Broken - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 19
Capítulo 18 - Dear heart, stop playing!


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, gostaria de agradecer a Laraxlb pela recomendação maravilhosa, eu amei!!! Muuuuuuuuito obrigada, fiquei super feliz com suas palavras!!!

Bom pessoal, aqui estou com mais um capítulo...espero que gostem!

Não sei se vcs sabem, mas agora estou escrevendo outra história também, mas vou fazer o possível para conciliar as duas....



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- Regina-

Assim que Belle chegou, começamos a conversar sobre o que aconteceu aquele dia... Ela me explicou tudo que minha mãe disse e fez, tudo que ela sentiu, tudo que ela ouviu e tudo que ela mesma fez... Em sua voz, não vi arrependimento, apenas culpa.

Ainda não consigo acreditar no que minha mãe fez... Sabia que ela era má e perversa, mas nunca imaginei que iria tentr matar uma criança que nem nasceu! Ela torturou Belle física e psicologicamente... Se um dia eu tive pena e desejei dar-lhe uma segunda chance, esse dia acabou. Agora está morta, e nunca mais poderá nos perturbar.

Fiz um acordo com o Sr. Gold”, disse Belle. Os tópicos desse acordo eram justos, e eu tinha certeza de isso a ajudaria a se lembrar do passado... Fiquei muito feliz por ela finalmente assumir que precisava de ajuda, mas também fico triste, essa casa nunca mais será a mesma sem ela...

- Você vai ficar bem aqui?

- Não se preocupe Belle, afinal, tenho o Henry... E fiz um novo amigo. Vamos nos ver sempre! Não pense que se livrará ao facilmente de mim...

- Falando em “novo amigo”, tem certeza que é só isso?

Ela ficou me provocando várias vezes sobre o assunto, mas consegui convencê-la que ele é apenas um amigo... não é? Finalmente as pessoas estão voltando a confiar em mim... e a prova disso é o Neal. Mesmo não me conhecendo, veio e me ajudou. Agora veja onde estamos, grandes amigos! Pela primeira vez, alguém realmente me entende e confia plenamente em mim.

Neal...

- Já voltaram? – perguntei, depois de ouvir o a porta se abrindo.

- ? Você por acaso sabe que horas são? – disse Neal, em seu tom comum.

Neal sempre faz piadas, mesmo nos momentos ruins, tenta amenizar a situação com alguma palhaçada.

- E essa torta, sai ou não sai? – perguntou ele, se aproximando para abrir o forno.

- Hey! – impedi – Pode se afastar desse forno mocinho! – era comum ele fuçar no fogão, descobri que era impaciente e parecia criança quando vê um doce.

Neal mostrou a língua, seguido por mim, o que não passou desapercebido pó Rumple.

- Só uma olhadinha... – tentou novamente

- Neal...

- É só pra experimentar... – disse ele, com a mão na porta do forno.

- Não se atreva! – retruquei, batendo com a colher na mão do Neal.

- Ai! – disse ele, balançando a mão. Por um momento considerei pedir desculpas, mas logo desisti quando percebi que estava de palhaçada - Chata!

- Atrevido!

- Mandona!

- Teimoso!

- Hey!! O que eu perdi? – interrompeu Belle, na porta da cozinha e, entendendo a situação, resolveu entrar na brincadeira – Neal, é melhor não bater de frente com ela... – aproximando-se do forno – Já está pronta?

Belle fez menção de que abriria o forno, mas fui mais rápida e a impedi. Às vezes, Neal e Belle era iguais: grandes crianças...

- Você e o Neal parecem crianças... Saiam já da cozinha!

- Mas...

- Nada de mais. Vamos, os três pra fora!

- Sobrou até pra mim... – disse Rumple, entrando na brincadeira.

Saímos da cozinha, conversando e dando risada. Alguns minutos depois, Regina voltei para a cozinha e chamei Neal para ajudar,

- Já que está tão apressadinho pra ver a torta... – disse eu, entregado uma bandeija com copos de suco, pegando eu outra com os pedaços de torta.

Ficamos algumas horas na sala conversando e rindo, era como se eu tivesse uma família. Por volta de 21horas, Rumple e Belle foram embora, sobrando novamente eu e Neal.

Quando me disse que iria embora no dia seguinte, uma tristeza me inundou, e voltei a ficar seria. Passei a noite toda pensando nos acontecimentos: minha mãe, Belle, Rumple, Neal...

Neal...

Ah, droga! Por que eu tenho que pensar tanto nele??

Logo de manhã, acordei bem cedo e, pra minha surpresa, ele não estava na cozinha, como de costume. Novamente, uma onda de melancolia me atingiu.

Regina, você precisa se tratar...

- Mon! Mon!! – gritou Henry, me assustando.

Fiquei tão feliz em ouvi-lo me chamar, que esqueci dos trajes que me encontrava: uma camisola preta e um robe por cima. Mas nada me importava, estava com meu filho nos braços, e ele estava feliz em me ver.

- Henry! Como é bom te ver... Senti tanta a sua falta!

- Eu também...

- Você já tomou café da manhã? – perguntei, sem olhar pra trás.

- Não

- Ótimo! Então vou preparar as panquecas que você adora! Leva suas coisas pro quarto e lava a mão.

- Tá.

Henry deu outro beijo em meu rosto e subiu correndo as escadas.

- Nossa, nunca vi ele tão animado... – uma voz me fez virar.

Neal...

- Ele é assim quando está feliz... Fica elétrico e ninguém segura. Não duvido muito que ele me peça para brincar com ele depois... – disse eu, sorrindo.

Sem pensar, tirei o robe e pus meu avental.

- Então... ele também gosta de panquecas?

- Também?

- Sabe, não faço ideia de quem ele puxou isso... – disse ele, fazendo carinha de anjo, iniciando “nosso” jogo favorito.

Sempre que podíamos, fazíamos isso. Nesses momentos me sentia criança novamente.

- Hm... Deve ser de alguém muito guloso, espaçoso...

- Ou de alguém muito chata e mandona... – não o deixei terminar a frase, jogando um punhado de farinha em seu rosto.

- Ah, desculpe, foi sem querer... – disse eu inocentemente, rindo.

- Hm... – começou a se limpar – Você não devia ter feito isso...

Eu estava tão ocupada rindo, que não percebi quando ele chegou mais perto, pegou um grande punhado de farinha e lançou em minha direção, manchando a camisola preta!!

- Atrevido! – disse eu, me preparando para um “segundo round”. Corríamos pela cozinha, atirando farinha e açúcar, até o chocolate em pó não escapou.

- Agora eu te pego Regina! – disse ele, encurralando-me num dos cantos da cozinha, com a mão molhada e cheia de farinha, que juntas formavam uma pasta.

- Não se atreva... – falei, tentando recuar

- Você não tem saída...

- Sempre há uma saída – disse eu, fugindo por baixo dos seus braços – Nesses momentos é bom ser pequena...

- Trapaceira! – gritou, correndo. Rodamos umas cinco vezes em volta do balcão, e finalmente conseguiu me alcançar.

- Você não vai me pegar... sou mais rápida!

- Ah é? Vamos ver...

Foi tudo muito rápido. Num momento, eu estava correndo, no outro, um de seus braços me puxou, cercando fortemente minha cintura por cima de meus braços.

- Neal! – disse, não se aguentando de tanto rir.

Senti a pasta de sua mão ser passada no meu braço, provocando arrepios, em meio à gargalhadas, estremeci com o contato com a pasta gelada. Depois sua mão passou algo gelado no meu rosto, e senti que um pouco da pasta caiu, ultrapassando meu decote. Uma sensação estranha me tomou...

- Você me paga Neal!! Espera só eu me soltar!

- Até você conseguir se soltar, já vai estar cansada, então não vai fazer nada... Você mal consegue falar de tanto rir!!

- Você também não!

Para minha sorte, Neal tentou trocar o braço que me segurava, e assim que meus pés tocaram o solo, apliquei uma das técnicas que aprendi sendo rainha: dar rasteira. Desequilibrou-se e caiu no chão de costas, mas, como ainda me segurava, fui junto.

- Ai! – gritou

- Eu avisei! – falei, tentando me levantar. Porém, ele foi mais rápido.

Não sei como, mas assim que comecei a me levantar, suas mãos seguraram meus pulsos com tamanha força, que cai de costas ao seu lado. Como por um reflexo, ele me prendeu embaixo dele, com os braços segurando os meus. Resignada, parei de lutar. Ficamos nos encarando por alguns minutos, seus braços escorregaram no chão úmido e seu rosto ficou mais próximo ao meu. Minha respiração saia entrecortada, ondas passavam por meu corpo. Meus olhos não conseguiam desviar dos dele... Sem pensar, me aproximei.

A curta distância que nos separava estava diminuindo, podia sentir sua respiração no meu rosto...

Estávamos muito próximos...

Cada vez mais...

Mais um pouco...

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- Mon? – interrompeu Henry, assustando-me.

Por conta do susto, voltei minha cabeça para baixo, mas esqueci do chão... O que me rendeu um belo de um galo. Neal imediatamente me soltei, saindo de cima mim.

Meu Deus, não acredito nisso... O que deu em você Regina?? Que vergonha...

- O que aconteceu nessa cozinha? Tem farinha e... chocolate em pó por todos os cantos... – enquanto ele falava, Neal se levantou e me deu a mão para me ajudar, sentia meu rosto queimar de vergonha – O que aconteceu com a sua roupa? E a sua?

Não sabia o que dizer, o que poderia ser? Decidi então me concentrar em limpar minha camisola e deixar a explicação por conta do Neal.

- Ãhm... Sua mãe jogou farinha em mim... E eu aceitei esse “desafio” e entrei na brincadeira. Acho que passamos um pouco da conta...

- Acho que eu coloquei a mão na massa, literalmente. – tentei brincar para descontrair um pouco o ambiente. – Henry, já lavou as mãos?

- Sim senhora

- Ótimo, então vamos fazer logo essa panqueca... – disse eu, levando-o ao balcão e começando a cozinhar.

Durante o café da manhã, fiquei em silêncio. A cena de minutos antes não saia da minha cabeça. Como me deixei me envolver numa situação tão constrangedora?? Como uma simples brincadeira se tornou tudo aquilo? E pior, o que eu senti? Por que me aproximei ainda mais quando estávamos perto? Quando nossos olhares se cruzavam, um misto de vergonha e surpresa se mostrava, em ambos os lados. Henry percebeu o clima estranho, e perguntou se estava tudo bem, para contornar, disse estar pensando na minha mãe, e não fui questionada. Quase uma hora depois, Neal levou Henry para a escola, me dando um tempo para pensar melhor em tudo e arrumar a bagunça.

Uma hora depois, ele voltou. Pediu desculpas pelo que aconteceu e subiu para o quarto. Quando voltou, carregava uma mala: suas coisas, como prometeu. Despedimos-nos, ainda sem graça, com um simples abraço.

- Obrigada Neal, por tudo.

- Você não precisa agradecer...

- Preciso sim. Ninguém nunca me tratou assim antes... Todos têm medo e passam bem longe de mim... Meu passado nunca será esquecido. Mas você é diferente. Mesmo não me conhecendo, me ajudou, confiou em mim, me tratou como igual. E eu só tenho a agradecer por isso, de verdade.

- Eu só acho que não devemos julgar ninguém por erros do passado, e sim pelo presente. Você não é nenhuma bruxa má, muito menos uma rainha impetuosa. Eu não sei como você era antes, mas sei como é agora, e tenho orgulho de dizer que somos grandes amigos... Ou não somos?

- É claro que somos, grandes amigos! – Senti meus olhos se encherem de lágrimas novamente – Vamos parar de sentimentalismo, se não vou acabar chorando!

- Tudo bem. – disse, levantando as mãos como se fosse rendido. – Hm... eu... eu preciso perguntar uma coisa.

- O quê?

- Você vai voltar a trabalhar na prefeitura, e meu pai estará um pouco “ocupado” com a Belle... Será que eu posso invadir essa casa de vez em quando pra ficar com o Henry? Ou raptá-lo? – disse ele, começando a brincadeira.

- Bom, se você prometer devolvê-lo inteiro, sim, você pode...

- Ótimo! Então... se precisar de alguma coisa...

- Ligo para o pai do Henry. Conhece?

- Ah sim, um bom homem... Muito bom homem.

Rimos novamente, e, com um tapa de brincadeira em seu ombro, falei.

- Só tem um problema: o pai do Henry não me deu seu telefone...

- Bom, não seja por isso... – disse ele, anotando na agenda ao lado do meu telefone. – E o seu?

- O meu está na lista telefônica... – provoquei – Afinal, sou a prefeita dessa cidade...

- Hm... É que não estou a fim de procurar na lista... Além do mais, duvido que lá tenha o número do seu celular...

- Certo, venceu – disse eu, escrevendo meu número num pedaço de papel e entregando a ele. – Só não perde ok? Odeio falar a mesma coisa duas vezes... – minha famosa ironia estava de volta.

- Quem sou eu para provocar a ira de uma bruxa!

Fiz menção de dar-lhe outro tapa, mas ele se esquivou a tempo.

- Bons reflexos...

- Tive tempo pra praticar...

Conversamos um pouco ainda, e finalmente nos despedimos novamente, dessa vez o abraço foi mais forte... E por algum motivo, me senti segura sob a pressão...

- Até Regina...

- Até Neal...

Pegando sua mala, saiu pela porta, que fechei logo em seguida, com uma sensação de vazio dentro de mim.

Onde está a mulher decidida e forte que você já foi Regina?? Anime-se! A casa é novamente toda sua!

- Esse é o problema... Estou sozinha novamente...

------- 15 dias depois ----------

- Belle –

Esses dias estavam sendo maravilhosos! Rumple (sim, finalmente tomei coragem de dar-lhe um apelido, afinal, Regina também o chamava assim, por que eu não?) me ensinava mais a cada dia. Percebi que ele era um professor muito melhor que Cora. Ele me ensinava com paixão, ele gostava de fazer magia, não por ter poder, mas pela sensação boa que lhe trazia, pelo prazer. Além de calmo, é bastante paciente. Quando ele resolveu me ajudar a controlar meus poderes (com os cinco elementos), quase incendiei seu jardim. Ao invés de gritar comigo, apenas consertou e me mandou recomeçar.

Devo admitir que, mesmo sendo paciente, é rígido e insistente. Ele não desiste até que eu aprenda algo, não sai do meu lado até eu me sentir segura o suficiente e executar perfeitamente. Mesmo que eu insista que não consigo, que não posso, ele me incentiva:

Você pode fazer isso Belle, você tem o potencial. Acredite em si mesma, pois eu acredito. Você consegue! Vamos, tente novamente...”. E ele estava certo. Eu sempre conseguia. Uma vez me disse que eu consigo surpreendê-lo mais a cada dia, que quando pensa já saber tudo sobre mim, vem um detalhe e ele recomeça, ele diz que sou como uma caixinha de surpresas.

Encontro-me com a Regina regularmente. Nos tornamos ainda mais unidas com essa separação. Sinto sua falta todos os dias, tenho saudades de quando me levantava e sentia o cheiro gostoso de suas panquecas, de seus doces, do sorriso em seu rosto quando conversávamos. Tenho o Rumple e o Neal, mas não é a mesma coisa.

Falando em Neal... Parece que a Regina mexeu mesmo com ele. Sempre que toco no assunto perto dele, dá um jeito de elogiá-la... Sempre que pode vai visitar Henry, e isso quer dizer todos os dias. Percebi também que o Henry não passa mais tanto tempo com a Emma e seus avós... Um dia, conversando, ele me disse que sempre que a Snow e o Charming eram muito sem graça, e que Emma, sendo a Xerife, não tinha muito tempo para ele. Falou-me também que, mesmo Regina sendo a prefeita e ficando um bom tempo fora, sempre que se viam ela tinha um sorriso a oferecer, sempre brincavam e se divertiam.

Henry só vê Emma e os avós nos finais de semana, e mesmo sendo pouco tempo, volta reclamando do tédio. Regina realmente conseguiu conquistá-lo, e sem usar a magia.

Sinto falta disso também. Com a gravidez, e principalmente depois do episódio no jardim, me sinto mais sensível, não sou mais aquela mulher fria e séria de antes. Regina costuma dizer que voltei a ser criança. De certa forma, fico feliz com o rumo que as coisas tomaram. Mas, cada dia mais, anseio ter algo que nunca tive: uma família.

Queria ter um homem que amasse a mim e a minha filha, sem distinções, queria poder estar mais presente nas vidas da minha irmã e sobrinho. Gostaria que ela também encontrasse alguém, que as pessoas parassem de desconfiar dela.

Hoje vejo filmes e sinto inveja das grandes famílias, que se reúnem para o almoço e/ou jantar, que fazem festa e comemoram juntos, que são unidos e repletos de amor.

Minha filha e eu temos uma conexão muito forte, sempre que estou sozinha conversamos, ora sobre o futuro, ora sobre o presente, e ora sobre o passado. Esses poucos minutos me trazem tanto prazer... Não vejo a hora de poder tê-la nos meus braços, de beijar suas bochechas e niná-la até dormir. Mas tenho medo do que possa acontecer comigo nesse dia.

As aulas de magia foram reduzidas, devido à proximidade do nascimento. Estou com medo, pois eu ainda não passei pelo processo de purificação da Phenix, tenho medo de não sobreviver.

Outro dia, na biblioteca, encontrei velhos registros, e um deles falava sobre a lenda das Phenix. Nenhuma mulher conseguiu sobreviver ao processo de purificação, pois este é muito doloroso e lento. A única que viveu, foi Avalon Le Fay, minha mãe. Mas quando nasci seus poderes foram sugados e passados pra mim. Regina me explicou que, por eu estar grávida, o processo de purificação está acontecendo lentamente, mas assim que essa criança sair de meu ventre, tudo virá com força dobrada. As dores serão piores, o processo será muito mais doloroso e cruel, e tenho medo de que não consiga suportar a dor e caia na escuridão.

Você conseguirá Belle, não se preocupe. Se sua mãe passou pelo processo, por que você não o faria? Lembre-se que vocês possuem o mesmo sangue, e tenho certeza que você é uma mulher forte, e vai passar por tudo isso. Você ainda vai viver por muito tempo...” disse Regina.

Outra questão que me preocupa é: caso eu sobreviva, me tornarei imortal. Mas eu não quero viver para sempre, não quero ver as pessoas que eu amo morrerem uma a uma, até que não restará nenhuma. Tenho medo do que a imortalidade me oferece, do que ela significa...

Restam poucos dias para minha pequena nascer... sinto seus pezinhos se mexerem dentro de mim... Assim que acontecer, não sei onde ficarei. Regina disse que eu poderia finalmente voltar para a mansão Mills, e fico feliz. Mas, ao mesmo tempo, fico triste. Desenvolvi uma amizade muito forte com o Rumple, e assim que eu sair por aquela porta, vou sentir sua falta... Nós sempre conversamos... Temos ideais parecidos, e ambos adoramos leitura e chá gelado. Ele parece conhecer os segredos de minha alma, sempre sabe o que estou pensando. Chego a acreditar nele quando diz que já nos conhecemos... Mas, como não me lembro, nunca assumi. Gostaria de tê-lo conhecido antes do Hook, talvez meu destino tivesse sido outro, talvez nossa amizade se tornasse algo a mais...

Belle, tire esses pensamentos da cabeça... Você é louca de pensar algo assim!

-Você já escolheu o nome? – perguntou Neal, tirando-me de meus pensamentos.

Tornou-se rotina Neal passar à tarde nessa casa. Ele e o pai estavam se dando bem, afinal. Ele se tornou um grande amigo meu... Às vezes até parecíamos irmãos!

- O que disse?

- Sempre no mundo da lua... – brincou – Eu perguntei se você já escolheu o nome da sua filha

- Ah... Bom, eu estive em dúvida entre vários nomes, mas acho que já me decidi.

- E qual será o nome? – dessa vez foi Rumple que perguntou.

- Hm... Por enquanto é segredo!

- Ah, qual é Belle? Fala pra mim vai... Sou tão bonzinho... – disse Neal, fazendo biquinho e cara de criança.

- Nem vem. A Regina pode até ceder, mas eu não vou me deixar levar por seus encantos.

- Quem disse que ela cede aos meus encantos? Espera... Quer dizer que você finalmente assumiu que tenho meus encantos?

- Hm... – fingi analisá-lo – Você não é de se jogar fora colega... Tem seu charme, MAS, como eu disse, não sou como a Regina, não vou ceder. Pode tirar seu cavalinho da chuva... – disse eu, com um grande sorriso no rosto.

- Nossa, você é igual a sua irmã: chata e teimosa!

- Neal, se eu fosse você, eu não irritaria uma mulher grávida... Ainda mais ela tendo magia... – disse Rumple.

- É Neal, tenho essa carinha linda de anjo mas sei ser má... – disse eu, com uma pitada de ironia.

- É... Acho que isso é característica padrão das Mills...

- Vamos fazer o seguinte: eu conto o nome dela... SE, eu ganhar algo em troca...

- O que?

- Um jantar.

- Nossa, nem nessas horas você para de ser gulosa!

- Mas não um simples jantar, quero que mais pessoas sejam convidadas... Se, é claro, o dono da casa permitir...

- Por mim, você pode fazer o que quiser com essa casa Belle. – respondeu Rumple, fazendo-me corar.

- Quem mais a senhorita quer convidar?

- Regina e Henry, é claro. – quando disse o nome dela, os olhos de Neal brilharam, mas, aparentemente, apenas eu notei.

- Trato feito – disse Neal, aproximando-se para apertar minha mão.

- Ótimo. E quando será?

- Pode ser no sábado... Acho que Regina não vai se importar em perder o final de semana para ver certa pessoa... – disse Rumple, e, com uma piscadela na minha direção, conclui que a frase não se referia a mim.

Isso será interessante. Muito interessante...


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Notas finais do capítulo

E então? Reviews???
Não deixem de conferir minha outra história: 'The Orphan', é uma versão um pouquinho diferente de Harry Potter... :D