Confused Mind (Peetniss) escrita por The Hunter


Capítulo 35
Capítulo 35 - Não DeNovo Não/Desespero - POV Peeta


Notas iniciais do capítulo

Eai meus carneiros cozidos (ok essa foi pessima), eu disse que ia postar cerca de sabado ou domingo, mas veio um pessoal de SP ficar na minha casa (e eu nem sabia 0o) então não tive tempo

Muitos de vocês vão dar graças a Deus por eu postar logo ESSE capítulo. Muitos quase me estrangularam... só isso

Nos vemos lá em baixo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/328382/chapter/35

Estou novamente preso à cadeira fria de metal da Capital, mas desta vez não há nenhum monitor. Só há um vidro à minha frente. Estou sozinho. Então ela aparece do outro lado do vidro, em uma suposta outra sala. Tento me libertar das amarras da cadeira, mas não consigo. Ela começa a bater no vidro e mexer a boca, mas não ouço nada. Então dois homens entram na sala e lhe dão um choque com algo que desconheço, ela treme, seu olhar fica vago e ela cai no chão. O shomens saem da sala e eu começo a gritar seu nome e me debater para me soltar. Então os mesmo dois homens da cela ao lado entram, me imobilizando e aplicam uma injeção em me pescoço. Apago imediatamente.
Acordo sentado no chão de uma outra cela. Abro os olhos e Katniss está à minha frente desacordada, chamo seu nome algumas vezes e ela abre os olhos. Assim que me vê, abre o maior sorriso que consegue dar, o que não é muito
-Achei que estivesse morto
-Digo o mesmo
Vou abraça-la, mas então percebo que estouu preso por correntes à parede. Não posso sair do lugar, ela também não. Começamos a puxar as correntes tentando retirá-las da parede, sem sucesso.
Vejo uma lágrima que escorre em seu rosto e em seguida uma minha. ma pequena fenda se abre no chão e de lá, começa a subir água. Ela olha para mim desesperada e eu somente abaixo a caçeba esperando. A água sobe rápido e logo está em minha cintura. Katniss chora silenciosamente, não consigo olha-la sem sentir um desespero alucinante. Puxo minhas correntes com toda a minha força, deixando meu pulsos vermelhos com o impacto. Continuo puxando, e a água já passa do meu peito. Katniss também puxa. Meus pulsos estão inchados, cortados e doloridos, mas não paro de puxar, a água já sobe pelo meu queixo.
Ainda sem sucesso, persisto, apesar da água cada vez mais forte.
A água já me cobre por completo e a única coisa que consigo ver são borrões de Katniss se debatendo.
"Tão perto e tão longe..." 
É a única coisa que penso antes de perder a consciência.
Acordo me sentando rapidamente e sinto Katniss me abraçando forte. Provavelmente ela está na mesma situação que eu. O pesadelo me apavorou, mas ao vê-la ali, meu coração se acalma e eu a abraço de volta. Resolvo perguntar
-O que houve?
-Que bom que está aqui - ela responde
-E por que não estaria?
-Porque você derreteu
-O que? - Ela sonhou que eu derreti?
-Nada, deixa pra lá? Só um pesadelo - Sabia
-Ah, você tá bem?
-To sim
Ela volta a deitar desconfortável e nervosa, então eu a abraço. Ela entrelaça nossos dedos e logo em seguida adormeço novamente. Um tempo depois, sinto uma brisa suave muito longe daqui, então sinto de novo, dessa vez mais forte e em meu rosto, ou talvez seja só minha consciência dando sinal de vida. Mexo os olhos, não querendo acordar, mas logo abro os olhos devagar
-Bom dia - digo sonolento
-Bom dia
-Dormiu bem? Quer dizer, depois... - eu pergunto sem graça, sei que ela não gosta de falar sobre seus pesadelos.
-Sim, eu estava junto com você, não? E você?
-Bom, eu também estava tendo pesadelos, quando você me acordou, mas fiquei melhor depois - respondo pensando em tudo aquilo que parecia tão real.
-Que bom... - fico pensando em outras coisas até que me lembro que dei folga ao meu funcionário
-Hoje, tenho que ir na padaria... - eu a aviso
-Ah, sério?
-É, me desculpa
-Tudo bem, vou tomar um banho
Ela me beija e sai. Eu me sento e todas as preocupações me vem a cabeça. A padaria não está em seu auge. Foi uma folga forçada. Estamos em uma crise financeira e ainda tem o bebê... vou ter que me virar para ganhar dinheiro, mas ainda assim prefiro não contar à ela. Abaixo a cabeça e coloco entre minhas mãos.
-Peeta, você viu... O que houve? - Katniss pergunta. Quando foi que ela voltou? Prefiro não dizer a verdade.
-Ah, nada. Só dor de cabeça... - sorrio torto e me levanto, descendo as escadas, antes que ela perceba algo.
Vou para a cozinha, faço uma xícara de café e como alguns biscoitos. Vou para a janela e fico olhando enquanto bebo meu café. Há tanto tempo não vou para a padaria, costumava gostar muito, mesmo depois da Guerra, mas as lembranças de meu pai ficam cada vez mais fortes lá, e é muito doloroso. Me envolvo em meus pensamentos e tomo um susto, quando sinto o queixo de Katniss encaixando-se em meu ombro e seus braços me cercando. As vezes me esqueço do quanto ela é discreta, ou o quanto eu estou desligado
-O que foi? Você está nervoso hoje?
-Não é nada, só alguns negócios com a padaria, nada de mais - Não posso dar detalhes, ela já percebeu meu stress. Me viro para ela e a beijo - Eu vou tomar um banho e ir para a padaria
-Tá... - eu subo para o banheiro e me jogo embaixo do chuveiro esperando que ele retire todo esse peso de cima de mim. Saio do banho, coloco uma roupa qualquer e saio em direção à padaria.
Chego na padaria e resolvo assar alguns pães, quando me pego pensando em Delly, no dia do casamento.
"[...] - Peeta, você sabe que eu sempre gostei e você, desde pequena. Você sabe como é gostar de alguém desde muito cedo...
-Delly, o que você quer dizer com isso?
-Que eu te quero comigo, eu queria uma chance, mas acho difícil...
-É, muito difícil, impossível, diga-se de passagem, você vem no meu casamento, me pedir pra ficar com você? O que você tem na cabeça?
-Me desculpe, Peeta, é que eu vim para o Distrito de ter e pelo menos conseguir falar com você, mas logo eu soube que era o dia do seu casamento. Sabe, as notícias correm rápido por aqui. Mas me responda uma coisa: Se eu tivesse vindo antes do seu casamento, você pensaria no assunto?
-...
-...
-Nem pensar
-É, eu pensei que fosse assim. Você a ama muito, né?
-"Desde muito cedo"
-Tudo bem, mas saiba que eu não vou desistir, até que você seja meu."
Começo a sentir um cheiro que queimado, o que me traz de volta à realidade. Tiro os pães do forno e eles estão pretos. Droga. Não posso mais perder meu tempo pensando nisso. Mas estou com um mal pressentimento, péssimo para falar a verdade. Ainda não entendo o que ela poderia fazer, mas pelo que conheço Delly, ela sempre foi "decidida". Tento salvar alguns dos pães, mas isso me parece uma tarefa impossível. Eles estão realmente carbonizados. Saio da cozinha e vou para a frente da padaria, próximo ao balcão. Encosto na parede e fecho os olhos. Por um segundo, gostaria de apagar toda a preocupação da minha mente. Eu tenho estado muito estressado e ainda chega Delly. Continuo com meus olhos fechados simplesmente relaxando, quando ouço o sino preso à porta badalar. Olho para a porta na expectativa de ver Katniss. Mas não. Delly entra na padaria sorridente e meu sorriso se desfaz, volto à minha posição anterior
-Nossa Peeta, pelo jeito eu não era quem você esperava ver, mas não precisa ficar assim
-Me desculpe,  Delly, eu não quis...
-Tudo bem - ela diz ficando à minha frente - Eai, trabalhando muito?
-Menos do que gostaria - aponto para a cozinha, de onde ainda vem um suave cheiro de queimado.
-Peeta Mellark queimou um pão?! - ela fala como se estivesse surpresa e indignada, não resisto e solto uma risada - Cabeça cheia?
-Mais do que pensa - ela solta uma risada nasal se aproximando mais de mim
-Delly, me desculpe pelo que eu te falei, está bem?
-Não se desculpe, eu que peço desculpas, foi realmente incoveniente eu ir no seu casamento te falar aquilo - ela diz olhando nos meus olhos. Me sinto desconfortável. Tanto pela nossa mínima distância, quanto pelo jeito que a tratei. Tudo bem, ela veio me pedir para me separar no dia do meu casamento, mas o quanto ela me ajudou no Distrito 13, a única pessoa que eu conhecia realmente, minha única amiga, a única pessoa que não me trazia más recordações.
Percebo que Delly me encara, devo estar com um olhar extremamente perdido e imerso em meus pensamentos. Nada mais faz sentido, quando sinto sua boca na minha. Me arrependo amargamente por me deixar vulnerável à ela, assim que ouço o sino novamente, mas dessa vez é ela, a ultima pessoa que eu queria que visse Delly me beijando. Katniss Everdeen, minha esposa. Olho para ela surpreso por sua chegada e ainda pela atitude de Delly. Ela me olha juntando toda sua mágoa, indignação e repulsa, e sai de lá logo em seguida. Se foi ou não, um plano de Delly, aposto que ela não está nada triste.
-Que raios foi isso, Delly?!
-Me desculpa, é que eu não pude resistir, você fica tão charmoso distraído... eu não sabia que ela iria entrar aqui agora.
-Do mesmo jeito! Eu sou casado! Eu a amo! 
Saio da padaria e ando apressadamente até em casa. Entro já chamando seu nome, mesmo duvidando sobre ela acreditar na verdade. Ando pela casa inteira, apenas para constatar que ela não veio para cá. 
Tenho uma ideia de onde ela poderia estar, mas requer uma grande porção da coragem que não possuo. Ando rapidamente até vê-la longe. A Cerca. Fico frente a frente com aquilo e meus músculos se ressetam. Ela não é mais usada para nos prender aqui e sim para o propósito original: manter os animais longe. Passo pelo buraco da cerca e vejo a Campina. Ela deve estar mais a frente.
Vou mata à dentro em um extremo silêncio, onde os únicos sons, são dos galhos no chão sendo pisados por mim. Cada passo que dou, sinto uma vontade ainda maior de voltar atrás. Passo um bom tempo naquela floresta dozinho, e por incrível que pareça, vivo. Tanto tempo assim, a toa, pois ela também não está aqui, não que eu tenha visto. Volto para a Campina e ando já sem esperança até a Cerca. Volto andando para a Vila dos Vitoriosos, até que me vem em mente. É claro!
Saio correndo até lá e bato com força na porta. Gale abre e eu a vejo lá dentro, segundos antes de um punho atingir meu rosto. Ouço meu nariz fazendo um barulho estranho e tenho quase certeza de que está quebrado. Coloco a mão sobre o nariz e tento estancar o sangue, enquanto estendo minha outra mão em sinal de paz, tentando me proteger, caso ele me bata novamente, mas ele puxa meu braço me fazendo entrar na casa quase caindo
-Gale - tento pedir para ele parar. Sei a razão disso, mas na verdade eu não tenho culpa. E não quero machucá-lo.
Gale me acerta outro soco, agora em meu queixo. Cansei de só apanhar. Acerto Gale e logo estamos em uma luta sanguinária, não consigo deixar de lembrar da arena.
A adrenalina é tanta que nem sinto mais dor e também, já nem me importo com isso, mas sei que depois eu ficarei muito mais dolorido que estou agora, Então escuto um grito. Um grito agudo que me faz congelar. É a voz de Katniss. Eu e Gale paramos de brigar e olhamos para ela. Ela está praticamente agachada com as mãos na barriga e tudo abaixo dela está molhado.
-Ah, não... a bolsa estourou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai, quantos vão querer me matar ou me presentear? Gostaram?
Tá tudo explicado????
E relaxem que eu já escrevi o próximo capítulo...
(: