Watashi Wa Anata O Wasurete Janai escrita por Stefany01


Capítulo 1
One-shot - Watashi wa Anata o Wasurete Janai


Notas iniciais do capítulo

Chaos! ^^

Antes de mais nada, eu fiz essa fic no ano novo, como um presente de Amigo-X (ou Amigo Secreto) para a Loolabay.

Bem, é Amuto, com uma leve menção de Tadase/Amu. Nada muito mais que uma menção, pois não gosto do casal.

Espero que gostem da fic, pois me empenhei para escrevê-la.



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Eu sentia meu coração apertado. Sempre o sentia assim ao acordar, não era novidade. Eu acordava, olhava ao redor e não o via no quarto... A reação era automática. Mas isso não significa que eu esteja acostumada a isso. Ainda doía tanto quanto doeu da primeira vez que aconteceu – ou até mais.

Porque eu só fui notar tarde de mais... Que eu o amava. Que eu na verdade estive amando Ikuto, não o Tadase, como sempre achei... O Tadase era como um irmãozinho, alguém que eu protegeria... Não um namorado. E quando notei isso... Ele já não estava mais aqui; como dizem... Só se nota o valor quando se perde.

Levantei da cama disposta a sobreviver outro dia. Eu sobrevivi dois anos sem ele... Posso aguentar mais um pouco... Não é?

Ri amarga, sabendo que não era exatamente verdade. Nesse tempo eu não sobrevivi exatamente, só... Fiquei. Fiquei a esperar pelo retorno dele, pela oportunidade de vê-lo novamente... Talvez ele já tivesse me esquecido após todo esse tempo, mas eu não estava disposta a desistir sem antes tentar. Não mais.

Terminei de colocar a roupa, olhando de rabo para a pequena almofada sobre minha prateleira. Vazia. Minhas shugo charas já se foram há tempo, mas ainda as procuro toda vez que acordo... Após procurar por Ikuto. E isso era outra coisa que me matava cada vez mais: além dele não estar comigo, eu não tinha mais elas para me ajudarem.

Saí apressada do quarto ao notar que estava atrasada, sempre estava. Passei pela casa sem nem notar se tinha alguém em casa ou não, só sabia que tinha que correr... Porque algo me dizia que eu devia chegar logo à escola.

Saí de casa, peguei o caminho a esquerda, andando sem prestar atenção em nada, só querendo chegar logo onde eu acreditava que deveria estar. Não a minha escola atual, mas a minha escola da época de Joker. O Jardim Real era meu alvo.

Cheguei ao local almejado ofegando, e muitos alunos pararam para observar. Provavelmente se perguntavam o que uma aluna de outra escola estava fazendo ali, já que meu uniforme com certeza não poderia se passar pelo da minha antiga escola. Quando parei em frente aos portões do colégio finalmente parei para pensar na besteira que estava fazendo. E se o Jardim estivesse fechado? O queexatamente eu buscava lá? Nem eu mesma sabia...

Andei mais devagar até a construção de vidro e empurrei vagarosamente a porta, descobrindo-a aberta. Sorri e entrei, olhando ao redor com verdadeira saudade. Aquele local fora um marco importante em minha vida. Muito importante, e sair dali foi outro ponto decisivo. Porém, depois de dois anos eu entrava ali novamente, outro marco importante.

Andei o mais devagar que minha ansiedade permitia, me dirigindo à mesa onde tomávamos chá durante a tarde. Flashes de memórias passaram por minha cabeça e eu ri. Parei do lado da mesa e passei uma mão sobre o assento da cadeira onde eu costumava me sentar.

– Olá. – ouvi aquela voz rouca e familiar atrás de mim. Bem atrás de mim, por sinal. Praticamente colada ao meu ouvido, daquela forma que só ele sabia fazer. Daquela forma que me fazia estremecer da cabeça aos pés.

Neko hentai. – virei rapidamente, lhe encarando nos olhos e ele sorriu. Um sorriso lindo que fez meu coração acelerar e meu rosto esquentar. Era verdade, ele estava ali na minha frente. Sorri e passei os braços ao redor de seu corpo, afundando o rosto em seu peito. Ele emanava um gostoso calor humano que eu tinha esquecido como era – Eu senti saudades.

– Oh é? – eu podia ouvir o sorriso em sua voz. Ele parecia alegre – Eu também senti. Quantas vezes não tive que me segurar para não voltar correndo para você... Porém eu sempre me lembrava de que você deveria estar com o pequeno príncipe... E ficava.

– Não... Não... Eu não estive com o Tadase. – murmurei envergonhada – Eu não conseguia. Ele era um irmãozinho.

– Oras, essa é novidade. – seu tom de voz assumiu um tom ainda mais melodioso ao que ele brincava com meu cabelo com uma de suas mãos. Afastei-me um pouco para poder observá-lo no rosto e ele estava com uma expressão aliviada.

– Eu não podia ver ninguém como uma opção. Não conseguia tirar um único rosto de minha cabeça. – senti meu rosto se esquentar mais e desviei o olhar ao ver seus olhos brilharem com curiosidade.

– E que rosto era esse, se não o do Tadase? – ele parou de brincar com meu cabelo e puxou meu queixo mais para cima, numa tentativa de me fazer olhar para seus olhos.

– V-Você. – sussurrei tentando esconder o rosto novamente, dessa vez com um braço. Eu não conseguia lhe encarar, ou meu rosto pegaria fogo.

– Eu? – ele empurrou meu braço para longe e abaixou-se de modo a ficar com o rosto a míseros três centímetros do meu. Eu ainda estou viva?

– V-Você. – repeti – E-Eu não conseguia te esquecer... Não importa o quanto tentasse... Você era o único que fazia meu coração acelerar, mesmo em pensamentos. – finalmente admiti – Eu só queria a você.

– Seria tão mais fácil se me dissesse isso antes. – ele riu beijando minha testa e acariciando meu rosto com a mão que antes estava em meu queixo.

– Mas aí... Não teria certeza. – ri baixinho, sem realmente acreditar naquilo – Eu... – respirei fundo e controlei o impulso de sair correndo – Eu te amo, Ikuto. Agora e sempre. Então... Não me deixe novamente... Ouviu?

– Nunca mais. – ele sussurrou antes de beijar minha bochecha, colando seus lábios ao canto dos meus, mas sem tocá-los verdadeiramente.

– Ikuto... – murmurei antes de virar o rosto um pouco e capturar aqueles lábios eu mesma. Se ele não iria me beijar, então eu o beijava. Esperei muito tempo por essa oportunidade, não a deixaria fugir agora. Não mais.

Nossos lábios se tocaram carinhosamente, e ele parecia saber que eu ia fazer isso. Mantive os olhos abertos por um tempo, observando seu rosto tão bonito, os fios azulados caindo sobre a pele clara... Os olhos azuis se fechando aos poucos... E deixei meus próprios olhos se fecharem.

Eu não sabia exatamente o que fazer, mas ele sim. Suas mãos foram para minha cintura, juntando nossos corpos, e eu o deixei conduzir meus próprios braços para seus ombros. Ele movimentou seus lábios sobre os meus, fazendo pressão com a língua e pedindo permissão para adentrar minha boca. Envergonhada e sem experiência, deixei ele conduzir. Sua língua se entrelaçou a minha, mandando um choque por todo meu corpo. Ela era quente, tão quente quanto o resto de seu corpo, tão próximo do meu.

E esse calor se alastrou por todo meu ser, atingindo um ponto em específico. Meu coração. Meu coração dolorido, que agora pulsava tão forte que parecia querer fugir de meu peito. E eu ouvia seu próprio batimento acelerado contra meu corpo, parecia que nossos corações batiam em um só ritmo... Ao mesmo tempo em que nosso calor se juntava, deixando uma única temperatura em dois corpos. E isso era melhor do que qualquer coisa que eu já havia experimentado até hoje... Essa sensação de estar sendo amada.

E a sensação de ser amada era uma sensação quente, aconchegante e gentil. Muito gentil...

– Eu te amo, Ikuto. – ofeguei quando ele me deixou respirar entre nosso beijo. Sua própria respiração acelerada tocava meus lábios, um hálito quente de menta fresca escapando e seus lábios entreabertos.

– Eu também te amo. – ele murmurou juntando nossos lábios rapidamente, em um beijo casto e amoroso – Te amo muito... Mais do que você poderia imaginar. E nunca mais seria capaz de te perder. Você agora é minha, Amu. Só minha.

– Contanto que não me deixe... Eu estarei sempre aqui pra você. Com você. – respondi apertando os braços em sua nuca, braços esses que pareciam ter vida própria, pois tenho certeza de que os deixei sobre seus ombros.

E ele riu amavelmente, um riso mais bonito do que qualquer outro que já vi em seus lábios, e olha que qualquer riso seu já era lindo...

E, antes que eu pudesse continuar divagando sobre a sua beleza, meus pensamentos se esvaíram com um único movimento: um único inclinar que resultou no toque de nossos lábios... Aqueles lábios que eu admirava há poucos segundos e meus próprios.

Um toque que poderia me levar aos céus ou ao inferno, que eu não iria ligar. Contanto que fosse ele a me levar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e espero reviews - por favor? *-*

Ah sim, "Neko hentai" significa "Gato pervertido". Referindo-se ao Ikuto, obviamente.

Para aqueles que ficaram com dúvida, as Shugo Charas não estão mais aí por causa de sua idade - ou simplesmente porque seus desejos mudaram. Interpretação pessoal de cada um.

Bem, é isso. Obrigada por lerem, e já que se deram a esse trabalho, poderia, por favor, deixar um review? Nem que seja um "Ei, eu li". Já vai me deixar feliz.

Ciao, ciao! o/

Bacio! ;*



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