Acordo aninhada nos braços de meu amado Peeta. Ele dorme pesadamente enquanto contemplo seu rosto angelical.
E corro para o banheiro. Droga. Estou agachada em frente ao vaso sanitário quando sinto alguém segurando meus cabelos. Quando me viro, o vejo sonolento com aquele sorriso que ainda me derrete. Ele me entrega uma toalha úmida, limpo meu rosto e escovo meus dentes. Peeta me pega no colo e me leva de volta para cama.
-Preparada?
-Sim, mas nervosa
-É só dizer "sim"
-Sim
-Então faça isso amanhã, no nosso casamento
-Com toda certeza
-Já está tudo pronto?
-Sim, só falta o bolo
-Não, não falta
-Como assim?
-Eu já fiz
-Você fez? Ah, meu amor, eu te amo muito, sabia?
-Eu também te amo, meu Tordozinho
-Ok. Nunca mais me chame assim
-Tudo bem, Tordozinho
Peeta me abraça e por alguma razão desconhecida por todos, consigo dormir. Ao que me parece 15 minutos depois, ouço um barulho irritante
-Mais cinco minutos, Peeta
-Kat
-Peeta, não
-Kat
-Peeta, desliga o despertador
-Kat!
-O que foi?!
-Não é o despertador, é o telefone - ele me entrega o mesmo
-Alô?
-Katniss, é a Venia
-Ah, olá
-Olá, estou ligando apenas para avisar que seu vestido está pronto e nós chegaremos aí as 11:00, ok?
-Ta bem, tchau
-Tchau...então... - desligo o telefone
-Quem era, amor?
-Era a Venia, ela já arrumou o vestido
-Ah, que ótimo
-É, eles chegam aqui amanhã às 11h. Vamos dormir, nós não passamos nem 15 minutos nessa cama... - Eu digo voltando a me arrumar no colchão
-Kat, são 19:00
-O quê?! Já?! Ta explicado porque eu estou morrendo de fome! 
-Katniss, você está sempre morrendo de fome!
-Não enche...
-Vem, eu fiz pão de queijo, seu favorito
-Oba!
-Vem - ele levanta e estende a mão para mim. Eu a pego e o sigo até a cozinha
Nós comemos pão com chocolate quente e biscoitos que Peeta havia feito.
-Peeta...
-Diga
Amanhã, eu quero ir no cemitério...
-O que? Por que?
-Queria ver Prim
-Amanhã? No dia do nosso casamento? Não quero te ver triste...
-Por favor...
-Tudo bem, nós vamos antes deles chegarem para deixar você linda. Ou mais linda, se é que é possível - ele fala com uma expressão reconfortante. Sorrio em resposta
Sinto uma força contra minha barriga. Não consigo conter um gemido de dor e levo a mão ao local.
-O que foi? Está bem?
-Sim, mas eu acho que o bebê chutou
-Sério? - Peeta me olha com fascínio. Aqueles olhos azuis cristalinos como água dos oceanos,tão brilhantes
-Sim, Peeta, o bebê chutou - eu digo sorrindo e ele solta uma risada nervosa. Ele aproxima sua mão lentamente em frente à minha barriga e a toca como se assim que ele colocasse a mão, ela pudesse desaparecer. Sua mão macia e quente encosta em minha pele gelada por baixo da camiseta. Ele fia um tempo com a mão ali, apenas acariciando minha barriga, quando sinto outro chute, mas agora já estou preparada. Olho para seu rosto e ele está radiante. Seus olhos brilham, suas bochecas estão rosadas e seu sorriso de um brilho cegante está preso de orelha à orelha.
-Parece quela vai ser uma lutadora como a mãe
-Ou ele vai ser forte como o pai - assim que respondo, ele sorri mais ainda e me beija. Um beijo apaixonado e contagiante, como nossos antigos beijos, sempre como se fosse o último. Mas o melhor é que sei que posso conseguir um desses a qualquer hora. Na verdade sempre que quiser. Acabo sempre me viciando em seus beijos. Quando paramos para respirar, ele mantém nossos rostos colados.
-Peeta - digo ofegante
-Diga - ele responde, no mesmo estado que eu
-Quero... morangos...
-O que? - ele se afasta e olha para mim incrédulo
-Eu estou morrendo de vontade de comer morangos - ele me olha confuso
-Desde quando?
-Agora
-Katnis Everdeen com desejos de grávida? - Ele começa a rir, depois a gargalhar e então a engasgar, mas eu não o ajudo. Estou irritada com sua piadinha. Pelo menos o sulficiente para olha-lo se engasgar com a própria saliva.
-Vá buscar ou seu filho vai nascer com cara de morango!
-Já estou indo, minha rainha. Minha filhinha não vai ter cara de fruta - ele me da um beijo na testa, pega um casaco e sai. 
Depois do que parece uns vinte minutos ele chega me acordando com uma caixa de morangos em mãos.
-Ah, Peeta, você conseguiu!
-Por você, eu consigo tudo. Já falei isso.
Ele vai até a cozinha e limpa todos os morangos. Traz em uma tigela e nós dois comemos até me sentir exausta. 
Ainda pouco consciente me vejo deitada em seu colo, enquanto ele acaricia meus cabelos. E com poucos segundos antes de ser levada pelo sono, sinto seus lábios pressionados contra os meus e sua doce voz
-Eu te amo. Amo vocês duas.
Durmo sentindo seu embriagante perfume natural e seu halíto de morangos.