Seja Minha Maid escrita por Allie Próvier


Capítulo 9
Capítulo 9: Dois é melhor do que um


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEEEEEEEE, mil perdões pela demora! Sério, por favor, não me xinguem! ahuahuhahuahua.
Na minha opinião, esse foi um dos capítulos mais fofos que eu já escrevi para qualquer fanfic minha! Será que vocês vão concordar comigo? OMG.
Boa leitura!



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Capítulo 09: Dois é melhor do que um

   Eu pendurei a bolsa no ombro e suspirei, me olhando no espelho. Verifiquei se estava tudo certo, e logo calcei o tênis, indo para a porta de casa em seguida.

- Nessie, eu já vou! - gritei.

   Nessie gritou algo de volta, e eu saí de casa. Eu fiquei encarregada de fazer algumas compras pela minha mãe, e depois teria que fazer hora extra no Café, e aproveitaria para pensar um pouco.

   Pensar em quê? Em tudo.

   Bufei, cruzando os braços. O céu estava limpo e bonito. Os termômetros subiram para 28ºC, e apesar de ainda estar com aquela brisa fresca, o Sol esquentava. Rapidamente fui até o mercado mais próximo e peguei uma cesta.

   Biscoitos de chocolate ou leite? Qual marca de refrigerante? Levo salgadinhos ou não? Será que precisamos de um shampoo novo? Eu devo ir para Nova Iorque com Edward?

   Bufei, jogando tudo o que estava escrito na lista que Nessie me dera na cesta. Balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos. Rapidamente paguei pelas compras e fui caminhando de volta para casa. As ruas estavam cheias, todos querendo aproveitar o dia de Sol, e quando passei em frente a uma loja de artigos de decoração para casas eu vi...

   O globo de neve era pequeno, e tinha uma forma encantadora. Me lembrava os que o meu pai - antes de nos abandonar - comprava para mim. E isso me lembrou outra coisa importante:

   O Natal.

   Faltava 4 meses para o Natal... E para o fim do ano. Senti meu peito doer um pouco, e suspirei. Eu estava tão confusa! Quero dizer, o que eu queria, afinal? O meu maior objetivo eu consegui alcançar: ser a Presidente do Conselho Estudantil e mudar a imagem do Aurora College.

   Mas agora... Bom, eu iria me formar. Eu queria ir para a universidade, é claro. E com as minhas notas eu conseguiria uma bolsa em alguma universidade boa, com certeza. E Edward me fez aquela proposta ontem...

   O que eu faria? Eu disse que iria pensar, mas a cada vez que eu tento fazer isso, eu me sinto mais e mais confusa.

   Suspirando, voltando a caminhar para casa. Eu ainda teria 4 meses...

   Eu só esperava tomar a decisão certa.

(...)

- Bom trabalho, Bella! - Esme disse, me abraçando brevemente.

   Sorri para ela e me despedi das meninas, saindo pela porta dos fundos do Café em seguida. Era Domingo, e eu fiz hora extra. Olhei as horas no celular e vi que ainda era três horas da tarde.

   Suspirei e decidi comprar um Café. Eu estranhamente não queria ir para casa agora...

   Fui à Starbucks, o que eu geralmente evitava, porque vivia abarrotada de gente. Pacientemente peguei meu pedido e, quando estava saindo daquele pandemônio, esbarrei em alguém. Rapidamente me virei para me desculpar, e arregalei os olhos ao ver em quem eu havia esbarrado.

   Ele sorriu levemente.

- Ei. - falou.

   Forcei um leve sorriso, sentindo meu coração palpitar freneticamente, e eu já ia me virar para sair dali quando o senti segurar meu braço.

- Não vai... - pediu. - Me espera? Eu só irei comprar um cappuccino, eu já volto!

   Suspirei e assenti, e ele permaneceu segurando o meu braço.

- Não vá, por favor. - pediu novamente.

- Ok Cullen, vá logo comprar seu cappuccino. - falei revirando os olhos.

   Ele riu e assentiu, me soltando e indo rapidamente para dentro do Starbucks. Suspirei, indo até um banco de madeira que havia ao lado da entrada da lanchonete. Me sentei e fiquei olhando o movimento à sua espera.

   O que será que ele queria?

   Minutos depois senti um toque no meu ombro, e vi Edward de pé ao meu lado, com seu cappuccino em mãos. Ele sorriu para mim, e parecia um pouco abatido. Me levantei e arrumei a bolsa no ombro, olhando para ele.

- Podemos ir àquele parque aqui perto. Quer? - perguntou.

   Eu apenas assenti, e logo nos pusemos a andar em direção ao parque. Com esse tempo, com certeza teria bastante gente lá, o que não costuma acontecer nos dias tipicamente frios de Toronto.

   Andamos por todo o caminho em silêncio, cada um com seus pensamentos.

- Estamos silenciosos hoje... - o ouvi murmurar.

   Sorri, desviando meu olhar da calçada para a rua movimentada. Logo chegamos ao parque, e um grupo de crianças já passou correndo por nós. Tudo parecia mais verde.

   Edward me pegou delicadamente pelo cotovelo e me conduziu até um dos bancos que havia ali, debaixo de uma árvore em um caminho acimentado. Nos sentamos lado a lado, e eu senti que devia falar algo...

   Mas o quê?

   Senti uma mão de Edward sobre a minha, e um arrepio percorreu a minha espinha. Olhei para ele, e ele sorriu levemente, me olhando profundamente.

- Você parece estar bem confusa. - ele murmurou mais para si mesmo.

   Revirei os olhos.

- Estranho seria se eu não estivesse... - resmunguei.

   Edward riu e envolveu minha mão entre a sua, grande e quente. Ele suspirou, se recostando no banco e bebendo um gole de seu cappuccino.

- Eu sei que é repentino... - falou. - Mas eu realmente gostaria que você pensasse sobre isso. Você tentará entrar para a Columbia?

- Sim. - murmurei olhando para os meus pés.

- Você conseguirá. Tenho certeza.

   Suspirei, olhando para ele. Edward me olhava com um brilho estranho nos olhos, mas os mesmos estavam tristes. Cansados.

- Quer mesmo que eu vá? - perguntei num fio de voz.

   Ele piscou, parecendo não entender minha pergunta, e respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo:

- É claro que sim.

- Por quê?

   Ele engoliu em seco, apertando minha mão com um pouco mais de força. Suspirou.

- Eu sempre te observei de longe. - ele murmurou. - A garota que era temida por todos e que, se fosse preciso, até batia nos alunos que não se comportassem. Era forte, séria, bem durona... - ele sorriu - E no dia em que eu te vi naquele uniforme de empregada, carregando um saco de lixo e com uma aparência cansada e frágil, eu soube que você seria minha.

   Arqueei as sobrancelhas e tentei puxar minha mão da dele, mas ele não deixou. Senti minha face esquentar.

- E-Eu não sou sua! - gaguejei.

   Edward riu, parecendo se divertir com aquilo. Logo ele cessou os risos e se virou mais para mim no banco, colocando uma mecha do meu cabelo solto atrás da minha orelha. Senti um arrepio ao sentir seu dedo percorrer levemente em meu rosto, e ele sorriu levemente.

- Você é sim, Bella. - ele falou. - E você sabe disso. E você se trancou por tanto tempo, e eu sei que deve ser confuso agora para você, mas por favor... Vem comigo. Deixa eu te fazer feliz.

   Nos olhos por mais alguns segundos antes de ele me abraçar. Suspirei.

   O que eu faria?

(...)

- Nós poderíamos sair para comer algo após o colégio? – Jacob perguntou, andando ao meu lado. – Eu queria poder passar um tempo com você agora que voltei!

   Sorri levemente, assentindo, e ele sorriu abertamente. Alguns de seus amigos os chamaram e ele me deu um beijo no rosto de despedida, indo até seu grupo rapidamente. Equilibrei melhor as pastas de provas nos meus braços e voltei a caminhar até a sala dos professores. Após deixar as provas lá com os professores responsáveis, eu suspirei, me vendo livre. Finalmente.

   Hoje todas as turmas haviam sido liberadas mais cedo, mas teríamos que esperar mais porque teríamos que assistir a uma palestra sobre Biologia. Eu realmente não estava com paciência para ver isso, e como sou a Presidente do Conselho Estudantil, todos sabem que eu tenho muita coisa para fazer...

   Ok, eu não tenho mais nada para fazer. Mas estou no meu último ano no colégio, vou me formar daqui a 4 meses e nunca faltei a nenhum evento do colégio. Eu mereço isso ao menos uma vez na vida.

   Peguei minha bolsa na sala de aula, que já estava vazia porque todos haviam ido para a quadra de esportes coberta, onde ocorreria a palestra. Praticamente corri pelos corredores para que ninguém me visse, mas ao passar por um dos corredores, ouvi vozes. Parei e olhei para o corredor que levava às escadas, e vi Edward. Rodeado de garotas.

   Engoli em seco, observando-os. Edward tinha as mãos nos bolsos de sua calça, e tinha uma expressão calma no rosto. Ele sorria levemente, e as meninas falavam sem parar, querendo sua atenção. Senti uma dor incômoda no peito e rapidamente fui para o terraço do colégio. Estava vazio, é claro. Sentei no banco de madeira que havia ali, perto do pequeno jardim que o Clube de Jardinagem cuidava, e olhei para o céu acima de mim. As nuvens de chuva estavam pesadas, mas não choveria agora. Suspirei. Um vento frio passou por mim e eu me encolhi dentro do casaco.

   Por que era tudo tão confuso?

   Por que Edward não pedia para uma daquelas garotas ir para NY com ele? Seria tão mais simples...

- Você está faltando à palestra? Não era para dar o exemplo, senhorita? – ouvi uma voz dizer.

   Olhei para trás e vi Nicholas andando calmamente até mim, com as mãos dentro dos bolsos do casaco preto. Ele retirou o capuz que estava sobre sua cabeça e se sentou ao meu lado.

- Aconteceu algo? – ele perguntou.

   Apenas neguei com a cabeça, e ficamos em silêncio por alguns segundos. Pelo canto dos olhos pude ver que ele olhava a vista à nossa frente: alguns prédios do centro de Toronto, a alguns quilômetros. Era relaxante, ainda mais com o céu cinzento. Parecia tudo mais calmo do que nos outros dias.

- Eu gostei de uma garota, uma vez. – ele disse de repente.

   O olhei, arqueando uma sobrancelha, mas ele não virou para mim. Continuou com o olhar focado na vista.

- Eu era bem pequeno, devia ter uns onze anos. Ela estudava na mesma sala que eu, e era adorada por todos. Eu já não gostava de me aproximar das garotas, e naquela época meu pai vivia reclamando da minha mãe pelos cantos. Eu estava formando a mesma opinião que ele: garotas não prestavam. Elas nos largavam. Não valia a pena gostar delas. – falou, soltando um leve suspiro. – Foi difícil, sabe? Ela sempre estava rodeada de pessoas, era espontânea. Eu me pegava imaginando como seria ser amigo dela, mas eu logo me recriminava. Eu não queria ser abandonado novamente...

- E o que aconteceu? – falei num fio de voz.

   Nicholas desviou o olhar da vista, olhou para o chão e logo pousou seu olhar sobre mim.

- Ela foi embora. – falou.

   Engoli em seco.

- Eu não pude me despedir. Vi todos a abraçando, desejando boa sorte... Ela entrou no carro, e eu podia jurar que ela olhou para mim. Ao menos por alguns segundos, mas eu não fiz nada. Eu a deixei ir. – falou. – Quando eu penso nisso hoje em dia, eu chego à conclusão de que era uma coisa boba. Éramos crianças, afinal. Mas ainda me incomoda um pouco. Eu fui deixado duas vezes. Na primeira, contra a minha vontade. Na segunda, por escolha minha.

- Você não poderia impedir que a menina fosse embora... – murmurei.

- Mas eu poderia ao menos ter tido coragem de tentar. – falou. – Não pedir para que ela ficasse, mas ir até ela e mostrar o que eu sentia. Eu sempre a olhava de longe, imaginando como seria poder sentar ao lado dela e falar algo, mas eu tinha medo.

   Suspirei, e ele também.

- Mas olhe para você agora. – falei. – Está próximo de mim. Acho que o castigo que eu te impus funcionou, não?

   Nicholas sorriu, balançando a cabeça.

- Bella, não faça aquilo novamente. Por favor. – pediu. – Foi traumático.

   Eu ri, e ele me acompanhou.

   Talvez meu primeiro riso do dia.

- Mas de certa forma, me ajudou sim. – falou. – Não são tão ruins assim, as garotas.

   Sorri levemente e me encolhi dentro do casaco novamente. Estava ficando ainda mais frio, mas eu estava aquecida.

- Um dia você irá achar alguém em quem poderá confiar de verdade. Alguém que não irá te deixar. – falei. – E você terá que se manter ao lado dela também.

   Nicholas olhou para mim com um leve sorriso.

- Então... Por que você não está ao lado do Cullen nesse momento?

   O olhei surpresa.

- C-Como assim? – gaguejei.

   Nicholas riu, balançando a cabeça.

- Bella, eu sei ler as pessoas. E no momento, ler você está me deixando confuso também. Você é bem complicada. – falou. – Quer me contar o que está acontecendo? Talvez eu possa ajudar.

   Suspirei. Eu poderia confiar nele?

   O olhei, e ele ainda me observava atentamente com um leve sorriso.

   É, eu poderia confiar nele.

- Ele vai embora. – comecei. – Vai se mudar para Nova York. E ele... Ele me pediu para ir com ele.

   Nicholas arqueou as sobrancelhas, parecendo surpresa.

- E você disse que vai? – perguntou.

- Ainda não...

- Por que não?

   Suspirei.

- Como assim “por que não”? Eu tenho uma vida aqui, minha família... E o Cullen e eu nem temos nada. Como vou deixar toda a minha vida para trás e ir para outro país com ele?

   Nicholas revirou os olhos.

- Os Estados Unidos é aqui do lado, praticamente. Nem devia ser considerado outro país. E nós vamos nos formar daqui a quatro meses, e você irá para a universidade, certo? Não tentará entrar para a Columbia? – perguntou.

   Suspirei novamente, colocando o rosto nas mãos. Ouvi Nicholas rir baixinho e logo seu corpo se aproximou do meu no banco. Sua mão pousou sobre o topo da minha cabeça, afagando levemente.

- É legal ver você confusa assim! – falou risonho.

   Bufei, levantando o rosto e crispando os olhos para ele. Ele riu novamente, ainda com a mão no topo da minha cabeça.

- Bella, você o ama. Isso é óbvio. – falou.

   Engoli em seco, olhando nos olhos dele e procurando por um vestígio de que ele estava tirando com a minha cara.

   Não estava.

- Não amo não. – murmurei num fio de voz.

- Ama sim.

   Ficamos nos olhando por alguns segundos, e eu senti meus olhos arderem. Solucei e Nicholas me abraçou. Escondi meu rosto em seu ombro, sentindo sua blusa cada vez mais úmida com minhas lágrimas. Ele cantarolava algo baixinho, enquanto acariciava levemente minhas costas tentando me acalmar.

   Suspirei depois de alguns minutos, passando a manga do casaco sobre os olhos para tirar os vestígios das lágrimas. Eu me separei de Nicholas, e ele sorriu levemente para mim.

- Obrigada. – agradeci. – De verdade. Eu nunca me abri assim para ninguém, e você conseguiu arrancar isso de mim com facilidade.

   Ele riu, balançando a cabeça.

- Me sinto privilegiado. Posso colocar isso no livro da turma? “Nicholas Walker: A primeira pessoa para quem a Presidente Durona se abriu!”. – falou rindo.

   Eu ri, logo em seguida suspirei e arrumei meus cabelos. O olhei novamente, e ele me observava.

Two Is Better Than One – Boys Like Girls ft. Taylor Swift

“Eu lembro o que você usou no nosso primeiro encontro

Você entrou na minha vida

E eu pensei: "Ei, sabe, isso pode dar em alguma coisa"”

- O que eu faço agora? – perguntei.

- Vá até ele. – falou revirando os olhos.

- Mas... – suspirei sem saber o que dizer.

- Bella, está na hora de deixar essa coisa de orgulho de lado, não acha? Você o ama, ele te ama também... Quantas pessoas no mundo tem essa chance?

“Porque tudo o que você faz e as palavras que você diz

Você sabe tudo isso me deixa sem ar

E agora eu estou sem nada”

   Suspirei assentindo. Ele sorriu abertamente e pegou minha bolsa que estava do meu outro lado, estendendo ela para mim.

- Vai logo! – falou.

   Ri e peguei minha bolsa, pendurando-a nos ombros. Rapidamente fiquei de pé e comecei a andar a passos rápidos até a saída do terraço. No meio do caminho, parei e me virei. Nicholas me observava com as mãos nos bolsos do casaco, com um leve sorriso no rosto. Num impulso e voltei até ele e o abracei apertado. Depois de alguns segundos de surpresa, ele me abraçou de volta.

- Obrigada! – agradeci novamente.

- Eu que agradeço. – ele murmurou, e eu soube à que ele se referia: ao seu problema com as garotas.

   De certa forma, um ajudou o outro.

   Nós nos separamos e eu voltei a correr para a saída do terraço. Depois de quase ter rolado escadas a baixo uma dúzia de vezes, eu finalmente consegui chegar à saída do colégio. Olhei ao redor, procurando por Edward, mas não o encontrei. Vi apenas Alice e Rose conversando enquanto caminhavam calmamente até o portão, e mais alguns grupos de alunos espalhados. Corri até as duas, parando na frente delas arfante.

“Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem você

Talvez dois seja melhor que um

Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida

E você já me fez ficar sem graça

E estou pensando que dois é melhor que um”

- Vocês viram o Edward?! – perguntei afoita.

- Ele foi um dos primeiros a sair do ginásio e estava à sua procura. – Rose disse. – Aconteceu algo? Você está vermelha!

   Neguei com a cabeça e dei um beijo na bochecha de cada uma, correndo em direção ao portão em seguida. Ainda pude ver a expressão surpresa delas.

   Céus, eu estou abraçando e dando beijinho em todos. O que está acontecendo? Ri de mim mesma, e alguns garotos me olharam estranho. Passei a mão pelos cabelos, olhando para a rua. A alguns metros, na calçada, o vi.

“Lembro-me de rir, olhando para seu rosto

O jeito que você vira os seus olhos, o seu sabor

Você faz com que seja difícil respirar

Porque quando eu fecho os olhos eu voo para longe

Eu penso em você e tudo fica bem

Agora eu estou finalmente acreditando”

   Engoli em seco.

   É agora.

   Passei por entre algumas pessoas que estavam no caminho, rapidamente, me aproximando cada vez mais dele. Notei que ele digitava algo no celular, enquanto seus passos ficavam cada vez mais lentos. Em certo momento ele parou completamente no meio da calçada, e eu parei também, a uns 4 metros de distância dele. Eu já ia me preparar para chamá-lo, quando senti meu celular vibrar em meu bolso da calça. Rapidamente o peguei, e vi que era uma mensagem... Dele.

   Rapidamente abri a mensagem com os dedos trêmulos. Sorri levemente ao ler o que havia escrito: “Onde está você? Já foi embora?”.

“Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem você

Talvez dois seja melhor que um

Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida

E você já me fez ficar sem graça

E estou pensando que dois é melhor que um, sim, sim”

   Suspirei e voltei a guardar o celular no bolso. Levantei a cabeça e arregalei os olhos ao ver que Edward já estava andando mais distante. Corri, esbarrando em algumas pessoas e acho que me xingaram, mas eu ignorei. Arfei ao chegar mais perto dele novamente, e vi que estávamos em frente ao portão de um parque.

- E-Edward! – gritei gaguejando.

   O vi parar e olhar para trás. Suspirei, apoiando-me sobre os joelhos enquanto respirava com dificuldade. Ele me olhou com curiosidade e se aproximou de mim.

- O que aconteceu? Você correu até aqui? – perguntou.

“Eu lembro o que você usou no nosso primeiro encontro

Você entrou na minha vida e eu pensei: "Ei"”

   Assenti levemente, levantando o rosto e passando a manga do casaco sobre a minha testa. Eu não estava suada, mas meu corpo estava em chamas. Edward acariciou levemente minhas bochechas, que com certeza deviam estar como dois tomates.

- Eu não sabia se você havia ido embora, por isso não te esperei. Por que não lig... – ele ia continuar falando, quando o interrompi levantando a mão para que ele parasse de falar.

“Porque talvez seja verdade que eu não consiga viver sem você

Talvez dois seja melhor que um

Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida

E você já me fez ficar sem graça

E eu estou pensando eu, eu não posso viver sem você

Porque dois é melhor que um

Há tanto tempo para descobrir o resto da minha vida”

   Ele se calou e me olhou com curiosidade. Fiquei ereta novamente, levantando o rosto para vê-lo melhor.

- Sim. – falei firme.

   Ele arqueou uma sobrancelha.

- O quê? – murmurou.

- Eu vou com você. – falei, sentindo meu rosto esquentar ainda mais. – Se você ainda me quiser, claro.

   Edward me olhou surpreso por alguns segundos, até abrir um sorriso radiante. Ele passou a mão pelos cabelos naturalmente bagunçados, e eu sorri contagiada pelo seu riso. Quando vi estava em seus braços, e seus lábios nos meus. Correspondi ao seu beijo, de repente, me sentindo muito mais leve.

   Quando o ar se fez necessário nós nos separamos. Edward ainda me segurava firmemente em seus braços, me olhando com os olhos brilhantes.

- Eu te amo, garota. – ele disse.

   Sorri timidamente, balançando a cabeça.

- Eu te amo. – murmurei.

   Edward arregalou levemente os olhos e seu sorriso ficou maior. Seus lábios vieram de encontro aos meus novamente, e eu rodeei seu pescoço com meus braços, unindo ainda mais nossos corpos.

   Era estranho se declarar para alguém. Mas era bom. Era como se tivessem retirado um grande peso das minhas costas.

   E, no momento, eu não me arrependia de ter dito aquelas 3 palavras que Edward sempre dizia para mim. Elas não me assombravam mais.

   Ele tinha razão... Eu era dele.

“Eu vou descobrir a gente se abraçando e dizendo: "Feito"

Dois é melhor que um

Dois é melhor que um”


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Notas finais do capítulo

AWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWN, eu amo o Nicholas! ♥ hahahahahh.
E esse momento Beward foi vida, gente. O que vocês acharam? Eu tava com o capítulo sendo escrito aqui no pc há uns 4 dias... Quem participa lá do grupo do facebook sabe: eu quase morri essa semana porque eu, muito inteligente, pisei em cima do meu notebook e ele morreu.
Sim, morreu.
E não tem data de ressurreição ainda! Ou seja: minha inspiração tá baixa porque usar o pc da minha mãe não é a mesma coisa. :(
Fora que todos os arquivos das minhas fanfics novas que eu pretendia postar assim que finalizasse Seja Minha Maid estão lá...
PALMAS PARA MIM! CLAP CLAP CLAP! -n
Enfim, e aí, gostaram? Digam o que acharam do capítulo, o que acham da fanfic, comentem, recomendem, participem do grupo no facebook!
Link do grupo: https://www.facebook.com/groups/524763704223492/
"Seja Minha Maid" está no final, gente! Na verdade, o próximo capítulo será o último, ou seja: leitores fantasmas, por favor, apareçam para dizer um "OI"! ♥ hahahahahh.
Prometo que tentarei postar o próximo o mais rápido possível, amores!
Beeeeeeeeeeeeeeeijos!