Seja Minha Maid escrita por Allie Próvier


Capítulo 1
Capítulo 1: Bella é uma... Empregada?


Notas iniciais do capítulo

FANFIC NOVA, PESSOAAAAAAAAAAAAL! hahahahah
Quem me acompanha em "Porto Seguro", já sabe! :D
Como eu disse, essa fanfic é baseada no anime "Kaichou wa Maid-sama"! Eu não pretendo seguir fiel à história do anime, mas esse primeiro capítulo eu fiz igualzinho ao primeiro episódio do anime, porque achei que ficaria interessante! BUT, a partir do segundo capítulo da fic, eu já mudarei algumas coisas!
Nos vemos lá em baixo!



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Capítulo 01: Bella é uma... Empregada?

- Eu já disse que vocês não irão entrar no colégio vestidos assim! – gritei, assustando tanto a Mike quanto ao Trio Idiota.

   Sam, Paul e Seth – apelidados carinhosamente por mim como “Trio Idiota” – me olharam raivosos. Permaneci impassível, bloqueando a passagem deles no portão do colégio.

- Olha aqui, garota... – Sam veio para cima de mim.

   Mike de pôs entre nós dois, provavelmente prevendo o que iria acontecer se aquele cara desse mais um passo em minha direção. Alguém iria sair todo quebrado dessa história, e esse alguém definitivamente não era eu.

- Pessoal, sem brigas, certo?! Façam o que a presidente mandou. Só apareçam novamente quando o uniforme de vocês estiver de acordo com as normas! – Mike disse, rapidamente fechando o portão.

   O Trio Idiota me olhou, me fulminando com o olhar, e eu sorri para eles acenando. E me virei para entrar na escola e Mike me seguiu, como sempre.

- Presidente, eu acho que você devia ser um pouquinho mais calma e... – ele começou e eu parei onde estava o olhando séria.

   Mike congelou onde estava arregalando os olhos para mim.

- Garotos são idiotas, e não, eu não ficarei mais “calma” até que essa escola vire algo decente! – falei entredentes, voltando a andar em direção à sala do Conselho Estudantil.

   Eu fazia a “patrulha” pelos corredores, para ver se não havia alguém matando aula.

   Virei um dos corredores e vi o Trio Idiota rodeando uma garota. Bufei, indo até lá.

- Você pode fazer isso por nós... – Sam dizia para a garota, com um sorriso perverso.

- M-Mas eu... – ela gaguejava assustada com os três brutamontes.

- Ei! – chamei, atraindo os quatro pares de olhos. – Deixe que eu cuido a partir daqui. – falei par a menina, que assentiu e foi embora para sua próxima aula.

- Você de novo. – Sam reclamou, cruzando os braços.

   Revirei os olhos.

- Isto eu que digo, trio idiota!

- Temos nome! – Paul rosnou.

- Idiotas como vocês não merecem ser chamados pelo nome! Eu já mandei vocês ajeitarem suas aparências! Tirem seus brincos! – mandei.

- Sim, sim. Depois. – Sam disse já se preparando para ir embora, assim como Seth e Paul.

- Eu disse agora! – falei aumentando o tom.

   Sam virou-se para mim rudemente.

- Cale-se! Eu disse que vou tirar! – falou, levantando a mão em punho pretendendo me bater.

   No último minuto antes de ele me atingir eu segurei seu punho, cerrando os dentes.

- Eu disse agora! – falei, largando seu punho e puxando seus brincos de sua orelha.

   Sam gritou e correu para longe de mim junto com Seth e Paul.

- Você é louca! – Seth gritou, antes de virarem o corredor.

   Bufei.

   Passei por um dos corredores e ouvi vozes. O sinal das aulas já não havia tocado? Por que ainda perambulavam por aí? Virei o corredor para ver o que acontecia e, no fim dele, vi Edward Cullen e uma garota. Não pude ouvir o que falavam, mas com certeza era mais uma das meninas que se declaravam para ele. Edward tinha as mãos nos bolsos da calça e olhava para a menina sem expressão definida. A garota estava mais vermelha do que um tomate, olhando para o chão. Logo ela parou de falar e o olhou esperançosa. Edward suspirou e negou algo com a cabeça. Os olhos da garota se encheram de lágrimas e ela assentiu, correndo em direção a uma das salas.

   “Idiota!” – pensei. Do Cullen, é claro.

   Andei a passos firmes até ele. O Cullen já se preparava para ir para sua sala, quando eu o parei. Ele me olhou, arqueando uma sobrancelha.

- O que houve? – perguntei.

   Ele deu de ombros.

- Nada. Apenas rejeitei outra confissão.

   Semicerrei os olhos. Esse cara está sempre fazendo as garotas chorarem.

- Eu já disse várias vezes para você ser mais sensível na escolha das palavras! Se eu te pegar fazendo outra garota chorar, você vai pagar! – falei, apontando o dedo na cara dele.

   Logo eu lhe dei as costas para voltar à sala do Conselho Estudantil. Já estava quase na hora da saída, e eu tinha que ir logo para casa.

   Peguei minha bolsa e saí do colégio.

   Aliás, meu nome é Isabella Swan. Tenho 16 anos e estudo no Aurora College. Esse, outrora, era uma academia apenas para garotos e só há alguns meses se tornou um colégio misto. Infelizmente, 80% dos alunos ainda são do sexo masculino... Mas eu irei mudar isso! Com muito esforço, e também sendo muito amigável com os professores, eu consegui me tornar a primeira presidente do Conselho Estudantil do colégio. Eu já perdi a conta de quantas coisas horríveis já achei pelos armários dos alunos (revistas da Playboy, camisinhas, comida estragada) e isso não deixava apenas a mim horrorizada, mas às outras meninas também. Por isso a cada dia eu tentava cada vez mais mudar o aspecto que as pessoas tinham do Aurora College. Eu precisava mudar isso, nem que para isso eu precisasse usar os punhos de vez em quando. Mas os garotos mereciam, afinal. Eles se comportavam como uns idiotas com as meninas, e isso não estava certo.

   Podem me chamar de feminista. Em certo aspecto, sou mesmo.

   Finalmente eu cheguei em casa e, assim que fui abrir o portão, ele praticamente... Desmontou... Em minhas mãos. Suspirei. Eu teria que gastar mais do pouco dinheiro que tinha para consertar aquilo.

– Cheguei! – gritei assim que entrei em casa.

   Eu me arrastei pelo corredor e ao pé da escada, senti meu pé afundar no chão. Olhei para baixo e vi que um pedaço do chão de madeira estava com um buraco, onde eu havia metido meu pé.

- Ah, você chegou! – Nessie, minha irmã mais nova, disse aparecendo na porta da cozinha.

- Que armadilha é essa, Nessie?! – perguntei, tentando tirar meu pé do buraco.

- Ah, eu havia pisado aí antes. Então coloquei uma folha de jornal por cima para tapar. Acho que o assoalho está podre. – ela explicou.

   Suspirei. Assenti e fui tomar um banho. Assim que terminei, fui até o “quarto de trabalho” da minha mãe, Rennée. Ela estava sentada no chão, como sempre, pintando suas esculturas que aos fins de semana ela vendia em uma feirinha artesanal que havia perto da nossa casa. Ela também era enfermeira.

- A senhora fez plantão no hospital novamente? – perguntei, me sentando ao seu lado.

   Ela sorriu para mim, assentindo.

- Você tem que descansar, mãe. – falei preocupada.

   Ela riu.

- Eu estou bem, querida. – ela disse, dando de ombros. – Não posso deixar todo o fardo da casa para você.

   Eu abri a boca para responder quando Nessie apareceu do nada.

- Se o papai não tivesse desaparecido deixando tudo em cima da gente, isso não seria necessário. – ela disse inocente.

- Nessie! – recriminei.

- Aliás, a sua chefe ligou. Parece que uma das meninas não pôde ir então ela quer que você fique no lugar dela. – Nessie disse.

   Levantei num pulo, correndo para fora do quarto.

- Por que não me disse?! Tenho que ir logo, então! – falei, correndo pelo corredor e quase afundando o pé naquele buraco novamente.

    Apenas peguei um casaco, minha bolsa e o meu boné e corri para fora de casa.

(...)

- Seja bem-vindo, Mestre! – eu falei a frase de sempre assim que mais um cliente adentrou no Café.

   Jéssica o recepcionou e o levou até uma das mesas. Esme, minha chefe, veio saltitando para o meu lado.

- Desculpe por te chamar tão subitamente, Bella! – ela disse.

   Sorri.

- Tudo bem! Eu tenho várias despesas, então é uma ótima oportunidade! – falei.

   Esme sorriu para mim e ouvi um dos clientes me chamar.

- Bell! – esse era meu apelido no trabalho. – Pode trazer um Arroz com Omelete Moe Moe para mim? – ele perguntou.

   Sorri abertamente para ele.

- Trarei imediatamente, Mestre! – falei.

   Rapidamente fui até a cozinha, levando o pedido. E lá se vai mais um dia de trabalho...

(...)

   Arrastei o pesado saco de lixo pelas portas dos fundos do Café, arfante.

   Caramba, eu trabalho aqui faz tempo e ainda não me acostumei! Eu não tenho muito tempo por causa do Conselho Estudantil, então eu precisava de um emprego de meio período e que pagasse bem, como esse.

   Eu trabalho em um Maid Café. Eles são muito populares no Japão, China, Coréia e agora começou a se expandir para além, como no Canadá, que é onde eu moro.

   É um Café normal, mas com uma coisa... Diferente: as garçonetes se vestem com um uniforme de empregada, aqueles bem parecidos com os que aparecem em filmes antigos, sabe? Vestidinho preto com avental branco e tudo mais. E também tratamos os clientes como “Mestre”.

   Não vou reclamar, é até divertido. A Esme sempre inventa um evento novo, em que eu e as outras Maids nos vestimos como personagens de algum desenho, ou com algum tema, e fazemos uma “festa” no Café.

   Mas se alguém do colégio me visse assim, definitivamente, eu estaria ferrada.

- Uau.

   Congelei onde estava ainda segurando o saco de lixo enquanto tentava coloca-lo dentro da lata de lixo.

   Droga! Eu conhecia aquela voz!

   Rapidamente virei-me para trás, me deparando com Edward Cullen.

- Que surpresa. Se não é a presidente. – ele disse, me olhando sem expressão e logo voltando a andar.

   Arregalei os olhos, tentando gritar para que ele voltasse e implorar para que não contasse a ninguém, mas ele já havia sumido pela rua. Corri para dentro do Café e me tranquei dentro do banheiro. Sentei sobre a tampa do vaso, colocando o rosto sobre as mãos.

   Que droga! Toda a escola saberá disso agora! Tudo vai ser mais difícil de eles descobrirem que a presidente do Conselho Estudantil é uma... Empregada!

- Toda a confiança que obtive até agora vai descer pelo ralo... – murmurei para mim mesma.

   Ouvi batidas na porta do banheiro e levantei assustada.

- Bella? Você está bem? – ouvi Ângela, uma das Maids, perguntar.

- Sim, eu já vou! – falei.

   Rapidamente joguei uma água no rosto e saí do banheiro, tentando esquecer os problemas temporariamente até o fim do expediente.

(...)

   Eu vesti meu casaco e ajeitei o capuz do mesmo na cabeça. Pendurei minha bolsa no ombro e abri a porta dos fundos do Café, pronta para ir embora.

   Assim que saio do Café, me deparo com o Cullen encostado ao muro com as mãos nos bolsos.

- Ah, você está vestida normalmente agora. – ele disse, me olhando dos pés à cabeça.

   Revirei os olhos.

- O que você quer?! – perguntei, tentando controlar meu nervosismo.

- Nada, realmente. Eu só queria ter certeza. Então aquela empregada era mesmo a presidente... – ele disse se desencostando do muro. – Por que trabalha em um lugar desses?

   Bufei e fui até ele, pegando na barra de seu casaco e o arrastando.

- Cale-se e me siga. – falei.

   Fomos para um parque que havia perto do Café. Já estava de noite, então o local estava vazio, com exceção das pessoas que andavam nas calçadas e os carros. Eu me encostei à pequena cerca de ferro que havia ao redor do parque, olhando para rua.

   Expliquei o porquê de trabalhar no Café a ele, e logo um silêncio se estendeu entre nós por um tempo.

- Ah, razões familiares. Então é por isso que você está trabalhando em um Café de empregadas na cidade vizinha... As coisas estão tão ruins assim? Você não poderia arrumar um trabalho mais perto de casa? – ele perguntou depois de um tempo.

   Suspirei.

- Sendo a presidente do Conselho, eu não posso deixar minhas notas caírem. Eu não aguentaria equilibrar a escola e um trabalho muito longo.

- Deve ser difícil. – ele murmurou. – Então, a razão pela qual você foi para o Aurora, uma escola cheia de caras, mesmo odiando homens... É por que o custo é baixo? – perguntou.

- Sim. – respondi.

   O olhei pelo canto dos olhos, e vi que ele observava a rua.

   Eu não consigo imaginar o que ele está pensando.

- Entendo... – ele murmurou.

   E o assunto acabou ali.

Três dias depois...

   Qualquer coisa que falassem que parecesse com a palavra “empregada” eu já me desesperava. Era realmente estranho que ninguém soubesse de nada ainda...

   Será que ele está planejando me chantagear com isso? Ou então ele está sendo compassivo com isso... De certa forma, isso seria bom. Mas não deixa de ser estranho.

- Bella! – ouvi me chamarem.

      Eram Alice e Rosalie, minhas amigas. Sorri para elas, e Alice correu até mim, me dando um abraço.

- Tudo bem? – ela perguntou, provavelmente estranhando a minha provável cara de desespero.

- Estou sim. – falei, tranquilizando-a.

- Bella, desculpe pedir isso agora já que você tem tanta coisa para fazer... Mas é que precisamos da sua ajuda! – Rose disse.

   Alice e Rosalie eram duas pessoas completamente diferentes. Enquanto Alice vivia sorrindo e saltitando por aí, Rose era mais na dela, tranquila e centrada. Mas eu adorava as duas, isso era fato.

- O que aconteceu? – perguntei.

  Alice pegou em minha mão e me puxou até o lado de fora do colégio. O Aurora College era um colégio enorme, e era fácil se perder lá dentro. Alice e Rose me levaram até o outro lado do ginásio, onde havia o Clube de Box e o Clube das Flores, do qual as duas participavam. Ambos ficavam em um pequeno bloco de dois andares. O Clube de Box em baixo, e o Clube das Flores no segundo andar. E logo elas me mostraram o problema: na escada que havia ao lado da construção, que levava até o segundo andar, havia um daqueles sacos de areia do Clube de Box.

- Nós não podemos chegar ao Clube com isso aí no caminho. – Alice disse.

   Suspirei.

- Eu irei conversar com os rapazes do Clube de Box, não se preocupem. – falei, andando até o saco de areia. – Devemos tirar isso daqui primeiro.

   Peguei a corrente que havia na base do saco de areia e o puxei, jogando-o na porta o Clube do Box. Alice e Rose me olharam surpresas, já que aquela coisa era realmente grande e pesada.

   Os garotos do Clube saíram rapidamente e me olharam, assustados com o barulho.

- Tirem isso daí imediatamente! – gritei.

   Eles logo se apressaram para tirar o saco de areia do caminho e o levaram para dentro do clube.

   Limpei as mãos calça e Alice pulou em cima de mim, me agradecendo. Ri da sua animação.

   Rose pegou uma flor do buquê que segurava e me ofereceu.

- Como agradecimento. – ela disse.

   Sorri e peguei a flor, agradecendo.

- Ei, aquele é o Edward olhando para cá? – Alice perguntou, olhando para trás de mim.

   Eu me virei e vi que, realmente, o Cullen olhava em nossa direção. Mais precisamente para mim.

- O que você quer?! – perguntei alto.

   Edward deu um sorriso torto e murmurou algo, nos dando as costas e indo em direção ao prédio do colégio.

   Argh, o que ele tem, afinal?

- Edward é tão legal! – ouvi Alice dizer. Eu a olhei, arqueando as sobrancelhas. – Eu ouvi dizer que ele praticava luta no Ensino Fundamental e dizem que ele é realmente forte! Todos os garotos querem ser como ele, e as notas dele são ótimas! Fora que ele é lindo! É o raio de luz do colégio, que é cheio de garotos estranhos!

   Suspirei diante do encantamento de Alice.

- Mas parece que ele nem se interessa mais pelas garotas, já que é tão popular. – ela disse fazendo bico.

- Mas elas ainda se confessam para ele. Ele deve ser gay. – Rose disse.

   Ri das duas e revirei os olhos.

- O que se passa na cabeça dessas garotas? – perguntei mais para mim mesma.

   Talvez, o motivo pelo qual ele não contou a ninguém, é porque ele não está interessado. Provavelmente é isso mesmo.

(...)

- Seja bem-vindo, Mes... – interrompi minha fala, olhando estupefata para a pessoa à minha frente. – O que você faz aqui como cliente?!

   Edward permaneceu com o rosto impassível.

   Eu não entendo... O que ele pretende, afinal?!

- Nossa, ele é lindo! – ouvi as outras Maids cochicharem atrás de mim.

   Ele está aqui para me incomodar?! Porque está conseguindo! É um desafio?! É, não é?!

   Então pode vir, Cullen! É melhor estar preparado!

   Dei meu melhor sorriso, juntando minhas mãos na frente do corpo.

- Bem vindo, Mestre! – falei sorridente, e eu quase podia ver a aura angelical ao meu redor.

   Edward ficou me olhando por alguns segundos, sério, até que virou a cabeça para o lado e riu.

   Céus, isso é tão humilhante!

(...)

- Peço desculpas pela demora. – falei, colocando a xícara do chá que Edward pedira sobre sua mesa, logo me retirando.

   Eu podia sentir os olhos de Edward nas minhas costas, e isso já estava realmente começando a me irritar.

- Ele é seu namorado ou algo do tipo?! Ele esteve te olhando durante todo esse tempo! – Esme perguntou, com os olhos brilhantes.

- Não. – respondi, suspirando em seguida.

   No dia seguinte, na escola, eu estava em um desanimo total. Mal dormi pensando no que havia acontecido. Edward Cullen iria acabar me fazendo ter um ataque nervoso!

   Ele provavelmente está tirando com a minha cara, fazendo toda essa tortura psicológica! Ele ficou lá por mais de uma hora, sentado e me olhando, e não pediu nada além de um chá.

   Fui para o Café após a escola. Assim que cheguei, vesti meu uniforme e fui para o salão do Café. Já havia alguns clientes e, com desgosto, vi quem eu menos queria ver em uma mesa afastada. Seus olhos já me sondando.

- Aquele menino está aqui de novo! – uma das Maids cochichou atrás de mim. – E ele está olhando para a Bella novamente!

- Eu sabia, ele está interessado em você! – Esme disse ao meu lado, de repente. – Os olhos dele estão sobre você cheios de preocupação! Que adorável! – ela dizia.

- Preocupação? – perguntei mais para mim mesma.

   Olhei para Edward e ele olhou nos meus olhos. Senti meu rosto esquentar.

   Droga, por que eu tinha que corar?!

   Logo Ângela me pediu ajuda com alguns clientes e tentei me concentrar no trabalho.

(...)

   Os corredores do colégio estavam cheios. Logo encontrei Alice e Rose em frente a um dos murais. Alice acenou para mim, sorridente, e fui até elas.

- Bella, parabéns! Você ficou em segundo lugar naquele exame! – ela falou assim que me aproximei.

- Segundo lugar? Quem ficou em primeiro? – perguntei.

   Rose saiu de frente do mural e eu pude ver o nome do indivíduo que ficou à minha frente.

- Edward Cullen. – ela disse.

   Ele não cansava de me irritar?!

   Fui para a sala de aula e, assim que entrei, vi que alguns garotos estavam olhando uma revista. Assim que me viram entrar na sala, fecharam a revista e a esconderam.

- O que tem aí? – perguntei.

- Nada! – responderam rapidamente.

   Cerrei os olhos para eles.

- Me entreguem a revista agora. – falei.

   Eles fizeram uma expressão irritada.

- Por que as meninas podem trazer revistas e nós não?! E por que você é tão rígida com a gente e um doce com as garotas? Queremos direitos iguais! – um deles reclamou.

- Se irá forçar a barra com a gente, tem que fazer o mesmo com elas! – o outro disse.

   Suspirei.

- Tudo bem, eu vou reconsiderar o caso depois de ver o conteúdo das revistas. – falei, me dando por vencida. – Se tiver um conteúdo inapropriado para a escola, a revista será banida. Diga os nomes das revistas que vocês querem.

   Além dos meninos, havia também algumas meninas no fundo da sala. Todos me olharam surpresos.

- Serão muitas então. – uma menina disse. – Você já tem trabalho demais, Bella.

   Dei de ombros.

- Tudo bem, eu preciso fazer isso sendo a presidente. – falei.

(...)

   Suspirei, olhando o bolo de revistas que havia na minha mesa da sala do Conselho. Ben, o tesoureiro do Conselho, veio até mim parecendo receoso.

- Er... Bella, as contas do mês passado não estão fechando corretamente. – ele disse.

- EU TE DISSE PARA PELO MENOS CONTAR O DINHEIRO CORRETAMENTE! – gritei, ficando de pé.

   Bem pulou para trás, se desculpando. Suspirei, me jogando na cadeira novamente.

- Tudo bem, eu faço isso. – murmurei.

(...)

   Já estava quase no fim das aulas, e eu ainda estava presa à sala do Conselho. Suspirei, encostando minha cabeça na mesa.

- Você é masoquista, presidente? – ouvi falarem.

   Eu já estava cansada daquela voz. Sério.

- O que faz aqui? – perguntei.

- Você parece feliz em se encurralar. Ah, eu acho que você é uma sádica também. – ele disse. Bufei. – Você devia relaxar um pouco.

   Fiquei de pé, me preparando para expulsá-lo, mas eu senti tudo rodar ao meu redor e meu corpo ia em direção ao chão, mas fui amparada antes disso.

- Eu fico preocupado só de olhar para você. – ouvi Edward sussurrar em meu ouvido, com os braços ao meu redor.

   Rapidamente me afastei ainda um pouco zonza.

- Fique longe! – falei. – Eu... Eu não preciso da sua ajuda!

   Edward me olhou, sério, e assentiu.

- Tudo bem então. – falou.

   Logo me deu as costas e saiu da sala, me deixando sozinha novamente.

(...)

   Aproveitei que o movimento no Café não estava tão grande e fui para fora, pelos fundos, para respirar um pouco de ar fresco. Eu me encostei à parede, tossindo.

- Eu tenho que terminar de avaliar as revistas... As contas não estão fechando também... E ainda tenho que arrumar tempo para estudar. – murmurei para mim mesma.

   “Eu acho que você deve relaxar um pouco” – as palavras de Edward vieram à minha mente.

   Eu sinto como se estivesse fazendo tudo pela metade... E eu realmente não me sinto bem.

   Fechei os olhos, para ver se a tontura passava.

- Ahm? Se não é a presidente! – ouvi falarem.

   Abri os olhos rapidamente e senti meu coração perder uma batida ao ver que era Sam, Paul e Seth, o Trio Idiota.

- Nossa, é mesmo! – Seth disse, me olhando dos pés à cabeça.

- Uma Maid? Sério? – Paul disse debochado.

- Isso é hilário! – Sam disse, e os três se aproximaram mais de mim.

   Dei dois passos para trás, contanto que eles se aproximavam.

- Hora de tirar fotos! – Seth disse, tirando o celular do bolso.

   Arregalei os olhos e tentei voltar para dentro do Café, mas Sam me puxou pelo pulso e o apertou.

- Vai correr? Você atormenta os caras na escola, e então, você vai me dizer que na verdade é uma empregadinha?!

- Me largue! – mandei, e os três riram.

- Vou querer um serviço especial! – Sam disse, apertando meus pulsos mais fortemente.

   Seth se aproximou, com o celular na frente do meu rosto para tirar a foto, enquanto Sam e Paul riam.

- Me chame de Mestre! – Seth disse, rindo.

   Fechei os olhos, tentando virar o rosto para longe da câmera. Céus, meu corpo está tão fraco...

- Eu não tinha notado que você era uma garota mesmo. Você até que fica bem nesse uniforme! – Sam disse próximo ao meu ouvido.

   Rapidamente me senti ser puxada de Sam e embalada por braços fortes.

- Não toque nela só porque ela está linda! – ouvi Edward dizer.

   Mas o quê...?

   Edward me abraçou e pôs uma mão sobre a minha testa quente. Sam, Paul e Seth se afastaram rapidamente.

- Você está bem? – Edward perguntou, sentindo minha temperatura.

   Logo ele olhou para o Trio Idiota e os três rapidamente foram embora.

- Obrigada... – sussurrei.

   Edward sorriu levemente e eu me encostei em seu peito, sentindo minhas pálpebras pesarem.

- Está tudo bem. Descanse. – ele sussurrou, segurando meu corpo.

   Quando abri os olhos novamente, me vi em meu quarto. Olhei ao redor e vi minha mãe sentada ao pé da cama, me olhando ternamente.

- Eu levei um susto quando Esme me ligou. – ela disse, acariciando meus cabelos.

- Desculpe. – murmurei, me sentando na cama.

   Rennée sorriu e me deu um pano. O peguei e ela ficou de pé.

- Descanse hoje, ok? Qualquer coisa me chame. – falou, saindo do quarto em seguida.

   Olhei para o pano em minhas mãos e constatei ser um cachecol. Logo lembrei de Edward... Era o cachecol que ele usava quando “me salvou” do Trio.

   Sorri.

(...)

   No dia seguinte, na escola, eu fiquei para cima e para baixo atrás de Edward. Parece que ele resolveu sumir no ar agora que eu preciso falar com ele!

   Logo alguns meninos me disseram que o viram ir para o terraço da escola. O terraço era aberto, e havia um jardim lá que era sempre usado pelo Clube das Flores.

   Assim que cheguei lá, me encolhi dentro do casaco devido ao vento frio. Achei Edward sentado em um banco, olhando para o céu levemente nublado acima de nós.

- Eles não falaram para ninguém sobre você ser uma Maid. – ele disse assim que me aproximei, mas não se virou para mim.

- Ah... Eu já estava preparada para isso. – falei. – Você fez algo com eles?

- Na verdade, não. Eu apenas pedi para eles não espalharem, já que é minha diversão secreta. – falou.

- Então você está mesmo se divertindo. – murmurei, cerrando os olhos.

   Edward virou o rosto para me olhar, com um sorriso torto.

- Você ficaria irritada se eu dissesse que estava mesmo preocupado, certo? – falou.

   Bufei e ele voltou a olhar para o céu. O vento batia em seu cabelo de estranho tom de bronze, fazendo-o ficar ainda mais bagunçado que o normal.

   Eu me aproximei mais dele a passos duros, até parar ao seu lado.

- Bem, acho que não haveria problema se a escola toda descobrisse. Ter um trabalho extra não é algo proibido. – Edward disse.

   Eu me sentei ao seu lado, também olhando para o céu e tentando achar o que tanto lhe prendia a atenção.

- Só porque você está vestida como uma Maid, o fato de que você é forte, inteligente e nunca mede esforços para ajudar os outros não vai mudar. – ele disse.

 O olhei, surpresa, e ele continuou falando.

- Eu acho que você pode se orgulhar disso. – ele falou, sorrindo levemente.

   Ficamos em silêncio por um tempo, e eu decidi quebra-lo.

- Eu passei o dia inteiro ontem pensando em por que você me irrita tanto. – falei, dando um suspiro. Edward me olhou, sorrindo torto. – É como se eu estivesse correndo com toda a minha força, e você correndo tranquilamente à minha frente. E então você começa a correr de costas e começa a me dizer coisas estranhas. – falei, demonstrando toda a minha loucura. Edward permaneceu me olhando, escutando o que eu dizia. – Eu sou muito competitiva, então isso me deixa louca... Mas eu fui salva dessa vez graças a você estar na minha frente. – murmurei por fim.

   Edward me olhava com sua expressão séria. Despertei um pouco dos meus devaneios e sorri para ele.

- Só observe. Eu vou te passar logo, e quando isso acontecer, você que vai se preocupar! – falei.

   Edward permaneceu impassível, me observando. Só então lembrei da sacola que segurava, onde havia guardado seu cachecol.

- E obrigada por me emprestar o cachecol, e por muitas outras coisas também. – falei, estendendo a sacola para ele. – Eu estava pensando em como poderia devolver o favor, já que não gosto de dever nada. Mas não consegui pensar em nada e... – eu falava, mas Edward me interrompeu.

- Eu sei o que você pode fazer. – falou.

  Engoli em seco. Edward sorriu torto, me olhando fixamente nos olhos.

- Ah... O que você quer? – perguntei confusa.

   Edward suspirou ainda me olhando fixamente e com o sorriso torto.

   E quando ele abriu a boca para falar, eu logo me arrependi de ter oferecido algo como agradecimento.

- Você seria minha Maid pessoal por um dia?


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Notas finais do capítulo

Bom, como eu disse lá em cima, esse primeiro capítulo foi praticamente fiel ao primeiro episódio do anime, mas a partir do segundo capítulo as coisas mudam um pouco!
E ai? Gostaram? *u* Bella pobre, coitada, a casa cai aos pedaços! HUAHUAHUAHU E o Edward? Ele é um pervo, aviso logo! hahahah
A história não pretende ser muito longa! Terá tem torno de 10 ou 15 capítulos! Espero que gostem!
E, please, mandem reviews! Digam o que acham, se ha algo que deve ser melhorado! Esse capítulo ficou mais "sério", mas a partir do próximo ele ficará mais "leve"! hahahahah Bem do jeitinho da minha outra fic, "Porto Seguro"!
Aliás, eu tenho um grupo no facebook, então quem ainda não está lá aí vai o link:
Link do Grupo: https://www.facebook.com/groups/524763704223492/
Eu SEMPRE posto prévias, spoilers, avisos, etc.! :D E sempre conversas com as leitoras!
O Capítulo 2 deve ser postado amanhã (dia 01/02)!
Beeeeeeeeeeijos!