“Quando uma pessoa tem alguém a quem quer proteger, então se torna verdadeiramente forte.”

(Anônimo)

Capítulo 05 – Gato desaparecido.

Depois de me deixar segura e verificar se eu não estava machucada, Natsu saiu para há procura de Happy e disse que voltaria antes do anoitecer. E nada sobre o beijo. Nem o motivo de estar tão irritado comigo. E agora havia começado a me ignorar. AAH! Eu vou acabar em algum manicômio por causa dele daqui a pouco!

Não que minha magia vá ajudar muito há encontrar Happy, mas puxa... Custava me deixar ir junto? Ainda mais quando ele mostrou uma expressão tão preocupada quando não conseguiu encontrar seu parceiro! E também não é nenhum pouco agradável ficar sozinha no meio do nada quando está prestes a escurecer! E ainda por cima parece que vai chover... Kami-sama eu só lhe imploro uma coisa e nunca mais te peço nada na vida. Sem trovões, por favor. Por favor.

*Trovoada* - Depois disso começa a chover, acompanhada por relâmpagos, e mais fortes trovoadas. (N/A: Começa uma narração em terceira pessoa)

– Lucy... Não consegui encontrar o Happy. – diz Natsu frustrado socando uma árvore. – Melhor arrumarmos algum abrigo... Lucy?! Ei... – o rosado para em sua frente e fica apavorado ao perceber o estado em que a loira se encontrava. – EI LUCY! – começa a sacudi-la, mas a mesma continuava na mesma posição, encolhida tampando os ouvido e os olhos arregalados. – Droga... – tira seu cachecol o enrolando nela, e com certa dificuldade a acolhe em seus braços a carregando. – Eu acabei de te conhecer e você já faz isso comigo? – murmura frustrado.

Após andar por mais de meia hora, ele avista uma cabana de madeira no alto de uma colina e corre imediatamente para lá. Coloca a loira delicadamente no chão, e a mesma murmura um baixo “obrigado”, e ele começa a procurar lenha para fazer uma fogueira, e algo para aquecê-la. Pega algumas cadeira e as quebra, fazendo a lenha improvisada, colocando-as na velha lareira e as acendendo imediatamente.

Anda novamente em direção à loira e a leva mais próximo da lareira, mas a mesma ainda tremia de frio, então tira seu colete e a entrega. Pode não parecer mais aquilo realmente esquenta.

– Você vai ficar resfriado. - diz ela tentando sorrir, e tirando o colete e o cachecol. – Desculpa pelos meus surtos... Principalmente esse. E... Desculpa por ter te deixado irritado! Eu...

– Fica quieta. – diz Natsu pondo novamente as roupas que ela tirou. – Não estou com frio. E isso não é importante agora.

– Sabe... Eu realmente não consigo te odiar. – a loira se aconchega mais perto da lareira e abraça o cachecol. – Ele deve estar bem. Digo... O Happy. Com certeza ele... – quando ia terminar de falar escuta uma forte trovoada e a loira se encolhe mais ainda. – E-ele... V-vai...

– Eu sei. – diz pondo a loira no meio de suas pernas e a abraçando fortemente.

– Agente se conhece há quatro dias e você já teve que me salvar três vezes. Sou orgulhosa, e sempre faço o que quero sem nem pensar antes...

– Além de não ter nenhuma noção de perigo, nem vergonha. – diz irônico e a loira sorri.

– Ainda quer que entre na guilda? – pergunta hesitante.

– Isso quer dizer que finalmente aceita a proposta?

– Dizendo assim parece que acaba de receber a resposta de um pedido de casamento. – a loira ri, mas o rosado fica corado. – Acho que sim. Pode ser legal estar numa guilda... Só espero que nem todos sejam tão estranhos quanto você.

– Hã? Olha quem diz. A pessoa que dorme no cão e ainda beija os outros do nada. – os dois coram violentamente, ainda mais Lucy, pois já tinha esquecido sobre isso.

– Sobre isso... Gomen! E-eu não sei o que eu fiz... – diz se afastando do rosado, mas sendo impedida pelo mesmo.

– Só, por favor, não saia por ai fazendo isso com qualquer pessoa. – fala o rosado suspirando.

– Eu não faço isso! Aquele deve ter sido o meu primeiro beijo! – diz irritada, mas deixando o rosado ao mesmo tempo em que feliz também confuso.

– Deve ter sido... Hã? Geralmente não se esquecem disso...

– Minhas memórias... São muito confusas. Não sei o que realmente aconteceu no passado. Parece como um quebra cabeça com peças faltando. Há coisas que não se encaixam de jeito nenhum. Esquece... Deve me achar realmente maluca agora né? – ele nega com a cabeça, sorrindo gentilmente. – Por isso resolvi sair de casa. Para encontra alguém que talvez me conheça. Mesmo eu acho isso loucura. Duvidar de si mesmo.

– Não é como se você normal de algum jeito. Agora durma. Eu vou te proteger. – como se aquilo fosse palavras magicas a loira fechou os olhos e dormiu imediatamente. E assim ficaram esperando a tempestade passar.