamanha atrocidade, estavam tomados pelo choque que imperava sobre toda a família.

Carlinhos: Não acredito que o papai foi capaz de trair a mamãe...

Lizete: Isso tudo está parecendo um pesadelo que eu não consigo acordar.

Miguel: Não fique assim meu amor, eu estou aqui com você.

Lizete: Miguel – disse entre o choro – fique aqui comigo, não me deixe.

Miguel: Nunca vou te deixar, vou estar sempre ao seu lado. – Disse a abraçando e passando sua mão pelos cabelos da menina, na tentativa de acalma-la.

Depois de falar com todos os convidados, Rodrigo subiu as escadas e foi em direção ao quarto onde havia acontecido tudo. Ao entrar no aposento encontrou Vovó Piedade sentada na cadeira perto a janela, em silencio, ela olhava seriamente para Carlos Daniel, o qual estava sentado na ponta da cama, com a cabeça apoiada em suas mãos. Rodrigo foi em direção a matriarca da família e falou “ Pronto vovó, expliquei brevemente o motivo do fim brusco do aniversario da Lizete”. Vovó Piedade tomou a fala do neto como sua deixa para começar a conversar com Carlos Daniel, ela levantou-se da cadeira, e de braços cruzados aproximou-se do neto.

VP: Pois bem Carlos Daniel, explique-se.

CD: Vovó eu não sei o que aconteceu...

VP: Deixe eu refrescar a sua mente. Ainda a pouco, sua esposa pegou você e a irmã dela na semi nus mesma cama, agora ela saiu de casa decepcionada e chorando muito.

CD: Vovó acredite em mim, eu não trai a Paulina.

Rodrigo: Pois não foi bem isso a cena que presenciamos aqui mano.

CD: Acreditem em mim, eu não poderia trair a Paulina, ela é mulher que eu amo e que sempre vou amar.

VP: Então meu filho, o que aconteceu?

CD: Eu não sei vovó, não me lembro de nada. Só me dei conta dos acontecimentos quando vi Paulina chorando na porta do quarto e a Noelia deitada da cama comigo. Mas não sei como aconteceu, minha mente parece estar em branco.

Rodrigo: E onde a Noelia está?

VP: Ela se foi logo após a Paulina, pelo menos teve vergonha da cara de não ficar mais nenhum segundo sob o teto da minha casa.

---

Depois daquela noite fatídica passou-se um mês. Paulina não havia voltado para a mansão da família Bracho, havia ligado para a casa apenas para tranquilizar as crianças e a vovó piedade, dizendo que estava bem, mas não informando o lugar de sua estadia. Douglas a convenceu em ir morar na mansão que ele havia dado a ela. Durante todo esse tempo, a casa havia ficado intocada, nossa eterna usurpadora não queria mexer no presente do milionário, por achar que não era merecedora do mesmo. Porém com todos os recentes acontecimentos, não lhe restou alternativa. Preferiu passar um tempo na casa, que era sua por direito, do que em um hotel, não queria encontrar Carlos Daniel, sabia que ele a procuraria em todos os cantos da cidade, menos ali.

Paulina estava sentada no sofá quando a campainha tocou, pensando ser Douglas Maldonado, nossa eterna usurpadora foi rapidamente abrir a porta, afinal, ele havia se tornado em um grande amigo para ela, se não fosse pela sua ajuda, ela não saberia o que fazer, como superar todos aqueles tortuosos acontecimentos de 4 semanas atrás. Entretanto, ao abrir a porta da casa, surpreendeu-se com a pessoa que estava ali. Não imaginava nem desejava ver Noelia depois de tudo o que aconteceu naquela noite.

Paulina: Noelia??? O que está fazendo aqui? Como me achou?

Noelia: Eu tenho os meus contatos. Paulina, eu fiquei te procurando durante todo esse tempo desde aquela noite. Precisamos conversar.

Paulina: Conversar? Você quer conversar sobre o que querida irmãzinha – falando ironicamente – sobre como esta o clima hoje? Sobre a novela  da noite? Ou SOBRE COMO EU PEGUEI VOCÊ E O MEU MARIDO NA MESMA CAMA NO DIA DO ANIVERSARIO DA MINHA FILHA???

Noelia: Calma Paulina, eu posso explicar.

Paulina: Explicar???? Não seja hipócrita Noelia, eu mesma vi, com esses olhos, você e o Carlos Daniel dormindo seminus na mesma cama. Como você vai explicar tamanha traição.

Noelia: Paulina me escuta.

Paulina: Eu não quero falar com você, ver você e muito menos ouvir a sua voz. Vai embora!!

Noelia: Não, eu não vou embora até você me escutar. Paulina, o que aconteceu foi um erro eu sei, mas não foi intencional eu te juro.

Paulina: Mas você é muito cara de pau mesmo.

Noelia: Me deixa terminar... Há algum tempo eu e o Paulo vínhamos brigando constantemente, nosso casamento não era o mesmo, a meses ele não me tocava...

Paulina: E por isso você decidiu dormir com o meu marido.

Noelia: Não, eu já te disse, não foi intencional. Naquela noite, durante a festa, eu e o Paulo acabamos discutindo. Ele tinha me dito que não me amava mais e que havia sido um erro se casar comigo. Eu fiquei arrasada, comecei a chorar e a beber muito, eu queria tirar aquela dor que estava quebrando o meu coração em mil partes. E foi quando o Carlos Daniel me encontrou, ele percebeu o meu estado e ficou comigo, como um ombro amigo. Ele me ajudou, me consolou e eu não sei, não sei se foi por causa da bebida, do meu estado emocional,  mas acabei vendo ele com outros olhos, e quando percebi já estávamos na cama...

Paulina: Cale a boca, não precisa mais continuar, eu sei muito bem o que aconteceu. Muito bem, se você já terminou o que tinha que falar, pode ir embora.

Noelia: Mas Paulina...

Paulina: VAI EMBORA NOELIA, EU NUNCA MAIS QUERO TE VER, NUNCA MAIS. Sabe, quando eu descobri que eu tinha outra irmã, você não sabe o tamanho da felicidade que eu tinha, depois de 10 anos da morte de Paola, eu havia ganhado outra irmã.

Noelia: Paulina....

Paulina: MAS AGORA, EU TENHO ASCO DE VOCÊ, EU TE ODEIO NOELIA. VOCÊ DESTRUIU MINHA CASA, MINHA FAMILIA, MINHA VIDA. VAI EMBORA, EU NÃO VOLTE NUNCA MAIS, ESQUEÇA QUE EU EXISTO, POIS EU JÁ ME ESQUECI DA SUA EXISTENCIA.

Noelia escutava todas as palavras de ódio de Paulina com o coração acelerado e com os olhos transbordando em lágrimas, ela não acreditava que havia perdido a sua irmã, a única família que ela tinha no mundo, não acreditava que seu estúpido erro tivesse acabado com tudo aquilo. A cada palavra rancorosa de Paulina, Noelia sentia como se espinhos estivessem sendo cravados em seu peito, e de repente sentiu falta de ar, sua cabeça começou a girar e depois tudo ficou escuro.

Ver Noelia desmaiando ali na sua frente foi desesperador para Paulina, apensar de tudo o que ela havia feito, nossa eterna usurpadora não poderia esquecer o fato dela ser sua irmã, sangue do seu sangue.  Paulina, gritava por socorro constantemente, pedia ajuda enquanto olhava sua irmã ainda inconsciente no chão. Não demorou muito para que ajuda chegasse e a levassem ao hospital.

Paulina ficou angustiada na recepção do hospital. Andava de um lado para o outro enquanto esperava por noticias de sua irmã. Todas as palavras de ódio que ela havia dito, constantemente voltava a sua mente, nossa protagonista sentia  uma culpa terrível, sentia que o mal estar de Noelia havia sido causado por tudo o que ela havia falado.

No momento em que Paulina estava perdida em sua culpa interna, o médico que havia atendido Noelia se aproximou, chamando a sua atenção.

Médico: Familiar da senhora Noelia Vilareal?

Paulina: Sim doutor, sou irmã dela.

Médico: Muito bem, venha comigo, vou leva-la até ela.

Paulina seguiu junto com o médico até o quarto onde estava Noelia. Quanto entrou Paulina notou que Noelia estava com uma feição abatida e sendo alimentada por um soro.

Noelia: Paulina? O que faz aqui?

Paulina: Você desmaiou, e eu te trouxe para o hospital.

Noelia: Mas eu achava que você me odiava.

Paulina: Apesar de tudo o que aconteceu, você continua sendo minha irmã, não poderia ficar sem prestar socorro. – Disse friamente

Médico: Muito bem, já fizemos os exames e descobrimos o motivo do seu mal estar senhora Vilareal.

Noelia: Do que se trata doutor?

Médico: Isso tudo faz parte do seu estado. Felicidades, a senhora está grávida.

Paulina: O que?

Noelia: Como? Não, não pode ser.

Médico: Sim, de acordo com o exame de sangue e a ultrassonografia a senhora está com aproximadamente 4 semanas de gestação. Meus parabéns.


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Notas finais do capítulo

E ai galera? Eu sei, ainda querem me matar né srsr
Se quiserem me encontrar, meu twitter é @MissBracho_
Los Amo
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