Broken - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 15
Capítulo 14 – A New Agreement/New Discoveries


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoal! Ou bom dia...se forem considerar o horário... Enfim, aqui estou novamente... Espero que gostem desse capítulo ^^



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Capítulo 14 – A New Agreement/New Discoveries

– Neal -

– Há quantos dias estou “presa” aqui?

– Quatro.

– Não acha que é muito tempo não? Estou pensando seriamente em sair dessa cama e...

– Nem pense nisso! Você precisa ficar em repouso

– Mas já estou “em repouso” há quatro dias!!

– E não adianta reclamar Regina! Você prometeu ao Henry que não usaria magia, então, terá que se recuperar como qualquer outra pessoa: estando em repouso!

– Não aguento mais estar em repouso!

Assim eram nossas conversas. A cada dia, descobria em Regina uma mulher maravilhosa, que, apesar de sentir dores, fazia piadas o tempo todo, amenizando a situação. Ainda não encontrei a Evil Queen, e acho que nem irei. No início tive minhas dúvidas, pois se mostrou impenetrável, mas logo em seguida, fui desvendando essa mulher: doce e gentil na medida certa, forte, sensível, muito inteligente, observadora e maravilhosamente teimosa. Cada vez mais fico fascinado por ela...

– Você é muito teimosa! – disse eu, saindo do quarto.

– Onde você vai? – gritou, fazendo-me voltar.

– Fazer o café da manhã! Ou prefere comer os travesseiros? Eu pessoalmente não tenho nada contra, mas acho que não são muito saborosos...

– Idiota... – disse ela, arremessando uma almofada na minha direção, sorrindo.

– Sorte sua que está doente...

– Sorte? Não vejo onde...

– Bom, se não estivesse, essa almofada voltaria do mesmo jeito que me foi arremessada...

– Nossa, agora me deu medo... – disse ela, com tom de ironia.

– Palhaça... – respondi, deixando-a no quarto.

Esses dias têm sido muito bons... ela consegue me surpreender a cada dia...

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– Belle –

– Isso é exagero Sr. Gold... Estou perfeitamente bem para voltar pra minha casa, e o senhor não pode me impedir!

– Você pode estar bem, mas a Regina não está.

– Como ela está? - Se ela não se recuperar, nunca vou me perdoar...

– Falei com o Neal ontem, e ele me disse que, como ela não quer usar magia, a recuperação será um pouco demorada, mas, se tudo correr bem, até o fim de semana estará melhor.

– Ele está com ela?

– Sim...

– Eu que deveria estar lá, e não ele, é minha culpa!

– Belle, você não pode ficar se culpando

– Então culpo a quem? Ela é a maior vítima nessa história! Desde o começo, venho dando muito trabalho...já virou rotina ela deixar tudo de lado para vir me ajudar... E a Cora, onde está?? Ela não é a mãe da Regina?! Deveria estar lá, cuidando da filha!!

– Cora nunca foi confiável... E ela nunca amou a Regina.

– Nunca?

– Não. Ela...tirou o próprio coração para obter mais poder. Belle, eu sei que não é a hora certa mas... você não acha que deveria “trocar” de professor?

– O que quer dizer?

– Já ficou mais que claro que a Cora não é uma boa professora...ela deveria estar ao seu lado para ajudá-la quando se descontrola, deveria te ensinar feitiços de defesa e camuflagem antes dos de ataque... E não deveria desaparecer o tempo todo.

– É claro que já pensei nisso, mas Regina nunca aceitaria ser minha professora...

– Não existe apenas a Regina.

– Sabe, tem um tempinho que ela conversou sobre isso comigo... Mas a solução não é muito boa...

– O que ela disse?

– Disse que apenas uma pessoa seria capaz de me ensinar E me ajudar com meus descontroles... E que eu deveria aprender magia com o melhor de todos, e não com a Cora...

– E qual o problema?

– Ela me sugeriu o Dark One. Você.

– Ora, que honra...mas por que é um problema?

– Porque nós não nos conhecemos!

– Isso pode ser resolvido.

– Você não sabe nada sobre minhas preferências.

– Sei mais do que imagina.

– Você não perderia tempo em ensinar mais uma pessoa.

– Como sabe?

– Você ensinou a Cora para que ela pudesse gerar a Regina. Ensinou a Regina para que ela lançasse a sua maldição. Ajudou Emma a descobrir que possuía magia pois ela é a Salvadora. A maldição foi quebrada, todos estão “em paz” e seu filho está de volta. Não há motivos para me ensinar. Não trarei nenhum benefício.

– Você tem razão no que diz respeito à Cora e à Regina. Mas a cidade em paz, no meu caso, é um tanto quanto tediante. Acho que nisso você concorda.

– Sim, a cidade em paz é um saco. Mas aonde quer chegar com essa conversa?

– Meu filho está na cidade, mas passa o tempo todo com o Henry e, recentemente, com a Regina. As pessoas não precisam mais do Dark One e meus acordos. Minhas “alunas”, se tornaram autossuficientes, e eu estou aqui, sozinho novamente.

– Então...isso quer dizer que...

– Seria muito bom ter uma nova aprendiz...

– Em troca de que?

– Como?

– Tudo tem um preço com você.

– Meu preço, é que venha morar nessa casa.

– O quê?! Por quê??

– Pois assim, estará mais perto. Não estou a fim de sair correndo todas as vezes que se descontrolar. Estando aqui, fica mais fácil te ajudar e te ensinar. Na loja tenho todo o material que eu possa precisar, e minha casa tem o espaço perfeito para as aulas. E então?

– E quanto a Cora? Ela não ficará muito satisfeita...

– Com a Cora eu me entendo. So...do we have a deal?

– Sim, temos um acordo – disse eu, apertando a mão que me esperava.

Isso será interessante...


– Neal –

– Canela, canela....onde ela guarda a canela?

Estava tão distraído com meus pensamentos, que não percebi alguém entrar.

– Terceira prateleira do armário.

– Regina?!

– Te assustei? - disse, segurando o riso.

– Não, eu derramei o açúcar no chão para não me perder.... Palhaça, você está doida para rir não é? Vamos, fique a vontade...

– Desculpe, não resisti... – disse ela, finalmente rindo – Então... o que temos para o café? Fora o açúcar no chão, claro...

– Hahaha, engraçadinha! Eu estava fazendo suco. Achei alguns biscoitos no armário e geleia na geladeira...

– E onde a canela se encaixa nessa história?

– É um ingrediente secreto...

– Ingrediente secreto? Onde você coloca?

– Se eu falar onde, deixa de ser secreto

– Ah, custa falar? Eu não conto pra ninguém...

– Não adianta fazer essa cara de cachorro pidão que eu não vou falar...

– Cachorro pidão?

– O que está fazendo aqui em baixo?

– Vim tomar o café da manhã.

– Mas eu não disse que você tinha que...

– Repousar? Falou.

– E você não tinha concordado?

– Sim.

– Então o que está fazendo aqui?

– Eu disse que concordava, não que aceitava - seu rosto se converteu em uma expressão de criança quando faz birra com os pais.

– O quê? Mas...mas você....

– Nem adianta falar.

– Você é muito teimosa!!

– É, eu sei. – como ela consegue ser tão...tão ela?– Então... Você vai terminar logo esse suco ou prefere continuar segurando a laranja?? – Oh droga, esqueci da laranja em minhas mãos!

– Eu...só estava examinando a laranja, pra saber se ela é boa ou não...

– Ah, claro...e qual o veredito?

Calmamente, sentou-se à copa, vestida com um robe de seda branco, demarcando suas curvas. Seu cabelo escuro estava um tanto desalinhado, seus olhos castanhos eram calmos e pareciam se divertir com algo, seus lábios se abriam num sorriso travesso. O que ela me perguntou mesmo?

– E então?

– O quê?

– O veredito...

– Que veredito?

– A laranja... - Ela só pode estar brincando...não é?

– Ah, claro, a laranja... Eu não sou nenhum profissional, mas acho que está boa para o suco.

– Hm...que bom, pensei que teria que ir até o mercado para comprar laranjas... - Regina sorrindo era uma visão maravilhosa...

– Hey, o que está fazendo?

– Vou tirar esse açúcar daqui antes que as formigas apareçam...

– Você nem sair do quarto podia, agora quer limpar o chão?

– Posso estar doente, mas não estou inválida!

– Mas...

– Chega de mais, agora que manda aqui sou eu!

– Tá, desculpa teimosa!

– Está desculpado... – por algum motivo, ficou me encarando, algo a divertia muito.

– O que é agora Regina?

– Agora que já sabe que a laranja está em condições de ser usada, por que ainda está com ela na mão? – mais uma vez rimos da minha bobeira. O que a diverte é minha bobeira... O que está acontecendo comigo?

– Ah...nada. E você vai ficar olhando?

– É claro que não...

– Tá, então vem me ajudar.

Assim passamos o dia todo. Pela manhã, preparamos o café, conversamos bastante e arrumamos a cozinha. Em seguida, troquei seus curativos, contra sua vontade, e a deixei descansando. O almoço correu bem, e desta vez ela não desceu. Após comermos, enquanto lia um livro, eu decidi checar meus e-mails e procurar um emprego no jornal da cidade. Para finalizar o dia, jantamos, conversamos e lavamos a louça, embora eu tenha saído da cozinha cheio de espuma.

– Pela sua cara, eu diria que está cansada...

– Não entendo como posso me cansar com tão pouco... Não vejo a hora de voltar a trabalhar e sair desse quarto...

– Você vai melhorar logo...

– Obrigada.

– Pelo que?

– Por estar aqui, nunca fizeram algo assim por mim... O mais próximo foi meu pai, mas ele morreu antes que eu pudesse recompensá-lo...

– Eu sinto muito...

– Não, tudo bem. Já me acostumei.

– Esse é o problema.

– Problema? Qual o mal em se acostumar?

– Regina, desculpe por falar isso mas, como nunca se importaram com você, quando aparece alguém que se preocupa, você não acredita... você... declina. Eu, por exemplo, demorou pra eu convencê-la a me deixar ficar...

– Você não tem a obrigação de me ajudar...

– Mas eu quero. Regina, eu quero te ajudar. Deixe-me cuidar de você...

– Eu sempre me perguntei: “Será que existe alguém que se preocupa verdadeiramente comigo?”, nunca tive uma resposta animadora...

– Bom, agora você as têm em mim, no Henry e na Belle que, mesmo tendo aquele jeitinho...rebelde, tenho certeza que se importa com você.

– Acredite, você não quer ficar muito tempo perto de mim...

– Regina, não começa...

– Eu estou falando sério. Meu passado é terrível, ninguém da cidade me perdoou, nem mesmo meu filho o fez. Agora nós estamos conversando, rindo, mas, quando alguma coisa acontecer e por em teste minha palavra, todos vão duvidar.

– Regina, se eu pude perdoar o meu pai, que me abandonou, me trocou pela magia, o que é perdoar você, que não faço ideia do que fez? E sinceramente, nem quero saber.

– Você ainda vai se arrepender...

– Bom, se vou me arrepender ou não, é um risco pelo qual estou disposto a correr.

– Tem certeza?

– Sou filho do Dark One, o quão pior pode ficar?

– Ser filho do Dark One e amigo da Evil Queen.

– Tá, agora chega. Você não estava cansada? Entra logo nesse quarto antes que eu te empurre porta adentro.

– Você não faria isso... faria?

– É claro que faria! – Ah não, acho que falei demais...

– Você tem sorte. Se fossem outros tempos, eu usaria magia para te jogar pela janela.

– Boa noite Regina.

– Boa noite Neal...

Realmente sou um cara de sorte...



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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Deem um sinal de vida por favor!

Spoiler do próximo capítulo: Alguém morrerá!!

Não deixem de comentar.... ^^