Lacie a Ceifadora escrita por Jace Jane, Alessia Serafim


Capítulo 1
Capítulo 1 - Já matei por acidente




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/328910/chapter/1

Arrependo-me amargamente de dizer que a minha vida era um tédio, antes fosse!Preferia viver na margem da ignorância a ser obrigada a fazer parte de tanta maluquice.

Quem estiver lendo isso não deve estar entendendo nada. Eu sou Lacie Jones Walker, tenho quatorze anos, sou meio baixinha, tenho longos cabelos negros, pele branca, meus olhos são estranhos é um de cada cor, o direito é vermelho e o esquerdo é dourado, graças a isso sou chamada de garota do infortúnio, sou órfão, tenho TDHA e dislexia, moro em um orfanato/escola em Manhattan, também tenho uma péssima memória, não me lembro de quase nada que fiz antes de entrar no orfanato, a única coisa que me lembro de é de entrar em um cassino e depois sair acompanhada de um cara estranho.

Quando eu acordei eu estava no meu quarto. Meu quarto é simples e pequeno, só tinha uma cama e um guarda-roupa. Normalmente os órfãos tem um colega de quarto, mas eu tenho a fama de ser estranha, ninguém chega perto de mim, coisas estranhas acontece quando alguém chega perto de mim.Uma vez uma garota começou a me encarar olhei bem nos olhos dela,uma imagem passou na minha cabeça,via ela sendo atropelada por um carro,a menina parece que viu a mesma coisa que eu,ela correu desesperada pela rua enfrente um orfanato,acabou que foi atropelada.Depois disso ninguém mais falou comigo,ignoravam completamente a minha existência.

Levantei-me da cama peguei o uniforme do orfanato que era uma blusa social branca, um terno preto, gravata preta, mas no lugar dele eu uso uma fita vermelha de seda e uma saia pregada preta (eu odeio saia), peguei minha meia ¾ brancas e o meu sapato preto (a única coisa boa no uniforme era a cor). Depois de pegar minha roupa fui para o banheiro das meninas, tinha vários boxes, dava para todo mundo tomar banho sem se atrasar para as aulas, o banheiro fica no final do corredor, tomei meu banho,quando terminei,me lembrei de algo muito importante eu esqueci a droga da toalha!Escutei a porta do banheiro ser aberta.

- Melany é você? – Perguntei dentro do boxe

- O que foi Lala? – disse Mel se se encostando à porta da onde eu estava Melany é um pouco antipática e egocêntrica, mas pelo menos me ajuda quando preciso.

- Faz um favor pra mim? – perguntei tímida

- Diz – disse Melany

- Pode pega minha toalha que eu esqueci – pedi

- Você só não esquece a cabeça por que esta grudado no pescoço – disse – Vou buscar já volto – disse antes de eu escutar a porta sendo aberta .

Não demorou e logo ela tinha chegado depois me vesti e fui para a aula, só que não tive muito sucesso, tinha vários corredores e como só esquecida acabei me perdendo cheguei à sala dez minutos atrasada.Me sentei na cadeira perto da janela e fiquei admirando a paisagem do lado de fora do orfanato.Hoje estava com o tempo nublado cheio de nuvens(do jeito que eu gosto!),voltei a aprestar atenção na aula.Quando as aulas tinham acabado,fui para o jardim dos fundos do orfanato,o jardim não era muito bem cuidado,as flores estavam mortas,galhos quebrados no chão,tinha uma enorme fonte de pedra no meio do jardim,a água estava coberto de folhas secas,dentro da fonte tinha algumas moedas com um símbolo estranho.Me sento na borda da fonte e fico admirando a paisagem  a minha frente.Desde que me conheço por gente,sempre gostei de lugares assim,meio que..eu me sinto em casa,nesses tipos de lugares.Apoiei minhas mãos na borda,e fiquei sentindo o vento no meu rosto,alguns minutos depois escuto passos misturados com barulho de folhas,me levanto assustada.

- Quem está ai? – perguntei para o nada

Mais passos...

- Responda! – gritei

De trás de uma arvore, uma mão apareceu, logo o corpo todo de um homem já dava para ser visto, o cara de meia-idade que parecia ter acabado de sair de uma ressaca, usava ma roupa de ginástica e se apoiava com um caduceu que tinha duas cobras entrelaçadas.

- Eu avisei para não roubar os vinhos de Dionísio, eles te deixam loucos! – falou uma das cobras. ”Uoul uma cobra falante!”

- Fica quieta Marta!To morrendo de dor de cabeça! – disse o Homem apoiando as costas na arvore, e colocou sua mão livre no seu rosto, tapando a metade do lado direito do seu rosto – Merda de dor de cabeça! – resmungou o Homem

- Senhor Hermes! – chamou a outra cobra, ou será que foi a Marta?

- Que foi Jorge? – perguntou o homem

- Tem uma garota te olhando – respondeu Ops! Fui descoberta!”.

- Cobras falantes – disse olhando estática para o Jorge e Marta

- Ah não! – reclamou o homem – Nevoa incompetente! – reclamou o homem – Garota como se chama? – perguntou

- Sou Lacie Walker – respondi dando um passo para trás “Eu só posso estar sonhando, cobras não falam!”.

 - Lacie, poderia me dizer que lugar é esse? – perguntou o Homem

- É o Orfanato Howard Link, Manhattan – respondi dando outro passo pra trás

- Ah!Que bom não to longe do Olimpo – disse

- Senhor Hermes, uma mortal acaba de nos ver e você não faz nada! – reclamou a cobra Marta ou será o Jorge?Que problemático.

- Se ela pode vê-los, ela pode ser uma semideusa ou pode ver através da nevoa – respondeu o homem para as cobras.

- Semideusa? – repeti, chamando a atenção do homem pra mim.

- Qual foi à coisa mais estranha que você já fez? – perguntou o homem pra mim

Pensei no episodio que mostrei a visão da morte daquela garota

- Induzi uma garota a se matar – respondi – Ou será que previ a morte dela? – disse pensativa

- Nossa! – disse – Já sei de quem ela é filha – comentou

- Quem é você? – perguntei

- Sou Hermes – respondeu

- Igual o nome daquele deus – comentei

- Não é igual, eu sou o deus – disse “Esse cara bebeu demais“ – Vou mandar um Sátiro vim te buscar – disse antes de uma luz quase me segar,quando a luz sumiu,não tinha mais ninguém no jardim,o homem desapareceu junto com a luz.

Quando eu dei um passo pra frente algo puxou o meu pé e eu caí sentada na possa de lama.

- Hoje não é o meu dia de sorte, primeiro esqueço a toalha,segundo vejo cobras falantes,agora isso – reclamei em quanto me levantava – Droga!Vou ter que tomar outro banho! – disse olhando o estrago que ficou a minha roupa – Droga to toda suja de lama! – Quando eu me viro para trás dou de cara com um cachorro gigante.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – sai correndo.

O orfanato Howard Link fica alguns quilômetros antes da saída de Manhattan, a única coisa que os separa é uma enorme floresta.

E foi para a floresta que eu corri, sem escolha corri que nem uma condenada por entre as arvores, mas não importava quanto eu corria, aquela desgraça continuava atrás de mim!

Já estava ficando cansada de correr, acabei parando para recuperar o fôlego, me apoiei na arvore e tentei acalmar a minha respiração.

- Ca.. Chorinho... Se quiser... Me matar..Se jê rápido! – disse olhando para o cachorro na minha frente, fechei os meus olhos e esperei a morte, mas ela não veio, no lugar veio varias lambidas molhadas cheias de saliva.

- O cachorrinho sei que to precisando de um banho, mas eu prefiro que seja com água ao invés de saliva – disse quando abri os meus olhos,ele parou de me lamber e fez um gesto com a cabeça como se quisesse que eu o seguisse ou pular em cima dele.

- Você quer que eu monte em você? – perguntei “Como se ele fosse responder

Ele balançou a cabeça afirmando

- Beleza – disse tentando subir nele, depois de alguns minutos finalmente consegui montar nele, assim que eu montei e agarrei um pouco do pelo, ele saiu correndo,corria disparado, desviava das arvores.

- Acho que vou vomitar - comentei enjoada

Depois de meia hora correndo sinto ser arremessada bati de costas no as falto

Clek

- Acho que quebrei uma costela – “Só uma?não acho que mais”

Sentei-me no chão, coloquei uma das minhas mãos debaixo da costela. Vi o Lúcifer (o nome que coloquei nele) lutando contra uma coisa que parecia ser um minotauro. A luta tava acirrada, um tentando matar o outro. Lúcifer pulou em cima da cabeça do minotauro arrancando os dois chifres, o minotauro urrou de dor e o perfurou com as suas mãos, o matando.

- Lúcifer! – gritei

Lúcifer virou cinzas, sem, mas nada para em pedir o minotauro, ele se virou para mim.

- “Vou morrer” – pensei desesperada

O minotauro se aproximava de mim lentamente, eu fiquei paralisada de medo.

- “Adeus mundo cruel” - pensei

“Você irá morrer se não lutar”

- “Quem é você?” – perguntei para a voz na minha cabeça.

“Sou aquele que quer que você viva”

-“Se quer me manter viva, me ajude!” – pedi para a voz.

“Arranque a fita vermelha que esta amarrada no seu pescoço”

- “E o que faço com ela?” – perguntei para voz.

“Diga ‘transforme! ’”

- Transforme! – gritei enquanto puxava o laço do meu pescoço

O laço se transformou em um chicote

Na ponta do chicote tinha pequenas laminas.

“Agora o mate!”

Entrelacei o chicote no pescoço do minotauro, puxei o chicote dando impulso, fazendo meu corpo ser puxado para frente e dei um belo chute. Com o peso do meu corpo, a cabeça do minotauro foi arrancada o fazendo virar pó. Fiquei sozinha largada no meio da rua. Coloquei o meu laço de volta no pescoço e fiquei olhando os chifres do minotauro “aquela coisa não deveria ter sumido junto com o minotauro?”.

- O que estava acontecendo? – disse para o nada, comecei ver tudo embarçado, depois não via mais nada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o q acharam? mereço comentarios???



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lacie a Ceifadora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.