Cuore Immortale escrita por Cherryuki


Capítulo 3
Capítolo 3 - Speranza


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 3 - Esperança



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Louise e Sieghart saíram rapidamente do pátio do quartel, ele sabia que estava sendo egoísta, mas não queria falar sobre seu passado com todos, ainda não se sentia preparado – nunca se sentiu – mas sabia que não poderia esconder por muito mais tempo toda a história. Estava evitando o tumulto que toda a turma sempre fazia e também queria passar mais tempo com ela. Com Louise. Por todos os anos passados, ainda agora, ela parecia tão intocável para ele, ainda mais ela viva... Ela estava viva. Era apenas isso que lhe importava agora.

Não estavam mais na mesma época, apesar de todo o caos, podia dizer que tinha uma vida normal. Bem mais calma e alegre do que naquela época. Mas tudo por que havia se juntado a Grande Caçada...

—Sieg... – Louise o olhava preocupada – Está bem?

—Sim. Estava apenas pensando.

—Entendo. – suspirou a menina – Você deveria ir com todos os outros. Eles parecem tão animados. – ela sorriu

—Sim, eles são. Mas não vou. – ele se levantou da cadeira

Lentamente e cabisbaixo ele se aproximou da cama onde estava a menina. Olhou-a por breves segundos e sentou-se na cama ao lado da mesma.

— O que está lendo? – perguntou calmamente

A moça depositou o livro em seu colo.

— Um romance. – ela o observava atentamente, assim como ele o fazia.

Por minutos ficaram se olhando, até que Louise sorriu e quebrou o silêncio.

—Você está estranho. Nunca o vi em silêncio desta forma, ainda mais me encarando assim. Parece até que sou um bicho raro que acabou de ser descoberto. – desviou o olhar para suas mãos em cima do livro

— Você é. Um espécime raro que todos pensaram ter sido extinto e acabou de ser redescoberto.

—Sieg... – ela o olhava tristemente – Por favor, pare. Não vê? Todos seus amigos estão preocupados contigo. Eu estou preocupada contigo. Você nunca foi dessa forma... Não me lembro de você assim. Isso é culpa minha... Não é?

—Pare com isso, Lis. – ele segurou o rosto dela

—Não, Sieg. Está tudo errado! E você também sabe disso! Eu sei disso! Eu não deveria estar aqui!

—Pare com isso! – ele fez um olhar de desespero

—Vê? Você jamais fez uma expressão dessa. Nunca.

— Então não diga que não deveria estar aqui. Seu lugar sempre foi aqui. Jamais volte a dizer isso!

— Por que está assim?

—Estou confuso, Lis... Apenas... Confuso. Tudo. É como se tudo voltasse a aquela época. Algo que eu sempre desejei... Que voltasse para um único momento. O momento da sua morte... Foi minha culpa! Eu a matei!

Lágrimas grossas escorriam pelo rosto da garota, que impulsivamente abraça o imortal.

—Não diga isso... Você se culpou, por todos esses anos... Por favor... Não repita mais isso... Você não teve culpa. Ninguém teve culpa. Era minha hora Sieg...

—Não era! – ele ainda estava exaltado – Eu sempre pensei que podia perder tudo...

Os dois se abraçavam de forma apertada, Lis soluçava e Sieg estava em silêncio, escondido, algumas lágrimas também escorriam por sua face.

Escondido atrás da parede ao lado da porta, o mercenário que havia ido até o quarto para entregar alguns medicamentos silenciosamente sai e os deixa sozinhos. Voltando para o lugar onde todos estavam reunidos.

—Aqui. – ele entrega à Arme a malinha com os medicamentos.

— Por que você não entregou? – pergunta Lire – Era só bater na porta.

—É porque ele é um inútil. – disse Lupus.

— Cale a boca. – retrucou Lass – A porta estava aberta. Entregue você depois. Já que pode cumprir suas tarefas tão bem.

—Viu como é inútil, a porta até estava aberta. Era só ter entregado.

—Se fosse assim tão simples interromper aquela conversa, teria entregado. – em seguida ele sai.

—Por que ele disse aquilo? – perguntou Arme – Será que sabe de algo?

—Provavelmente... – disse a elfa intrigada

—O que está acontecendo? –Ronan que acabava de chegar e olhava curioso para todos – Vi Lass saindo. Parecia um pouco perturbado...

—Você perguntou a ele o que aconteceu? – Arme se manifestou

—Não... Achei que vocês sabiam, já que ele saiu daqui.

— Isso é coisa de pirralho mimado. – Arme pressiona um pouco a ferida que estava limpando-Ai! Sua maga... Não se atreva a fazer isso de novo...! – resmunga Lupus

— A culpa é toda sua por falar coisas que não deve e por voltar machucado. Além disso, como conseguiu esse machucado? Você geralmente é o único que volta inteiro e...

Assim que Arme termina de fazer o curativo, ele se levanta e sai da sala sem ouvir o que a garota tinha a dizer.

—Eu hein. Estressado esse ai. – ela cruza os braços

—Arme, não fique irritada, você sabe que ele sempre foi assim – Lire solta um risinho

—Eu sei, mas custava agradecer pelo menos?

—Ele estava sem jeito Arme. – manifestou Ronan – Desta vez ele foi em missão com a Lin, se lembra?

—Mas e daí? Vai me dizer que ele ficou mal por que a protegeu? – Arme cruza os braços

—Bem... Pra quem nunca voltou machucado... Talvez o orgulho dele tenha sido ferido. – Ronan deu de ombros

—Vocês são ingênuos demais. – Lire ria dos dois magos – Parece que não perceberam que tem coisa rolando aqui?

Arme e Ronan trocam olhares e coram instantaneamente. A loira percebe e solta um assobio.

—Parece que não é só com eles. – ela se levanta e sai da sala, deixando os magos sozinhos e constrangidos.

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Elesis praticava com espadas fazia horas, enquanto Lin, Rey e Amy batiam um papo animado. A espadachim estava extremamente irritada e frustrada, seus pensamentos flutuavam sobre o que estava acontecendo, de repente, ela vê Lin correndo na direção de Lupus que passava ao longe.

— O que aconteceu? – Elesis pergunta as meninas indo se sentar próxima à elas para descansar.

—Belo treino. – disse Rey

—Obrigada.

— Lin está preocupada com Lupus! – Amy estava empolgada – Isso não é fofo?!

—Calma Amy... – tentava Rey acalmar a mais nova

— Sim, mas e daí? – a ruiva fez uma cara de quem não estava entendendo

—Ai... Mais tinha que ser mais lerda Elesis? – suspira a rosada – Isso se chama ro-man-ce. – dá uma piscadela.

— Lin não parece que gosta dele...

—Sim, mas não viu que ele a protegeu durante a missão? – disse a asmodiana – Devo admitir que fiquei um pouco impressionada, mas não o bastante. É como Amy diz Elesis. Não necessariamente para se ter um “romance” ambas as parte precisam se sentir iguais...

—Assim com você e Dio? – perguntou descaradamente a ruiva.

—É Elesis! Agora me dá licença que não sou obrigada a ouvir mais besteiras! – a asmodiana se levanta e sai bufando.

—Tinha que ser né Elesis... Dá um tempo. – fala Amy – Sei que você tá sentindo falta do Sieghart, mas ninguém aqui é igual a ele.

—Quem disse que estou sentindo falta?! – a ruiva cora levemente

— Está na sua cara Elesis. Deixe-o ter um tempo. Não é sempre que alguém do seu passado retorna assim.

—Você está sendo compreensiva demais pra uma criança.

—Até mesmo uma criança consegue entender o que está acontecendo. Você ainda não? – Amy a olha de cara fechada e sai em seguida

—Até mesmo uma criança é... – Elesis solta um suspiro.

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Lass sentou-se debaixo de uma árvore e ficou olhando o céu, minutos depois, surge Zero caminhando lentamente e se sentando ao lado do mercenário. Ficaram em silêncio por longos minutos, até que Zero se manifesta.

—Grandark quer saber o que você acha sobre a garota nova. Ele disse que a acha suspeita, mas não sente nada vindo dela.

—Também não senti nada. Na verdade, ouvi a conversa dos dois hoje. Pareciam bem íntimos. Nada de estranho.

—Entendo.

E voltaram a ficar em silêncio apenas observando o tempo passar. Escondida, perto do lugar onde Lass e Zero estavam, longe o suficiente para que não percebessem sua presença e perto o bastante para ouvi-los estava Ryan.

—Íntimos... Parece que isso vai agitar as coisas por aqui.


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