Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 16
O início de uma guerra


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo novinho só esperando pra ser lido por vocês, ufa! Este é o segundo capítulo mais longo da Bad Kids, perdendo apenas pro "Brincando com a Máfia". Agora são três horas da madruga, e apesar de estar ansiosa pra postar este capítulo aqui, estou com muito sono para responder as reviews zzzzZZZZZZ mas vocês já sabem: quando não respondo nas notas finais de um capítulo, respondo no próximo ;) beijocas e boa leitura!


PS: Se vocês acharem que alguma parte do capítulo está muito estranha ou faltando frases, ME AVISEM! Poder ser que tenha dado erro quando copiei do word e postei aqui, mas estou muito cansada pra conferir, então estou contando com vocês. Até o próximo capítulo!



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16. O início de uma guerra

Sexta Feira, outubro de 1923.

– Desculpe-nos, Blair, mas parece que a recepcionista e o caixa do Empire não estão dispostos a receber extras pelas informações! – Penelope falou, já se preparando para a enxurrada de coisas que teria de ouvir. Kati foi mais rápida e deu um passo a frente.

– Antes que diga algo, saiba que conseguimos apenas o nome dela.

Blair respirou fundo e girou o resto de whisky que tinha em seu copo, hábito que adquirira com Chuck. Ela encarou Kati, ordenando silenciosamente que ela continuasse a falar.

– O nome dela é Alisson Hammilton, foi o que o segurança do hall da entrada a ouviu falar.

– Muito bem... – Blair falou lentamente – Não conseguiram mais nada, então?

As duas garotas balançaram a cabeça, negativamente.

– Podem ir. Já vi que eu mesma terei de fazer o trabalho.

Penelope e Kati praticamente correram da cobertura dos Waldorf. Blair revirou os olhos e murmurou um “estúpidas” enquanto esticava o braço para pegar o bocal do telefone. Ela girou os números no disco e pediu para a telefonista que a conectasse à residência dos Van der Woodsen. Em poucos minutos, a voz de Serena foi ouvida do outro lado da linha.

– Bom dia, S. – Blair cumprimentou a melhor amiga – Tenho uma pergunta que acho que você pode responder... Qual era mesmo o nome da mãe de Dan Humphrey?

XOXOXOXO

– Com licença, é aqui o... – Alisson leu um pedaço de papel – Victrola?

O capanga que fazia a segurança da entrada do bar olhou a garota de cima a baixo, e respondeu:

– É sim, mas estamos fechados por hoje.

– Eu marquei um encontro com Chuck Bass neste horário, neste local... Acredito que ele seja seu chefe? – Ela sorriu de forma insolente.

– Qual o seu nome?

– Alisson Hammilton.

O segurança, muito a contra gosto, abriu a porta do estabelecimento.

– O Sr. Bass está lhe esperando no balcão do bar, Srta. Hammilton.

A loura miúda passou pela porta e sumiu dentro do Victrola. O capanga fechou a porta e voltou ao seu posto, contrariado.

– Mulherzinha estúpida. – O homem murmurou, e voltou a vigiar os arredores do Victrola.

XOXOXOXOXO

O Victrola estava iluminado, ao contrário de sua escuridão habitual. As cortinas de veludo vermelho estavam fechadas, escondendo o palco principal e as luzes coloridas, mas os candelabros e a grande luminária de cristal que enfeitavam o salão estavam acesos. Chuck estava sentado no bar, tomando um copo de whisky com gelo e conferindo seu relógio de minuto a minuto. Se a garota demorasse mais cinco minutos, ele iria embora.

– Olá, Sr. Bass – Ele ouviu a voz juvenil de Alisson.

– Bom dia, Srta. Hammilton. - Chuck estava prestes a cumprimentar a moça pela mão, mas ela se desvencilhou de seu gesto e lhe plantou um beijo na bochecha.

– Não há necessidade para sermos tão formais, não é mesmo? – Ela riu. – Ops, acho que sujei você de batom.

– Pode deixar que eu mesmo limpo. – Chuck abriu um sorriso forçado e tirou um lenço do bolso para tirar a mancha vermelha de sua bochecha – Pensei que esta fosse uma reunião de negócios, Srta. Hammilton.

– E é.

– Formalidade faz parte de reuniões de negócios.

– Bom, não é uma coisa obrigatória, é? – Ela se sentou no banco ao lado dele – Então... poderíamos começar do princípio?

– Como a senhorita achar melhor.

– Ótimo. Como você começou isto tudo? – Alisson gesticulou para o ambiente ao seu redor – Já tinha toda esta riqueza em mente?

– Sempre pensei alto, minha cara, porém tinha a consciência de que teria que começar do zero. Um pouco de empréstimos aqui, outro ali, mais investimentos...

– Ah, é? – Ela aproximou-se sorrateiramente de Chuck, até que seu braço encostasse no dele – E como foi construir um império todo?

– Foi difícil. Mas você veio aqui para saber como começar o seu, não é mesmo?

Alisson afirmou com a cabeça.

– Claro, claro. Mas antes eu gostaria de saber mais sobre você.

E assim a loura foi fazendo uma pergunta atrás da outra. Foi o seu pai quem começou com os negócios? Sobrou só você para assumir isso tudo? Vocês devem ter feito inimigos nesta trajetória, não?...

Chuck respondia tudo sem questionar, mas estava totalmente ciente de que aquela garota não queria nada com negócios, e por isso todas suas respostas eram falsas. Enquanto Alisson acenava com a cabeça em compreensão, ela se aproximava cada vez mais de Chuck...

– Sabe, eu quero começar a minha linha de roupas, e por mais que o ramo seja diferente do seu, bem, tenho certeza que consigo. – Ela comentou, e casualmente retirou uma mecha de cabelo da testa de Chuck – Devia estar incomodando.

– Uhm, não, não estava. – Ele pigarreou. – Então, roupas?

– É, eu adoro moda. Tenho uma coleção de desenhos em minha casa, você deveria ir lá algum dia desses para ver.

– Pode apostar que sim, Srta. Hammilton. – Chuck tomou um gole de sua bebida.

– Prefiro que me chame de Alisson. – Ela colocou as duas mãos no peito de Chuck e estava prestes a beijá-lo, mas ele segurou seus pulsos e a afastou.

– Bem, Srta. Hammilton, eu conheço uma pessoa que adora moda tanto quanto você. – E ele olhou em direção à porta, já ouvindo o barulho de salto alto.

Blair Waldorf entrou no salão do Victrola e não se deixou abalar pela posição desagradável que Chuck se encontrava, podendo ver a expressão de alívio no rosto dele.

– Boa tarde, meu amor. – Blair sorriu e plantou um beijo na boca de Chuck – Anthony me disse que estava aqui... – Ela olhou Alisson de cima a baixo – Em reunião.

A loura miúda se mexeu desconfortavelmente em seu banco, e Chuck puxou Blair para mais perto dele, colocando seu braço ao redor da cintura dela.

– Esta é Alisson Hammilton, uma cliente interessada no ramo dos negócios. – Ele indicou a outra, que apenas deu um rápido sorriso e tornou a fechar a cara – Esta é Blair Waldorf, minha namorada.

Waldorf? – Alisson falou, olhando com mais atenção para Blair. – Você é da família do governador?

– Filha dele. – Blair respondeu com falsa simpatia – Vejo que você não é daqui.

– Ah, não, acabei de me mudar... Bem, acho que vou indo. Podemos marcar outro dia para reunião, Sr. Bass?

– Claro. Eu acompanharia você até a porta, mas preciso falar com Blair.

– Sem problemas. Até mais.

E Alisson foi embora do Victrola. Blair cruzou os braços e fuzilou Chuck com o olhar.

– O que foi? – Ele perguntou de forma inocente.

– Tenho três perguntas pra você, Sr. Bass – Ela afinou a voz ao falar o nome dele, imitando Alisson, e Chuck riu – E a primeira é: Porque ela estava praticamente sentada no seu colo?

– Ela não estava praticamente sentada no meu colo. – Chuck revirou os olhos – Mas estava tentando, e eu não deixava. Aposto que viu como eu estava prestes a correr pra longe dela quando entrou aqui.

Blair continuou em silêncio, e Chuck a puxou pela cintura.

– Está com ciúmes, Waldorf? – Ele sussurrou no ouvido dela, mas ao invés de ganhar uma resposta, recebeu um puxão de cabelo. Forte.

– Eu não sou conhecida pela minha generosidade e vontade de partilhar, Bass. – Ela soltou o cabelo de Chuck, que ainda estava fazendo caretas de dor – Segunda pergunta: Quem ela realmente é?

– Você também acha que ela não é quem diz ser? Somos dois então. – Chuck respondeu, sério – Vou mandar meu agente descobrir isso hoje mesmo. Estou desconfiado que as intenções de nossa companheira Alisson não são nada boas.

– Eu acho que sei quem ela é, mas ainda não tenho cem por cento de certeza.

Chuck franziu o cenho.

– Como assim? Você a conhecia antes?

– Não, mas digamos que eu reconheço uma impostora de longe. – Ela piscou.

– Quem é ela, então?

– Conto quando eu estiver com as provas na mão. – Blair colocou os dois braços ao redor do pescoço do Chuck – Mas se eu a ver se atirando pra cima de você novamente, eu juro que faço da vida dela um inferno.

– Você fica sexy ciumenta. – Ele murmurou, e capturou os lábios dela em uma mordida delicada, que evoluiu para um beijo. Aquele beijo que os dois só podiam se dar ao luxo de dar quando não tinha mais ninguém olhando – as bocas se acariciando e as línguas percorrendo os lábios um do outro, pedindo por entrada. Chuck já estava completamente entorpecido quando Blair o empurrou um pouquinho para falar. Ele reclamou.

– O que foi? – Perguntou, mandão.

– Calminha ai, Bass. – Ela riu da careta de menino que ele fez – Eu tinha três perguntas, lembra? Só fiz duas.

– E qual seria a terceira pergunta que vossa majestade Blair Waldorf teria a fazer?

– Gosto assim. – Ela lhe deu um selinho rápido, e depois o encarou – Quando me apresentou para Alisson, o que disse que eu era mesmo?

Minha namorada. – Ele respondeu, presunçoso. Blair mordeu o lábio para esconder o sorriso que queria aparecer e inclinou uma sobrancelha.

– Sua namorada? Desde quando?

– Desde que eu pus os olhos em você. – Chuck a puxou para perto e lhe beijou a bochecha, carinhoso. Ela o volveu com os braços e encarou seu rosto.

– Eu não lembro de ter concordado com isso.

– Ah é? – Ele perguntou, e ela afirmou com a cabeça – Então fique alerta, meu amor. Qualquer dia desses você vai acordar com um anel no seu dedo e não vai nem se lembrar de ter dito “Sim”.

– Você não ousaria. – Blair falou, com falso ultraje. Seu estômago estava dando piruetas de emoção.

– Ah, eu ousaria. – Chuck respondeu e lhe deu outro beijo. Outro daqueles que ninguém mais podia ver.

XOXOXO

Nate bateu duas vezes na porta e entrou na sala do CEO do Empire, carregando uma pasta. Chuck estava reclinado em sua cadeira de couro negro, fumando um charuto italiano e observando a vista de Nova York, completamente distraído. O “baque” que a pasta fez ao cair em cima de sua mesa o despertou de volta à realidade.

– Aqui estão as informações que você pediu. – Nate apontou para a pasta – Não olhei o conteúdo, mas parece que você realmente estava certo sobre a moça.

– Eu estou sempre certo, Nathaniel. – Chuck apagou o charuto em uma piteira de ouro e pegou a pasta nas mãos - Que garota que usa maquiagem escura e ri como uma adolescente de brincadeiras idiotas se interessa por negócios? Aquela tal de Alisson queria algo de mim, mas não sei ainda o quê... Bom, vamos ver.

Nate se sentou na cadeira em frente à escrivaninha e esperou enquanto Chuck retirava o conteúdo da pasta: três páginas de informações e quatro fotos preto e branco, pelo que pode ver. Meros cinco minutos depois, após ler rapidamente os papéis e analisar as fotos, Chuck bufou, irritado, e largou o material em cima de sua mesa.

– O que houve? – Nate questionou.

– Veja por si mesmo.

Nate pegou os papéis na mão e leu as primeiras linhas. Jennifer Tallulah Humphrey, dezoito anos de idade / Local de nascimento: Hudson, Estados Unidos / Família: Rufus Humphrey (pai), Alisson Humphrey (mãe, previamente Alisson Hammilton) e Daniel Humphrey (irmão). Nas três primeiras fotos, que haviam sido tiradas no dia anterior, Jenny e Dan conversavam em um café, e na última, eles pareciam discutir na entrada de um prédio no Brooklyn.

– Daniel não é o único Humphrey vivo. – Chuck falou, vendo a expressão incrédula no rosto de Nate – A informação que tínhamos este tempo todo era completamente errada!

– Então, naquela época, quando Rufus caiu na armadilha da máfia e a esposa fugiu para a França... – Nate murmurou, tentando fazer com que as peças se encaixassem – Meu Deus, Chuck, como fomos burros!

– Rufus teve dois filhos, e não apenas um, como acreditávamos este tempo todo! – Chuck bateu com o pulso fechado contra a escrivaninha, furioso – Dois Humphreys espertinhos querendo brincar conosco!

Nate se levantou da cadeira e passou a caminhar de um lado para outro no escritório. Chuck voltou a analisar os papéis, ainda inconformado consigo mesmo: informações das escolas que Jennifer frequentou, onde morou quando era menor, toda a sua vida naqueles papéis. Ela ainda estava dentro da barriga da mãe quando Rufus partiu desta para a melhor, pelo amor de Deus!

– Chuck, não sei se você vai concordar, mas tenho uma sugestão... – Nate colocou as duas mãos na beirada da escrivaninha, encarando o melhor amigo e chefe. Ele também parecia completamente frustrado – A deixe continuar jogando.

– Era nisto que eu estava pensando agora... Quero ver até onde ela vai. Talvez consigamos algum lucro nesta história.

XOXOXOXO

– Chuck Bass tem uma namorada! – Jenny falou entre dentes, irritada – Podia ter pelo menos me avisado, não podia? Agora vou ter que ser mais eficiente!

– Fique calma, Jenny, temos uma carta na mão – Dan falou, organizando uma coleção de discos de vinil em uma caixa – Blair Waldorf.

– Você pensa que ela é uma carta na mão, mas não é. Não podemos dedurá-la para a sociedade como vamos fazer com Serena, Dan. Seria uma sentença final para a nossa morte.

– Bom, pensando por esse lado... Aliás, qual seu objetivo com Chuck?

Jenny sorriu.

– Simples. Conquistar a simpatia dele a ponto de fazê-lo revelar todos os seus esquemas para mim.

– Conquistar a simpatia dele? – Dan franziu o cenho.

– Seduzi-lo. – Jenny revirou os olhos.

– Ew, ok. – Ele fez uma careta – Mas tem Blair nesta história, e acho que esta missão está um tanto impossível para você, minha irmã.

– Nem tanto. Eu a conheci hoje, e apesar de ela despejar toda a sua antipatia para cima de mim, acho que consigo fazer com que Chuck Bass caia nos meus charmes.

– Você está com pouco tempo para isso, não acha?

– Acho, e é por isso que vou dar uma passadinha no Speaky Easy da máfia hoje à noite. Uma bebida aqui, um beijo acolá... Vi que ele gosta de whisky, e isso só me ajuda ainda mais.

– Como vai conseguir entrar em um Speaky Easy? Estas festas são secretas, e Blair provavelmente estará lá.

– Eu dou meu jeito. – Ela deu de ombros – Já ligou para Serena avisando sobre o final do prazo dela? O relógio está correndo.

– Olhe, sobre Serena... – Dan colocou a caixa de lado e virou-se para a irmã, que estava sentada no sofá da sala de estar – Estou pensando em adiar...

– Ahhh, não, não fale o que eu estou pensando que você vai falar – Jenny o interrompeu e levantou do sofá, parando bem em frente à Dan – Eu sai de Montpellier para ajudá-lo, e você largou a sua carreira de escritor na Califórnia pra isso: conseguir Serena e vingar a morte do papai. Você ficou com a parte de destruir o casamento dela, e eu fiquei responsável de entregar as provas para a polícia. Não desista quando estamos quase conseguindo!

Dan suspirou e foi até a caixa de vinis novamente. Ele retirou um dos discos de dentro e sorriu.

– Os discos do papai... Ele gostava muito dessa coleção. É uma pena que você não pôde conhecê-lo, Jenny.

Jenny se aproximou e colocou um dos braços nos ombros de Dan.

– É uma pena mesmo... – Ela virou-se para o irmão – É para isso que estamos aqui, entendeu? Esta máfia nojenta quase conseguiu tirar você de mim alguns anos atrás, e não posso permitir que isso aconteça de novo. Eu e você vamos pôr um fim nisso.

Dan pensou por alguns instantes, e finalmente concordou.

– Vou dar um último aviso à Serena agora à tarde.

– Excelente. – Jenny bateu palminhas animadas – Eu tenho os arquivos pessoais do papai que estão cheios de provas contra a máfia, especialmente Bart e Chuck Bass. Bart já está morto, então não faz tanta diferença, mas Chuck... Este eu quero ver apodrecer atrás das grades, ou ser eliminado na cadeira elétrica.

– O que vamos fazer depois que conseguirmos tudo que queremos?

– Vamos voltar para as nossas vidas, exatamente como era antes: você fazendo sucesso com a sua poesia na Califórnia, eu para a escola de artes de Montpellier.

Dan abraçou a irmã.

– Quero que tudo isso acabe de uma vez. – Ele suspirou – Onde você está guardando os arquivos com as provas?

– Tudo ali. – Ela indicou um mural velho – Estou usando o cofre atrás do mural. E as cartas e fotos contra Serena e a família dela, onde você mantém?

– Estão dentro da caixa junto com os discos do papai.

Jenny o olhou, insatisfeita.

– Olhe lá, Dan. Não podemos nos dar ao luxo de deixar estas cartas soltas por aí!

– Ninguém vai mexer em nada aqui dentro, Jenny.

– Espero que você esteja certo. – Ela murmurou – Você está consciente de que tem até amanhã, o casamento de Serena e Nathaniel, para liberar esta história toda, não tem?

– E você está consciente de que precisamos que pelo menos metade da máfia esteja na cadeia até amanhã, não tem? – Dan ironizou, e Jenny revirou os olhos.

– Sim, senhor, eu tenho. – Ela foi até o centro da sala de estar e mexeu na antena de um velho rádio, ligando-o a seguir – Vamos ouvir as novidades. Talvez tenha algo sobre eles por aqui.

Depois de alguns minutos sentados no sofá, escutando o rádio, Dan cutucou o braço da irmã.

– Criativo da sua parte utilizar o nome da mamãe.

– Não é? – Ela sorriu – Aposto como ninguém vai descobrir.

XOXOXO

Blair e Nate tentavam acalmar Serena, que ameaçava explodir em lágrimas a qualquer momento. Ela já estava a par da situação “Jenny e Dan Humphrey” e só conseguia pensar em uma coisa: seu casamento.

– Vocês dois, principalmente você, Nate – Ela falou, os lábios tremendo – tem alguma noção do estrago que estas notícias causarão se forem divulgadas? Meu casamento terá de ser cancelado! E minha mãe, ah meu Deus, ela não vai suportar a vergonha! Vamos fugir, Nate, precisamos ir embora...

– Serena, acalme-se – Nate colocou as duas mãos no rosto da noiva - Não vamos fugir, nem vamos cancelar nosso casamento, certo? Eu, Chuck e Blair estamos cuidando disso. Nada vai acontecer!

– Como assim, Blair? – Serena encarou a melhor amiga – O que você está fazendo?

– S, estou apenas tentando proteger você, tarefa esta à qual eu me dedico desde que usamos fraldas.

Nate lhe lançou um olhar de alerta, e Blair retrucou com um “o que foi?”. O telefone do quarto de Serena tocou, e os três se encararam.

– Atenda. – Nate a encorajou, e Serena pegou a haste do telefone.

Ligação para a residência dos Van der Woodsen, destinatário desconhecido do Brooklyn. Por favor, aguarde um momento enquanto fazemos a conexão – A telefonista falou, e após um momento de silêncio, a voz masculina soou do outro lado da linha – Boa tarde, eu poderia falar com Serena?

– É ela.

Ah, que bom. É o Dan, tudo bem?

– Eu... Eu... – Serena tremeu, e tampando o bocal do telefone, ela sussurrou para Blair e Nate – É o Dan!

Os dois enrijeceram, e Blair falou baixinho:

– Não fale sobre Jennifer, finja que você não sabe de nada!

Alô, Serena? Ainda está ai?

– Oi Dan, sim, ainda estou aqui – Serena retirou a mão do bocal – O que você quer?

O seu casamento é amanha.

– Sim, eu sei disso.

– Nós tínhamos um acordo, lembra? E eu lhe dei um prazo para pensar nele.

– Eu não vou desistir de me casar com Nate.

– Esta é a sua resposta final? Você vai arriscar o seu destino com um homem que ama você menos do que eu amo?

– Dan, o que aconteceu com você? – Serena gemeu de desgosto – Você era um cara legal, realizou seu sonho de se tornar um escritor bem sucedido... Me esqueça!

Me desculpe, Serena, eu... Eu amo você. Me sinto incompleto. E além disso, há mais em jogo do que apenas você e eu.

– O que quer dizer com isso?

Olhe, vou estender seu prazo. Até amanhã, no início da cerimônia. Estarei esperando na porta daquela galeria onde eu montei aquele jantar romântico pra você, lembra?

– Não, eu não vou...

Estarei esperando. – Dan a interrompeu – Caso você decida continuar com essa decisão estúpida de casamento, eu tenho um amigo no The New York Times que vai liberar toda a sua história no jornal de domingo assim que eu ligar para ele e der o meu aval.

As lágrimas começaram a descer pelo rosto de Serena, e a ligação se encerrou.

– O que ele disse? – Nate a abraçou e beijou o topo dos cabelos louros da noiva – Hey, não chore, meu amor. Agora nos conte o que ele lhe falou.

Serena repassou toda a conversa para Nate e Blair. Assim que terminou, Blair pegou sua bolsa e levantou-se para ir embora.

– Aonde você vai? – Nate perguntou, com Serena ainda em seus braços.

– Vou procurar Chuck. – Ela respondeu, e depois se inclinou para beijar a testa de sua melhor amiga – Não fique triste, S, nós vamos resolver tudo em um piscar de olhos. – E dirigiu-se à Nate – Até hoje à noite.

XOXOXOXO

Como em todas as noites de speak easy, o Victrola bombava com luzes, dançarinas e muito jazz embalando a pista de dança. Eram apenas dez horas da noite, mas muitos dos convidados já lotavam o salão de grande porte localizado no Upper East Side, e o seu principal anfitrião cumprimentava à todos com grande simpatia.

– Algum sinal de Alisson Hammilton, ou melhor, Jennifer Humphrey? – Blair foi direto ao ponto, parando logo ao lado de Chuck.

– Vejo que já sabe de toda a história – Ele olhou Blair de cima a baixo, analisando o vestido vermelho sangue com franjas que ela usava, e sorriu maliciosamente – Você está estonteante.

– Obrigada, mas não tente me distrair. – Ela cruzou os braços – O que pretende fazer?

– Eu lhe disse ontem que não quero você envolvida neste tipo de coisa.

– De jeito nenhum, Bass. – Ela retrucou, e colocou as duas mãos no quadril, com autoridade – Se você está nessa, eu estou nessa. Além disso, Serena é a principal atingida, e não posso deixar que o casamento dela seja abalado.

– Blair...

– Chuck... – Ela o ironizou, e ele suspirou.

– Tudo bem, Srta. Teimosa, vou lhe explicar todo o plano. Mas quero que saiba que estou esperando a presença da Humphrey espertinha aqui no Victrola, e vou continuar fazendo papel de bobo para enganá-la.

– Certo. – Blair olhou em volta – Hey, Chuck.

– Sim?

– Espero que esteja pronto para começar a jogar. – Ela indicou a porta do estabelecimento

Os dois olharam em direção à porta principal do Victrola, e Alisson Hammilton havia acabado de entrar na festa.


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