Fairy Tales - The Light Angel's Darkside escrita por Rin Bloodriver


Capítulo 2
Capítulo 2 The Gallant Boy


Notas iniciais do capítulo

Sei que disse que ia demorar a postar o chap dois, mas é que me diverti tanto escrevendo essa fic... Whatever! Enjoy Guys xD



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– Certo, esse é o ultimo. - Afirmou Cris, ao retirar uma de suas adagas que fora cravada na clavícula de um dos tais homens.

– Não acha que exagerou? - Indagou Hagure, um pouco espantado pela força da garota e pela velocidade com que a luta acabara.

– Só os deixei inconscientes, nada demais. - Ela arrastou o corpo estático do mago que derrotara ate uma das grandes rochas, onde estavam os outros, também desmaiados. - Esta tudo bem por ai?

– Sim. - Respondeu Sora, dando mais um nó na corda que prendia os sujeitos - Julliet...?

– Não capto nada... - Disse, abrindo os olhos para fitar um Hagure com uma expressão curiosa. - Não há mais ninguém aqui além de nós.

– Como você... - Começou Hagure, para ele, Julliet era um mistério.

– Mahou: Tsukinojutso - Interveio Sora - Uma magia antiga. É meio complicada de se explicar, basicamente, a Julliet aqui é nosso trunfo. Essa habilidade esta na família dela a gerações.

– Não foi uma magia criada, - explicou Julliet, claramente orgulhosa de sua habilidade - Tsukinojutso é o que o nome já diz: "Arte da Lua". É uma magia classificada como Arcana.

– Magias Arcanas... Não são aquelas que "surgem" em um espaço indefinido, ganhando forma e poder pelo que sua energia se baseia? - Perguntou Hagure.

– Esse é o termo literal. Existem muitas lendas para a origem deste tipo de magia. Na realidade, meu clã também possui uma crença para a origem do Tsukinojutso.

– Isso não é hora. - Prenunciou-se Cris, claramente aborrecida pelo falta de noção de prioridades de seu grupo. - Temos que descobrir quem são esses caras e como eles souberam de nossa missão. Esta claro que eles não são simples assaltantes de estrada.

– Alguém encomendou nossa morte. - Disse Sora, olhando para cada um dos magos de preto, certificando-se de que eles permaneciam inconscientes.

– Quem seria esse alguém? - Perguntou Hagure, mais para si mesmo do que para seus companheiros.

– Não sei, mais a pessoa tem algo a ver com a Black Wing.

– Black Wing? - Julliet assumiu uma expressão preocupada - a Guilda negra de Mercenários assassinos? Como você pode ter tanta certeza disso?

Sora não respondeu de imediato. Com cautela arrancou uma das luvas de couro de um dos homens, deixando a tatuagem de duas asas obscuras a amostra.

– Isso é prova suficiente para você? - A garota pálida apenas assentiu com a cabeça, sem falar uma palavra se quer.

– Isso é bom... - Cris parecia estar perdida em pensamentos. Caminhava de um lado a outro incessantemente.

– Como isso pode ser bom?! - Hagure levantou-se bruscamente de seu saco de dormir. - A Black Wing é uma guilda perigosa! Geralmente nunca falham em seus serviços. São corvos sujos que pensam apenas em dinheiro.

– E o que isso significa, Hagure? - Perguntou a garota, com um leve tom irônico na voz. Sem esperar por respostas, prosseguiu - Significa que eles não aceitam um trabalho tão facilmente a não ser que haja uma alta quantia envolvida. O que me leva a acreditar que quem os contratou, é na verdade, uma pessoa que nada em rios e mais rios de dinheiro, e, pelo visto, tem muitos contatos.

– Pistas... - Sora assumiu a mesma expressão pensativa - Vale levar em consideração o fato de que o grupo que nos atacou, sabia sobre a Dark Crower, apesar de algo me dizer que eles não sabem realmente o poder que esta magia possui.

– Mas o mandante provavelmente sim, - observou Julliet - já que forneceu as informações necessárias para que os magos da Black Wing nos localizassem.

– Influente, Rico e conhece o segredo da Dark Crower... - comentou, ainda andando em círculos - Precisamos descobrir quem sabe sobre a Dark Crower. Não... faz mais sentido se investigássemos todos que estão envolvidos com a missão da regulagem dos selos. Quais Guildas?

– Nós da Fairy Tail, - Sora olhava para Cris, mas seus olhos não a focavam. Tentava puxar a memória todos os nomes - Hagure e o mestre da Windy Heart; Uma garota chamada Layla Rashid e o mestre da Blue Pegasus, Rob; Um cara da Quatro Cerberus e o mestre de guilda Godmine; Dois irmãos da Lamia Scale e o mestre deles... O nome me foge da cabeça agora, mas é isso.

– Basicamente, 13 pessoas tem conhecimento da missão além de saberem a localização da Dark Crower...

– Isso, pelo menos que eu saiba. Onee, - ele arqueara a sobrancelha, aproximando-se a passos largos da garota - não me diga que ...

– É provável que o traidor esteja entre nós.

– Cris! Você tem ciência do que esta afirmando? - Julliet, parecia pasma com a ideia.

– Chega. - Todos olharam para Sora - Não é hora de apontar uns para os outros. Estamos a apenas algumas horas de Magnólia. Não pegamos um veículo porque eles chamam muita atenção, mas, aquele que não se sentir seguro com esta missão, pode voltar agora. Estamos a poucas horas da cidade. E então, o que vai ser?

– Sabe o que acho? - Agora era Hagure quem se manifestava - Não temos o que temer. Vamos apenas fazer o que nos mandaram. Se aparecer algum imprevisto, tenho certeza de que resolveremos, isto é, se algo acontecer.

– Ele tem razão - Admitiu a Dragon Slayer - mas, se antes estávamos com um olho aberto, ficaremos com os dois. Não vou fingir que não existe um traidor, apenas me certificarei de descobrir quem é. E quando o fizer, darei um fim a ele com as minhas mãos.

– De acordou - concordou Julliet - Apenas... Apenas tente se controlar até lá...

– Verei o que faço. Quanto a vocês, rapazes? - Sora apenas afirmou com a cabeça e Hagure pronunciara algo como um "Certo". - Ótimo. Sora, - ela direcionou-se ate o garoto, que ainda aparentava estar perdido em pensamentos - onde vamos encontrar os outros membros do grupo?

– Clover Town, nosso ponto de encontro.

– Cover Town fica a apenas uma ou duas horas daqui. - Observou Julliet, mirando o horizonte - Não sei vocês, mas eu prefiro me arriscar a chegar lá ainda hoje do que passar uma noite a céu aberto e isso - ela apontou para os magos da Black Wing - acontecer novamente.

– Claro. Então vamos para lá imediatamente. - Cris não deixou espaço para objeções.

Em 10 minutos, já haviam apagado a fogueira e recolhido suas coisas. Partiram então, na noite sombria e gélida, rumando Clover Town.


***



– Você esta bem? - Hagure segurava uma sacola lilás com alguns itens que Sora comprara no mercado magico de Clover Town.


– Melhor impossível. - Um Bocejo surgiu na boca do garoto de olhos azuis.

– Você parece cansado...

Sora olhou para uma das inúmeras vitrines, focando o reflexo de seu rosto, que estava marcado com olheiras escuras e profundas. Não havia dormido. Quando Chegaram a cidade, - provavelmente mais de 10 horas da noite - tratou de procurou uma hospedaria para suas amigas e o membro da Windy Hearts. Depois de encontrar acomodações, certificou-se de que tudo estava bem, montando sentinela no corredor de seus quartos. Era necessário, e ele, mais do que ninguém, sabia: Não podia fechar os olhos até tudo aquilo estar terminado. Estava sim, cansado. Pouca coisa o abalava, e dentre estas coisas, estava uma noite de sono mal dormida. Balançou a cabeça e, com esforço, colocou seu costumeiro sorriso bobo no rosto. O mesmo sorriso que disfarçava sua real natureza. Tentou não pensar nisso.

– Estou bem, - Disse, alongando-se - estou até a procura de mais um mago para chutar-lhe o traseiro. A Cris ficou com toda a diversão da noite passada.

– Por falar nelas, onde foram?

– Devem estar por ai... Se bem as conheço, a Julliet deve estar em uma loja de quimonos, a Cris em qualquer beco ou loja de armas atrás de alguma promoção. Eu, sinceramente, prefiro distância da Julliet pela manhã. Ela é dona de um mal humor digno de um demônio.

– Teria isso algo a ver com o estilo de magia dela?

– Provavelmente... Na verdade, não sei. São apenas detalhes... - A atenção dos garotos foi atraída pelos gritos de uma pequena multidão logo a frente. Sora caminhou até lá, a passos largos. Não esperou para ver se Hagure o seguira. Quanto mais se aproximava, mas clara a situação ficava.

Alguns homens espancavam um garoto magro, que, caído no chão, sangrava.

– O que esta acontecendo?! - Gritou Sora a um dos homens - Porque estão fazendo isso?!

– Esse garoto, - começou um dos homens - roubou maçãs de minha barraca! Ele vai me pagar!

Sora ficou abismado. Tratou de ficar entre o garoto e seus agressores. Ele trajava uma simples camisa branca esfarrapada, suja de poeira e sangue, sua bermuda em mesmo estado. Seus cabelos negros batiam nos olhos e estava descalço. O Mago da Fairy Tail abriu sua sacola de pano vermelha, tirando de lá, sua carteira de couro. - 10.000 Jelwes - Disse, atirando as notas em direção ao homem - Isso deve ser o suficiente. Deixem-no em paz.

O tal senhor das maçãs o agarrou pelo braço, e, como se Sora fosse feito de papel, o tirou de perto do garoto.

– Não é questão de dinheiro! Ele deve pagar pelos seus atos.

Sora suspirou profundamente, desvencilhando-se das mãos do homem.

– Tenha dó, é apenas um garoto de rua.

– Isso não importa! Não vou deixar passar! Se não sair da frente vais sofrer as consequências junto a este mulambo!

Sora sorriu.

– Tente a sorte então.


***



– Já terminou ai? - Cris já estava impaciente com as horas que Julliet gastara escolhendo quimonos.


– Hm... Sim... - Respondeu, distante - Não vou levar nenhum...

Cris sentiu um impulso forte de atingir a cabeça da garota com um martelo, mas apenas suspirou.

– Vamos embora. - Agradeceram a vendedora, e passaram pelo arco da porta em tempo de ouvir uma enorme explosão a algumas quadras de onde estavam. Fumaça tingia o céu azul com um tom cinza.

Cris correu o mais rápido de pode - Julliet praticamente se arrastando.



Não podia acreditar no que seus olhos viam. Sora estava parado, em frente a um homem caído no chão. Parecia desmaiado. Ao seu redor, outras pessoas pareciam machucadas, exibindo arranhões pelo corpo. Ele abaixou-se e segurou um garoto no colo, estava caminhando no sentido de Cris, quando a notou.



– Nee-chan, - disse, sorridente - onde você estava?

– O que você fez aqui? - Perguntou, como se não tivesse ouvido uma unica palavra se quer que Sora dissera. Seu tom não era de repreensão.

– Ah, isso...? - Ele olhou para o senhor caído no chão, em seguida para os homens que o olhavam com cara assustada - Legitima defesa, juro.

Ela assentiu.

– Quem é esse? - Seus olhos fitaram o garoto que aparentemente estava desmaiado.

– Ah, não sei...

– Como não.. Olhe, quer saber? continue com o que quer que esteja fazendo, vou para o ponto de encontro. Quando estivermos todos reunidos, vou ate nosso quarto na hospedaria. Acertamos as contas e partimos.

– Okay! - Sora exibiu seu costumeiro sorriso bobo no rosto e começou a caminhar na direção oposta. Cris realmente não estava interessada em saber o que ocorrera. Desde que conhecera Sora, sabia que era um garoto um tanto impulsivo. O que o salvava sempre, era seu raciocínio rápido e suas habilidades mágicas. Nunca se preocupara muito com as brigas em que ele se metia, na maioria das vezes, não precisava se quer usar magia para ganha-las. Aquele garoto pequenino na minima estava sendo atacado pelos homens e Sora, com seu espirito ridiculamente heroico, o salvara. De qualquer forma, era problema dele ate o momento que suas atitudes prejudicassem a equipe e a missão. Não parecia ser o caso. Ela deu de costas e refez o caminho que pegara para chegar ate ali. Encontrou Julliet, a sombra de uma barraca de Onigiris. Com um aceno de cabeça, a garota foi a seu encontro em uma caminhada lenta.

– Coisa do Sora? - Perguntou, quando, enfim, estava ao lado de Cris.

– Sim... - Afirmou.

– Não quero nem saber, mas... Onde ele está?

– Resolvendo umas coisas. Não achei necessário que ele nos acompanhasse. Mandei-o de volta a pensão.

– Você também sabe, não é...?

– Sei... - Cris exibiu um meio sorriso no rosto - Ele é idiota em pensar que abaixaríamos a guarda tanto assim.

– Não sei como você aguenta, tanto grude. Se bem que, foi muito atencioso da parte dele... Mas, ele deve estar muito cansado.

– E todas sabemos que o Sora com sono é na verdade uma das faces do demônio. - As duas caíram em risadas.

O resto da caminhada foi silenciosa. Na verdade, no presente momento, Cris recordava-se de seu primeiro encontro com Sora. Não pode deixar de sorrir. "Garoto idiota..."

E prosseguiram assim, perdidas em pensamentos avulsos. Traçaram o caminho até o ponto de encontro com os outros magos.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso xD Thanks for Ready! Reviews são sempre bem vindas e me deixam muito feliz >-< Até a próxima, See Ya!



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