Era outono quando fui visitá-los.

As folhas caíam livremente pelo chão.

E o portão de ferro estava aberto.

- Me espere no carro Rester. – Falei, saindo do carro.

Andei pelos túmulos, procurando dois em especial.

No fim do cemitério, encontrei.

“Mail Jeevas – 01/02/1993 ~ 26/01/2013”

“Mihael Keehl – 13/12/1992 ~ 26/01/2013”

Eu não pedi que colocassem inscrições. Sei que Mello gostaria de se vangloriar, mas não coloquei. Talvez por esse motivo. Mas não precisava. Nós três, a SPK e a polícia sempre saberíamos quem eles foram e por que são importantes.

- Oi Matt, oi Mello. – Murmurei.

Peguei um pequeno bombom de meu bolso e um cigarro, e joguei para eles. Era um costume, quando eu ia lá deixar isso para eles.

Matt nunca foi o que eu chamaria de amigo, mas também não era um inimigo. Era mais como um colega. E apesar de eu nunca ter tido nada contra Mello, ele tinha algo contra mim. Éramos como rivais e ele sustentava isso.

Mas eu simpatizava com os dois e, sem eles, nunca teria capturado Kira, ou melhor, Raito Yagami.

Era outono quando fui visitá-los.

As folhas caíam livremente pelo chão.

A mistura de amarelo, marrom e vermelho me lembrava Mello, seu chocolate e Matt. O vento frio me lembrava Matt e seu cigarro.

- Até logo.

Sai do cemitério.

Passei pelo grande portão de ferro.

- Vamos Rester.

Olhei uma última vez e sabia que eles estavam felizes.

Afinal, estavam juntos.